Esquerda hipócrita diz querer proteger crianças na internet enquanto defende aborto

Como é abundante a hipocrisia nesse caso que foi reaberto pelo influenciador digital Felca, repetindo denúncias já feitas anos atrás pela Damares Alves, pela Antônia Fontenelle, e ninguém deu bola porque disseram que era coisa de evangélico, coisa da direita, coisa de fascista. Os mesmos que não deram bola para aquele filme Som da Liberdade, que trata exatamente desse assunto, do abuso sexual, da pedofilia. A esquerda brasileira diz que está defendendo as crianças e que para isso é preciso censurar as redes sociais. Não precisa; tanto que não houve censura e a Polícia Federal descobriu esse tal Hytalo Santos. Digo tudo isso para contar que se descobriu – porque o governo divulgou com muito cuidado – um decreto de Lula anulando um decreto de Jair Bolsonaro contra o aborto. O texto anterior foi anulado pelo novo, de Lula, sob a égide da proteção à infância. A oposição afirma que isso abrirá frestas para permitir o aborto, que é o sonho da esquerda. O Código Civil, no artigo 2.º, diz que a pessoa adquire personalidade jurídica – isto é, tem nome – a partir do nascimento. Mas, ao mesmo tempo em que a personalidade civil começa no nascimento, “a lei põe a salvo, desde a concepção [ou seja, o momento em que o espermatozoide entrou no óvulo], os direitos do nascituro”. Quais são esses direitos? Olhem a Constituição: o artigo 5.º protege o direito à vida. Violência se combate com educação, mas os demagogos não querem educar o povo Três mulheres perderam a vida em Ilhéus (BA). Estavam passeando na praia com o cachorro, só o cachorro sobreviveu. Sofreram um ataque a faca e os corpos foram encontrados. Eram duas professoras municipais, de mais de 40 anos, e a filha de uma delas, de 20. Todas agredidas a faca. Fazem tanta campanha contra armas de fogo, mas eu olho as estatísticas de homicídios e vejo que 70% das mulheres assassinadas foram mortas à faca. Será que vão fazer uma campanha de registro de faca, ou de porte de faca? Eu ironizo porque há pessoas que fingem não saber que a origem da violência não é a arma. A arma, que serve para matar, serve também para defender a vida e a propriedade. A arma é inerte. A origem da violência está nos cérebros que armam as mãos. Então, é preciso desarmar os cérebros, e isso se faz com educação. Mas os demagogos não querem saber de ensino e educação. Os demagogos se gabam, como Lula quando provocou Trump mais uma vez, de que nós somos o país do samba, do futebol e do carnaval. E isso basta para que as pessoas não pensem nas coisas mais importantes da vida, que são o bem-estar, a liberdade, a garantia disso tudo para os filhos e netos. Só o conhecimento dá isso, mas o conhecimento também ensina a pessoa a ser eleitora e votar nas pessoas certas. Esse tem sido o mal do nosso país em geral: o voto errado. Economia desacelera com preferência por Bolsa Família em vez de trabalho duro O governo lamenta que o PIB está desacelerando, inclusive porque falta mão de obra. Onde existe necessidade de mão de obra intensa, a pessoa prefere ficar em casa, não fazer nada, e ganhar o Bolsa Família. Milhões de pessoas estão assim. Alguns precisariam menos, outros se viciaram nisso, como lembra Luiz Gonzaga, que deu música àqueles versos de Zé Dantas: a esmola envergonha e vicia o cidadão. STF acha que influenciadores de esquerda vão reverter impopularidade da corte O presidente do STF esteve em Cuiabá e, durante um discurso, disse que não vai se aposentar, que não sairá do Supremo depois que entregar a presidência para Edson Fachin em setembro, que ele está gostando muito e vai ficar por lá. Luís Roberto Barroso ainda pode ficar mais oito anos. Enquanto isso, vemos a foto de quase 30 influenciadores de esquerda que foram ao Supremo mostrar apoio a Alexandre de Moraes e combinar campanhas de propaganda, para dizer que o Supremo está cumprindo a Constituição. Eu fico curioso para saber se as passagens e hospedagens foram pagas pelos visitantes ou por nós. Alexandre Garcia - Gazeta do Povo

