Maternidades do estado paralisam atendimento por falta de pagamento

Através das redes sociais, na manhã desta sexta-feira (06), um comunicado informa que as maternidades dos hospitais Santa Catarina, Macaiba e São José do Mipibu paralisaram os atendimento hoje por falta de pagamento do estado.

Os meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro estão atrasados. É um ato criminoso da governadora Fátima Bezerra.  “Com pesar, as maternidades do estado do RN pararam em 06.12.24”.

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Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.590.575 casos prováveis de dengue ao longo de 2024. Pelo menos 5.872 mortes pela doença foram confirmadas e 1.136 seguem em investigação. O coeficiente de incidência brasileiro é de 3.245 casos de dengue para cada 100 mil habitantes.ebcebc

O estado de São Paulo lidera o ranking em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (653,8 mil) e Santa Catarina (348,5 mil). Já em relação ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar (9.876), seguido por Minas Gerais (8.233), Paraná (5.713) e São Paulo (4.841).

Monitoramento

O Ministério da Saúde informou ter intensificado ações de vigilância e controle de arboviroses em estados onde há aumento expressivo de casos. “Depois de Mato Grosso, chegou a vez de a pasta visitar Minas Gerais, e a previsão é que o trabalho chegue ao Espírito Santo na próxima semana, estado onde doenças como febre amarela e Oropouche preocupam as autoridades sanitárias.”

Em nota, o ministério destacou que o objetivo das ações é atualizar informações epidemiológicas, revisar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com estados e municípios numa tentativa de conter a expansão das arboviroses.

“Os três estados enfrentam desafios específicos. Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo a arbovirose emergente febre do Oropouche teve aumento.”

“Minas Gerais, por sua vez, enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com necessidade de ampliar a cobertura vacinal e reforçar a vigilância em primatas não humanos, que funcionam como sentinelas da circulação viral.”

Além do levantamento epidemiológico, a previsão é que as equipes técnicas atualizem dados sobre coberturas vacinais, estoques de vacinas e insumos laboratoriais, além de revisar métodos de análise de risco e identificar áreas prioritárias para ações de prevenção e controle.

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Número de infecções sexualmente transmissíveis cresce em Natal

Os casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em Natal registrados entre janeiro e outubro deste ano têm preocupado a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Isso porque foram contabilizados 2.554 novos casos no período, número muito semelhante aos 12 meses de 2023 (2.668 novos casos). Os dados se referem às infecções por HIV/Aids, sífilis e hepatites virais. Para se ter uma ideia, no ano passado, em 12 meses, foram 551 novos registros de HIV/AIDS. Em 2024, em 10 meses, já são 597, aumento de 8,3%. As hepatites apresentaram o maior aumento, de 62,3% (85 casos em 2023 e 138 em 2024 até outubro).

Os números sobre sífilis são os únicos que podem chegar ao final do ano em queda, ainda assim, com uma diferença pequena. Até outubro foram 1.819 novos casos em 2024; no ano passado inteiro foram 2.032. Tayane Souza, responsável técnica pelo núcleo do IST/Aids e Hepatites Virais da SMS/Natal diz que a falta de prevenção é o fator principal para a elevação de casos, mas cita que a quantidade de testagens, mais frequente nos últimos anos, também colabora para o aumento de diagnósticos.

“Infelizmente, a gente já chegou a ver que pessoas, após serem orientadas, jogam fora o preservativo que recebem”, afirma Souza. Medidas como as profilaxias pré e pós-exposição previnem apenas contra HIV/Aids. “Mesmo com essas medidas, as pessoas continuam expostas a doenças como gonorreia, sífilis e clamídia se não usarem camisinha”, ensina.

Nesta terça-feira (3), a Prefeitura de Natal iniciou a campanha Dezembro Vermelho, que reforça os cuidados com o HIV/Aids e outras infecções. As ações incluem atividades de conscientização, mobilização, assistência para prevenção da doença, realização de testes rápidos, distribuição de preservativo e marcação de exames laboratoriais. Tayane Souza orienta ser importante a prevenção, uma vez que há preservativos disponibilizados em todas as unidades de saúde da capital.

