Policial militar da reserva é morto a tiros pelo próprio filho na Grande Natal

Um homem foi morto a tiros pelo próprio filho na tarde deste sábado (14), no município de Macaíba, na Grande Natal. O crime ocorreu dentro de uma residência na Rua Governador Dinarte Mariz. A vítima foi identificada como Matias, policial militar da reserva.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito usou a arma do pai para cometer o crime. Três disparos atingiram Matias pelas costas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas a vítima morreu no local.

Populares informaram aos policiais que o suspeito teria envolvimento com o tráfico de drogas. Após o crime, ele foi detido e levado à Delegacia de Parnamirim, onde deve prestar depoimento.

A Polícia Civil vai investigar o caso e apurar a motivação do crime, além de verificar possível ligação com atividades ilícitas.

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Cremern aponta colapso nos principais hospitais do RN por falta de insumos

Relatórios do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) apontam uma grave crise nos dois principais hospitais da rede estadual de saúde: o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. As unidades enfrentam desabastecimento de mais de 75% de medicamentos e insumos, com risco iminente à segurança dos pacientes e impacto direto no atendimento.

Diante da situação, o Cremern ingressou com uma Reclamação Pré-Processual na Justiça Federal no dia 3 de junho, pedindo que o Estado adote medidas urgentes. Passados 10 dias, segundo o presidente do conselho, Marcos Antônio Tavares, não houve melhora. “O objetivo é forçar o gestor a tomar uma iniciativa concreta para reverter o quadro”, afirmou.

Falta de medicamentos e risco de mortes evitáveis

No Walfredo Gurgel, vistoria realizada em 26 de maio constatou a ausência de antibióticos como Meropenem e Polimixina, trombolíticos como Alteplase, anestésicos, analgésicos, anti-inflamatórios e materiais básicos como seringas, agulhas e álcool 70%. Também faltam colírios e pomadas anestésicas na oftalmologia, além de lâminas específicas para o funcionamento do dermátomo elétrico na ala de queimados.

“A falta desses insumos compromete diretamente o tempo de internação, eleva o risco de infecções hospitalares e pode causar mortes evitáveis”, alerta o relatório do Cremern. O presidente do conselho relata que médicos da ala de queimados estão comprando materiais do próprio bolso para manter os atendimentos.

Débitos com fornecedores ultrapassam R$ 4 milhões

Um memorando enviado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) pelo chefe da Farmácia do Walfredo Gurgel, Thiago Bezerra, reconhece o colapso e atribui o desabastecimento à inadimplência com fornecedores. Segundo o documento, a dívida supera R$ 4,1 milhões, sendo R$ 1,3 milhão com a UNI Hospitalar, R$ 617 mil com a Conquista Distribuidora e R$ 280 mil com a ROSS Medical.

A falta de pagamentos levou à suspensão nas entregas de medicamentos e insumos essenciais. Thiago alerta que isso compromete áreas críticas como urgência, emergência e centro cirúrgico, além da realização de exames laboratoriais fundamentais, como bioquímica, imunologia, sorologia e microbiologia.

Tarcísio Maia também enfrenta crise

Em Mossoró, vistoria feita no Hospital Regional Tarcísio Maia em fevereiro apontou um cenário semelhante, com 29 leitos de UTI e um deles bloqueado por falta de insumos. A unidade também sofre com a paralisação de reformas e com entregas incompletas de materiais solicitados. A compra emergencial sem licitação foi autorizada, mas o Cremern afirma que o cenário permanece crítico.

Situação é generalizada, diz Cremern

Segundo Marcos Tavares, a crise vai além dos hospitais vistoriados. O Hospital Santa Catarina, por exemplo, estaria com sua UTI funcionando de forma precária, segundo relatos médicos. “Estamos falando de unidades que atendem os casos mais graves. Sem estrutura, os profissionais não têm como oferecer atendimento de qualidade”, disse.

