Prazo do crédito consignado do INSS sobe de 84 para 96 meses

O aposentado e pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganhará mais tempo para quitar os empréstimos consignados. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou nesta quarta-feira (5) o aumento do prazo de pagamento das parcelas de 84 para 96 meses (sete para oito anos).

A decisão também beneficia as famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo o ministro, o INSS igualou o prazo do consignado ao do praticado na mesma modalidade de crédito aos servidores públicos. A mudança, ressaltou o ministro, aliviará o valor das prestações.

“Estamos acompanhando esse prazo e com isso esperamos aliviar um pouco o peso da prestação. Chegamos à decisão no começo deste ano pela quantidade de empréstimos consignados que existe, mais de 16 milhões, e pelo aperto que as pessoas passam”, declarou o ministro em entrevista coletiva.

Nesta quinta-feira (6), o INSS publicará uma instrução normativa com o aumento no prazo. A extensão vale tanto para quem tem o crédito consignado tradicional, o cartão de crédito consignado e o cartão consignado de benefício.

Lupi também explicou que, nos três casos, o segurado poderá renovar o crédito com mais 12 meses de prazo para pagar. O ministro informou que a Previdência e o INSS fizeram simulações e que as novas regras trazem vantagens aos bancos porque a inadimplência é próxima de zero nessa modalidade.

Teto de juros

O aumento no prazo ocorre cerca de um mês após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovar o aumento no teto de juros no crédito consignado do INSS. As taxas para os empréstimos pessoais passaram de 1,66% para 1,8% ao mês. O teto dos juros do cartão de crédito consignado foi mantido em 2,46% ao mês.

O teto foi elevado por causa dos recentes aumentos na Taxa Selic (juros básicos da economia), atualmente em 13,25% ao ano. Com as altas nos juros básicos, os bancos pararam de oferecer o crédito consignado do INSS. As instituições financeiras pediam um teto maior, de 1,99% ao mês.

O ministro da Previdência evitou afirmar se o teto do consignado continuará a subir, mesmo com o Banco Central confirmando mais uma alta de 1 ponto percentual na Selic em março. “Não temos vinculação direta e nunca tivemos com as decisões do Copom. O mercado geral não tem a garantia que é o desconto em folha que o consignado tem. Nosso índice de inadimplência é o mais baixo entre todos os tipos de empréstimos”, afirmou Lupi.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, disse que o aumento do prazo não muda a situação prática, em que a maioria dos tomadores chegam ao fim de um empréstimo contratando outro. Segundo ele, na prática, atualmente ocorre uma prorrogação quase ilimitada de algum financiamento.

“O aumento do prazo não muda esse status. Ele [o segurado do INSS] ter parcela mais barata, que não comprometa a sua sobrevivência, a gente dá uma chance maior de ele não ficar tentado replanejando, reprogramando”, justificou Stefanutto.

Consignado do INSS

Modalidade de crédito controlada pelo Ministério da Previdência Social, o empréstimo consignado do INSS permite o desconto das parcelas diretamente da folha de pagamento do segurado.

Pelas regras atuais, os aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS podem comprometer até 45% do benefício com o consignado, dos quais 35% ao empréstimo pessoal, 5% ao cartão de crédito consignado e 5% ao cartão de benefício.

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Banco do Brasil deverá devolver R$ 20,6 milhões a clientes por cobranças indevidas

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Banco do Brasil deverá devolver R$ 20,6 milhões a clientes por cobranças indevidas sobre operações envolvendo cheque especial e cartões de débito e crédito. Os termos foram acordados com o Banco Central em documento assinado no dia 3 de fevereiro.

Segundo o termo de compromisso, o banco deve restituir R$ 14,1 milhões por cobrança de tarifa de fornecimento de segunda via de cartão com função débito ou crédito em desacordo com as regras vigentes. Neste caso, foram afetados 1.577.590 clientes, de 2 de maio de 2013 a 20 de junho de 2024.

