Lula despenca ao defender traficantes enquanto a população apoia a polícia

Intenção de voto espontânea recua, aponta pesquisa Quaest: citações a Lula caem e a maioria segue indecisa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Primeiro foi aquele raciocínio tortuoso de que traficantes de drogas também eram vítimas dos usuários de entorpecentes. Aí veio a megaoperação das forças de segurança pública do Rio de Janeiro, seguida de um silêncio prolongado de vários dias — em um momento em que o país não falava de outra coisa. Por fim, quando finalmente falou em público sobre a operação carioca, aprovada por cerca de 70% da população, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) limitou-se a classificá-la como desastrosa.

Em meio a uma sequência de declarações em descompasso com os anseios da maior parte da sociedade brasileira, ditas de improviso sobre o tema da segurança pública, Lula viu sua popularidade recuar pela primeira vez desde maio. É o que aponta a nova pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12). Os números mostram que 50% dos entrevistados desaprovam o governo Lula, enquanto 47% o aprovam.

Nesta quinta-feira (13), a Quaest divulgou a segunda parte da pesquisa, com as sondagens eleitorais para 2026. Nela, Lula mantém a liderança para os adversários nos cenários de primeiro turno, mas diminuiu a distância. Em um eventual segundo turno, onde na sondagem anterior Lula abria vantagem fora da margem de erro sobre todos os adversários, agora ele volta a empatar tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — que no entanto segue inelegível para o ano que vem.

Desde julho, a aprovação do governo Lula vinha oscilando dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima, e a desaprovação para baixo. Agora, o cenário se inverteu: a aprovação oscilou para baixo e a desaprovação, para cima. Os entrevistados que aprovam o governo Lula foram de 48% em outubro para 47% agora. A desaprovação passou de 49% para 50%.

Os que não sabem ou não responderam ficaram estáveis em 3% nos dois levantamentos consecutivos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Mancha na popularidade de Lula ocorre após episódios relacionados à segurança pública

O cenário de interrupção no viés de alta da popularidade do presidente e seu governo petista acontece logo após três episódios relevantes, todos relacionados à segurança pública. “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente, fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários”, afirmou Lula a jornalistas durante viagem à Malásia, no final de outubro, ao criticar os ataques militares ordenados pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a barcos de traficantes próximos à costa da Venezuela, no Mar do Caribe.

“Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também", disse o presidente brasileiro. A repercussão negativa foi imediata, e horas depois Lula desculpou-se com uma nota nas redes sociais, onde afirmava que a frase foi “mal colocada”.

Menos de uma semana depois, o governo do Rio de Janeiro deflagrou a megaoperação contra a facção criminosa Comando Vermelho das favelas dos complexos da Penha e Alemão, na capital carioca — que terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais, e foi aprovada pela população, conforme diversos institutos de pesquisa.

Lula evitou o tema por vários dias e, quando o abordou, ao ser questionado por jornalistas estrangeiros durante a COP 30 em Belém, foi para classificar o episódio como “matança" e “desastroso”. Segundo a Quaest, a megaoperação policial no Rio e as declarações de Lula frearam a melhora na avaliação do governo. Os indicadores estão em empate técnico pelo segundo levantamento consecutivo, após a aprovação e a desaprovação voltarem a empatar em outubro, pela primeira vez desde janeiro.

Falta de ação interrompeu "lua de mel" entre Lula e eleitor independente

A situação não surpreende em uma sociedade na qual a maioria, 38% segundo a sondagem da Quaest, considera a violência o principal problema do país. A pesquisa mostra ainda que, além de a maioria apoiar a megaoperação carioca, 57% discordam de Lula sobre operação no Rio ter sido desastrosa. Sobre os traficantes também serem vítimas dos usuários, 81% dos entrevistados discordam do presidente.

"Se o tarifaço (imposto pelos EUA a uma série de produtos brasileiros) mudou a trajetória da aprovação a favor do Lula, a pauta da segurança pública interrompeu a lua de mel tardia do governo com o eleitorado independente", afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest, em entrevista na GloboNews na quarta-feira. Para o diretor do instituto de análise e pesquisa, o prejuízo aconteceu principalmente no eleitorado que se diz independente, ou seja, não se considera nem de esquerda e nem de direita.