Como é abundante a hipocrisia nesse caso que foi reaberto pelo influenciador digital Felca, repetindo denúncias já feitas anos atrás pela Damares Alves, pela Antônia Fontenelle, e ninguém deu bola porque disseram que era coisa de evangélico, coisa da direita, coisa de fascista. Os mesmos que não deram bola para aquele filme Som da Liberdade, que trata exatamente desse assunto, do abuso sexual, da pedofilia. A esquerda brasileira diz que está defendendo as crianças e que para isso é preciso censurar as redes sociais. Não precisa; tanto que não houve censura e a Polícia Federal descobriu esse tal Hytalo Santos.

Digo tudo isso para contar que se descobriu – porque o governo divulgou com muito cuidado – um decreto de Lula anulando um decreto de Jair Bolsonaro contra o aborto. O texto anterior foi anulado pelo novo, de Lula, sob a égide da proteção à infância. A oposição afirma que isso abrirá frestas para permitir o aborto, que é o sonho da esquerda. O Código Civil, no artigo 2.º, diz que a pessoa adquire personalidade jurídica – isto é, tem nome – a partir do nascimento. Mas, ao mesmo tempo em que a personalidade civil começa no nascimento, “a lei põe a salvo, desde a concepção [ou seja, o momento em que o espermatozoide entrou no óvulo], os direitos do nascituro”. Quais são esses direitos? Olhem a Constituição: o artigo 5.º protege o direito à vida.

Violência se combate com educação, mas os demagogos não querem educar o povo

Três mulheres perderam a vida em Ilhéus (BA). Estavam passeando na praia com o cachorro, só o cachorro sobreviveu. Sofreram um ataque a faca e os corpos foram encontrados. Eram duas professoras municipais, de mais de 40 anos, e a filha de uma delas, de 20. Todas agredidas a faca. Fazem tanta campanha contra armas de fogo, mas eu olho as estatísticas de homicídios e vejo que 70% das mulheres assassinadas foram mortas à faca. Será que vão fazer uma campanha de registro de faca, ou de porte de faca? Eu ironizo porque há pessoas que fingem não saber que a origem da violência não é a arma. A arma, que serve para matar, serve também para defender a vida e a propriedade. A arma é inerte. A origem da violência está nos cérebros que armam as mãos. Então, é preciso desarmar os cérebros, e isso se faz com educação.

Mas os demagogos não querem saber de ensino e educação. Os demagogos se gabam, como Lula quando provocou Trump mais uma vez, de que nós somos o país do samba, do futebol e do carnaval. E isso basta para que as pessoas não pensem nas coisas mais importantes da vida, que são o bem-estar, a liberdade, a garantia disso tudo para os filhos e netos. Só o conhecimento dá isso, mas o conhecimento também ensina a pessoa a ser eleitora e votar nas pessoas certas. Esse tem sido o mal do nosso país em geral: o voto errado.

Economia desacelera com preferência por Bolsa Família em vez de trabalho duro 

O governo lamenta que o PIB está desacelerando, inclusive porque falta mão de obra. Onde existe necessidade de mão de obra intensa, a pessoa prefere ficar em casa, não fazer nada, e ganhar o Bolsa Família. Milhões de pessoas estão assim. Alguns precisariam menos, outros se viciaram nisso, como lembra Luiz Gonzaga, que deu música àqueles versos de Zé Dantas: a esmola envergonha e vicia o cidadão.

STF acha que influenciadores de esquerda vão reverter impopularidade da corte

O presidente do STF esteve em Cuiabá e, durante um discurso, disse que não vai se aposentar, que não sairá do Supremo depois que entregar a presidência para Edson Fachin em setembro, que ele está gostando muito e vai ficar por lá. Luís Roberto Barroso ainda pode ficar mais oito anos. Enquanto isso, vemos a foto de quase 30 influenciadores de esquerda que foram ao Supremo mostrar apoio a Alexandre de Moraes e combinar campanhas de propaganda, para dizer que o Supremo está cumprindo a Constituição. Eu fico curioso para saber se as passagens e hospedagens foram pagas pelos visitantes ou por nós.


