Café sobe 80,2% em 12 meses e acumula maior inflação desde início do Plano Real

O café moído acumulou inflação de 80,2% no Brasil nos 12 meses encerrados em abril, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O órgão afirmou que a alta dos preços é a maior já registrada nesse recorte desde a entrada em circulação do real, em julho de 1994, há quase 31 anos.

Uma taxa de 85,5% até foi verificada de junho de 1994 a maio de 1995, diz o IBGE, mas esse período teve a influência do último mês antes da vigência da moeda.

A carestia do café ocorre em meio a problemas de oferta causados pelo clima adverso e baixos estoques na indústria. Esse contexto levou as cotações do produto para níveis recordes.

Com a alta de 80,2%, o café também registrou a maior variação de preços entre os 377 bens e serviços (subitens) que compõem a cesta do IPCA.

Entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas no índice, Porto Alegre teve a maior disparada do produto: 99,4%. Goiânia veio na sequência (97,01%). As duas menores altas foram registradas em Recife (61,63%) e São Paulo (65,34%).

Apenas o mês de abril, o café moído subiu 4,48% no país. O aumento veio após um avanço ainda maior em março (8,14%).

O produto foi novamente um dos principais vetores de pressão na inflação do grupo alimentação e bebidas. O ramo é o de maior peso no IPCA.

A alta dos preços de alimentação e bebidas até desacelerou a 0,82% no mês passado, depois da taxa de 1,17% em março. Mesmo assim, o segmento gerou o maior impacto no IPCA (0,18 ponto percentual).

O índice geral mostrou inflação de 0,43% em abril. A taxa veio após variação de 0,56% em março.

Em 12 meses, a inflação de alimentação e bebidas alcançou 7,81%. É a maior alta dos nove grupos pesquisados. Educação aparece na sequência (6,31%).

Folhapress

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Em Natal, 86,2% das famílias estão endividadas



Em abril de 2025, 86,2% das famílias natalenses declararam ter algum tipo de dívida, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O índice representa uma leve queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao mesmo mês de 2024, quando o percentual era de 88,3%.

Apesar da redução, o endividamento na capital potiguar segue acima da média nacional, que ficou em 77,6%. A inadimplência, por outro lado, apresentou recuo mais significativo. Caiu de 55,9% em abril de 2024 para 36,4% neste ano, sinalizando uma melhora no equilíbrio financeiro das famílias. Ainda assim, o índice permanece superior à média nacional, de 29,1%.

O principal vetor de endividamento em Natal continua sendo o cartão de crédito, citado por 80,6% das famílias — índice que supera a média das capitais nordestinas. Carnês (19,2%) e cheque especial (10%) vêm em seguida, seguidos por financiamento de imóvel (8%) e crédito consignado (7,6%).

Em termos de inadimplência, o tempo médio de atraso ficou em 42 dias, e 44,3% dos inadimplentes estão com contas vencidas entre 30 e 90 dias. Embora apenas 1,8% das famílias declarem não ter condições de quitar os débitos — menor índice para meses de abril desde 2010 e abaixo da média nacional de 12,4% —, 42% veem mais da metade da renda comprometida, limitando o consumo e a poupança.

“Ainda que o nível de endividamento se mantenha elevado, a expressiva redução da inadimplência em Natal reflete a resiliência das famílias diante de custos de crédito elevados e inflação persistente. Esses números demonstram que, com educação financeira e políticas de renegociação, podemos avançar rumo a um cenário mais sustentável para o consumo local”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) registrou alta no endividamento das famílias brasileiras em abril. Segundo o levantamento da CNC, 77,6% dos lares declararam possuir algum tipo de dívida, patamar superior ao mês de março (77,1%). Ainda assim, o percentual é menor que em abril do ano passado, quando chegou aos 78,5%.