Segundo o levantamento, em outubro havia empate técnico entre aprovação  e desaprovação de Lula no eleitorado independente de 46% e 48%, respectivamente. Agora em novembro, a desaprovação fugiu da margem do empate técnico e chegou a 52%, quase dez pontos maior que a aprovação de 43% no eleitorado independente, algo que não acontecia desde agosto. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais nesse segmento.

O cientista político Samuel Oliveira concorda com a avaliação da Quaest. “O eleitor independente passa a desconfiar de quem parece pouco disposto a lidar com o crime forte”, avalia ele. “Se Lula quer 2026, precisa fortalecer o discurso de ordem, de Estado presente, de manutenção de normas, e não apenas ampliar direitos sociais.”

Para Oliveira, a esquerda esqueceu que o eleitorado não está mais disposto a adiar o debate sobre segurança no país. "Em 2026, aquele que se posicionar como quem resolve, e não apenas quem promete, levará vantagem. A esquerda terá que mostrar que entende isso ou assistirá à migração dos eleitores cansados para outras alternativas”, afirma o cientista político.

Para Paulo Serra (PSDB), ex-prefeito de Santo André e especialista em políticas públicas, as falas do presidente Lula ignoraram a sensibilidade da maior parte da sociedade sobre o tema, e o dano na popularidade é uma consequência natural. “A discussão de mérito da segurança pública é muito mais complexa e não pode se limitar ao sucesso ou insucesso de uma operação, assim como à pertinência ou não de uma fala de algum governante, mas certamente é necessário mais sensibilidade e seriedade na hora de abordar essa questão”, diz Serra.

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Paraná Pesquisas: Bezerra e Marinho empatam para governador no RN

Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (12/9), mostra empate técnico na preferência do eleitorado em relação aos possíveis candidatos para o cargo de governador do Rio Grande do Norte.

O prefeito de Mossoró (RN), Allyson Bezerra (União), tem 30% e o senador Rogerio Marinho (PL-RN) aparece com 28,2% das intenções de voto. Como a margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais, eles estão tecnicamente empatados.

Ainda na pesquisa para governador, os outros dois candidatos da versão estimulada, no único cenário testado, são o ex-senador Álvaro Dias (Podemos), com 16,4%, e Cadu Xavier (PT), com 8,6%. Houve 5,7% de entrevistados que não souberam ou não opinaram, e os que não votariam em nenhuma das opções, em branco ou nulo somam 11,1%.

O Instituto Paraná Pesquisas também realizou simulações de segundo turno. Os resultados seriam os seguintes:

Álvaro Dias x Cadu Xavier

Álvaro Dias: 50,9%

Cadu Xavier: 16,6%

Não sabe / não opinou: 8,6%

Nenhum / Branco/ Nulo: 23,9%

Alysson Bezerra x Cadu Xavier

Allyson Bezerra: 57,2%

Cadu Xavier: 16,3%

Não sabe / não opinou: 7,7%

Nenhum/ Branco / Nulo: 18,8%

Rogério Marinho x Cadu Xavier

Rogério Marinho: 50,3%

Cadu Xavier: 21,1%

Não sabe / não opinou: 7%

Nenhum/ Branco / Nulo: 21,6%

A pesquisa foi realizada do dia 6 ao dia 10 deste mês e ouviu 1.505 eleitores de 58 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte. O nível de confiança divulgado é de 95% e a margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais para os resultados gerais.

Aprovação do governo

Paraná Pesquisas também perguntou aos entrevistados sobre a avaliação do trabalho da governadora Fátima Bezerra (PT). Para 21,2%, o trabalho de Fátima é considerado ótimo ou bom. Para 23,1%, é regular. Por outro lado, 54,4% consideram o governo como ruim ou péssimo. Houve 1,3% que não soube ou não opinou.

Já em relação à aprovação da governadora, a pesquisa revela que 33,7% dos entrevistados aprovam o desempenho de Fátima Bezerra, enquanto 63,5% desaprovam. Houve ainda 2,8% que não souberam ou não opinaram.