Alexandre Garcia - Gazeta do Povo

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Pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi é protocolado na Câmara de Natal

Um pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi foi protocolado na Câmara Municipal de Natal nesta segunda-feira (18). O motivo foi o uso de dinheiro público para bancar uma festa chamada ‘Bolsonaro na Cadeia’, denunciado pelo Blog do BG.

pedido de cassação do mandato da vereadora petista foi feito pelo vereador Matheus Faustino e lista uma série de irregularidades que vão desde a Violação Constitucional, Improbidade Administrativa e descumprimento do regimento interno da Câmara.

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Ranking de mais procurados do RN inclui traficantes, assaltantes e membros de facções


A Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol) divulgou a lista com os foragidos mais procurados do Rio Grande do Norte. A relação inclui assaltantes, traficantes de drogas, ladrões de banco e integrantes do comando de organizações criminosas que atuam no estado.

A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população e orienta que qualquer informação sobre o paradeiro dos foragidos pode ser repassada de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181. A denúncia também pode ser feita pelo WhatsApp (84) 98132-6057 ou através de um formulário online no site da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed).

Entre os listados está João Carlos de Almeida Bezerra, conhecido como “Dog”. Ele é apontado como membro do Comando Vermelho e ganhou notoriedade por prestar apoio aos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró, em 2024. Investigações da Polícia Federal indicam que ele pode estar no Rio de Janeiro.

Também é procurado Sandro Afonso de Souza Tavares, o “Magrão”, condenado a mais de 31 anos de prisão por roubo a instituições financeiras e foragido do presídio de Alcaçuz desde 2016. A lista inclui ainda Eliseu Pedro da Fonseca, procurado pelo assassinato do policial militar Rômulo Grabriel, ocorrido em 2011, na cidade de Assú.

Veja a lista completa:

Alexsandro Victor do Nascimento – “Furico”
Apontado como membro de um grupo de extermínio e envolvido com contrabando. É suspeito de participar da morte de dois seguranças privados em Ielmo Marinho. Possui mandados de prisão expedidos pela unidade judiciária especializada em organizações criminosas.

Bianca Fernanda da Cruz
Atuação em roubos, tráfico de entorpecentes, receptação e posse ilegal de arma de fogo. Está foragida desde 2022 e é considerada de alta periculosidade. É suspeita de participar de assaltos a casas lotéricas, postos de combustíveis, agências dos Correios, entre outros estabelecimentos comerciais, além de residências na capital.

Eliseu Pedro da Fonseca
Homicídio qualificado e tentativa de homicídio. É procurado pelo assassinato do policial militar Rômulo Gabriel em 2011, em Assú, e está foragido há mais de dez anos.

Elson Alves de Oliveira
Tráfico de drogas em larga escala. Descrito como distribuidor com conexões no Norte-Nordeste e com quatro mandados de prisão em seu nome.

Françuélio da Silva Oliveira – “Kenedy Tatu”
Roubos e atuação em quadrilha especializada. Remanescente do bando de “João da Besta”, atua na região Oeste potiguar e tem dois mandados de prisão por condenação.

João Carlos de Almeida Bezerra – “Dog”
Roubo, tráfico, receptação e apoio a facção criminosa. Membro do Comando Vermelho, ganhou notoriedade por prestar apoio aos fugitivos do Presídio Federal de Mossoró, em 2024. A investigação da Polícia Federal indicou que ele deve estar em uma comunidade no Rio de Janeiro. Em um áudio encontrado pelos investigadores, o criminoso se colocou como liderança do CV e diz ser o único “líder” da facção no Rio Grande do Norte.

Marcos Antônio Pereira Campos
Roubo, receptação e múltiplos delitos. Possui seis mandados de prisão em aberto, expedidos pelas Justiças Federal e Estadual. Em 2016, chegou a ser preso ao transportar uma carga com 8 mil cigarros contrabandeados.

Ruan Tales Silva de Oliveira
Tráfico de drogas e armas. Membro do Comando Vermelho, atua na venda de armamentos e, segundo as autoridades, estaria fora do RN. Além disso, em 2013, foi condenado em primeira instância à pena de cinco anos, nove meses e vinte dias por participação em um esquema de fraude bancária.

