Preço do gás de cozinha no RN sofre novo reajuste a partir desta quarta-feira (17)

O gás de cozinha fica mais caro para os consumidores do RN a partir desta quarta-feira (17). Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás do estado (Singás-RN), o novo reajuste será de R$ 4 a R$ 4,50 nas distribuidoras, gerando um impacto que pode chegar a R$ 5ou R$ 6 no botijão de 13 kh para o consumidor final.

Com o aumento, o botijão de 13 kg deve ficar entre R$ 115 e R$ 116 no estado. O valor final, no entanto, dependerá da margem praticada por cada ponto de revenda.

“O reajuste ocorre em decorrência do dissídio coletivo da categoria. Isso significa que os custos de mão de obra e logística aumentaram, exigindo repasse imediato às revendas e, consequentemente, à população”, explicou Ivo Lopes, presidente do Singás-RN.

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A imprensa de mal com a democracia

Uma pesquisa estranha apareceu em manchetes recentes. Comparava Estados Unidos e China segundo a percepção dos brasileiros. Era mais uma notícia mal-ajambrada, sugerindo preferências duvidosas.

Na matéria em questão, atribuída a um desses institutos que fazem pesquisas de opinião na área política, o resultado divulgado foi de que metade dos brasileiros considera os EUA mais autoritários que a China. Será que metade dos brasileiros ignora que os EUA sejam uma democracia e a China seja uma ditadura?

Pouco provável. A China é uma ditadura há muito tempo, e o fato de que os direitos individuais no país estão condicionados às conveniências do partido governante é amplamente conhecido pela sociedade brasileira. Aliás, falar em partido governante na China é uma imprecisão. O partido é o próprio regime.

Será que metade dos brasileiros acha que isso não é uma forma nítida de autoritarismo? Difícil. Será que metade ignora que os norte-americanos escolhem seu governante regularmente em eleições livres, diferentemente do que acontece na China? Mais difícil ainda. Será que metade dos brasileiros tem a ilusão de que os chineses têm livre acesso às redes sociais? Muito pouco provável.

Mas vamos admitir que, na era da comunicação total, esse nível avançado de ignorância ainda seja possível. Nesse caso, a notícia não seria de que metade dos brasileiros considera os EUA mais autoritários que a China.

A notícia seria de que metade ignora que a China é mais autoritária que os Estados Unidos. Certo? Porque, mesmo com toda boa vontade do mundo, não se pode cogitar que um grande veículo de comunicação e um grande instituto de pesquisa ignorem os regimes vigentes nos dois países citados.

Mas, se não ignoram que o regime chinês é autoritário e que o regime norte-americano não é autoritário, e mesmo assim noticiaram da forma citada, onde está o problema? Fica a reflexão.

Seria possível que a imprensa tradicional estivesse disposta a cultivar uma narrativa em que a China seja o bem e os EUA o mal, para bajular os atuais donos do poder no Brasil? Fica também essa reflexão. Com uma observação introdutória: se a intenção for inventar uma história convincente, melhor procurar um enredo mais verossímil.

O Reino Unido foi palco de uma manifestação gigantesca no fim de semana. Os ingleses foram às ruas pedindo a Inglaterra de volta. Literalmente. E o noticiário do que se chamava grande imprensa mais uma vez distorceu tudo, tentando atribuir a colossal manifestação pacífica da população a uma facção radical. E, para dar verossimilhança a essa abordagem torta, ainda tentou reduzir a dimensão do ato (“100 mil pessoas”…).

Será que os jornalistas que se prestam a essas acrobacias arrojadas acham que nunca serão cobrados pela história?


Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo


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Bolsonaro teve crise de soluço, vômito e falta de ar antes de ser levado ao hospital

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve uma crise de soluço e sentiu o diafragma se fechar. Em seguida, vomitou com um jato de dois metros para a frente e não conseguiu respirar por quase 10 segundos. Com isso, foi levado às pressas para o hospital DF Star, em Brasília. O relato foi feito na noite desta terça-feira (16) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Bolsonaro, após visitá-lo.