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PESQUISA PERFIL/JOÃO CÂMARA: 92% DA POPULAÇÃO APROVAM GESTÃO DE AIZE BEZERRA

Pesquisa realizada pelo Instituto Perfil revela que 41,60% da população de João Câmara dizem que gestão de Aize Bezerra é ótima; 36,20% avaliam a gestão como boa; 14,80% dizem que a gestão é regular; 3% não sabe/sem resposta; 2,60% avaliam como ruim; 1,80% avaliam como péssima.

A pesquisa foi realizada nos dias 01 e 02 de setembro de 2025, com 500 entrevistados. A margem de erro é de 4,37% pontos percentuais, com confiabilidade de 95%.


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Deputado Coronel Azevedo agradece população de Santa Cruz pelo bom resultado na pesquisa da Consult


O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) foi bem citado na pesquisa para deputado estadual feita pela Consulta e divulgada pelo Blog do BG no dia 21 de julho em Santa Cruz, uma das maiores cidades do Estado.

Coronel Azevedo aparece em terceiro, atrás apenas do deputado e ex-prefeito da cidade, Tomba Farias, e do deputado Gustavo Carvalho, ambos aliados na Assembleia Legislativa.

“O resultado da pesquisa mostra a confiança fruto do trabalho firme em defesa da segurança pública, da família e das liberdades individuais no Rio Grande do Norte. Santa Cruz me honra com esse reconhecimento. Vamos continuar trabalhando com coragem e lealdade ao povo potiguar”, afirmou. 

O deputado reforça seu compromisso com a região do Trairi e reafirma que seguirá presente, ouvindo e lutando pelas demandas do interior.


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IPESPE: Desaprovação do governo Lula chega a 51%; aprovação é de 43%

A desaprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu três pontos percentuais, se comparada a maio, e está em 51%, segundo pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgada nesta quinta-feira (24).

Já a aprovação da gestão federal oscilou três pontos para cima e chegou a 43%. Os que não sabem ou não responderam são 5% — no levantamento anterior, eram 6%.


O instituto ouviu 2.500 entrevistados entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,45%.

CNN Brasil

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Paraná Pesquisas: Lula empata com Bolsonaro e Michelle no primeiro turno

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empataria com Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, ambos do PL, em eventuais cenários de primeiro turno nas eleições de 2026. É o que indica levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (24).

Foram ouvidas 2.020 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 18 e 22 de junho. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

A pesquisa avaliou seis possíveis cenários para o pleito do ano que vem. Confira a seguir em detalhes os quadros apresentados:

Cenário 1

  • Jair Bolsonaro (PL): 37,2%
  • Lula (PT): 32,8%
  • Ciro Gomes (PDT): 10,3%
  • Ratinho Jr (PSD): 4,6%
  • Ronaldo Caiado (União): 2,9%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,7%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 6,7%
  • Não sabe/Não opinou: 4,8%

Cenário 2

  • Lula (PT): 33,5%
  • Michelle Bolsonaro (PL): 30,2%
  • Ciro Gomes (PDT): 11,5%
  • Ratinho Jr (PSD): 5,7%
  • Ronaldo Caiado (União): 4,6%
  • Helder Barbalho (MDB): 0,9%
  • Nenhum/Branco/Nulo: 8,0%
  • Não sabe/Não opinou: 5,4%
  • Cenário 3

    • Lula (PT): 34,0%
    • Tarcísio de Freitas (Republicanos): 24,3%
    • Ciro Gomes (PDT): 13,5%
    • Ratinho Jr (PSD): 6,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 4,3%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,0%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 10,5%
    • Não sabe/Não opinou: 5,6%
    • CENÁRIO 4
      • Lula (PT): 33,8%
      • Eduardo Bolsonaro (PL): 21,3%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,2%
      • Ratinho Jr (PSD): 8,5%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,5%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,8%
      • Não sabe/Não opinou: 5,7%

      Cenário 5

      • Lula (PT): 33,8%
      • Flávio Bolsonaro (PL): 20,4%
      • Ciro Gomes (PDT): 13,8%
      • Ratinho Jr (PSD): 9,0%
      • Ronaldo Caiado (União): 5,8%
      • Helder Barbalho (MDB): 1,1%
      • Nenhum/Branco/Nulo: 10,3%
      • Não sabe/Não opinou: 5,9%