Sandro Afonso de Souza Tavares – “Magrão”
Roubo a instituições financeiras. Foragido do Presídio de Alcaçuz desde 2016. Também é investigado por assaltos a hotéis em Belém (Pará).

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ABC perde de virada para Guarani no Frasqueirão

Em um duelo disputado e acirrado no Frasqueirão, o ABC não conseguiu segurar a vitória em casa e foi superado pelo Guarani por 4 a 3, pela 17ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro.

Com esse resultado, o ABC termina a rodada na 18ª posição na tabela, apenas quatro pontos na frente do 19ª colocado. A próxima partida do Alvinegro é contra o Retrô, em Pernambuco, no próximo domingo (24), às 19h.

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Pesquisa Datafolha: 35% culpam Lula por tarifaço e 22%, Bolsonaro

Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada neste sábado (16) revela que 35% dos entrevistados atribuem a responsabilidade pelo tarifaço ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 22% associam a questão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 17%, ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsoanro (PL-SP).

O outro nome que aparece como possível responsável pelas tarifas impostas ao Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com 15%. Os que não atribuem o problema a nenhuma das figuras são 3%, os que responsabilizam todos equivalem a 1% e os que não sabem somam 7%.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.002 pessoas de 113 municípios brasileiros nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro considerada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança divulgado equivale a 95%.

O Brasil recebeu uma taxação suplementar de 40% no início do mês, que, somada aos 10% impostos em abril deste ano, resulta em 50% pagos sobre o valor dos produtos nacionais que ingressarem nos Estados Unidos.

Quando falou nas primeiras vezes que iria impor a taxa adicional, Trump associou a medida, entre outros argumentos, a supostas violações de direitos fundamentais cometidas por Moraes.

O ministro da Suprema Corte abriu um inquérito para apurar a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para a imposição de sanções contra autoridades brasileiras.

Fonte: Metrópoles

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América vence Imperatriz-MA no primeiro duelo pelas oitavas da Série D

O América venceu o Imperatriz/MA no primeiro confronto válido pelas oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. A vitória americana foi conquistada com gol de Ferreira, aos 37 minutos do segundo tempo, em jogo realizado no Estádio Frei Epifânio, em Imperatriz, no Maranhão.

A partida da volta será no próximo domingo (23), às 16h, na Arena das Dunas, em Natal. O time natalense  joga pelo empate. Em caso de vitória do time maranhense por um gol de diferença, a vaga nas quartas de final será decidida nos pênaltis.

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“A esquerda abandonou as mulheres”, diz feminista processada por Erika Hilton

A ativista feminista Isabella Cêpa, que recentemente conseguiu status de refugiada em um país europeu para evitar prisão após sofrer perseguição judicial por parte da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), criticou o abandono da proteção às mulheres pela militância de esquerda. Segundo ela, a esquerda decidiu abraçar bandeiras identitárias, que não priorizam a defesa das mulheres.

Isabella, que se alinha ideologicamente à esquerda, responde judicialmente no Brasil por crime de injúria racial. A denúncia tem a ver com uma publicação nas redes sociais feita em 2020 sobre o resultado das eleições municipais daquele ano. Nos vídeos, ela questionava que a “mulher mais votada para a Câmara de Vereadores de São Paulo”, Erika Hilton, “era, na verdade, um homem”, como disse à época. A deputada é mulher transexual.

O caso chegou à Procuradoria da República de São Paulo, que recomendou o arquivamento. No entanto Erika Hilton, já no posto de deputada federal, levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), citando uma decisão de 2019 do órgão, que igualou injúria racial à homofobia e transfobia. No início de agosto de 2025, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou o arquivamento do pedido, mas o processo segue em tramitação no STF.

Isabella alega que sua corrente política abriu mão de defender as mulheres para abraçar pautas identitárias, no caso, a bandeira trans. A ativista tornou-se alvo de militantes nos últimos dias, após conceder entrevistas a veículos de direita.

“Dizem que sou eu quem está entregando o Brasil nas mãos da direita. Amores, a direita está recebendo o que lhe foi entregue. Não é falta de eu querer um diálogo com a esquerda, é a esquerda que abandonou as mulheres e, vejam só, está entregando de bandeja o nosso debate para a oposição, com a sua negligência”, publicou Isabella Cêpa em suas redes sociais.