O dado mais preocupante, no entanto, é a elevação da inadimplência. O percentual de famílias com dívidas em atraso atingiu 29,1%, retornando ao nível observado em janeiro deste ano. Além disso, também cresceu o número de famílias que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas atrasadas. O índice, que em abril de 2024 estava em 12,1%, atingiu os 12,4%, o maior valor desde o início do ano.

NÚMEROS

77,6%
É o índice de endividamento das famílias brasileiras em abril de 2025, de acordo com a Peic

29,1%
É o percentual de famílias inadimplentes no Brasil, mesmo nível de janeiro de 2025

Tribuna do Norte

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Pix movimenta R$ 81 bilhões no RN nos primeiros quatro meses de 2025

O uso do Pix segue em alta no Rio Grande do Norte e apresentou crescimento expressivo nos primeiros quatro meses de 2025. De janeiro a abril, foram realizadas 371,3 milhões de transações, que movimentaram R$ 81 bilhões no estado, segundo dados do Banco Central (BC). Em comparação com o mesmo período de 2024, o número de operações cresceu 35,5%, enquanto o valor movimentado aumentou 33%. No primeiro quadrimestre do ano passado, o sistema registrou 274 milhões de transações e um volume financeiro de R$ 60,9 bilhões.

No recorte por tipo de usuário, as pessoas físicas foram as maiores responsáveis pelo total de transações no estado neste ano: 323,5 milhões, que somaram R$ 47,4 bilhões. Já entre pessoas jurídicas, o sistema contabilizou 47,8 milhões de operações, movimentando R$ 33,5 bilhões. Em ambos os segmentos, os dados superam os resultados do ano anterior, quando foram registradas 260,8 milhões de operações entre pessoas físicas e 13,1 milhões entre empresas, com R$ 38,2 bilhões e R$ 22,6 bilhões movimentados, respectivamente.

Para o economista Helder Cavalcanti, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), a expansão no uso do Pix reflete a consolidação da ferramenta como meio de pagamento preferencial no cotidiano do brasileiro. “O Pix tem um poder de atingir a todas as camadas da população. Quando a gente tem uma economia que começa a se aquecer e a gente começa a ter os negócios, as transações com mais frequência, as pessoas se valem do mecanismo de transferência de recurso. Nisso, o Pix é a ferramenta mais acessível, mais democrática que está para todo mundo”, afirma.

A facilidade de uso, a ausência de tarifas e a liquidez imediata são características que tornam o Pix especialmente atrativo, sobretudo em economias locais, onde predomina o comércio de bens e serviços de baixo valor. No Rio Grande do Norte, segundo dados de 2024 da pesquisa “Geografia do Pix”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os moradores do estado usaram o sistema em média 36 vezes por mês, ficando acima da média nacional (32 transações) e superando, inclusive, estados como São Paulo (29) e Rio de Janeiro (34). O valor médio por operação no estado foi de R$ 146,26, o que indica predomínio de transações rotineiras, como pagamentos em supermercados, salões de beleza, oficinas e serviços informais.

Tribuna do Norte

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Operação fecha lojas e prende casal por fraude de R$ 4 milhões em Natal

Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/RN) desarticulou um esquema estruturado de fraudes fiscais e ocultação de patrimônio, operado por um grupo empresarial do setor de calçados, bolsas e vestuário em Natal. A ação foi realizada em estabelecimentos localizados em shoppings da capital potiguar, residências dos investigados e em um escritório de contabilidade vinculado ao grupo. Um casal, apontado como os principais articuladores, foi preso e diversas lojas foram interditadas, com suspensão imediata das atividades. A denominda “Operação Fechamento” foi deflagrada nesta quinta-feira (8).

As investigações da Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Contra a Ordem Tributária (DEICOT) apontam que o grupo utilizava, ao menos, 45 CNPJs diferentes para fracionar o faturamento, ocultar a real estrutura de gestão e evitar a migração para regimes tributários mais rigorosos. A estrutura empresarial era mantida por meio de interpostas pessoas – os chamados “laranjas”, entre familiares e funcionários – que figuravam formalmente como sócios, com o objetivo de dificultar a responsabilização dos verdadeiros gestores.