      Cenário 6

    • Lula (PT): 34,2%
    • Ciro Gomes (PDT): 15,0%
    • Ratinho Jr (PSD): 13,9%
    • Ronaldo Caiado (União): 7,1%
    • Rogério Marinho (PL): 6,8%
    • Helder Barbalho (MDB): 1,2%
    • Nenhum/Branco/Nulo: 15,5%
    • Não sabe/Não opinou: 6,4%
    • CNN

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PESQUISA DATAFOLHA: 40% avaliam governo Lula como ruim ou péssimo e 28% como ótimo ou bom

Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Datafolha sinaliza para uma nova variação negativa na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A taxa dos que classificam a gestão federal como “ruim” ou “péssima” oscilou de 38%, em abril, para 40% agora, enquanto o percentual dos que a consideram “boa” ou “ótima” variou na direção oposta, de 29% para 28%. Outros 31% classificam o governo Lula como “regular”.

Os resultados do novo levantamento, publicados pelo jornal “Folha de S.Paulo”, revertem parte da recuperação de imagem que havia sido ventilada pela pesquisa anterior. Após o governo ter atingido um pico de reprovação em fevereiro (41%), o levantamento seguinte indicou que a distância entre os que reprovam e os que aprovam a gestão Lula havia diminuído de 17 pontos percentuais para 9 pontos. Agora, o intervalo entre os dois grupos é de 12 pontos.

A oscilação negativa captada na pesquisa reflete os impactos da crise provocada pelo escândalo dos desvios de benefícios pagos a aposentados e pensionistas do INSS, que levou à queda do ministro Carlos Lupi (Previdência Social) e foi explorada pela oposição nas redes sociais.

Com a ressalva de que pesquisas de institutos distintos não devem ser diretamente comparadas, é possível constatar uma conversão dos resultados do Datafolha com os do levantamento divulgado na semana passada pela Quaest, que indicou serem 43% os que reprovam e 26% os que aprovam o desempenho do governo. Embora com percentuais diferentes, ambos os institutos apontaram para uma deterioração da avaliação do Executivo junto à opinião pública.

O Datafolha indica que o desgaste na imagem da gestão federal foi maior junto aos brasileiros de classe média e alta, e à população que tem ensino superior completo. Nesse último núcleo, a aprovação ao governo baixou de 31% em abril para 25%. Já entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos mensais, a taxa de “bom” ou “ótimo” baixou de 26% para 22%.

Por outro lado, houve sinais de melhora entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos por mês: a taxa dos que reprovam a administração de Lula passou de 36% para 33%, enquanto os que a aprovam variaram de 30% para 32% em dois meses. Os moradores do Nordeste também amorteceram a queda da avaliação do governo: nessa região, são 37% os que se dizem satisfeitos, taxa que é de 22% no Sul, e de 25% no Sudeste, no Norte e no Centro-Oeste.

Quando perguntados sobre o trabalho do presidente, 46% disseram aprovar o desempenho de Lula, contra 50% que se dizem insatisfeitos. Em abril, essas taxas eram de 38% e 49%, respectivamente.

O Datafolha entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros em 136 municípios no período de 10 a 11 de junho. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O Globo

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PT despenca no eleitorado potiguar: Paulo de Tarso, diretor da Consult, comenta percepção do eleitor

O destaque da pesquisa do Instituto Consult Pesquisa divulgada no meio da semana pelo Sistema Tribuna de Comunicação foi o fato do desempenho do presidente Lula (PT) ter desabado no Rio Grande do Norte, onde, historicamente, alcançava índices positivos na avaliação dos eleitores do Estado.

Para um presidente da República que “foi eleito com 65% dos votos válidos do Rio Grande do Norte”, segundo análise do diretor da empresa Consult, estatístico Paulo de Tarso Ferreira, o índice de desaprovação (46,12%) superando o percentual de aprovação (39,76%) demonstra uma percepção do eleitorado sobre “o contexto geral do governo de Lula em relação aos serviços prestados ao Rio Grande do Norte, talvez ao Brasil, com a imagem que ele passa da entrega dos serviços”.