Já para a dispensação da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), algumas unidades são referência. São elas: Unidade de Saúde Vale Dourado, em Nossa Senhora da Apresentação – o agendamento pode ser feito de modo presencial na unidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h ou pelo WhatsApp (84 98604-5793); Unidade de Saúde Panatis, no bairro Potengi – o agendamento pode ser feito também de modo presencial, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, ou pelo e-mail: esfpanatis@gmail.com.

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Médicos Pediatras do Hospital Santa Catarina anunciam paralisação por atraso de pagamento

A partir da próxima sexta-feira (6), médicos pediatras do Hospital Santa Catarina, localizado na Zona Norte de Natal, irão suspender suas atividades em protesto pelo atraso no pagamento dos salários. O débito, referente ao mês de julho deste ano, ainda não foi quitado pelo governo estadual, e a categoria deu um ultimato: até a quinta-feira (5), esperam que o pagamento seja regularizado.

Em um comunicado enviado aos responsáveis, os profissionais destacaram a grave situação enfrentada pela pediatria do Hospital José Pedro Bezerra (HJPB), que atende pacientes de diversas regiões da cidade. De acordo com a nota, a escala de plantões da pediatria tem apenas dois médicos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e 25 cooperados da Coppmed. A falta dos cooperados, em decorrência da paralisação, pode resultar no fechamento do serviço, afetando diretamente o atendimento à população.

Este protesto, junto com outros problemas na saúde, tem gerado críticas à gestão da governadora Fátima Bezerra, que, segundo os profissionais, não tem cumprido com suas obrigações para garantir o funcionamento adequado dos serviços de saúde no estado.

A situação é alarmante, e a expectativa é que o governo estadual se pronuncie para resolver a pendência financeira e evitar que os atendimentos à população sejam comprometidos ainda mais.

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Número de pessoas com HIV aumenta 98% em dez anos no RN

Em dez anos, o Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 98,3% nos casos de infecção pelo HIV, o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Entre 2013 e 2023, foram 9.109 diagnósticos, 1.216 em gestantes e 1.230 crianças expostas ao vírus. Por outro lado, houve redução de 22,6% no número de pessoas infectadas que desenvolveram a Aids. Foram 6.575 casos, com 36 menores de cinco anos. No período, 1.436 pessoas morreram em decorrência da doença. Para a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap/RN), a redução aponta para o sucesso nas ações de tratamentos e de testagens, mas o aumento dos diagnósticos ainda é preocupante.

Neste 1º de dezembro, comemora-se o Dia Mundial de Combate à Aids, cuja principal via de transmissão, no período analisado pela Sesap/RN, foi a sexual em 57,3% dos casos. A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, Lais Silva, diz que para reduzir a escalada de pessoas infectadas, a prevenção é a forma mais eficiente, seja pela barreira física com o uso de preservativos, ou com tratamentos, como a Profilaxia de Pré-exposição ao HIV (PrEP) e a PEP (Profilaxia de Pós-exposição). “A PrEP é um serviço eletivo que, inicialmente, não era para uso de todos os públicos, hoje já é indicada para todas as pessoas. E a gente também tem a multiplicação dos lugares onde o serviço é oferecido, passando de dois para 20”, explica.

Essa estratégia consiste na utilização diária e contínua de antirretrovirais por pessoas sexualmente ativas não infectadas, que apresentem contextos de risco aumentado de adquirir o HIV e que tenham 15 anos ou mais, com peso corporal igual ou superior a 35 kg. Também existe a PrEP sob demanda, que é indicada somente para homens cisgêneros e pessoas trans designadas como sexo masculino ao nascer que não estejam em uso de hormônios à base de estradiol.

Outra medida de prevenção é a PEP, para casos de urgência à infecção pelo HIV, às hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs. Consiste no uso de medicamentos, com início entre duas e 72 horas da exposição, para reduzir o risco de adquirir essas infecções.

