Dupla foge de presídio estadual de segurança máxima no MS

Dois presos conseguiram fugir do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, de segurança máxima, em Campo Grande (MS), na madrugada desta segunda-feira (4). A fuga ocorreu por volta das 3h40 e contou com o uso de uma corda para eles escalarem o muro. De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), os presos estavam alojados no Pavilhão 6 da unidade prisional.

A agência informou ainda que quatro presos tentaram fuga, mas dois não conseguiram e foram capturados pelos policiais penais. Os apenados que fugiram foram identificados como Douglas Luan Souza Anastácio, de 33 anos, e Naudinei de Arruda Martins, de 32 anos.

Os dois criminosos respondem pelos crimes de tráfico, roubo e furto. Em nota, a Agepen informou que outras forças de segurança para ajudar nas buscas e recaptura.

Segundo a Agepen, a dupla que não conseguiu fugir está isolada em cela disciplinar e responderá a Procedimento Administrativo Disciplinar (Padic). O estabelecimento penal é administrado Governo do Estado de Mato Grosso de Sul.

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Julgamento sobre porte de drogas no Brasil é marcado para 6 de março

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima quarta-feira (6) a retomada do julgamento sobre a possível descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal no Brasil.

Desde 2015, o processo sobre o tema já foi diversas vezes a plenário, sendo alvo de sucessivos pedidos de vista (mais tempo de análise). Até o momento, o placar está em 5 votos a 1 em favor da descriminalização apenas do porte de maconha.

Os ministros também discutem se estabelecem um critério objetivo, uma quantidade específica de maconha, para diferenciar o usuário do traficante de drogas. Pelos votos proferidos até o momento, esse montante pode ficar entre 25g a 60g.

A maioria, até agora, se mostrou favorável também à liberação do cultivo de até seis plantas fêmeas de Cannabis.

O caso volta a plenário após terminar o prazo regimental de 90 dias da vista pedida pelo ministro André Mendonça, que deverá ser o próximo a votar.

Na retomada anterior do caso, em agosto do ano passado, o ministro Cristiano Zanin, então recém-empossado, votou contra a descriminalização do porte de maconha, sendo o primeiro voto divergente nesse sentido.

Zanin opinou para que o porte e uso pessoal continue a ser crime, admitindo somente que o Supremo estabeleça um limite para diferenciar uso de tráfico.

Na mesma ocasião, a ministra Rosa Weber, hoje aposentada, votou a favor da descriminalização do porte de maconha. O ministro Gilmar Mendes também ajustou seu voto, que antes liberava o porte de qualquer droga, para abranger somente a cannabis.

Por ter substituído Weber, o recém-empossado ministro Flávio Dino não vota no caso.

Entenda o julgamento Julgamento sobre porte de drogas no Brasil

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). O dispositivo cria a figura do usuário, diferenciado do traficante, que é alvo de penas mais brandas.

A norma prevê prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

Dessa maneira, a lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial, denúncias e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime. O acusado foi detido com 3g de maconha.

O recurso sobre o assunto possui repercussão geral. Isso significa que ao final os ministros devem estabelecer uma tese jurídica que deverá ser seguida pelas demais instâncias da Justiça.

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60% dos brasileiros acham que Lula exagerou ao comparar ação de Israel em Gaza ao Holocausto, diz pesquisa Quaest

Para 60% da população, o presidente Lula (PT) exagerou ao comparar ação de Israel em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra, diz a pesquisa da Quaest/Genial. O levantamento foi realizado com 2 mil pessoas, entre 25 e 27 de fevereiro.

Entre os entrevistados, 28% acham que ele não exagerou e 11% não souberam ou não responderam.

Lula fez a declaração durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, quando participou da 37ª Cúpula da União Africana. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse.

Á época, em resposta, Israel convocou o embaixador brasileiro para reprimenda e declarou Lula persona non-grata no país.

O termo “persona non grata” (alguém que não é bem-vindo, em tradução livre) é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo.

A pesquisa Quaest mostrou que a maioria não concorda que Israel exagerou ao declarar o presidente brasileiro como “persona non-grata”:

  • 41% acham que a medida de Israel foi exagerada;
  • 48% acham que não houve exagero;
  • 11% não sabem ou não responderam.

Reação de Israel não é exagerada

De acordo com a pesquisa, para 50% dos entrevistados, a reação armada de Israel desde o início da guerra, em 7 de outubro, não foi exagerada. 36%, por sua vez, concordam que foi um exagero.

Os dados mostram também que a imagem de Israel piorou entre os brasileiros. Em outubro de 2023, 52% tinham opinião favorável sobre o país; hoje, são 39%. Uma queda de 13 pontos percentuais.

Essa mudança de opinião aconteceu principalmente entre os eleitores de Lula. No começo da guerra, 37% tinham opinião desfavorável a Israel; atualmente, a taxa é de 56%.

Mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito, que começou no início de outubro de 2023, depois que o grupo terrorista Hamas realizou um ataque sem precedentes no sul de Israel, que causou a morte de 1.404 pessoas.

Durante o ataque, cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza. Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas.

Veja todas as perguntas da pesquisa:

Lula exagerou ao comparar o que acontece em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra?

  • Exagerou: 60%;
  • Não exagerou: 28%;
  • Não soube não respondeu: 11%.

Israel exagerou ao considerar Lula persona non-grata?

  • Exagerou: 41%;
  • Não exagerou: 48%;
  • Não soube ou não respondeu: 11%.

Concorda ou discorda que Israel está exagerando na reação ao Hamas?

  • Concorda: 36%
  • Discorda:50%
  • Não soube ou não respondeu: 15%

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