Entre os mecanismos fraudulentos empregados, destacam-se a abertura sucessiva de empresas em endereços já utilizados por unidades inativas ou endividadas; o uso de residências como sedes formais; reiterados parcelamentos fiscais cancelados por inadimplência; dissoluções fraudulentas; possível ocultação patrimonial; e a manipulação contábil por meio de escritórios vinculados ao grupo.

A dívida ativa estadual das empresas investigadas nas etapas iniciais supera R$ 1,3 milhão, sendo que os registros judiciais já apontam débitos acumulados superiores a R$ 4 milhões. A justiça determinou o bloqueio de bens, direitos ou valores no valor de R$ 1,5 milhão, além da restrição de circulação de veículos vinculados ao grupo. Também foram decretadas medidas cautelares como a suspensão de atividades profissionais de dois contadores investigados e a inabilitação de seus certificados digitais. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências, estabelecimentos comerciais e em um escritório de contabilidade ligado ao grupo. Houve ainda o cancelamento de 10 inscrições estaduais de empresas utilizadas no esquema. Também foi decretada a prisão preventiva dos principais investigados: um casal apontado como núcleo gestor da organização criminosa.

A operação contou com a participação de 50 policiais civis das unidades da DECCOR-LD, da DEICOR e da DPGRAN, além de dez equipes de auditores da Sefaz e peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em lojas, residências e no escritório de contabilidade vinculado ao grupo empresarial.

O nome Fechamento faz alusão ao encerramento compulsório das atividades fraudulentas conduzidas pelo grupo investigado, ao fechamento das lojas envolvidas e à interrupção de um modelo empresarial sustentado por práticas ilícitas, com impacto direto na arrecadação estadual e na concorrência leal no mercado.

Tribuna do Norte

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"Presidente" Janja discursa em Moscou sobre assistência de educação internacional


A primeira-dama, Janja da Silva, publicou em seu perfil no Instagram nesta 5ª feira (8.mai.2025) um trecho de seu discurso na mesa redonda da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza em Moscou, na Rússia.

No vídeo, Janja defende medidas de investimento para políticas públicas especialmente na área da educação universitária, atuando no combate à fome e à pobreza.

Janja também ressaltou a importância de medidas e planejamentos estruturantes em países “menores” para que o financiamento de políticas públicas possibilite a “elaboração de planos de trabalho, a gestão junto aos governos e o monitoramento do alcance efetivo da implementação”.

A mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidada pela HSE (Escola Superior de Economia da Universidade Nacional de Pesquisa) para discursar na mesa redonda.

Janja já representou o Brasil em outros encontros da aliança, em julho e em novembro de 2024, sendo a última em Paris. Segundo a primeira-dama, 33 países já aderiram aos ideais da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Poder 360

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Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, publicou no Diário Oficial da União desta sexta-feira (9) as demonstrações financeiras referentes ao ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Além disso, auditoria independente ressalvou dados contábeis da empresa.

O déficit em 2024 é quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, quando o prejuízo registrado foi de R$ 597 milhões. Na apresentação deste ano, os Correios reajustaram os dados de 2023 para melhor representar as normas contábeis e o resultado final do ano anterior acabou subindo para R$ 633 milhões.


Esta é a primeira vez, desde 2016 que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. À época, a empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão (R$ 2,3 bilhões em valores atualizados).

Entre as justificativas dadas pela empresa para o resultado negativo, está o fato de que apenas 15% das 10.638 unidades de atendimento terem superávit – quando as receitas são maiores do que as despesas.

“Ainda que 85% das unidades sejam consideradas deficitárias, os Correios garantem o acesso universal de todas e todos aos serviços postais, com tarifas justas, em cada um dos 5.567 municípios atendidos”, ponderou.