Somente em 2023, foram identificados 1.156 casos de infecção pelo HIV no RN, um aumento de 18,6% em relação a 2022. As maiores taxas de registros, que considera a quantidade de casos por 100 mil habitantes, ocorreram na 2ª região de saúde, a de Mossoró (23,6 casos por 100 mil habitantes) e na 8ª região de saúde, a de Assu (18,4 casos por 100 mil habitantes). Dos 167 municípios, 78 (46,7%) registraram casos de aids (Anexo A).

Outro dado que chama a atenção é o aumento de 104,1% de gestantes com HIV desde 2013. No comparativo do ano passado com 2022, o crescimento foi de 8,6%. “A gente atribui ao fato de que a testagem em gestantes é obrigatória, logo, identifica-se mais”, justifica Laís Silva.

Nos últimos dez anos, foram registradas 54 crianças com Aids (menores de 13 anos), no estado. Dessas, 36 (66,7%) foram diagnosticadas antes dos cinco anos de idade. As principais formas de transmissão nesses casos são por via transplacentária ou pelo leite materno da mãe infectada. Em 2023 e até outubro de 2024 não houve registro de casos de HIV nem de Aids em crianças no RN.

Menos pacientes com Aids
A testagem e as estratégias para evitar que as pessoas morram de Aids têm funcionado na visão da Sesap/RN, uma vez que constata a redução da quantidade de pessoas diagnosticadas com o HIV, mas que não desenvolveram a doença. “A gente está detectando pessoas com vírus, mas sem que a doença esteja manifestada ou com sintomas iniciais. Quanto mais detecção por HIV a gente tiver, significa que as nossas ações de vigilância elas estão sendo efetivas”, pondera a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap/RN, Lais Silva.

De acordo com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), o RN possui, atualmente, cerca de 13.309 pacientes realizando tratamento para HIV/Aids em 14 Serviços de Atenção Especializada (SAE) localizados nos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Santa Cruz, São Paulo do Potengi, Caicó, Mossoró e Pau-dos-Ferros.

Seminário discute assistência a pessoas com HIV
Durante o Dezembro Vermelho, mês de luta contra a Aids, HIV e outras ISTs, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) por meio do Programa de IST/Aids e Hepatites Virais recomenda que as Regiões de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde realizem ações direcionadas à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento precoce das IST. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem Baseada em Evidências (Gepebe), do Centro de Ciências da Saúde (CCS), realizou o evento “Seminário Saúde sem Estigma: Inovações e Tendências do Cuidado de Enfermagem em HIV/Aids”, para debater a temática com alunos do curso de enfermagem e profissionais da área.

A pesquisadora do Gepebe, Luzia Cibele, destacou que nos estudos sobre o público infectado, há um paradoxo. “Pessoas entre 15 a 24 anos continuam se infectando muito, o que é um paradoxo porque é um público imerso em tecnologia, em internet, que tem todas as informações e ainda assim não consegue se prevenir de maneira adequada”, aponta.

Para ela, com as estratégias do PrEP e da PEP, que são integrantes da prevenção combinada, é preciso que os governos enfatizem que existe a prevenção, o tratamento e o teste. “Primeiramente, a educação e a conscientização sobre a infecção pela doença. Pode se notar que mal se vê propagandas na TV, por exemplo, sobre usar camisinha”, alerta a pesquisadora.

Além disso, é preciso conscientizar sobre o preconceito que ainda existe sobre o tema e que impede muitas pessoas de realizarem o teste rápido, que é outra forma de tentar frear o crescimento de casos. “A pessoa que conhece o seu estado sorológico e utiliza a TARV, passa a ser indefectível, portanto, não contamina outras pessoas”, ressalta.

A TARV é a terapia antirretroviral, um tratamento que combina medicamentos para impedir a multiplicação do HIV no organismo e melhorar a qualidade de vida, reduzindo a mortalidade.

Veja como é a vida de quem tem HIV

Para manter uma vida normal e saudável, mesmo após o diagnóstico do HIV, é essencial manter o tratamento. Gisele Dantas, ativista da causa, convive com o vírus há 31 anos. Nesse tempo, ela já vivenciou diferentes experiências, desde o uso do que ficou conhecido como “coquetel” que reunia vários comprimidos no tratamento, até a evolução das estratégias, que hoje permita à pessoa se tornar “indetectável”. “Antes era bem difícil porque o preconceito era muito grande. As medicações deixavam você muito fraca, sem disposição, com efeitos colaterais. Eu não tomava nem um e nem dois, eram 30 comprimidos por dia para viver. E aí vem a tristeza, o medo de morrer, a depressão”, relata.