Governo alega perda de receita e esforço para normalizar estoques

Até a publicação desta matéria, a Sesap não se manifestou após o novo relatório, mas foi procurada pela reportagem da 98 FM. No início do mês, a pasta chegou a trazer justificativas sobre informações anteriores, alegando que o cenário de déficit ocorria devido a queda na arrecadação do ICMS, que teria retirado R$ 132 milhões da saúde em 2024. A sesap afirmou ainda, na ocasião, que vem realizando “esforços permanentes” para abastecer as unidades. Informou ainda que os hospitais utilizam recursos da Fonte 500 (estadual), considerada instável, e que há processos licitatórios em andamento, sem prazo de conclusão.

O Cremern afirma que todas as vistorias são feitas com transparência, com relatórios enviados também ao Conselho Federal de Medicina. Para o conselho, o cenário atual representa um risco real de colapso da rede pública hospitalar no Rio Grande do Norte.

Com informações da Tribuna do Norte

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O que é albinismo? Entenda a condição genética e cuidados necessários

O albinismo é uma condição genética hereditária rara caracterizada pela presença de pele muito clara, cabelos brancos ou loiros, olhos azulados, avermelhados ou castanho-claros, além de alta sensibilidade à luz solar e alterações na visão. Ela afeta diretamente a produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração desses órgãos, mas que também protege contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta.

De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), estima-se que cerca de 21 mil brasileiros convivam com o albinismo. A condição, que pode ser parcial ou total, está relacionada com mutações em ao menos 19 genes já identificados e apresenta diferentes formas: o albinismo óculo-cutâneo, que atinge pele, cabelos e olhos; o albinismo ocular, restrito aos olhos; e as síndromes raras associadas, como Hermansky-Pudlak, Chediak-Higashi e Griscelli, que também podem afetar o sistema imunológico, a coagulação sanguínea e a função neurológica.

Devido a sua abrangência, a condição exige um cuidado multidisciplinar e tem uma data específica no calendário de saúde: 13 de junho, o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, que busca ampliar o conhecimento e combater o estigma social que ainda a envolve.

Prevalência do albinismo no Brasil e no mundo

No Brasil, a falta de um mapeamento epidemiológico oficial dificulta o conhecimento da real distribuição do albinismo. “Estudos regionais indicam maior incidência em áreas com população negra, especialmente no Nordeste. Em Salvador (BA), por exemplo, há registros em 44% dos bairros analisados, e na comunidade quilombola da Ilha da Maré, a frequência chega a 1 albino para cada mil habitantes. Municípios como Lençóis Maranhenses, no Maranhão, também apresentam prevalência significativa”, relata Theodoro Habermann Neto, dermatologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

Conforme a literatura médica, no cenário global, a incidência média é de 1 caso a cada 20 mil pessoas, mas o número varia conforme a região e fatores culturais. Nos Estados Unidos, a frequência é menor (1 para 37 mil); entre os indígenas Cuna, no Panamá e na Colômbia, pode chegar a 6,3 por mil habitantes. Na África Subsaariana, a prevalência é bem maior — cerca de 1 caso para cada 1,5 mil habitantes, chegando a 1/1000 em países como Tanzânia e Zimbábue. A alta prevalência na África está relacionada a fatores como baixa mobilidade geográfica, consanguinidade e práticas tradicionais de casamento.

Cuidados essenciais com a saúde

Conforme Theodoro Habermann Neto, por se tratar de uma condição genética, não há cura. “O tratamento foca no acompanhamento oftalmológico precoce e contínuo, na prevenção dos danos causados pelo sol e no monitoramento dermatológico para detectar lesões cancerígenas ou pré-malignas o quanto antes”, afirma.

Entre os cuidados básicos, estão o uso diário de protetor solar , roupas que protejam a pele, chapéus de aba larga, óculos com proteção UV e protetor labial. “A ausência de melanina aumenta o risco de câncer de pele, que pode surgir mais cedo e com maior frequência”, alerta o especialista.