O acordo também prevê a devolução de R$ 6,5 milhões por cobrança de taxa de juros superior ao limite máximo de 8% nas operações de cheque especial para MEIs (microempreendedores individuais). A irregularidade foi registrada de 6 de janeiro de 2020 a 3 de outubro de 2022, em 16.287 eventos, afetando 15.453 clientes.

Procurando, o BB disse em nota que o procedimento adotado "reafirma seu compromisso de atendimento de excelência a seus clientes e informa que os apontamentos já foram devidamente solucionados".

"O BB destaca que detém a melhor posição no ranking Bacen, entre as maiores instituições financeiras do país, há dez trimestres consecutivos, sendo, portanto, o banco menos reclamado dentre todos os grandes bancos", acrescentou.

O banco deverá pagar ao BC o equivalente ao saldo remanescente dos valores a serem restituídos, caso não consiga reembolsar os clientes em um prazo de 12 meses.

Para clientes cujos dados bancários de cadastro estejam atualizados no banco, a devolução do dinheiro deverá ser feita por meio de um estorno diretamente na fatura do cartão de crédito ou depósito em conta. Se isso não for possível, o BB deverá entrar em contato com os clientes afetados pelas cobranças indevidas para o ressarcimento.

O acordo estabelece ainda que os valores dos reembolsos devem ser atualizados pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ou seja, corrigidos pela inflação, desde a data em que foram indevidamente cobrados até a data da efetiva devolução aos clientes ou do pagamento da contribuição pecuniária adicional ao BC.

Caso eventuais valores já devolvidos aos clientes não tenham sido integralmente corrigidos pela inflação, o BB deverá restituir aos clientes o saldo da atualização remanescente, igualmente atualizado pelo IPCA.

O banco também fica obrigado a pagar R$ 3,75 milhões em contribuição pecuniária ao BC (valor que vai para o poder público e representa uma forma de compensação pela conduta irregular). O valor total da "multa" corresponde a R$ 4,62 milhões -sendo R$ 870 mil a cargo de outros nomes citados no acordo.

No documento, ficou acertado que, em caso de descumprimento de qualquer prazo do termo, será cobrada uma multa diária de R$ 3.000 enquanto perdurar o atraso ou até a data em que o BC decidir sobre a execução completa das obrigações previstas.

Caso não haja recolhimento da contribuição pecuniária no prazo fixado, serão também cobrados juros moratórios de 1% ao mês e multa de 2%.

Se qualquer obrigação for desrespeitada, serão adotadas medidas administrativas e judiciais e instaurado um processo administrativo sancionador "a fim de proceder à apuração das infrações e de aplicar as sanções porventura cabíveis".

O banco deverá ainda contratar uma empresa de auditoria independente -o nome deve ser indicado ao BC em um prazo de 90 dias. O BB também precisará encaminhar à autoridade monetária relatórios semestrais elaborados por sua auditoria interna sobre o cumprimento das obrigações previstas.

Criado em 2017, o termo de compromisso é um instrumento equivalente a um contrato administrativo, sem formação de juízo quanto à culpa da instituição financeira e que não alcança a esfera penal. Ele permite chegar a uma solução de conflito por meio de consenso entre as partes, sem que haja litígio.

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Edital do próximo CNU deve ser lançado em algumas semanas, diz ministra

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, disse nesta quarta-feira (5) que o edital da nova edição do CNU (Concurso Nacional Unificado) deve ser divulgado "nas próximas semanas". Há expectativa de que as provas da nova edição sejam aplicadas em agosto.

"Nós gostaríamos de repetir a prova em agosto, mas ainda não sabemos se será possível por conta do prazo do edital. Nós fizemos um mapa hidrológico do Brasil e descobrimos que agosto é o mês de menor incidência de chuvas", disse Dweck em entrevista ao programa "Bom dia, Ministra".

Segundo ela, duas novas carreiras deverão ser incluídas na seleção: uma para a área de Defesa, Justiça e Segurança e outra para a área de Desenvolvimento Socioeconômico. Os novos cargos serão destinados ao nível superior.

