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Fala de Flávio Dino sobre Charlie Kirk irrita governo Trump
Um comentário do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre Charlie Kirk, durante julgamento do plano de golpe de Estado, provocou forte reação negativa no governo dos Estados Unidos. A apuração é da âncora da CNN Débora Bergamasco no CNN Arena.
Após a fala ser traduzida e enviada a autoridades do Departamento de Estado americano, uma delas teria reagido com a expressão “he’s crazy” (“ele é louco”). A fala do ministro fazia referência ao perdão concedido a aproximadamente 1.500 pessoas que invadiram o Capitólio, sugerindo que tal medida não teria resultado em pacificação.
A repercussão negativa se deve, em grande parte, à relevância de Kirk no cenário político norte-americano. O comentarista era uma figura central no movimento MAGA (Make America Great Again), tendo papel fundamental na mobilização do eleitorado jovem e mantendo estreita relação com o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu círculo próximo.
O episódio aumenta as especulações sobre possíveis sanções contra Flávio Dino por parte do governo americano.
CNN Brasil
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Ex-ministro do STF defende anistia e diz que Supremo não tinha competência para julgar Bolsonaro
O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse nesta sexta-feira (12) que a corte não tinha competência para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Nessa quinta-feira (11), Bolsonaro e os demais foram condenados pela trama golpista. Em consonância com o voto do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição dos envolvidos no caso, Marco Aurélio declarou compartilhar do mesmo posicionamento.
“A competência do Supremo é o que está na Constituição Federal de forma exaustiva e não exemplificativa e mais nada. Supremo não é competente, como eu venho batendo nessa tecla, para julgar processo-crime que envolva cidadãos comuns ou ex-presidente da República”, disse o ex-ministro durante entrevista ao Uol.
Anteriormente, em entrevista ao portal Terra, Marco Aurélio defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. “Anistia é ato soberano do Congresso Nacional. É virada de página. Implica pacificação”, afirmou ele na quarta-feira (10).
O posicionamento de Marco Aurélio contrasta com a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF, principalmente com o relator, Alexandre de Moraes, que defendeu a soberania brasileira e rejeitou qualquer possibilidade de anistia.
“Impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação. O caminho aparentemente mais fácil, e só aparentemente, que é o da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade.”
R7
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PCC controla império bilionário em 15 setores e você pode ser cliente sem saber
De postos de gasolina a negócios imobiliários. De fintechs a agenciamento de jogadores de futebol. De empresas de ônibus à mineração. Essa carteira de investimentos, variada e bilionária, chama atenção por um detalhe: pertence não a um grande empresário, banco ou fundo de investimentos, e sim a um dos maiores grupos criminosos do Brasil.
A megaoperação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) dos ministérios públicos estaduais e federal, com apoio das forças policiais estaduais, deflagrada no final de agosto — que expôs os vínculos bilionários da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com a Faria Lima e a extensão da infiltração da facção criminosa sobre o setor de combustíveis no país —, revela apenas parte do problema.
De acordo com investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a facção criminosa já está infiltrada em pelo menos 15 grandes setores da economia formal brasileira. A aquisição de grandes negócios legais cumpre uma dupla função: em primeiro lugar, a lavagem do dinheiro proveniente de ações criminosas, principalmente do tráfico de drogas nacional e internacional.
Em segundo, os lucros provenientes dos próprios negócios viabilizados com o dinheiro do crime — muitas vezes maximizados mediante fraudes com alto grau de poder de dano a consumidores e clientes, como visto no esquema de adulteração de combustíveis desbaratado pela recente megaoperação.
Setores com infiltração do PCC
A facção criminosa realiza a lavagem de dinheiro estruturada, de acordo com o MP-SP, nos seguintes ramos da economia formal:
- Postos de gasolina
- Agências de automóveis
- Imóveis
- Empresas de construção civil
- Casas de câmbio no Paraguai
- Bancos digitais, fintechs e fundos de investimento privados
- Bitcoins
- Empresas de ônibus no setor de transporte público metropolitano
- Igrejas
- Mineração ilegal
- Organizações sociais de saúde pública, limpeza urbana, coleta de lixo e mais
- Empresas de apostas e jogos de azar (bets)
- Empresas ligadas ao futebol
- Frotas de caminhões de transporte*
- Terminais portuários*
"O que eu diria é que sim, o PCC hoje está na economia formal”, resumiu Lincoln Gakiya, promotor de Justiça do MP-SP considerado "inimigo número 1” da facção criminosa, durante a apresentação da lista acima em uma palestra no seminário "Crime organizado e mercados ilícitos no Brasil e na América Latina: construindo uma agenda de ação”. Os dois últimos itens da lista de atividades econômicas acima não faziam parte da lista apresentada pelo promotor no evento, e foi incluída pela reportagem da Gazeta do Povo para contabilizar as duas novidades reveladas na megaoperação do mês passado.