A descoberta da doença só veio quando ela teve neurotoxiplasmose, uma infecção grave do sistema nervoso central. “Só descobri porque eu adoeci. Já não era só o HIV. Era Aids, manifestada por uma doença oportunista que me derrubou”, conta. Gisele também passou pela fase da revolta com a situação, certa de que não viveria por muito tempo. “Antes me escondia, achava que a vida era só aquela de tomar remédio. Depois parei de me esconder, saía e até bebia cerveja, ficava sem tomar a medicação porque na minha cabeça já estava com o pé na cova. Em 1993 era a sentença de morte.”

Com o tratamento, que avançou ao longo dos anos, mas que ainda não tinha se tornado menos exaustivo como hoje, Gisele até engravidou e conseguiu dar a luz ao filho sem que ele fosse infectado. Ela seguiu todo o procedimento para proteger a criança que hoje tem 23 anos. Uma amiga decidiu filmar o parto. Foi nessa hora que ela diz ter vivenciado um momento de maior discriminação. “A médica pediu para parar de filmar para ela ir buscar um capacete. Ela se encapou de luva, botou não sei quantos EPIs em cima dela, sem que houvesse necessidade. E meu bebê nasceu, mas não pude amamentar e ele foi para o UTI. É triste porque quando você dar a luz, você quer amamentar”, observa a ativista.

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Sinais do câncer de estômago não são específicos, mas dor, hemorragia e perda de peso podem estar presentes

Com o câncer de estômago sendo o segundo que mais mata na Grande Natal, o médico oncologista Pedro Victor Nogueira alerta que aos primeiros sinais, um especialista seja procurado. Segundo o Pedro Victor, os sintomas são inespecíficos, como mal-estar gástrico, dor persistente e queimação, e, por isso pode ser confundido com outras doenças. No entanto, é necessário realizar consultas para identificar o que está acontecendo e prevenir uma evolução, seja câncer ou não. A declaração foi dada em entrevista ao programa Tribuna Livre, da rádio Jovem Pan News Natal.

Para o oncologista, há outros sintomas mais específicos, mas quando estão presentes, significa que o câncer já está mais evoluído. São eles: hemorragia, sangue nas fezes e perda de peso. “O indicado é não esperar o aparecimento desses sinais. Se a pessoa já está sentindo uma dor persistente, já deve procurar um médico para identificar a causa”, explica. Neste caso, o primeiro exame realizado será a endoscopia.

Pedro Victor Nogueira ainda ressalta que novembro é o mês da campanha “Novembro azul claro”, justamente o período de conscientização do cuidado com a saúde. Além do câncer de estômago, o de próstata também é destacado. “A grande mensagem que eu quero passar é: se cuidem e procurem um médico para verificar a saúde completa”, sugere.

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de estômago é influenciado por diversos fatores externos e internos. Entre eles, destacam-se os hábitos alimentares, como o consumo elevado de sal e alimentos defumados, o tabagismo e a infecção pela bactéria H. pylori, associada a inflamações gástricas crônicas. Já os fatores internos incluem predisposições genéticas e condições pré-existentes, como pólipos estomacais.

O tratamento do câncer de estômago depende do estágio e das condições gerais do paciente. A cirurgia é a abordagem principal nos casos iniciais, podendo incluir a remoção parcial ou total do estômago. Em situações mais avançadas, o tratamento pode combinar quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo.

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Ato público reúne profissionais de saúde em busca de convocação no RN

Profissionais de saúde realizam um ato público no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, durante esta quarta-feira (27), clamando pela convocação dos aprovados no cadastro de reserva do concurso público de 2018. A mobilização surge em meio a um cenário crítico de superlotação nas unidades de saúde, que se agravou nos últimos dias e também destaca a sobrecarga dos profissionais. A Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap), no entanto, informou que a validade do concurso já expirou e que não há previsão de novas convocações.