Quem socorreu Bolsonaro e o levou ao hospital foi a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, que contou o que ocorreu a Flávio.

“Hoje teve um episódio mais drástico, porque o soluço dele foi aumentando e, às vezes, pela repetição, ele diz que trava o diafragma dele. Ele teve um episódio de vômito a jato, com força, ficou quase 10 segundos sem respirar. Teve tontura expressão muito baixa. E aí graças a Deus, a Michele estava lá perto dele e conseguiu rapidamente trazer ele para cá. Ele está lá, estável, mas não está com a cara boa, bastante desidratado”, disse Flávio à imprensa na entrada do hospital.

Segundo o senador, ele deve passar a noite em observação. Por causa da desidratação, tomou soro e se alimentou com sopa, evitando alimentos sólidos. Flávio disse que a piora resultou da tensão psicológica de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, e desgaste emocional com a vigilância acirrada de policiais na casa da família, em Brasília.

“É policial cercando a casa como se ele fosse fugir em algum momento e abrindo o porta-mala do carro da Michele na hora de levar a criança no colégio, para mostrar que não tem ninguém no capô, onde não cabe nem um animal lá dentro”, relatou.

Segundo o senador, Bolsonaro tem reclamado da condenação a 27 anos de prisão, na semana passada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Todo momento que eu vou conversar com ele, ele repetidamente desabafa reclamando com relação ao que aconteceu nesse linchamento que sofreu no Supremo Tribunal Federal. Como que se defendendo: ‘o que eu tenho a ver com 8 de janeiro? Não é possível, os caras não conseguem enxergar! Eu estava fora do Brasil, não admito’”.

Junto com outros sete réus, Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano e deterioração do patrimônio.

No início de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o processo, determinou a prisão domiciliar e depois, a pedido do PT, determinou vigilância da polícia em volta da casa, no quintal e nos carros da família, para impedir eventual tentativa de fuga.

Flávio Bolsonaro pediu trégua a Alexandre de Moraes, comparando o ministro a um terrorista.

“Eu queria fazer um pedido de público aqui. Até terrorista dá trégua em alguma guerra. Então quero pedir para o terrorista aí dar uma dá uma pausa, um pouco, né? Deixa as instituições voltarem a funcionar, deixa o presidente Bolsonaro recuperar, pelo menos, já que não teve nenhuma oportunidade de se recuperar depois da última cirurgia. O cara foi intimado numa dentro de uma CTI aqui nesse hospital. Então tudo tem limite”, disse.

“Deixa o cara recuperar pelo menos mentalmente, fisicamente ele está arrebentado, tudo isso aqui ainda é consequência da facada que ele sofreu.

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TRF-4 condena Bolsonaro a pagar R$ 1 milhão em indenização por racismo recreativo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar R$ 1 milhão em danos morais coletivos por comentários racistas feitos em 2021, enquanto ainda ocupava a Presidência.

Em fala pública no Palácio do Alvorada, o ex-presidente disse em 2021 que o cabelo black power de um apoiador era um “criadouro de baratas”.

O caso foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A condenação foi confirmada por unanimidade. O relator Rogério Favreto afirmou em voto que as declarações do ex-presidente não configuravam meras brincadeiras ou exercício de liberdade de expressão, mas uma discriminação grave e “racismo recreativo”.

Além da indenização em dinheiro, Bolsonaro foi condenado a retirar o vídeo com as declarações de suas redes sociais e se retratar publicamente com a população negra por meio dos veículos de imprensa e redes sociais.

A União também foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão pelos danos coletivos.

A condenação do ex-presidente é no âmbito civil, ou seja, Bolsonaro não foi condenado penalmente pelo crime de racismo.