O evento com a participação de Gakiya foi realizado nos dias 24 e 25 de junho pela Escola de Segurança Multidimensional (Esem) e pela Cátedra Oswaldo Aranha na Faculdade de Economia e Administração (FEA), da Universidade de São Paulo (USP). Reuniu especialistas e mais de 300 participantes para debater o tema e discutir a construção de uma agenda de ação. Dentre outros, contou com a presença do procurador nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália, Giovanni Melillo.
"As empresas que eles estão administrando não são mais empresas de fachada como há alguma década atrás. São empresas que existem, que estão prestando serviço, às vezes até prestando um bom serviço. Mescla-se nelas o dinheiro do tráfico de entorpecentes, do tráfico internacional, com o efetivo lucro que as empresas dão por ano”, disse o promotor de Justiça na apresentação.
Uso de fintechs e fundos de investimentos são evolução no processo de organização do crime
"Depois que a polícia começou a focar mais na lavagem de dinheiro das quadrilhas e facções, na internacionalização e integralização de capital, na parte patrimonial, para além da atividade fim criminosa, a gente identifica cada vez mais novas formas disso acontecer”, afirma à Gazeta do Povo o ex-secretário da Segurança Pública do Paraná e delegado da Polícia Federal (PF) Wagner Mesquita.
"A polícia está sempre a reboque. O crime sempre vai sempre procurar ferramentas novas para fazer isso, que tenham pouco controle, que sejam rápidas e possam movimentar o dinheiro da maneira mais anônima possível", acrescenta ele.
Assim, na análise de Mesquita, é um caminho natural as facções criminosas buscarem diversas atividades na economia legal, principalmente no mercado financeiro, sujeito a menos regulamentação e com o uso de novas tecnologias. "A questão da infiltração no setor de combustíveis já era bem conhecida, mas o uso das fintechs e fundos de investimento são uma grande novidade e evolução nesse processo de organização do crime”, afirma o delegado.
"Em um segundo momento, essas atividades econômicas legais e secundárias passam a ser tão lucrativas quanto as atividades criminosas originais em si. O dinheiro de origem ilícita é investido e acaba sendo multiplicado legalmente em atividades lícitas e rentáveis”, afirma Mesquita.
“Quando menos vemos, estamos interagindo com essas empresas, muitas vezes conhecidas, que você jamais imaginaria que teve sua origem em atividades criminosas”, salienta ele.
Colaboração internacional
Durante o seminário na USP, foi anunciado um passo importante no Brasil para o combate ao crime organizado transnacional. O MP-SP e a Procuradoria Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália (DNA) formalizaram um Acordo de Cooperação Técnica para o compartilhamento de dados e informações, intercâmbio de experiências e capacitação de membros e funcionários, com o objetivo de prevenir e reprimir organizações criminosas.
A iniciativa é inédita. Os acordos diretos, sem intermediação ou participação dos governos dos países envolvidos, surgem no âmbito da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, também conhecida como Convenção de Palermo, e seus protocolos adicionais, que promovem a cooperação direta entre as autoridades competentes, o intercâmbio de informações, a criação de equipes conjuntas de investigação e a capacitação de funcionários e agentes públicos como instrumentos fundamentais no combate ao crime organizado internacional.
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Sociedades livres debatem ideias; sociedades em ruína matam pessoas
O assassinato de Charlie Kirk não é um episódio isolado. Tornou-se o estopim de um fenômeno mais amplo: a legitimação da violência contra o “outro”. Já não basta discordar, ridicularizar ou isolar o adversário. Agora, aplaude-se sua morte como se fosse um ato moralmente justificável.
O que está em curso é mais grave do que a simples polarização política. Trata-se de um processo de desumanização do inimigo. Quando se retira do outro a dignidade que lhe é intrínseca, torna-se aceitável eliminá-lo. Foi assim que regimes totalitários do século XX se consolidaram: judeus passaram a ser chamados de “pragas”, opositores políticos viraram “traidores”, religiosos foram reduzidos a “obstáculos ao progresso”. O passo seguinte foi a câmara de gás, o paredão ou o campo de trabalhos forçados.
Hoje, vemos um eco dessa lógica. Quando progressistas comemoram a morte de Kirk e dizem que “outros deveriam seguir o mesmo destino”, não estão apenas expressando raiva — estão legitimando a violência como resposta política. É como se o assassinato deixasse de ser crime para se tornar catarse: vingança travestida de justiça.
É nesse ponto que a fé entra em cena. Para os cristãos conservadores, Kirk se transforma em símbolo de martírio — não por ser perfeito ou santo, mas por tombar no meio da batalha cultural, pagando com a vida por sustentar convicções que confrontavam o establishment. A imagem é inevitável: as duas testemunhas do Apocalipse, mortas nas ruas e celebradas por aqueles que odiavam sua voz (Ap. 11:7-10). O mundo se alegra quando a Verdade é silenciada.