Paulo de Tarso Ferreira entende que, na opinião dos eleitores, “muitas coisas foram prometidas e muitas coisas não foram cumpridas”. Mas, acrescentou ele, que “isso também reflete, via governo do Estado, o que a governadora Fátima Bezerra (PT) tem de uma desaprovação também muito alta, a qual foi eleita num primeiro turno, com mais de 60% dos votos”.

Paulo de T. Ferreira explicou que hoje, Fátima Bezerra tem uma desaprovação de 65,18% e uma aprovação de apenas 19,47% da população do Rio Grande do Norte, uma avaliação negativa que termina sendo transmitida para a administração de Lula, “porque são parceiros, prometeram, e pouca coisa saiu, como saíram agora algumas coisas sobre as estradas”.

Segundo Ferreira, na visão dos eleitores, “outras coisas não são vistas como ação realizada pelo governo Fátima Bezerra e também assinada embaixo, algumas ações feitas pelo governo Lula, que atinge a população do Rio Grande do Norte”.

Essa mesma desaprovação do governo Lula em nível estadual, opina Ferreira, revela “o que está acontecendo também com a desaprovação de Lula em termos do Brasil”. Ou seja, continuou o dirigente da Consult, “a situação de vida da população hoje está pior do que no início do governo Lula, isso dito pela população em pesquisas nacionais e aqui local também. E isso fica difícil para que essa aprovação negativa dele diminua”.

O desgaste político-eleitoral com os crescentes índices de negativos de avaliações dos governantes do Partido dos Trabalhadores em nível de País e de Estado, avaliza Paulo de Tarso, termina beneficiando as oposições ao presidente Lula e à governadora Fátima Bezerra: “A população sentindo na pele o desgaste do governo a nível nacional e a nível local, faz com que quem se beneficie com isso seja o ex-presidente Jair Bolsonaro, que quando faz um confronto praticamente direto na pesquisa feita agora da Consult com a TRIBUNA DO NORTE, Bolsonaro saia na frente de Lula, mesmo Lula tendo vencido a eleição com um favoritismo muito alto na época”.

Agora, explicou Ferreira, os governos Lula e Fátima Bezerra., “ já desconstruíram o que fizeram durante a campanha, o que prometeram na campanha eleitoral de 2022 e não estão cumprindo, o único beneficiário com isso é o ex-presidente Bolsonaro”.

Senado federal

Com relação ao cenário para a disputa eleitoral de duas vagas para o Senado da República em 2026, Paulo de Tarso disse que “observa na pesquisa Consult/TN um favoritismo amplo do senador Styvenson Valentim (PSDB), que tem trabalhado e mostrado serviço, isso chama a atenção da população e faz com que ele tenha essa diferença imensa quanto ao segundo lugar”.

Paulo de Tarso não acredita que mesmo diante do resultado de uma pesquisa feita, praticamente, a 16 ,meses das eleições de outubro de 2026, “haja um revés quanto essa possibilidade dele ser o mais votado para o Senado, porque a posição dele hoje é concretizada em todas as pesquisas e aqui nós acompanhamos também”.

Nina e Babá surgem na pesquisa

A surpresa da pesquisa Consult/TN foi a citação pelos eleitores de Natal e do interior para o Senado da República dos nomes de dois políticos com atuação municipal – a secretária de Trabalho e Ação Social na gestão do prefeito Paulinho Freire (União), Nina Souza, e do presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Anteomar Pereira da Silva, o “Babá”, que apareceram com 0,35% e 0,29% na preferência do eleitorado.

A vereadora licenciada da Câmara Municipal de Natal (CMN), Nina Souza, acha que a suas atuações no legislativa e mesmo no cargo no Executivo há quase cinco meses, podem ter contribuído para que apareça como opção ao eleitor para o Senado Federal em 2026: “Uma mistura. Além de um desejo silencioso de alguns militantes de direita que gostariam de uma mulher nessa chapa”.

Nina Souza afirmou, ainda, que ficou “muito feliz em ser lembrada” na chapa majoritária. “E eu acho que se eu continuar sendo lembrada e essas lembranças forem aumentando, quem sabe eu não me empolgue”, avisou.

Já o ex-prefeito de São Tomé, “Babá”, disse que “recebe com muita honra, alegria e muita felicidade” essa essa citação do seu nome “de forma espontânea por parte da população do Rio Grande do Norte, apesar de não ser uma pessoa muito conhecida ainda perante a população”.

