Secretário de Trump alfineta Moraes e diz que “togas não podem proteger quem atropela direitos”

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, mandou um recado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo de sanções dos Estados Unidos nesta quarta-feira (30) com base na Lei Magnitsky, que visa acusados de violar direitos humanos e de corrupção.

“O presidente [Donald Trump] e o Departamento do Tesouro americano sancionaram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob o programa de sanções Global Magnitsky por graves violações de direitos humanos. Que isso sirva de alerta para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas — togas judiciais não podem protegê-los”, escreveu Rubio no X.

No último dia 18, Rubio já havia anunciado que a gestão Trump revogou os vistos de Moraes, de “aliados dele” no STF e seus familiares, que ficam assim impedidos de entrar nos Estados Unidos.

“O presidente Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, escreveu Rubio no X na ocasião.


As medidas do Departamento do Tesouro contra Moraes incluem bloqueio de todos os bens dele que estejam nos Estados Unidos ou em posse ou controle de americanos; bloqueio de empresas ou outras organizações que tenham participação de 50% ou mais do ministro; e proibição de pessoas nos Estados Unidos ou em trânsito no território americano de fazer transações financeiras e comerciais com o juiz, exceto em caso de licença emitida pelo Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (Ofac, na sigla em inglês).

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Agência Brasil, órgão de imprensa do governo, faz deboche com Zambelli em notícia


A Agência Brasil usou uma foto em que Carla Zambelli parece estar gritando, mas retirou a imagem menos de duas horas após a publicação (Foto: Reprodução/Agência Brasil - Foto: Lula Marques )

Uma imagem de deboche em que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) parece estar gritando chamou a atenção em uma das reportagens publicadas pela Agência Brasil, órgão do governo federal, na manhã desta terça-feira (30). A foto foi trocada menos de duas horas após a publicação.

A reportagem da agência do governo foi publicada com uma análise da situação de Zambelli após sua prisão em Roma, na Itália, devido ao mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a foto escolhida para ilustrar o texto foi de Zambelli em aparente desespero.

Em pesquisa nas redes da Agência Brasil, a imagem — do fotógrafo Lula Marques — aparece entre fotos da retrospectiva de 2023, e as informações da legenda informam que se trataria de uma reação de Carla Zambelli durante leitura do relatório da "CPI do Golpe", na Câmara dos Deputados. Não foram localizadas outras reportagens com o uso da imagem.

A Gazeta do Povo entrou em contato com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que coordena a Agência Brasil, e aguarda retorno. Entre os questionamentos da reportagem estão a intenção da primeira foto e o motivo de ela ter sido trocada. A agência não respondeu até a publicação desta reportagem, mas o espaço segue aberto para manifestação.

O que aconteceu com a deputada Carla Zambelli?

A parlamentar Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão por suposta autoria na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A condenação também impõe perda do mandato e pagamento de multa de R$ 2 milhões. Ela nega participação no crime.

Após a decisão, em maio, Zambelli deixou o Brasil em busca de asilo político. Inicialmente, ela foi para os Estados Unidos, mas decidiu ficar na Itália por ter cidadania italiana. No dia 3 de junho, a deputada chegou a afirmar que seria “intocável” naquele país.

"Vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, porque sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a justiça italiana me prenda", disse em entrevista à CNN Brasil na ocasião.

Logo após sua saída do Brasil, a Polícia Federal pediu a inclusão do nome da deputada na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), e o governo Lula solicitou extradição da deputada.


No entanto, caso a Justiça italiana aceite o pedido, esse processo pode durar meses, já que o artigo 26 da Constituição italiana não prevê extradição de cidadãos por crimes políticos. “A extradição do cidadão somente pode ser permitida quando expressamente prevista pelas convenções internacionais. Em hipótese alguma pode ser admitida por crimes políticos”, diz o texto da lei italiana.

Entretanto, Brasil e Itália assinaram um tratado, em 1989, afirmando que o fato de ter cidadania italiana não impede a extradição. Outro ponto que também pode pesar contra Zambelli é que a parlamentar não nasceu no país europeu e nunca viveu lá. O texto estabelece que a recusa, neste caso, será facultativa.

Próximos passos após a prisão

Com sua prisão nesta terça-feira (29), Zambelli deve passar por audiência em até 48 horas para que o Ministério da Justiça da Itália confirme, ou não, a validade da prisão. Em caso afirmativo, a Corte de Apelação em Roma deve analisar o pedido de extradição.