Impactos psicológicos e sociais que afetam a qualidade de vida

Além dos aspectos físicos, o médico destaca os desafios psicológicos e sociais enfrentados por essas pessoas. “O estigma, o isolamento, a discriminação e, em alguns países, ameaças de violência baseadas em crenças supersticiosas comprometem sua qualidade de vida, levando ao abandono escolar, dificuldades no mercado de trabalho e nas relações sociais e afetivas”, conclui Theodoro Habermann Neto.


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Bombardeios matam 78 pessoas no Irã e três em Israel


Ao menos três cidadãos israelenses morreram e 82 ficaram feridos durante a manhã deste sábado (no horário local) em decorrência de uma série de ataques efetuados pelo exército iraniano, em resposta aos bombardeios feitos pelo governo de Israel no Irã no início da madrugada de ontem (no horário local).

Por meio da Operação Promessa Verdadeira 3, os militares de Teerã reagiram fortemente ao ataque israelense contra o território iraniano, que até o momento já vitimou 78 pessoas, incluindo altos oficiais militares, e feriu mais de 320 iranianos em diferentes regiões do país.

Os ataques iranianos conseguiram furar a barreira Domo de Ferro, concebida como um sistema antimísseis criado pelo governo de Israel contra seus adversários no Oriente Médio.

A mídia persa noticiou que o Exército derrubou dois caças F-35 pertencentes a Israel, além de ter capturado uma piloto. Por sua vez, os israelenses não confirmam as baixas na frota aeronáutica.

Já as Forças Armadas de Israel disseram que bombardearam o Aeroporto de Mehrabad, em Teerã, contudo o governo persa não cita problemas de logística até o momento.

No início da madrugada de sábado (no horário local), o Exército israelense solicitou à população que buscasse refúgio em abrigos protegidos após detectar os mísseis lançados pelo Irã em direção a Israel.

“Há pouco tempo, sirenes soaram em várias áreas de Israel após a detecção de mísseis do Irã lançados contra o Estado de Israel. [A Força Aérea está] atuando para interceptar e atacar onde for necessário para eliminar a ameaça”, informou o Exército israelense no aplicativo Telegram às 4h40 locais (22h40 da sexta-feira em Brasília).

Armas Nucleares

Irã e EUA negociavam um acordo sobre não proliferação de armas nucleares, com a mediação de Omã. As negociações, que começaram em abril, marcaram o reinício das conversas entre os países desde 2018, ano em que Trump desistiu do acordo nuclear assinado em 2015.

O Irã respondeu ao abandono do acordo por parte do líder dos EUA intensificando suas atividades nucleares. Atualmente, o Irã enriquece urânio a 60%, muito acima do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo, mas abaixo dos 90% necessários para desenvolver armas nucleares.

Surpreendentemente, o governo de Israel ignorou o diálogo estabelecido entre EUA e Irã para atacar os persas, alegando que o programa nuclear iraniano está muito avançado, desse modo colocando que os israelenses correm em perigo.

O Globo

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Em ano de “colheita”, Lula acumula sequência de derrotas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já acumula uma série de derrotas no 3º ano deste mandato. Segundo o petista, 2025 seria o “ano da colheita” das boas ações de sua gestão, mas em 6 meses o que colheu foram impasses que afetaram negativamente sua popularidade, como o Pixgate, as fraudes no INSS e o decreto do aumento do IOF.

A aprovação da gestão está em queda livre. Segundo a pesquisa PoderData, realizada de 31 de maio a 2 de junho, o governo Lula é desaprovado por 56% dos eleitores. A taxa avançou 3 pontos percentuais em 2 meses. No mesmo período, a aprovação recuou de 41% para 39%.

Lula está a 1 ano e 4 meses das eleições de 2026. Caso queira concorrer à reeleição, precisará reverter a baixa aprovação, que atribuía à comunicação do governo. Em janeiro, trocou o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação). Não adiantou. O presidente seguiu protagonizando gafes.