Ainda nesta manhã, a ministra também falou, no Palácio do Planalto, sobre a posição do ministério de ter mantido a data da divulgação dos resultados do CNU, mesmo sob recomendação contrária do MPF (Ministério Público Federal).

O órgão havia recomendado o adiamento diante das queixas de irregularidades na aferição de candidatos que se declararam negros e tiveram suas candidaturas por cotas indeferidas pelas bancas de heteroidentificação, responsáveis por checar fraudes nas declarações.

"Era uma recomendação, muito bom entender isso, não era uma decisão do MPF", disse. "Eles fizeram uma lista de questionamentos e a gente respondeu e considerou que adiar o resultado nesse momento seria, na verdade, afetar uma grande parte das pessoas que estavam ali com as suas notas para serem divulgadas."

De acordo com ela, a pasta explicou como foi feito o processo das bancas e que essas seguiram as recomendações de especialistas do que é necessário para compor as avaliações.

Esse concurso contou com que há de mais do que os especialistas definem como tem que ser uma banca de letra de identificação. Foi presencial, tinham cinco pessoas, todas com formação na área. Então, foi uma série de coisas importantes que a gente implementou nesse concurso.

A ministra afirmou ainda que a organização do novo concurso não terá efeitos na finalização do primeiro, uma vez que as vagas serão ofertadas para novas carreiras.

Esther relembrou o atraso na data de aplicação das provas em decorrência das chuvas do Rio Grande do Sul. Caso situações semelhantes voltem a se repetir, a ministra disse que uma prova excepcional deverá ser aplicada para os candidatos afetados.

Os resultados da primeira edição do concurso foram divulgados nesta terça-feira (4) e podem ser conferidos no site da Cesgranrio, banca responsável pela organização da seleção.

Com relação ao reajuste do salário de servidores públicos, a ministra afirmou que a atualização não pode ser feita antes da aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual). Os funcionários do poder público deverão receber o ajuste, assim, de forma retroativa quando a lei for aprovada.

Os candidatos que foram aprovados na primeira lista de convocação do CNU devem se atentar para os cursos de formação da seleção. O treinamento é uma fase obrigatória, eliminatória e classificatória para nove cargos:

Ao todo, 2.305 candidatos forma convocados para a etapa e devem confirmar sua participação até as 23h59 desta quarta-feira (5) na área do candidato do site da Cesgranrio.

Caso o participante seja chamado para o curso de formação de sua terceira opção e confirmar sua participação, ele também continua na disputa das vagas da sua primeira e segunda opções e pode ser chamado nas listas do dia 11 ou 18, caso alguma vaga seja liberada.

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Haddad diz que compensação da reforma do IR está com desenho pronto e aprovado por Lula

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (5) que a pasta já terminou o desenho da compensação para a isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem ganha até R$ 5.000 e que a proposta conta com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A matéria é uma das promessas de campanha do petista. O ministro afirmou ainda que a proposta deverá ser encaminhada ao Congresso nas próximas semanas e falou que espera uma tramitação com cautela e transparência devidas no Legislativo.

"Terminamos o desenho. Só não vou adiantar porque não tenho autorização do Palácio do Planalto para isso. Agora começa uma tramitação formal, isso vai acabar vindo nas próximas semanas", disse a jornalistas.

Haddad foi questionado se o presidente da República tinha aprovado o desenho elaborado e afirmou que sim. Ele também disse que a proposta não é algo "simples de ser votada" e que exigirá o debate nas duas Casas.

"Como isso passa a ter vigência no dia 1º de janeiro do ano que vem, a Câmara e o Senado têm que ter o tempo devido para analisar", disse.

Ele também disse que "parâmetros" já apresentados acerca da proposta devem ser mantidos, mas não deu mais detalhes.

Haddad se reuniu na manhã desta quarta com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para apresentar as prioridades da agenda econômica dos anos 2025 e 2026. Também participaram do encontro líderes partidários, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan.

Durigan afirmou antes da reunião que o governo não descarta outras formas de compensação para a proposta. "É uma discussão casada. Você não está fazendo somente aumento de arrecadação. Está se fazendo as duas coisas e cumprindo as regras do país. Quando se faz um benefício, tem que compensar."