Por enquanto, as autoridades do país europeu devem decidir se ela permanecerá detida, cumprirá prisão domiciliar ou se seguirá em liberdade.

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EUA incluem Moraes na lista de sancionados da Lei Magnitsky

O governo de Donald Trump incluiu nesta quarta-feira (30) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na lista de autoridades sancionadas com base na Lei Magnitsky dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro (OFAC, na sigla em inglês).

O dispositivo presente na legislação americana é usado para punir financeiramente estrangeiros considerados violadores de direitos humanos ou corruptos.

A medida estava sendo debatida há pelo Departamento de Estado. Em maio, o secretário Marco Rubio chegou a comentar que havia "grande possibilidade" do ministro Alexandre de Moraes ser sancionado.

Em comunicado, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) justificou a medida dizendo que Moraes usou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias preventivas e suprimir a liberdade de expressão.


“Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

“[Alexandre] de Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, continuou o secretário no comunicado.

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“Focar na recuperação”, diz mulher que levou 60 socos de ex-atleta

A mulher de 35 anos que levou mais de 60 socos do ex-namorado dentro do elevador do prédio onde mora, em Ponta Negra, na zona sul de Natal (RN), usou as redes sociais para falar sobre o crime.

Na publicação, a vítima agradeceu a ajuda e a solidariedade que recebeu de amigos e de desconhecidos que se sensibilizaram com o caso.

“Estou com acesso ao meu perfil e agradeço toda a solidariedade e amor que todos estão me ofertando no momento. É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação”, disse.

“Obrigada a todas as minhas amigas que estão sendo minha rede de apoio no momento”, acrescentou.

No dia do espancamento, a vítima escreveu um bilhete para policiais que atenderam a ocorrência, pois não conseguia falar. Na nota, ela informou que o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, afirmou que iria matá-la.

Ela teve múltiplas fraturas no rosto e no maxilar e deve ser submetida a uma cirurgia. Cabral foi preso em flagrante e teve a detenção transformada em prisão preventiva após passar por audiência de custódia.

Segundo a polícia, ele vai responder por tentativa de feminicídio. Ainda no bilhete, a mulher relatou que permaneceu no elevador porque sabia que seria agredida pelo homem. “Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me bater e disse que ia me matar”, escreveu.

Espancamento filmado

O crime aconteceu no último sábado (26/7), por volta das 16h, e foi registrado pela câmera do elevador do condomínio. O vídeo mostra o casal discutindo e, quando a porta do elevador se fecha, Igor parte pra cima da vítima e começa a desferir socos contra ela.

É possível perceber que ele dá pelo menos 60 socos. A mulher ficou com o rosto completamente ensanguentado e desfigurado.

De acordo com uma amiga da vítima – que pediu para não ser identificada –, o segurança do condomínio que via as imagens da agressão pela câmera do elevador acionou a Polícia Militar.

Quando o elevador chegou ao térreo, o agressor foi contido pelos moradores e preso em seguida. A vítima foi levada para o Hospital Walfredo Gurgel. Ainda de acordo com a amiga da vítima, a discussão começou porque o homem teve uma crise de ciúmes.

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Mega-Sena acumula mais uma vez e prêmio vai a R$ 76 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.894 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado, na noite dessa terça-feira (29), no Espaço da Sorte, em São Paulo principal. O prêmio acumulou mais uma vez e vai a R$ 76 milhões. 

As dezenas sorteadas foram as seguintes: 05 – 21 – 24 – 25 – 29 – 49.

A quina teve 52 apostas ganhadoras, cada uma vai pagar R$ 67.184,51. A quadra registrou 4.381 apostas vencedoras cada ganhador vai receber um prêmio de R$ 1.139,20.

O próximo sorteio será realizado nessa quinta-feira (31) no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Apostas podem ser feitas até as 19h de amanhã (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 6.

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Pesquisa Consult em Maxaranguape: Rogério Marinho 37,5%; Allyson 16,75% e Cadu 5,75% das citações para o Governo do RN


Pesquisa realizada pelo Instituto Consult revela que Rogério Marinho tem 37,5% das citações dos entrevistados em Maxaranguape; Allyson Bezerra tem 16,75%; Cadú Xavier tem 5,75% das citações; 31,25% não souberam responder; nenhum dos candidatos são 8,75%.