Por outro lado, a empresa também justificou que houve um investimento de R$ 830 milhões ao longo de 2024, totalizando R$ 1,6 bilhões desde que a nova gestão assumiu.

Nos últimos dois anos foram R$ 698 milhões na aquisição de novos veículos e outros R$ 600 milhões gastos em manutenção da infraestrutura operacional da empresa.

Parte dos veículos adquiridos faz parte do plano estratégico da empresa de 5 anos para transição ecológica de suas atividades. Desta forma, apenas em 2024 foram adquiridos 50 furgões elétricos, 3.996 bicicletas cargo com baú e 2.306 bicicletas elétricas. A empresa ainda comprou 1.502 veículos para renovar a frota já existente.

Apesar do prejuízo em 2024, a empresa reafirmou que manterá sua estratégia de investimentos que ampliem “soluções tecnológicas” e reduzam o impacto no meio ambiente.

“A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental”, afirmou a empresa.

Impactos no resultado

Entre os motivos que impactaram o resultado dos Correios está a redução da receita com a prestação de serviços. Neste ano, o total foi de R$ 18,9 bilhões contra R$ 19,2 bilhões em 2023, R$ 335 milhões a menos. Esse foi a menor receita desde 2020, quando a empresa registrou R$ 17,2 bilhões de receita.

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram R$ 716 milhões em relação ao ano anterior. Passando de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões. Esse é o maior custo anual realizado pelos Correios desde 2017, quando a empresa gastou R$ 16 bilhões.

A maior parte deste aumento dos custos operacionais da empresa está nos gastos com pessoal, que em 2023 era de R$ 9,6 bilhões e em 2024 foi de R$ 10,3 bilhões. Os Correios justificaram que o aumento se deveu ao Acordo Coletivo de Trabalho assinado com os mais de 80 mil empregados (R$ 550 milhões). E também ao reajuste do vale alimentação/refeição (R$ 41 milhões).

G1

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Leia na íntegra o primeiro discurso do papa Leão XIV aos fiéis católicos, na Praça de São Pedro

O papa Leão XIV faz, nesta quinta-feira (8), seu primeiro pronunciamento aos fiéis católicos, na Praça de São Pedro.

Em seu discurso inaugural, o novo pontífice mencionou o papa Francisco, agradeceu aos cardeais pelos votos e concedeu a bênção Urbi et Orbi.

Leia o discurso na íntegra:

“Que a paz esteja convosco. Irmãos, irmãs caríssimos, esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado, o bom pastor, que deu a vida pelo rebanho de Deus. Também eu gostaria que esta saudação, de paz, entrasse no vosso coração, alcançasse vossas famílias, a todas as pessoas. Onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra, a paz esteja convosco.

Esta é a paz de Cristo ressuscitado, uma paz desarmada, uma paz desarmadora, humilde e perseverante, que provém de Deus. Deus que nos ama a todos, incondicionalmente. Ainda conservamos em nossos ouvidos aquela voz frágil, mas sempre corajosa do papa Francisco, que abençoava Roma.

O papa que abençoava Roma, dava a sua bênção ao mundo inteiro naquela manhã do dia de Páscoa. Permitam-me dar sequência àquela mesma bênção: Deus nos quer bem, Deus nos ama a todos. O mal não prevalecerá. Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos, mão na mão com Deus e entre nós, sigamos adiante. Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa da sua luz. A humanidade necessita de pontes para que sejam alcançadas por Deus e ao mundo. Ajudai-nos também vós, unam-se aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos todos para sermos um só povo, sempre, em paz. Obrigado, papa Francisco.

Gostaria de agradecer a todos os irmãos cardeais que me escolheram para ser sucessor de Pedro, e caminharei junto a vós, como Igreja unida, buscando sempre a paz, a justiça, buscando sempre trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo. Sem medo, para proclamar o Evangelho. Para sermos missionários.