A ativista também criticou a falta de interesse em sua causa por parte de veículos de imprensa ligados à esquerda. “Estou absolutamente surpresa com a sensibilidade dos jornalistas da oposição, especialmente sobre o que trocamos em off, sobre meus traumas e vivências. A empatia tem sido fenomenal. Em contraponto, nenhum veículo da esquerda que se coloca como defensor das mulheres parece considerar o caso relevante. Nenhum contato”, lamentou.

Na última segunda-feira (11), Isabella concedeu entrevista ao programa Sem Rodeios, da Gazeta do Povo. “Passaram meu processo da esfera estadual para a federal. E agora está nas mãos do STF decidir se a gente pode ser fiel à biologia, ou se esse processo vai seguir e a gente perdeu completamente a noção”, disse a ativista.

Isabella Cêpa pede sigilo sobre refúgio por questão de segurança

Isabella Cêpa conta com o apoio de organizações nacionais e internacionais – nenhuma delas ligada à esquerda. “Em 2020, Isabella apenas disse uma verdade factual, e outras mulheres estão passando pela mesma situação”, afirma Celina Lazzari, diretora da organização Mulheres Associadas, Mães e Trabalhadoras do Brasil (Matria). A associação enviou uma carta de apoio para o pedido de asilo da publicitária, documento que foi anexado ao processo.

Alegando questão de segurança, a ativista solicitou sigilo em relação ao nome do país que a concedeu status de refugiada. Em nota, sua assessoria informou que “ela está segura em um Estado europeu, protegida sob o mais alto nível de proteção internacional existente, reservado apenas a casos extremos de perseguição política comprovada por parte do Estado”.

“Para mulheres ao redor do mundo, este caso representa um divisor de águas. O caminho para o asilo e a proteção internacional deixou de ser teórico: agora ele tem nome, rosto e precedente legal. E o preço dessa conquista histórica é a exposição do Brasil como um Estado em erosão democrática, marcado pela perseguição política e pela censura institucionalizada”, prossegue a nota.

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Fim da aprovação automática nas escolas: projeto de lei divide opiniões

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou em julho um projeto que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para proibir a aprovação automática de alunos dos ensinos fundamental e médio que não conseguirem a nota necessária para passar de ano.

Caso vire lei, as escolas serão proibidas de adotar o chamado regime de progressão continuada, modelo que organiza o ensino em ciclos, geralmente de dois a três anos, em vez de séries anuais. O projeto (PL 5.136/19), que é do deputado Bibo Nunes (PL-RS), prevê exceções para a educação infantil e situações relacionadas à saúde do estudante.

O colegiado se dividiu ao aprovar o substitutivo do relator, deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), no dia 16 de julho. Com 17 votos favoráveis e 17 contrários ao parecer, o relator deu o voto de desempate. O projeto será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Após a aprovação do texto, Nikolas argumentou que a promoção automática “leva a uma progressão de alunos sem a devida compreensão dos conteúdos, resultando em deficiências acumuladas ao longo dos anos”. Esse modelo, na visão do parlamentar, também desmotiva professores por verem seus alunos “progredindo sem ter alcançado os objetivos mínimos de aprendizagem”.

Aprovação automática dá a falsa impressão de melhora na educação, dizem especialistas

Francisco Garcia, pedagogo especialista em políticas públicas, considera que o Brasil vive uma falsa sensação de progresso educacional. Ele aponta que, nos últimos 20 anos, o aumento nas taxas de aprovação inflou artificialmente o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), dando a impressão de avanço, enquanto os resultados reais de aprendizagem quase não mudaram.

As notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – que mede efetivamente o desempenho dos alunos em português e matemática – "permaneceram relativamente estagnadas", destaca. "É quase como uma ‘inflação educacional’, onde os índices aparentemente positivos mascaram uma possível baixa qualidade do ensino", explica o pedagogo.