O secretário foi questionado se o governo poderia pensar em outros tipos de compensação e respondeu: "Pode ser pensado em outro tipo, desde que haja compensação".

Haddad entregou em mãos a Motta as 25 medidas que apresentou em reunião ministerial no começo deste ano. De acordo com o chefe da Fazenda, 15 dessas medidas dependem do Legislativo, sendo que oito já estão tramitando. As demais, segundo ele, "serão encaminhadas nas próximas semanas" para o Congresso.

De acordo com Haddad, são projetos estratégicos. Ele disse que a expectativa é que todos tenham suas tramitações concluídas até 2026 e que haverá um empenho das equipes dos ministérios da Fazenda, do Planejamento, da Casa Civil e da SRI (Secretaria de Relações Institucionais) para auxiliar os parlamentares que forem designados relatores desses projetos.

O ministro citou nominalmente medidas como a reforma da renda, o projeto do devedor contumaz e a Lei das Falências.

Haddad também elogiou Motta afirmando que ele é uma "liderança extraordinária" para o Brasil. Disse ainda que a relação que manteve com o parlamentar nos últimos dois anos "não poderia ter sido melhor".

Motta também elogiou o trabalho do ministro e disse que a Câmara terá "postura colaborativa" com essa agenda e que os deputados reconhecem "o papel importante" que Haddad cumpre à frente da pasta.

"Teremos uma relação de lealdade, não diria à agenda do governo, mas lealdade ao país. De poder sempre, com muita franqueza, dizer o posicionamento que essa Casa tem sobre determinado tema. Ouviremos sempre o colégio de líderes e dividiremos sempre as nossas responsabilidades. Não seremos nunca um presidente criando algum fantasma ou obstáculo sem que ele, verdadeiramente, exista", disse o presidente da Câmara.

De acordo com relatos, vetos presidenciais a pontos do projeto que regulamentou a reforma tributária não foram debatidos na reunião. Na terça (4), Haddad disse que o governo está negociando um acordo para solucionar o impasse sobre a taxação de fundos imobiliários após o veto. Apesar disso, no entanto, há resistência entre parlamentares, que defendem a derrubada do veto presidencial.

Dario Durigan afirmou antes do encontro nesta quarta, que a expectativa é que os vetos não sejam revistos. "A reforma tributária foi elaborada e construída a quatro mãos, Congresso e Executivo. E acho que o que ficou de veto também foi tratado com o Congresso. A minha expectativa é que a gente mantenha os vetos dentro desse processo de construção. E se houver necessidade de correção, a gente pode tratar para frente", disse.

Mais cedo nesta quarta, antes da reunião, Motta afirmou que a Câmara terá a responsabilidade fiscal como uma prioridade na sua gestão. Ele também disse que o projeto de isenção do IR "é simpático", mas ressaltou ser necessário um equilíbrio para que a medida "não venha a ter um efeito ruim do ponto de vista econômico".

O presidente da Câmara também afirmou nesta quarta, que há um sentimento da Casa contrário à aprovação de projetos que possam elevar a carga tributária no país e que elas "não terão amplo apoio" nas votações.

Economia 04/02/2025 Notícias no Minuto
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Brasil taxará produtos dos EUA se EUA taxarem os do Brasil, reitera Lula

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou nesta quarta-feira, 5, que o Brasil vai taxar os produtos dos Estados Unidos, se o país da América do Norte taxar os produtos do Brasil: "É lógico. É o mínimo de decência um governo utilizar a reciprocidade."

Em entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, na manhã desta quarta, Lula disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realiza "bravatas" e que ele está isolando os EUA do mundo.

"Tem um tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha dele assim. Tomou posse e já anunciou ocupar a Groenlândia, anexar o Canadá, mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, reocupar o Canal do Panamá. Sinceramente, nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo todo o tempo", disse ele. "Os Estados Unidos estão se isolando do mundo", afirmou.