Sônia Godeiro, responsável pela organização do ato, explica as motivações por trás da manifestação. “Nos últimos quinze dias, a superlotação do HMWG, que já existe há anos, voltou a ser um tema recorrente. São muitos fatores, como o aumento de acidentes, que levam à necessidade de reabertura do segundo andar do hospital, fechado para reformas. Agora, com a previsão de reabertura de 39 leitos, precisamos urgentemente de servidores”, afirma Sônia.

Atualmente, mais de 300 estão presentes no cadastro de reserva, mesmo após algumas chamadas realizadas ao longo do último ano. No enquanto, segundo Sônia, as vacâncias vêm sendo ocupadas por contratos temporários, mesmo existindo profissionais aguardando convocação através de concurso. “Aqui no hospital existe a necessidade de temos 27 enfermeiros, 3 fisioterapeutas e 2 farmacêuticos. É um déficit preocupante”, destaca Sônia.

O déficit de profissionais também atinge outras áreas, como a assistência social, onde há uma pendência de 13 assistentes sociais no HMWG. “Isso é um reflexo direto da falta de investimento na saúde pública. O tratamento dos pacientes é comprometido pela ausência de profissionais qualificados”, ressalta Sônia.

O ato público conta com profissionais de diversas regiões do Rio Grande do Norte, como Mossoró e Serra do Mel, que aguardam convocação para compor o quadro da saúde.

Leia a nota da Sesap na íntegra:

“A Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) esclarece que o concurso público realizado em 2018 para cargos nas áreas de Fonoaudiologia, Nutrição, entre outros, não está mais vigente, uma vez que o prazo de validade do certame já expirou. Nesse sentido, não há previsão de novas convocações para os candidatos que ainda aguardam convocação, pois o concurso já ultrapassou o período de validade legalmente estabelecido. Vale destacar que o concurso de 2018 ofereceu 404 vagas para cargos de níveis médio e superior, tendo sido convocados até o momento 4.870 servidores efetivos para a rede estadual de saúde.

Adicionalmente, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte (ALERN) autorizou a governadora a prorrogar o concurso. No entanto, essa prorrogação foi considerada inconstitucional, visto que, de acordo com a legislação vigente, a constituição não permite que se descumpra o prazo limite de validade de concursos. Ressaltamos que, apesar da autorização da ALERN, essa medida não possui respaldo jurídico, uma vez que não cabe à Assembleia Legislativa ou ao Executivo estadual modificar disposições constitucionais.

A SESAP também informa que, diante da necessidade contínua de ampliação e fortalecimento da rede de serviços de saúde, um novo concurso já está em fase de preparação e será lançado nos próximos meses para preencher as vagas necessárias no sistema de saúde estadual.

Reforçamos nosso compromisso com a transparência e o aprimoramento dos serviços prestados à população potiguar.”

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Médicos da UTI do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, paralisam atendimentos a partir desta terça-feira (26)

Os médicos que atuam nas UTIs do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, decidiram por unanimidade, em assembleia realizada nesta segunda-feira (25) com o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed RN), iniciar uma paralisação a partir de amanhã (26). A decisão ocorre devido à pendência de pagamentos por parte do Governo do Estado, com repasses atrasados desde o mês de julho.

Segundo o Sinmed RN, o pagamento referente ao mês de julho deveria ter sido realizado até o dia 22 de novembro, conforme um acordo judicial firmado entre as partes. No entanto, até a data de hoje, o Estado não repassou os valores devidos, o que levou os médicos a aprovarem a paralisação, marcada para começar às 7h desta terça-feira.

“O sindicato notificou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o Juizado Federal do Rio Grande do Norte, a empresa Sama, responsável pela gestão do hospital, e o Conselho Regional de Medicina (CREMERN) sobre a situação. A paralisação seguirá até que o acordo firmado com o Juizado Federal seja cumprido e o pagamento dos médicos seja regularizado”, afirma Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.

A expectativa é de que, assim que o pagamento do mês de julho seja efetuado, os médicos retornem às suas atividades normais, garantindo a continuidade do atendimento na UTI.