Para ele, a resistência ao projeto que altera a LDB parte de uma falsa dicotomia, porque o combate à progressão automática "complementa outras ações fundamentais", como a formação continuada de professores, a garantia de material didático de qualidade, o desenvolvimento de currículos baseados em evidências científicas e a implementação de sistemas robustos de avaliação formativa e somativa. "Estas são batalhas que se reforçam mutuamente, não que se anulam", reforça.

De acordo com a especialista em educação Anamaria Camargo, países de excelência educacional não têm altas taxas de reprovação porque têm um suporte preparado para acolher estudantes com problemas na aprendizagem. Outro ponto importante, segundo Camargo, é que as crianças chegam aos 7 ou 8 anos já alfabetizadas.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que as taxas médias nacionais de reprovação em 2023 eram de 2,5% nos anos iniciais do ensino fundamental; 4,8% nos anos finais do ensino fundamental; e 5,3% no ensino médio. O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024 aponta que, em 2023, só 55,9% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental estavam alfabetizados.

Já o nível de aprendizagem adequada em Português e Matemática em 2021, segundo o Anuário chegou a: 31,2% nos anos iniciais do Ensino Fundamental; 12,3% em anos finais do Ensino Fundamental; e 3,2% no Ensino Médio.

"Um dos principais problemas da aprovação automática é que se perde a noção de que esses estudantes não estão aprendendo", destaca Camargo. O levantamento do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2024 mostra que 17% dos estudantes que concluem o Ensino Médio são analfabetos funcionais.

Veja abaixo o índice de alfabetização do Inaf


Garcia acredita que, enquanto a política de progressão automática estiver em vigor, o ensino no Brasil continuará entre os piores do mundo em avaliações internacionais, como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o PIRLS (Estudo Internacional de Progresso em Leitura) e o TIMSS (Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências).

"No PISA 2022, as médias brasileiras não apresentaram alterações significativas em relação a 2018, mantendo o país significativamente inferior à média dos países da OCDE. Em 2021, o Brasil ocupava a pior avaliação entre todas as nações analisadas no ranking de competitividade educacional", destaca.

Mudança pode motivar professores

Anamaria Camargo afirma que o impacto positivo do projeto pode ser justamente na conduta do professor frente aos alunos. “O professor não tem mais o poder de confrontar o estudante. O aluno diz para ele: ‘Eu não preciso estudar, não preciso te respeitar, não preciso fazer nada, porque sei que vou passar’. Talvez, nesse aspecto, consiga-se melhorar, e o professor pode ter algum argumento com o estudante para que ele, de fato, preste atenção, pare de conversar e esteja presente tentando aprender, porque há um risco de ele ser reprovado", diz.

O objetivo do projeto, segundo ela, é dar transparência à real situação de crianças e adolescentes que são promovidos de série automaticamente, mas chegam analfabetos funcionais ao final do ciclo. Para a especialista, a proposta abre a possibilidade de que o município ou o estado, caso tenham interesse, ofereçam atendimento ao aluno que enfrenta dificuldades. "Não é que o fim da aprovação automática vá melhorar a educação. Não vai. Apenas vai tornar mais claros esses problemas", afirma.

Na mesma linha, Francisco Garcia diz que "em um mundo ideal" pode haver foco na aprendizagem e pouca evasão escolar, com professores que "reconhecem e trabalham de forma personalizada e de acordo com os ritmos de cada um", mas a realidade é bem diferente. A progressão automática, para ele, "tende a gerar mais desmotivação, desvalorizando o esforço dos estudantes, além das evidentes dificuldades em atender com suporte pedagógico aos alunos em recuperação acadêmica".

Projeto de lei é "grito de socorro", diz especialista

Garcia vê o projeto de lei como “um grito de socorro” diante da situação do ensino no Brasil. “Sabemos que há uma diversidade de variáveis intra e extraescolares relacionadas ao baixo desempenho dos estudantes, com destaque para o nível socioeconômico. Todos nós somos a favor de uma educação melhor, mas esse Projeto de Lei me parece representar mais um grito de socorro. E desde a promulgação da LDB a permissão da progressão automática não pareceu melhorar as condições de aprendizagem desses estudantes”, completa.