A ação pública foi movida em 2021 por um grupo de 54 defensores, procuradores e promotores e acatada pelo Ministério Público.

Em primeira instância, a Justiça Federal havia rejeitado a ação, alegando que as declarações do ex-presidente, mesmo que de mau-gosto, não causaram danos a toda comunidade negra nacional. O Ministério Público recorreu da sentença e, por isso, o caso voltou à análise no TRF-4.

“A ofensa racial disfarçada de manifestação jocosa ou de simples brincadeira que relaciona o cabelo black power a insetos que causam repulsa e à sujeira atinge a honra e a dignidade de pessoas negras e potencializa o estigma de inferioridade dessa população”, afirmou o relator em voto.

De acordo com o processo, Bolsonaro disse ao mesmo apoiador, entre risos: “Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”, em referência ao vermífugo defendido por ele como tratamento para a Covid-19.

Na ocasião, o cidadão afirmou não se incomodar com a fala, dizendo que não era um “negro vitimista”. Até hoje, nas suas redes sociais, o alvo da ofensa faz publicações com mensagens de apoio ao ex-presidente;

No processo, o MP também menciona episódios anteriores, como em maio de 2021, quando o ex-presidente observou o cabelo do mesmo cidadão e comentou: “Tô vendo uma barata aqui” e “o que que você cria nessa cabeleira aí?”.

O grupo que moveu a ação defende que as falas não se tratam de simples piadas de mau gosto, e que o fato de o cidadão não se sentir ofendido não descaracteriza a prática racista.

Segundo a ação, o ex-presidente transformou o cabelo black power, símbolo de resistência do movimento negro, em motivo de zombaria e discriminação, afetando a população negra de forma geral. Também foram lembradas na ação falas antigas de Bolsonaro, quando deputado, que reforçariam o padrão de racismo em seus discursos.

Em sustentação oral, a defesa de Bolsonaro ressaltou que a vítima direta do comentário não se sentiu ofendida e disse que as declarações eram meras brincadeiras, sem potencial de afetar toda a população negra.

CNN Brasil

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Marco Rubio confirma que “haverá resposta” do governo Trump à condenação de Bolsonaro

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que o país irá responder “na próxima semana ou algo assim” à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes contra a democracia. Em entrevista ao canal norte-americano Fox News, Rubio afirmou, ainda, que “o Estado de Direito está se desintegrando” após a decisão do STF.

“Temos esses juízes ativistas – um em particular – que não só perseguiu Bolsonaro, aliás, ele tentou – ele tentou realizar reivindicações extraterritoriais contra cidadãos americanos ou contra alguém que postasse online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido. Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso”, declarou o secretário.

Rubio, entretanto, voltou atrás de uma declaração dada pelo próprio governo Trump anteriormente, e acrescentou que o grande X da questão “não é apenas o julgamento”, mas sim, “mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tem tentado atingir empresas americanas e até mesmo pessoas que operam fora dos Estados Unidos.”A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito ampliou a tensão diplomática, política e econômica entre Estados Unidos e Brasil.

O secretário se manifestou sobre a condenação de Bolsonaro ainda na quinta (11/9), dia do veredito. Rubio, que foi o responsável pela suspenção do visto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e de outras autoridades, afirmou que o magistrado é “violador de direitos humanos” e segue realizando “perseguições políticas”. “Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas”, ameaçou o auxiliar de Trump.

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Quase 60% dos brasileiros já foram alvos de golpes online, aponta pesquisa

Seis a cada dez brasileiros (59,7%) já sofreram alguma tentativa de fraude virtual. O percentual, referente ao ano de 2024, é levemente menor ao registrado no período anterior (62,4%).

Entre os que foram alvo dessas tentativas de fraude, mais da metade (52,4%) caíram nos golpes. Os dados são de levantamento da Koin, fintech de pagamentos digitais e prevenção a fraudes em e-commerce.