PARALISAÇÃO
Durante a paralisação dos médicos, a assistência na UTI será reduzida.  Não serão aceitos novos pacientes e os leitos que ficarem vagos por alta de pacientes não serão ocupados. Os médicos devem prestar cuidados apenas aos pacientes internados, até que recebam alta e aqueles que necessitarem de internação em UTI serão orientados a buscar outras unidades de saúde do Estado.

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Alimentação é cortada para servidores e acompanhantes no Walfredo Gurgel, diz sindicato

Servidores que trabalham no Hospital Walfredo Gurgel denunciaram que a alimentação foi cortada nesta terça-feira (26) por causa de uma paralisação dos terceirizados da nutrição. Em nota, o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-RN) afirma que o almoço desta terça-feira já não será servido para funcionários e também para acompanhantes de pacientes.

“Apesar do forte trabalho de denúncia que o Sindsaúde-RN vem realizando, principalmente desde o início do mês de novembro, o Hospital Walfredo Gurgel segue enfrentando uma dura crise de abastecimento. Além disso, na manhã desta terça-feira (26) foi emitido o comunicado de que não será servido almoço para os servidores e acompanhantes, devido ao anúncio de greve dos terceirizados da nutrição”, afirma o sindicato, em nota.

O Sindsaúde-RN afirma que a greve dos profissionais de nutrição ocorre porque o vale-alimentação da categoria está com o pagamento atrasado.

Materiais em falta

Na nota, o Sindsaúde-RN afirma ainda que o Hospital Walfredo Gurgel está com falta de vários insumos e materiais. Entre eles, gaze, atadura de crepom e insulina regular. “A falta de materiais tão básicos compromete a assistência até para trocar os curativos do paciente e fornecer os cuidados necessários para evitar infecções e outras intercorrências”, afirma o sindicato.

Negligência

O Sindsaúde-RN afirma que o Governo do Estado age com “negligência” na gestão do Hospital Walfredo Gurgel e “tem falhado há anos em garantir o mínimo necessário para o funcionamento adequado da unidade”.

“O descaso com os trabalhadores e com a população que depende do SUS é inaceitável. Reafirmamos nossa luta por condições dignas de trabalho e assistência à saúde para todos. Não aceitaremos o sucateamento do sistema público de saúde!”, afirma o sindicato, no comunicado à imprensa.

Outro lado

A 98 FM procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e aguarda um posicionamento oficial da pasta.

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Calote de Fátima paralisa Maternidade de Mossoró; Allyson cobra governadora e custeia partos de urgência

O caos na saúde pública do Rio Grande do Norte alcançou um novo patamar com a paralisação dos partos na Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, por atraso de 7 meses nos salários de médicos custeados pelo Governo do Estado. Enquanto o Estado se omite, o prefeito Allyson Bezerra anunciou que a Prefeitura de Mossoró assumirá os custos para garantir os partos de urgência, atendendo mães de Mossoró e de mais de 60 municípios da região.

Na unidade, cinco médicos obstetras são responsáveis pelos atendimentos: três custeados pelo Governo do Estado e dois pela Prefeitura. Com os atrasos estaduais, os três médicos contratados pelo governo suspenderam suas atividades, deixando a carga de trabalho para os dois profissionais pagos pela Prefeitura, que está em dia com seus compromissos. Para evitar que as mulheres fiquem desamparadas, esses dois médicos irão absorver toda a demanda da maternidade, garantindo os atendimentos de urgência.

“Hoje, o Governo do Estado deixa a Maternidade Almeida Castro sem obstetras devido a um atraso salarial de 7 meses, prejudicando mães de Mossoró e de 60 municípios da região. Para não deixar essas mães desamparadas, a Prefeitura de Mossoró está custeando os médicos para atender os partos de urgência”, afirmou Allyson Bezerra em suas redes sociais.

O prefeito também fez um apelo direto à governadora Fátima Bezerra, pedindo que o problema seja resolvido imediatamente. “Essa é uma questão de humanidade e vida. Todas as mulheres merecem respeito e dignidade”, reforçou Allyson.

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