Segundo Lula, a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite a taxação de até 35% para qualquer produto. "Para nós, o que seria importante seria os EUA baixar a taxação e nós abaixarmos a taxação, mas se ele ou qualquer país aumentar a taxação do Brasil, usaremos a reciprocidade e vamos taxar eles também", declarou.

Lula defendeu que os Brics tenham o direito de discutir uma eventual troca da moeda comum para as negociações, sem usar o dólar. "Os Brics significa praticamente metade da população mundial, metade do comércio exterior do mundo. Nós temos o direito de discutir a criação de uma forma de comercialização que a gente não dependa só do dólar. Não foi o mundo ou a ONU que decidiu que o dólar seria a moeda, foi os EUA", afirmou.

O presidente disse que o mundo não pode ter "preocupação com as bravatas do Trump" e que os Estados Unidos precisam do mundo mais do que o mundo precisa dos Estados Unidos.

"É importante que a gente não tenha preocupação com as bravatas do Trump, que a gente discuta o que é importante para nós e para o mundo. Não é o mundo que precisa dos EUA, os EUA também precisam do mundo, precisam conviver harmonicamente com Brasil, México, China. Ninguém pode viver de bravata a vida inteira", declarou Lula. "Ele (EUA) não pode agora mudar do país que vendia a ideia da paz para o país que vende a ideia da provocação, da discordância", disse.

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Walt Disney tem lucro US$ 2,55 bilhões e supera expectativas

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A Walt Disney teve lucro líquido de US$ 2,55 bilhões no seu primeiro trimestre fiscal (encerrado em dezembro), maior do que o ganho de US$ 1,91 bilhão apurado em igual período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira.

Com ajustes, a gigante de entretenimento norte-americana garantiu lucro por ação de US$ 1,76 entre outubro e dezembro, superando a projeção de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,45 por ação.

A receita da Disney teve expansão anual de 5% no trimestre, a US$ 24,69 bilhões, levemente acima do consenso da Factset, de US$ 24,67 bilhões.

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Dívida pública federal sobe 12,2% em 2024

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A dívida pública federal (DPF) fechou o ano de 2024 em R$ 7,31 trilhões - uma alta de 12,2% em relação a 2023, quando o estoque estava em R$ 6,5 trilhões. O resultado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça, 4, ficou dentro do projetado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2024, que previa um intervalo entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.

A DPF é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal - que gasta mais do que arrecada. O endividamento pode ocorrer por meio da emissão de títulos públicos ou pela assinatura de contratos.

A DPF inclui as dívidas interna e externa. A chamada Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve avanço de 1,51% em dezembro e fechou o mês em R$ 6,967 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,48% maior no mês, somando R$ 349,19 bilhões.

Além dos resultados de 2024, o Tesouro Nacional apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025, com as metas para a dívida pública federal. O documento prevê que o estoque da DPF fique entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões no fim do ano.

Para os papéis remunerados pela Selic (a taxa básica de juros da economia), o PAF prevê uma participação de 48% a 52% do total em 2025. Em 2024, essa fatia foi de 46,3%. Na semana passada, o Banco Central aumentou a Selic para 13,25% ao ano e reforçou a perspectiva de uma nova alta de um ponto na próxima reunião, em março.

De acordo com o subsecretário da Dívida Pública, Daniel Leal, apesar do aumento da concentração de LFTs (títulos públicos atrelados à Selic) o custo da dívida acaba sendo relativamente estável, uma vez que o Tesouro ainda tem uma posição confortável quanto ao custo. "Demora um pouco para (a dívida) reagir a esse aumento de custo, seja pelo aumento da participação das LFTs, seja pela própria subida da Selic", disse ele, explicando que essa estabilidade decorre da estrutura diversificada da dívida pública.

Leal ressaltou ainda que todos os indicadores de 2024 ficaram dentro do Plano Anual de Financiamento (PAF) e informou que o Tesouro tende a buscar um alongamento do perfil da dívida.