Entre as pessoas que caíram em golpes no ano passado, quase 17% perderam entre 50 reais e 100 reais. Outros 22% tiveram prejuízos entre 500 reais e 1 mil reais, enquanto uma parcela menor (9,5%) tiveram perdas superiores a 2 mil reais.

O estudo também revela que consumidores acima de 55 anos são os principais alvos de tentativas de golpe, enquanto jovens de 18 a 24 anos e pessoas com mais de 65 apresentam maior propensão a serem vítimas dessas fraudes.

VEJA

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Morre Hermeto Pascoal, ícone da música instrumental, aos 89 anos

O multi-instrumentista alagoano Hermeto Pascoal morreu, neste sábado, aos 89 anos. A informação foi publicada nas redes sociais do músico. O hospital Samaritano Barra, na Zona Sudoeste do Rio, onde ele estava internado, informou, em nota, que a morte aconteceu às 20h22, “em decorrência de falência múltipla dos órgãos.”

“Com serenidade e amor, comunicamos que Hermeto Pascoal fez sua passagem para o plano espiritual, cercado pela família e por companheiros de música”, diz a postagem. “No exato momento da passagem, seu Grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música. Como ele sempre nos ensinou, não deixemos a tristeza tomar conta: escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira, a música universal segue viva.”

Considerado pelo americano Miles Davis (1926-1991) “o músico mais impressionante do mundo”, Hermeto — três vezes vencedor do Grammy Latino — provou a viabilidade de se fazer música de alta elaboração rítmica, melódica e harmônica com panelas, chaleiras, regador, brinquedos infantis e até animais. Autodidata e intuitivo, ele entrou na música aos 10 anos, quando aprendeu acordeom com o irmão, mas só começou a escrever partituras depois dos 41 anos. Hermeto morava em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Entre o final de julho e meados de agosto, Hermeto, conhecido como “o bruxo” da música instrumental, fez uma série de nove shows na Europa, entre sete países. Em solo brasileiro, sua última apresentação foi em junho, no Circo Voador, a poucos dias de completar 89 anos. Na ocasião, a casa da Lapa se transformou em uma enorme festa de aniversário. Antes deste show, o alagoano falou ao GLOBO sobre o fôlego de vida que a música representava para ele:

— Quando subo no palco, não tenho idade. O corpo pode ser de 88, mas a alma vira menino de novo. A música é a vida. Se estou respirando, já estou fazendo som. Quando tomo água, também. Até o silêncio tem ritmo. Para mim, música é brincadeira de criança: tudo junto, sem fronteira.

Hermeto seria uma das atrações do Festival Acessa BH, em Belo Horizonte, neste sábado (13). Dois dias antes, a organização do evento publicou uma nota anunciando que, “por motivos de saúde”, Hermeto não participaria mais da apresentação, que seguiu com o seu grupo, Nave Mãe.

‘Música universal’

A música de Hermeto nunca coube — e nem vai caber — em rótulos. Quando completou 80 anos, falou ao GLOBO sobre o título de “música universal”:

— Nunca fiz um grupo de bossa nova ou de forró. Cansei de tocar em festivais de jazz no exterior, mas nunca vou tocar apenas jazz. Vou tocar frevo, baião, música clássica. Então eu chamo isso de música universal. É o único rótulo que eu acho que se pode usar.

Em 2023, Hermeto recebeu, em Nova York, nos Estados Unidos, o título de doutor honoris causa da Juilliard, prestigiosa escola de artes da qual suas músicas fazem parte do currículo. O músico ainda tem no currículo o mesmo título pelas universidades federais de Paraíba e Alagoas, seu estado natal.