Ilona Becskeházy, doutora em Política Educacional pela PUC-RJ e ex-secretária de Educação Básica do MEC, considera que a proposta torna o texto da lei mais claro para organizar a progressão por série e não por ciclos. “Não vamos conseguir fazer um aprimoramento do que se espera que os alunos aprendam por lei. Isso tem que ser um processo de transformação de expectativa no Brasil”, pondera.

“O segredo está na avaliação, porque como a gente não tem um currículo nacional – a base nacional comum curricular não é uma normativa séria, é extremamente mal feita –, basta deixar os critérios de aprovação mais soltos, mais medíocres, e o aluno passa de ano”, lamenta a ex-secretária.

Projeto de aprovação automática é remédio errado para problema real, dizem outros especialistas

O educador João Batista Oliveira, fundador do Instituto Alfa e Beto (IAB), é crítico da proposta. Para ele, o projeto “ataca o problema errado”, pois a promoção automática é apenas “parte de um sistema que não funciona”, e o desafio a ser enfrentado é a “falência total do ensino”.

“Eu sei que é frustrante, porque o instrumento que o deputado tem é a lei, mas nem sempre é o instrumento adequado para lidar com o problema”, diz. “Além do retrocesso institucional, [o projeto] unifica algo que não é testado", acrescenta.

Oliveira vê no projeto um equívoco similar ao que o MEC comete quando faz "grandes programas nacionais com ideias equivocadas". Para ele, a proposta faz mais mal do que bem, atingindo, sobretudo, o aluno mais pobre e desprotegido.

Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e cofundadora do movimento Todos pela Educação, considera que o aluno reprovado tende a não aprender mais. "O que o projeto de lei quer fazer é dar o remédio errado para um problema que de fato existe: que os alunos estão avançando de série sem aprender”, diz ela.

"Não vai ser reprovando todos os que mereceriam ser reprovados que vamos resolver o problema. Nós vamos aumentar a evasão escolar. O que nós temos que fazer é recuperação de aprendizagem bem feita", defende.

A especialista afirma ainda que a prioridade deve ser enfrentar as "enormes desigualdades educacionais" no país, fortalecendo a alfabetização e oferecendo melhores condições de trabalho aos professores. Costin ressalta que o aluno precisa ter a chance real de aprender e lembra que, em países com bons sistemas educacionais, a reprovação é rara.

"Muitos professores querem uma reprovação mais forte e até partem de um pressuposto que é correto, mas que não resulta no que eles imaginam, de que a reprovação poderia incentivar uma ética de esforço. Infelizmente, em nenhum país, inclusive no Brasil, a reprovação resultou em maior aprendizagem do aluno. Há uma correlação muito forte entre reprovação e abandono escolar, especialmente, no Fundamental II e no Médio", afirma.

Ela cita como exemplo positivo a iniciativa “Teaching at the Right Level” (Ensinando no Nível Certo), que ganhou destaque após a pandemia da Covid-19 como alternativa para fortalecer o ensino de Matemática e Língua Portuguesa antes que as crianças deixem o Ensino Fundamental. Nessa abordagem, os alunos são agrupados conforme seu nível de aprendizado, e não pela idade ou série, permitindo que os professores desenvolvam habilidades fundamentais de forma mais eficaz.

“Tem um efeito muito forte, porque uma parte importante dos problemas de aprendizagem existe – e o projeto de lei parte deste problema – porque o aluno não foi bem alfabetizado. Entre outros motivos, porque o Brasil insiste em alfabetizar por uma abordagem que não funciona, no que passou a ser chamado de construtivismo, que é muito poético, muito bonito, mas não funciona”, afirma.

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STF: guardião da Constituição ou arena política?


A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 2º, consagrou um princípio vital para qualquer democracia: os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem ser independentes e harmônicos entre si. Esse desenho institucional existe para garantir que nenhum poder concentre força suficiente para subjugar os outros, preservando o equilíbrio da República.

No papel, o arranjo parece perfeito. Mas, na vida real, o que vemos é bem diferente. O Brasil vive hoje uma distorção perigosa desse equilíbrio, na qual o Judiciário, em diversos momentos, extrapola seu papel constitucional e assume contornos de ator político.

O caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro é apenas a face mais visível desse problema. Não se trata aqui de defendê-lo ou atacá-lo, nem de julgar o mérito de suas decisões políticas.