A pesquisa foi realizada no dia 26 de julho de 2025 com 400 entrevistados. A margem de erro é de 4,9% pontos percentuais, com confiabilidade de 95%.

Com Blog do Gustavo Negreiros.

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Brasil goleia Uruguai e vai novamente à final da Copa América feminina


A seleção brasileira derrotou o Uruguai por 5 a 1, na noite de terça-feira (29), no estádio Casa Blanca, em Quito, e avançou à decisão da Copa América feminina –assegurando, no processo, vaga nos Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles. O jogo do título da disputa continental será contra a Colômbia, às 18h (de Brasília) de sábado (2), no mesmo local.

Diante da formação uruguaia, as comandadas de Arthur Elias estabeleceram sua superioridade. Ao fim do primeiro tempo, a vantagem já era de três gols, marcados por Amanda Gutierres, Gio Garbelini e Marta, de pênalti. Na etapa final, tiveram dificuldades, levaram um gol de Pilar González, mas restabeleceram a ordem com uma batida de falta de Gutierres e uma finalização de Dudinha.

O Brasil, assim, brigará pelo título pela décima vez em dez edições da competição, inaugurada em 1991. A equipe verde-amarela tem oito títulos do torneio e só não o venceu em 2006, quando foi superada pela campeã Argentina na rodada derradeira do quadrangular final.

O favoritismo é novamente brasileiro, mas o adversário tem mostrado força no cenário internacional. A Colômbia chegou às quartas de final dos dois últimos grandes campeonatos mundiais da modalidade: a Copa do Mundo de 2023, com derrota por 2 a 1 para a Inglaterra, e os Jogos Olímpicos de 2024, com derrota nos pênaltis para a Espanha –Inglaterra e Espanha fizeram a final da Eurocopa no último domingo (27), com triunfo inglês.

Brasil e Colômbia decidiram a última Copa América (1 a 0 para o Brasil, em 2022) e já se enfrentaram na atual edição, na rodada final do Grupo B. A equipe de Arthur Elias atuou com uma a menos desde os 23 minutos do primeiro tempo, por causa da expulsão da goleira Lorena, mas segurou o 0 a 0 e a liderança da chave.

Com a primeira posição, enfrentou o Uruguai, segundo colocado do Grupo A. Mais eficiente nos primeiros 45 minutos, apesar de ter oferecido chances ao adversário, construiu boa vantagem. Gutierres, aos 11, marcou de cabeça, após cruzamento de Marta. Gio, aos 13, aproveitou sobra na área. E Marta, aos 27, converteu pênalti bastante contestado pela formação celeste.

O jogo estava controlado, mas quase se complicou após o intervalo. Isa Haas marcou contra, aos seis, em tentativa de cortar escanteio, e escapou de cartão vermelho –já tinha amarelo– por falta dura. O Uruguai teve nova chance clara, com Belén Aquino, e pouco depois foi castigado em cobrança de falta de Gutierres, aos 20. Aí, tudo ficou decidido. E Dudinha ainda ampliou a vantagem, aos 42.

Do outro lado da chave, a Colômbia encarou a Argentina, líder do Grupo A, na última segunda (28). Após um empate sem gols, venceu por 5 a 4 nos pênaltis. O jogo –como o do Brasil nesta terça e como todos em um certame marcado pelo descaso– teve público diminuto no Equador.

Folha de S.Paulo

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Lula: Brasil não negociará como se fosse um país pequeno contra um grande

Dias antes das novas tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump entrarem em vigor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre as negociações em entrevista ao The New York Times publicada nesta quarta-feira (30).

Em nenhum momento o Brasil negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”, disse.

Lula afirmou que está tratando o assunto com a “seriedade”, mas destacou que “seriedade não exige subserviência“.

O líder brasileiro falou ao jornal americano pela primeira vez em 13 anos diante do impasse aberto pelo tarifaço. A nova alíquota está prevista para esta sexta-feira (1º).

“Conhecemos o poder econômico dos Estados Unidos, reconhecemos o poder militar dos Estados Unidos, reconhecemos a dimensão tecnológica dos Estados Unidos”, afirmou Lula. “Mas isso não nos deixa com medo”, acrescentou. “Nos deixa preocupados.”

Na segunda-feira (28), durante uma agenda em São João da Barra, no Rio de Janeiro, Lula pediu que Trump refletisse sobre a “importância do Brasil” e resolvesse suas “divergências” por meio de negociação.

CNN

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