O órgão também atualizou a meta para a participação de títulos prefixados - na qual o investidor já sabe a taxa de rendimento no momento da compra - e dos remunerados por índices de preços. O PAF 2025 estipula que a fatia de títulos prefixados no estoque da dívida encerre este ano entre 19% e 23%. Em 2024, a fatia desses papéis ficou em 22%.

Já para os títulos atrelados ao IPCA, o PAF prevê parcela de 24% a 28% do estoque este ano. Em 2024, a meta era de 25% a 29% da DPF, e ficou em 27%.

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Preço da comida terá alívio, mas descoordenação atrapalha o governo, diz Lawrence Pih

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Lawrence Pih, que comandou no passado um dos maiores processadores de trigo do Brasil, avalia que o governo Lula não vai precisar tomar medidas heterodoxas -como as que foram ventiladas nas últimas semanas- para baixar o preço dos alimentos, porque eles se estabilizarão naturalmente.

Isso deve ajudar a estancar a queda na popularidade de Lula, mas o problema é mais complexo, na opinião de Pih. O empresário vendeu o Moinho Pacífico para a gigante multinacional Bunge em 2015, num momento de inflação que o país atravessava, retraindo o consumo de itens da cesta básica, como farinha e macarrão.

Hoje, na opinião dele, a economia dá sinais de que progrediu modestamente sob Lula, mas o governo se atrapalha.

Pih, que também ficou conhecido como um dos primeiros empresários a apoiar o PT nos anos 1980, e depois um dos primeiros a criticar a gestão de Dilma Rousseff publicamente, avalia que a comunicação é um dos principais nós do terceiro mandato de Lula

LAWRENCE PIH - O PT recebeu uma herança pesada do governo Bolsonaro e uma tentativa de golpe. Passados dois anos, a dívida pública federal subiu para R$ 7,2 trilhões, inflação caiu para 4,83%, dólar subiu para R$ 5,9, desemprego caiu para 6,6% e houve ganho real nos salários. A dívida líquida do setor público ficou em 61,1% do PIB nada de muito preocupante. A economia, de forma geral, progrediu modestamente.

Lula vem, neste terceiro mandato, avançando no discurso mais populista. Algumas medidas têm viés populista e não cabem no orçamento. Aumento do salário mínimo acima da inflação, PEC da Transição, reajuste do funcionalismo, Minha Casa Minha Vida, desoneração dos combustíveis, aumento da isenção de IR, aumento de bolsa para estudantes, Auxílio Gás etc, todos são necessários, porém, não há recursos suficientes. A manutenção da desoneração tributária às empresas imposta pelo Congresso e o reajuste dos aposentados acima da inflação, que é determinado por lei, são gastos que pressionam o orçamento do governo.

LP = De fato, 2024 terminou com déficit de R$ 43 bilhões ou 0,36% do PIB. A catástrofe no Rio Grande do Sul gerou gasto adicional. Houve déficit primário em 2024, porém, nada dramático.

A percepção um pouco exagerada do desarranjo fiscal levou os agentes econômicos a pressionarem a desvalorização do real, e turbinado pelo fluxo normal para o exterior nos últimos meses do ano proveniente de remessa de lucros das multinacionais, foi muito além do que os fundamentos justificam.

Em 2024, o real se desvalorizou, mesmo queimando reserva. A inflação é uma consequência natural. O governo pecou foi na comunicação desastrada. Lula, dia sim, dia não, sugeria gastos adicionais com a ajuda da ala mais à esquerda do partido. O mercado reage e pressiona o real, que obriga o Banco Central a aumentar o juro primário, piorando o quadro fiscal num círculo vicioso. A expectativa é de uma safra de grãos recorde, valorização do real. E o governo reduzindo a narrativa populista, sem falar do fogo amigo da ala esquerda pré-histórica representada por Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e companhia, contra a equipe econômica, seria providencial.

LP - Os preços dos alimentos se estabilizarão naturalmente sem medidas heterodoxas. A previsão da safra deve atingir recorde. Soja e milho são usados como ração animal para a produção de toda a cadeia de proteína animal. Uma safra abundante é crucial para estabilizar os preços das carnes.