No ano passado, Hermeto lançou seu último disco de inéditas, “Pra você, Ilza”, uma homenagem a Ilza Souza Silva, mãe de seus seis filhos e sua companheira de 1954 a 2000 (ano em que faleceu, vítima de câncer). O trabalho foi eleito pela APCA um dos melhores álbuns brasileiros de 2024. No mesmo ano, o músico ganhou sua primeira biografia, “Quebra tudo! – A arte livre de Hermeto Pascoal” (Kuarup), escrita pelo jornalista Vitor Nuzzi. Para o instrumentista, a música era a sua religião.

Aos 14 anos, Hermeto estava tocando com o irmão José Neto no rádio, em Recife. Aos 20, seguiu para o Rio. No começo dos anos 1960, se mudou para São Paulo e, tocando piano na boate Stardust, conheceu o guitarrista Heraldo do Monte (que o chamaria para o Quarteto Novo, criado para acompanhar Geraldo Vandré, e que fez fama ao lado de Edu Lobo e Marília Medalha no “Ponteio” do festival de 1967) e o jovem Lanny Gordin (com quem integrou o grupo Brazilian Octopus). Percussionista do Quarteto Novo, Airto Moreira, e sua mulher, a cantora Flora Purim, foram os responsáveis por levar Hermeto para os EUA. Lá, ele gravou discos e ficou amigo do trompetista e mago do jazz Miles Davis.

No Festival Internacional da Canção de 1972, Hermeto criou para a música “Serearei” um coral de porcos que não foi bem visto pela ditadura, e acabou sendo censurado.

Hermeto, que deixa seis filhos, 13 netos e dez bisnetos, já chegou a dizer que “a idade não existe”:

— O que tem é o dia a dia. Eu não me canso. Quando se é feliz, a gente aprende a passar a felicidade para as pessoas.

O Globo

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Fala de Flávio Dino sobre Charlie Kirk irrita governo Trump

Um comentário do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre Charlie Kirk, durante julgamento do plano de golpe de Estado, provocou forte reação negativa no governo dos Estados Unidos. A apuração é da âncora da CNN Débora Bergamasco no CNN Arena.

Após a fala ser traduzida e enviada a autoridades do Departamento de Estado americano, uma delas teria reagido com a expressão “he’s crazy” (“ele é louco”). A fala do ministro fazia referência ao perdão concedido a aproximadamente 1.500 pessoas que invadiram o Capitólio, sugerindo que tal medida não teria resultado em pacificação.

A repercussão negativa se deve, em grande parte, à relevância de Kirk no cenário político norte-americano. O comentarista era uma figura central no movimento MAGA (Make America Great Again), tendo papel fundamental na mobilização do eleitorado jovem e mantendo estreita relação com o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu círculo próximo.

O episódio aumenta as especulações sobre possíveis sanções contra Flávio Dino por parte do governo americano.

CNN Brasil

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Ex-ministro do STF defende anistia e diz que Supremo não tinha competência para julgar Bolsonaro

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse nesta sexta-feira (12) que a corte não tinha competência para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Nessa quinta-feira (11), Bolsonaro e os demais foram condenados pela trama golpista. Em consonância com o voto do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição dos envolvidos no caso, Marco Aurélio declarou compartilhar do mesmo posicionamento.

“A competência do Supremo é o que está na Constituição Federal de forma exaustiva e não exemplificativa e mais nada. Supremo não é competente, como eu venho batendo nessa tecla, para julgar processo-crime que envolva cidadãos comuns ou ex-presidente da República”, disse o ex-ministro durante entrevista ao Uol.

Anteriormente, em entrevista ao portal Terra, Marco Aurélio defendeu a concessão de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. “Anistia é ato soberano do Congresso Nacional. É virada de página. Implica pacificação”, afirmou ele na quarta-feira (10).

O posicionamento de Marco Aurélio contrasta com a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF, principalmente com o relator, Alexandre de Moraes, que defendeu a soberania brasileira e rejeitou qualquer possibilidade de anistia.

“Impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação. O caminho aparentemente mais fácil, e só aparentemente, que é o da impunidade, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade.”

R7

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