O risco é que esse mesmo mundo, que se orgulha de sua racionalidade secular, repita sem perceber a mais primitiva das lógicas religiosas: o sacrifício expiatório. Elimina-se o bode, o herege, o “nazista”, o “extremista”, para purificar a tribo. A cultura laicista, que se vangloria de ter libertado o homem dos dogmas, cai na armadilha de criar o seu próprio dogma absoluto: quem não concorda deve ser destruído.
Não é à toa que, em Boise, até mesmo uma vigília em memória de Kirk foi marcada por hostilidade, ameaças e violência. O espaço de luto — que deveria ser universal, já que a morte é a experiência mais comum a todos — foi contaminado pela lógica da guerra cultural. Ali se revelou a falência da convivência mínima. Se nem diante da morte conseguimos reconhecer a humanidade do outro, já não estamos em política, mas em barbárie.
Essa trajetória traz uma ironia cruel. O Estado moderno nasceu justamente da necessidade de conter a violência religiosa e política, criando um espaço público em que diferentes pudessem conviver. A laicidade, em sua forma madura, não significa neutralidade artificial, mas o reconhecimento de que fé e política só podem florescer com separação de esferas, liberdade de atuação, colaboração e igual consideração. Quando, porém, um grupo se arroga o direito de “limpar” o espaço público de vozes divergentes, rompe-se o pacto civilizatório.
Hoje foi Charlie Kirk. Amanhã pode ser qualquer um que ouse dizer que há apenas dois sexos, que a família tem valor objetivo, que a fé não é superstição, mas fundamento da dignidade humana. A desumanização não segue lógica racional; ela se alimenta do ódio e sempre encontra novas vítimas.
Por isso, este não é apenas um debate entre esquerda e direita, conservadores e progressistas. É um chamado à consciência civilizatória. Se aceitarmos que o assassinato de um adversário possa ser celebrado, estaremos assinando a sentença de morte da própria democracia. Afinal, a democracia não sobrevive onde a diferença é punida com bala, nem onde a vida humana é relativizada pelo rótulo que carrega.
Uma sociedade começa a morrer quando deixa de chorar a morte do outro e passa a celebrá-la.
Jean Marques Regina - Gazeta do Povo
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Pesquisa aponta que 63,5% desaprovam governo de Fátima Bezerra no RN
A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas revela um cenário de desaprovação da governadora Fátima Bezerra (PT) no Rio Grande do Norte. Segundo o levantamento, 54,4% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 21,2% consideram a gestão ótima ou boa. Outros 23,1% classificaram como regular e 1,3% não souberam ou não opinaram.
O estudo também analisou a aprovação pessoal da governadora. Os números mostram que 63,5% desaprovam o desempenho de Fátima Bezerra, contra 33,7% que aprovam. Outros 2,8% não souberam ou não quiseram responder.
Os dados reforçam um quadro de desgaste político para a governadora, que enfrenta críticas relacionadas à segurança pública, saúde e infraestrutura no estado.
A pesquisa ouviu eleitores de várias regiões do estado, seguindo metodologia de amostragem estatística. O levantamento é importante para medir a percepção popular sobre a atual gestão e compreender os desafios políticos que Fátima Bezerra terá pela frente nos próximos anos.
A pesquisa foi realizada do dia 6 ao dia 10 deste mês e ouviu 1.505 eleitores de 58 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte. O nível de confiança divulgado é de 95% e a margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais para os resultados gerais.
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Brasil tem 8 milhões de empresas inadimplentes, diz Serasa
O Brasil bateu, em julho deste ano, o recorde histórico de empresas inadimplentes, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12/9) pela Serasa Experian.
Ainda de acordo com a pesquisa, o valor médio das dívidas das empresas foi de R$ 3.302,30 em julho, a máxima histórica da série.
Em média, segundo a Serasa Experian, foram 7,3 dívidas por empresa. O valor total deste passivo chegou a R$ 193,4 bilhões, dos quais R$ 174 bilhões de pequenas e médias empresas.
Segundo a Serasa Experian, o setor de serviços é o que mais acumulou empresas inadimplentes em julho, com 54,1% do total. Na sequência, aparecem comércio (33,7%) e indústria (8%).
Outras empresas, que incluem companhias do setor financeiro e do terceiro setor, corresponderam a 3,2%, enquanto o setor primário respondeu por 1% das companhias inadimplentes.
“As empresas têm contraído dívidas cada vez mais altas, muito por conta do ambiente de juros elevados e a concessão de crédito mais criteriosa, o que deixa o ambiente mais restritivo para renegociações de dívidas e prazos”, explica a economista Camila Abdelmalack, da Serasa Experian.
Metrópoles