Com um câmbio mais acomodado, o preço dos principais alimentos tende a se estabilizar. Não haverá necessidade de medidas heterodoxas como subsídios que agravariam o quadro fiscal.

LP - Pode ajudar a estancar a queda. Mas não é só o preço dos alimentos. A questão é mais complexa. Um dos problemas é a comunicação do governo. Com o constante embate público de visões díspares, dá a impressão de descoordenação e ineficácia do governo.

O quadro econômico é até razoável, porém, o PT não consegue faturar o benefício. Temos de lembrar que a sociedade brasileira é majoritariamente conservadora, e um partido de esquerda sempre instila desconfiança. O mundo caminha para o conservadorismo, a direta e certo grau de autoritarismo. Este fenômeno é global. A globalização tem muito a ver com este movimento.

LP - O Roberto Campos Neto pôs o boné de político quando manteve o juro artificialmente baixo por meses em 2022 para ajudar Bolsonaro na eleição. Uma vez que Lula venceu, ele metamorfoseou e colocou o boné de técnico. Galípolo tem mantido o perfil relativamente técnico e elevou juro primário sinalizando mais uma alta no próximo Copom.

Gleisi Hoffmann e companhia têm mantido silêncio sepulcral. Faz parte do fazer política, e todos os partidos usam a mesma estratégia. Faz parte da politicagem rasa. Além disso, Campos Neto, bolsonarista convicto, é

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Mercado Pago habilita pagamentos com Pix para brasileiros na Argentina

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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - As últimas férias dos argentinos foram dominadas por três temas: as praias, os preços mais baratos e a facilidade do pagamento por Pix no Brasil. Tanto que, agora, esse método de pagamento instantâneo deve se tornar mais comum na Argentina.

Isso porque o Mercado Pago comunicou nesta terça-feira (4) que habilitou pagamentos nessa modalidade em suas maquininhas em comércios de toda a Argentina. O anúncio ajuda os comerciantes e também os turistas brasileiros, que poderão fugir das taxas de compras internacionais cobradas no cartão de crédito.

O método de pagamento já era usado no país há pelo menos um ano devido a uma tecnologia blockchain criada pela empresa argentina KamiPay.

Agora, a empresa ganha um gigante competidor, e seus interlocutores falam que "ainda estão processando essa notícia", ainda que soubessem que o Mercado Pago já há algum tempo buscava uma solução para entrar nessa seara de vez.

Pelo KamiPay, os argentinos também podiam pagar com Pix no Brasil, com dinheiro que saia diretamente de suas contas, em pesos, e chegava para o consumidor final em reais. A possibilidade habilitada agora pelo Mercado Pago vale apenas para brasileiros no país vizinho.

"Do lado dos empreendedores argentinos, a solução permite atrair mais clientes do Brasil, sobretudo, durante um dos períodos de alta temporada de turismo no país, em fevereiro", disse a empresa em comunicado que disparou nesta terça-feira.

"Além de oferecer um retorno instantâneo das vendas, onde o comerciante recebe o dinheiro na hora em sua conta do Mercado Pago, além de custos mais baixos por transação", acrescentou a companhia.

Diferentemente do Brasil, na Argentina pagamentos em dinheiro ainda são muito comuns, inclusive para turistas, que por vezes têm de sair de lojas de câmbio com bolos de notas. Com o recente aumento dos preços no país, tornou-se frequente que os turistas troquem dinheiro com cada vez mais frequência quando notam que o valor reservado não cobrirá todas as despesas. O Pix também ajudará nesse sentido.

Brasileiros são a principal nacionalidade que visita a Argentina por turismo, mesmo em meio a uma queda geral no setor impulsionada pela alta dos preços e pelo encarecimento da moeda local. Eles compõem cerca de 22% dos turistas que chegam ao país.

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Dólar fecha em queda pela 12ª sessão consecutiva e bate R$ 5,77

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar teve forte queda de 0,79% nesta terça-feira (4) e fechou o dia cotado a R$ 5,769, acumulando queda de 6,3% desde o início do ano.

