Adeus, Mané: a despedida do Barroso
Há uma regra básica que eu gosto de aplicar em todas as situações: para conhecer o verdadeiro valor de um homem, imagino-o sem poder.
Usei essa regra no caso de Luís Roberto Barroso, que acaba de anunciar sua saída do Supremo Soviete, e devo dizer a vocês, meus sete leitores, que os resultados foram amplamente desfavoráveis para ele.
Quem era Barroso ministro? O bobo da corte. Quem será o Barroso ex-ministro? Um bobo sem corte.
Qual era a marca de Barroso no poder? O constrangimento. Qual será o destino de Barroso longe do poder? O esquecimento.
De onde nada se espera, não costuma sair nada mesmo. Antes de ser escolhido para o Supremo, Barroso era um advogado militante, cujas ideias fluíam da desordem mental característica da esquerda identitária.
Amado pelo PSOL e por outras linhas auxiliares do PT, o Voltaire de Vassouras notabilizou-se por atuar na defesa do aborto de anencéfalos e do terrorista italiano Cesare Battisti. Ou seja, para ele, o assassinato de inocentes é defensável, desde que as vítimas estejam no ventre materno ou na mira de comunistas armados. Graças a essa atuação, foi indicado pela ex-presidente e ex-terrorista Dilma, a mulher sapiens.
O marco inicial do Regime PT-STF, como vocês sete sabem, foi a instauração do Inquérito do Fim do Mundo, em 2019, quando começaram a se apagar as luzes do Direito brasileiro, hoje totalmente mergulhado na escuridão.
Na época, Barroso utilizou o regimento interno do STF para justificar a instauração do inquérito, tornando todo o território nacional e os ambientes virtuais uma extensão da sede do Tribunal.
“Entendo que ataques via internet permitem que se amplie a ideia de ‘sede e dependência’, para significar tudo aquilo que, de alguma forma, chegue ao Tribunal agredindo-o, sem que necessariamente alguém ataque o STF dentro do prédio físico”, declarou o iluminista das trevas.
Desde o início, Barroso foi cúmplice do golpe socialista que acabaria por descondenar Lula e alçá-lo à Presidência. No entanto, ele tinha uma dívida anterior com a esquerda, por ter sido um dos ministros a votar pela condenação de Lula em terceira instância, em 2018.
A decisão de antecipar sua saída do Supremo é uma espécie de pagamento dessa “dívida moral”, abrindo caminho para que Lula indique um sucessor tão ruim quanto Barroso: Bessias (o ex-garoto de recados da Dilma), Pacheco (o pior presidente da história do Senado) ou Salomão (o comissário do CNJ).
Pensando bem, é um pouco injusto chamar Barroso de bobo da corte. Injusto com os bobos, que eram as únicas pessoas autorizadas a dizer a verdade aos reis. Barroso jamais exerceu esse direito.
Sua trajetória, no entanto, inspirou este cronista de sete leitores a compor uma ode de despedida. Ouçam lá:
No Supremo fez figura
de togado saltimbanco;
sai com pranto e amargura.
― Adeus, Mané!
Fez da toga um palanque,
do martelo, um carnaval.
Sai com medo dos ianques.
― Adeus, Mané!
Advogou pelo aborto
e defendeu terrorista.
Entrou manco, saiu torto.
― Adeus, Mané!
Já que deu muito trabalho
vencer o bolsonarismo,
a saída é um atalho.
― Adeus, Mané!
De Brasília à ONU,
seu latim virou bordão:
a bobagem foi seu trono.
― Adeus, Mané!
Vai sem golpe, sem perigo,
sem sanção, sai por um triz.
Nem leva o Calvo consigo...
― Adeus, Mané!
Ó Voltaire de Vassouras,
ó juiz de samba-enredo,
já vai tarde, vai sem medo!
― Adeus, Mané!
Mas pequenas e ilusórias
serão nossas alegrias.
No lugar do iluministro,
vem Pacheco ou Bessias.
― Adeus, Mané!
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