Para Babá, quem o conhece mais “são os atores políticos vereadores, vice-prefeitos e prefeitos”, mas “também recebe com muita serenidade”, o resultado da pesquisa, mesmo apontando-o com 0,26% das intenções de votos para a disputada de uma vaga de senador.

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PESQUISA CONSULT/TN GOVERNADOR: Para o governo, Allyson tem 23,24% e Rogério tem 16,29%

As eleições para governador do Rio Grande do Norte promete ser bem disputada em 2026, conforme o resultado da segunda pesquisa do Instituto Consult, no cenário em que apresentou os nomes de sete pré-candidatos a 1.700 eleitores entre os dias 9 e 13 de maio. O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União) lidera a corrida eleitoral com 23,24% das intenções de votos, seguido de perto pelo senador Rogério Marinho (PL), que tem 16,29%, uma diferença de 6,95% pontos percentuais.

Em terceiro lugar vem a deputada federal Natália Bonavides (PT), com 12,06% e na na quarta colocação surge o pré-candidato do partido Republicanos e ex-prefeito de Natal, Alvaro Dias, com 10,82%.

Mais atrás estão o vice-governador Walter Alves (MDB), 2,59% e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), 2,12%.

Mesmo com o apoio já declarado da governadora Fátima Bezerra (PT), na última colocação vem o secretário estadual da Fazenda, o auditor fiscal Carlos Eduardo Xavier, conhecido como “Cadu Xavier”, com apenas 0,82% na preferência do eleitorado potiguar.

A sondagem eleitoral para o governo do Estado aponta, ainda, que os eleitores indecisos são 21,82% e 10.24% disseram que não votariam em nenhum desses nomes para governador.

No cenário em que se indica aos eleitores os nomes de três eventuais candidatos a governador, Allyson Bezerra tem 30,94% da preferência dos entrevistados, enquanto Rogério Marinho é citado por 24,94% e Cadu Xavier, 3,0%. Não sabem dizer 24,59% e nenhum deles 16,53%.

A pesquisa estimulada no cenário apenas com os nomes de três pré-candidatos, em que se substitui Rogério Marinho por Álvaro Dias, o prefeito de Mossoró lidera com 32,18%, enquanto o ex-prefeito de Natal tem 22,41% e Cadu Xavier, 3,47%. Indecisos, 25,59% e não votam em nenhum 16,35%.

Quando se substitui Natália Bonavides por Cadu Xavier como pré-candidata do PT, a deputada aparece com 14,76% numa eventual disputa com Allyson Bezerra e Rogério, que têm respectivamente 28,59% e 24,29% das intenções de votos. Indecisos, 20,59% e nenhum, 11,76%.

O Instituto Consult ouviu 1.700 eleitores entre os dias 9 e 13 de maio em 55 cidades de 12 regiões do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 2,3% e o índice de confiabilidade é de 95%.

Tribuna do Norte

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Pesquisa Futura/ Exame: Insatisfação com Lula cresce entre mulheres e no Nordeste

O instituto futura verificou em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) que a insatisfação com o governo Lula cresceu entre os grupos que historicamente aprovam o governo, como mulheres e moradores da Região Nordeste.

A alta da desaprovação do trabalho de Lula acompanha a avaliação da população sobre a economia e a alta dos preços. A maioria dos brasileiros considera a situação econômica de forma negativa.

No quesito criação de empregos, 42,8% dos entrevistados veem a situação de forma ruim ou péssima, enquanto apenas 27,5% avaliam positivamente. A situação econômica é ainda mais crítica, com 59,1% dos respondentes classificando-a como ruim ou péssima, e apenas 13,8% considerando-a boa ou ótima. Já o combate à alta dos preços, um dos maiores desafios do governo, é visto de forma negativa por 64,7% da população.

A pesquisa é mais uma que reforça a queda da popularidade de Lula em um momento dedesaceleração da economia e aumento dos preços dos alimentos.Para responder a esses números, o governo tem apostado em medidas como a liberação do saldo retido do FGTS, o novo consignado para trabalhadores CLT e mudanças no Minha Casa, Minha Vida.

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