Essa é a 12ª sessão de perdas consecutivas para a moeda norte-americana -a maior sequência negativa em 20 anos, desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando fechou em baixa por 14 dias consecutivos.

Já a Bolsa caiu 0,65%, aos 125.147 pontos.

O movimento nos mercados é resultado dos desdobramentos do conflito comercial entre Estados Unidos e China e da divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que reafirmou a necessidade de aumento da taxa Selic.

A começar pela ponta internacional, a política tarifária do presidente Donald Trump foi oficializada no sábado (1º), quando ele assinou um decreto que aplicava taxas adicionais sobre todas as importações do Canadá, México e China.

De lá para cá, porém, o republicano costurou acordos com as lideranças dos países vizinhos -e deixou as medidas contra os chineses inalteradas.

Em conversas na segunda, Trump suspendeu a imposição de tarifas sobre o México e o Canadá por um mês depois de ambos os países reforçarem a segurança nas fronteiras com 10 mil agentes de cada lado.

Claudia Sheinbaum, presidente do México, anunciou o acordo pelo X (ex-Twitter). "Tivemos uma boa conversa com o presidente Trump, com muito respeito à nossa relação e soberania", escreveu ela.

O reforço nas fronteiras será "para evitar o tráfico de drogas para os Estados Unidos, em especial de opioides fentanil". Já os EUA se comprometeram em "trabalhar para evitar o tráfico de armas poderosas ao México".

Já em relação ao Canadá, o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, concordou em enviar "10 mil funcionários da linha de frente" para a fronteira para "parar o fluxo de fentanil". No X, disse que teve uma boa conversa com Trump e que o Canadá implementará um plano de US$ 1,3 bilhão para proteger as fronteiras.

Em ambos os casos, as suspensões darão espaço para negociações entre os países, visando um acordo econômico final. A manobra demonstrou a disposição de Trump em usar tarifas como barganha ante parceiros comerciais importantes, apesar de potenciais efeitos negativos para a própria economia americana.

Até então, tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá, impostas no decreto de sábado, seriam uma espécie de sanção para os fluxos de imigrantes indocumentados para os Estados Unidos e de opioides fentanil.

A única exceção seria sobre os fornecimentos de petróleo e energia canadenses, sobre os quais os EUA são mais dependentes e que teriam uma taxa menor, de 10%.

"A retórica super agressiva de Trump parece ser, de fato, o que todos suspeitavam desde o início: uma grande alavanca para negociar acordos comerciais e atender outros objetivos políticos", diz Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

"Isso significa que os ganhadores da guerra comercial -o dólar e moedas porto-seguro- podem enfrentar algumas correções."

Trump, porém, manteve as tarifas adicionais de 10% sobre produtos da China, que entraram em vigor nesta terça. A medida resultou em represália. Os chineses retaliaram com taxas sobre as importações dos EUA, renovando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O Ministério das Finanças da China anunciou que vai impor taxas de 15% para carvão e gás natural dos EUA e 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis, como caminhões elétricos da Tesla, de Elon Musk. Também terão início investigações antimonopólio sobre o Google, da Alphabet.

As novas tarifas da China sobre as exportações norte-americanas começarão em 10 de fevereiro, dando a Washington e Pequim tempo para tentar chegar a um acordo que as autoridades chinesas indicaram que esperam alcançar com Trump.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, esforços estão sendo feitos para agendar um telefonema entre Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, "muito em breve".

A imposição de tributos mais altos pode afetar fluxos comerciais, aumentar custos e provocar retaliações. Na economia doméstica dos EUA, ainda há o risco de um repique inflacionário, o que pode comprometer a briga do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados -o que fortalece o dólar.

Já na ponta doméstica, analistas repercutem a ata da última reunião de política monetária do BC, na qual o Copom optou por um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, agora em 13,25% ao ano. Foi a segunda alta consecutiva dessa magnitude, e o colegiado já sinalizou que irá repetir a dose em março.

Na ata, o BC disse prever um novo estouro da meta de inflação em junho, conforme o sistema de alvo contínuo em

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