A questão vai muito além da figura dele: trata-se de refletir sobre como a Justiça brasileira, especialmente no seu topo, vem sendo utilizada, e de fazer a pergunta que incomoda: o Judiciário é realmente independente quando os ministros da mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, são indicados pelo chefe do Executivo que, um dia, poderá ser alvo de suas decisões?

Esse modelo, por si só, já nasce comprometido. Espera-se que os ministros do STF atuem com absoluta imparcialidade, sem qualquer influência política, mas sua nomeação depende da escolha presidencial e da chancela de um Senado igualmente político. É ingenuidade acreditar que esse processo seja imune a alianças, simpatias ideológicas e compromissos tácitos.

A independência já se fragiliza na origem, quando a porta de entrada é aberta pela conveniência política. E é ilusão pensar que essas conexões ficam do lado de fora do tribunal.

Nos últimos anos, essa fragilidade se tornou mais evidente. O STF, guardião da Constituição e árbitro imparcial, deveria limitar-se à interpretação da lei e ao julgamento de casos dentro de sua competência. Contudo, assumiu protagonismo político inédito, acumulando decisões monocráticas de enorme impacto nacional, abrindo inquéritos de ofício e conduzindo investigações atípicas.

No caso de Bolsonaro, medidas cautelares amplas e de alcance extraordinário reforçam a percepção de seletividade. E, quando a exceção se repete tantas vezes, ela deixa de ser exceção e se transforma em regra.

E é aqui que a reflexão se impõe: o que hoje se aplica a um ex-presidente polêmico pode, amanhã, atingir qualquer cidadão. Pode-se voltar contra um jornalista incômodo, um empresário que confronte interesses poderosos, um parlamentar que vote “errado” aos olhos de quem controla a caneta.

Essa é a essência do autoritarismo institucional: quando instrumentos legais, criados para proteger a sociedade, passam a servir a interesses políticos.

É assim que a liberdade morre, não de um golpe abrupto, mas pouco a pouco, normalizando o abuso travestido de legalidade

Não há democracia quando o árbitro abandona o papel de julgar para entrar em campo como jogador. Não há justiça quando um poder se coloca acima dos outros. E não há independência real quando a mais alta corte do Judiciário é formada a partir de critérios essencialmente políticos.

É urgente repensar o modelo de nomeação dos ministros, estabelecer mecanismos claros para conter abusos e devolver ao Judiciário o papel que a própria Constituição lhe atribuiu: interpretar a lei, não governar por ela.

Sem essa reforma, a independência dos poderes continuará sendo uma ficção constitucional — bela no texto, frágil na vida real. A democracia não se sustenta apenas no voto, mas no equilíbrio verdadeiro entre os poderes. E esse equilíbrio só existe quando a lei é maior que qualquer ministro, presidente ou partido.

Hoje é Jair Bolsonaro. Amanhã, pode ser qualquer um de nós. Defender a independência dos poderes não é defender um político. É defender a liberdade, a justiça e a própria democracia.


Mariana Friend  - Gazeta do Povo

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Maioria das apostas no Brasil é de até R$ 20 por apostadores de 25 a 49 anos

Quase metade das apostas esportivas (47%) são de até R$ 20, enquanto transações entre R$ 100 e R$ 1.000 equivalem a 11% do volume e concentram mais de 42% do valor movimentado.

Já as operações em bets acima de R$ 1.000 respondem por somente 0,5% do total, representando quase 19% do montante aplicado

O levantamento inédito é da fintech Paag, com base nas transações processadas pela empresa no segundo trimestre de 2025, uma fatia de 30% do mercado.

Segundo o estudo, São Paulo segue como o maior mercado do país, com 23,5% do volume e 23% do valor transacionado.

Bahia e Sergipe apresentam a maior taxa per capita de transações, com mais de 19 mil apostas por 100 mil habitantes.

Em relação à faixa etária, apostadores entre 25 e 34 anos (30%) e 35 a 49 anos (39%) concentram 69% do volume total de apostas e 70% da quantia movimentada. Já o público entre 65 e 79 anos representa apenas 0,7% das operações.

Lauro Jardim – O Globo

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