Sou um filho de Santo Agostinho, agostiniano, que disse: “Convosco sois cristão, e para vós bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos rumo a essa pátria, à qual Deus nos preparou.

À Igreja de Roma, uma saudação especial. Devemos buscar juntos como ser igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, que dialoga, sempre aberta a receber como esta praça de braços abertos, a todos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo, de amor.

E se me permitem também uma palavra: [em espanhol] a todos aqueles, de modo particular, à minha querida diocese de Chiclayo no Peru, onde um povo fiel acompanhou o seu bispo, compartilhou a sua fé e deu tanto a mim para seguir sendo igreja fiel de Jesus Cristo.

A todos vós irmãos e irmãs, de Roma, da Itália e do mundo inteiro, queremos ser uma igreja sinodal, uma igreja que caminha, que busca sempre a paz, que busca sempre a caridade e busca sempre estar próxima, especialmente daqueles que sofrem.

O dia da súplica à Nossa Senhora de Pompeia, nossa mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com a sua interseção e seu amor. Agora gostaria de rezar junto convosco, rezemos juntos por essa nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo. Peçamos essa graça especial à Maria, nossa mãe.”

Em seguida, o pontífice fez uma oração junto aos fiéis presentes na praça, além de ter dado sua primeira bênção como papa – a Bênção Urbi et Orbi, do latim, “à cidade [de Roma] e ao mundo, a todo o universo”.

E se me permitem também uma palavra: [em espanhol] a todos aqueles, de modo particular, à minha querida diocese de Chiclayo no Peru, onde um povo fiel acompanhou o seu bispo, compartilhou a sua fé e deu tanto a mim para seguir sendo igreja fiel de Jesus Cristo.

A todos vós irmãos e irmãs, de Roma, da Itália e do mundo inteiro, queremos ser uma igreja sinodal, uma igreja que caminha, que busca sempre a paz, que busca sempre a caridade e busca sempre estar próxima, especialmente daqueles que sofrem.

O dia da súplica à Nossa Senhora de Pompeia, nossa mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com a sua interseção e seu amor. Agora gostaria de rezar junto convosco, rezemos juntos por essa nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo. Peçamos essa graça especial à Maria, nossa mãe.”

Em seguida, o pontífice fez uma oração junto aos fiéis presentes na praça, além de ter dado sua primeira bênção como papa – a Bênção Urbi et Orbi, do latim, “à cidade [de Roma] e ao mundo, a todo o universo”.

CNN Brasil

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Trump parabeniza o papa Leão 14: ‘É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano’

O presidente americano, Donald Trump, parabenizou Leão XIV, o primeiro papa dos Estados Unidos, em uma mensagem em sua rede Truth Social nesta quinta-feira (8). “Parabéns ao cardeal Robert Francis Prevost, que acaba de ser nomeado papa. É uma grande honra saber que ele é o primeiro papa americano. Que emoção e que grande honra para o nosso país”, disse ele. “Estou ansioso para conhecer o papa Leão XIV. Será um grande momento!”.

O americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, tornou-se o sucessor do papa Francisco nesta quinta-feira (8) e o primeiro pontífice dos Estados Unidos na história, sob o nome de Leão 14, anunciou o Vaticano. O 267º pontífice da Igreja Católica também possui nacionalidade peruana, onde atuou como missionário e como arcebispo emérito de Chiclayo.

Em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, logo após sua eleição, o novo papa fez um “apelo à paz” a “todos os povos” nesta quinta-feira (8), em seu primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, logo após sua eleição. O primeiro papa americano e peruano da história também fez um apelo para “construir pontes” por meio do “diálogo”, exortando a avançar “sem medo, unidos, segurando a mão de Deus e segurando a mão uns dos outros”.

Com informações da AFP

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Brasil teve 1 morte por AVC a cada 7 minutos em 2025

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte no Brasil. Somente em 2025, entre os dias 1º de janeiro e 5 de abril, o quadro foi responsável pela morte de 18.724 pessoas, segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil. O número é o equivalente a uma morte a cada sete minutos ao longo do ano. Além disso, em 2024, foram registrados 84.878 óbitos.

Entre 1990 e 2021, os AVCs provocaram 7,3 milhões de mortes em todo o mundo e projeções indicam que a condição poderá causar quase 10 milhões de mortes anualmente até 2050.

Embora os números possam assustar, especialistas destacam que a incidência de casos tem diminuído. Mesmo com o envelhecimento da população — o que naturalmente tem elevado os números absolutos de casos —, a taxa de incidência global caiu 21,8% nas últimas três décadas, e a de mortalidade, 39,4%. No Brasil, as quedas foram de 47,7% e 62,2%, respectivamente.

Ainda assim, o AVC continua sendo um desafio para as políticas públicas, especialmente em três áreas: prevenção, tratamento e reabilitação. Tanto que os avanços já obtidos parecem ter estagnado ou mesmo regredido em alguns países. No Brasil, de 2015 a 2021, a redução média anual foi de apenas 0,75%, ante 2,09% no apanhado de 1990 a 2021.

Diante do cenário, representantes de governos, organizações internacionais e especialistas em saúde lançaram em abril a Coalizão Mundial de Ação contra o AVC (Global Stroke Action Coalition, em inglês). A entidade emitiu um chamado urgente à ação para enfrentar as crescentes desigualdades relacionadas à condição.

Uma das coordenadoras do grupo é a neurologista brasileira Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC. Segundo ela, o País se destaca com ações do Sistema Único de Saúde (SUS), como uso de trombolítico (medicamento que desfaz o trombo ou coágulo sanguíneo, permitindo a circulação), protocolos para agilidade no tratamento e a criação de 119 centros especializados no atendimento ao AVC, financiados pelo Ministério da Saúde.

Mas ainda há muito a melhorar. “O Brasil está à frente de muitos países por ter políticas públicas gratuitas de prevenção e reabilitação, mas ainda enfrentamos desafios”, diz Sheila.

A desigualdade regional é um dos maiores obstáculos: 77% dos centros de AVC estão no Sul e Sudeste, segundo a Rede Brasil AVC. Um estudo publicado na Frontiers Neurology estimou que, em instituições sem esses centros, a taxa de mortalidade chegou a 49%, contra 17% onde havia estrutura adequada.

Outra melhoria buscada pela coalizão global é o diagnóstico precoce. A maioria dos casos está ligada a fatores de risco modificáveis, principalmente a hipertensão. Por isso, a proposta é que todo paciente tenha sua pressão aferida ao chegar ao posto de saúde.

“Hipertensão é o principal fator de risco, mas somente 20% das pessoas que têm a condição são diagnosticadas. Por outro lado, gerenciar a hipertensão por si só poderia reduzir a taxa de AVC pela metade”, diz a médica.

A reabilitação também precisa de atenção. Os especialistas dizem que sobreviventes e cuidadores devem participar da formulação de políticas e ter acesso facilitado a terapias. “O paciente pode ficar com sequelas após um evento como esse, por isso precisa de reabilitação física, fisioterapia, reabilitação da fala, mas muitas vezes não consegue acesso rápido a essas medidas”.

Outras demandas da Global Stroke Action Coalition são o desenvolvimento de planos nacionais de ação para AVC e o compromisso em financiar intervenções inovadoras. Por fim, há o entendimento de que o cuidado com o quadro deve ser contínuo.

“Controlar a pressão arterial, promover hábitos saudáveis e garantir que o paciente tenha acesso à reabilitação são partes de uma mesma estratégia. O cuidado com o AVC não começa no hospital e nem termina na alta. Ele precisa ser contínuo, integrado e acessível em todas as fases, desde a prevenção até a reintegração do paciente à vida cotidiana”, defende Sheila.

Estadão Conteúdo

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