Advogado tributarista e analista político sob a perspectiva institucional, Arcênio Rodrigues diz que a impopularidade do petista vai além do atual momento.

“O que se observa é um esvaziamento de liderança, um Lula que já não mobiliza, não empolga e não dita mais o ritmo do debate nacional. O carisma que o levou à presidência 3 vezes parece ter dado lugar a um governo sem rumo claro, marcado por alianças desgastadas, pragmatismo excessivo e falta de entregas reais”, afirma.

Relembre os temas que desgastaram a imagem de Lula:

Pixgate

As ações do governo foram ofuscadas logo em janeiro pela controvérsia das regras da Receita Federal para o monitoramento de transações acima de R$ 5.000 via Pix. A ideia era olhar essas movimentações com lupa, para facilitar a identificação de quem não paga tributos.

Mas o assunto se transformou nas redes sociais, levando ao rumor de que o governo passaria a aplicar taxas nas transações via Pix. Uma das pessoas que movimentou as redes sobre o assunto foi o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Um vídeo do congressistas publicado em seu perfil no Instagram superou 300 milhões de visualizações.

O Ministério da Fazenda acabou cedendo à pressão. Derrubou a medida para não virar uma “arma na mão de criminosos”, segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

INSS

Em abril, a PF (Polícia Federal) deflagrou a operação Sem Desconto, que revelou um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo a Abradeb (Associação Brasileira de Defesa dos Clientes e Consumidores de Operações Financeiras e Bancárias), o prejuízo pode ter afetado mais de R$ 10 bilhões em 10 anos.

Lula declarou que o caso foi resultado de um “erro” cometido na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e mais, cometido “possivelmente de propósito”.

A oposição não comprou o discurso e disse que culpa foi da gestão petista, por demorar a identificar o esquema. O grupo também protocolou o pedido de criação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes do INSS. Conseguiu 259 assinaturas –de 223 deputados e 36 senadores.

Para evitar mais desgaste, o melhor para o Planalto seria postergar a leitura do requerimento que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deve fazer na 3ª feira (17.jun).

A probabilidade de ser adiada é alta. Há o feriado de Corpus Christi em 19 de junho e, depois, a semana de São João. Neste período, deputados e senadores não ficam em Brasília. Vão para as festas juninas, principalmente os políticos do Nordeste.

Uma investigação não fará bem para a imagem do governo, principalmente antes de começar a indenizar os aposentados e pensionistas vítimas dos descontos.

Na 5ª feira (12.jun), a AGU (Advocacia Geral da União) entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) de crédito extraordinário para pagar as pessoas que foram lesadas. Assim, o valor fica fora da meta fiscal.

IOF

A rusga mais recente do governo Lula foi o decreto para elevar o IOF (Imposto sobre Operações de Crédito).

Em 22 de maio, Haddad anunciou que o governo iria aumentar o imposto e que a medida traria R$ 20,5 bilhões aos cofres públicos em 2025. No mesmo dia, recuou em partes.

A medida foi mal recebida pelo Congresso. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre, deram 10 dias para Haddad revogar completamente o anúncio.

Na 4ª feira (11.jun), o governo publicou uma medida provisória e um decreto que amenizam em partes o texto original, com taxas menores para crédito empresarial, por exemplo.

Na 5ª feira (12.jun), Hugo Motta e lideres partidários anunciaram que decidiram pautar o requerimento de urgência do PDL (projeto de decreto legislativo) que derruba o decreto do governo. Deve ser votado na 2ª feira (16.jun).

Apesar de o Congresso estar indo na contramão do que a equipe econômica quer, o governo deve colocar panos quentes na situação.

Se o PDL sustar só o decreto publicado na noite de 4ª feira (11.jun), na prática, ressuscita o aumento inicial de Haddad sobre o IOF. Deputados devem fazer ajustes no texto para não sobrar dúvidas técnicas e jurídicas.

Poder 360

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Mundial de Clubes começa neste sábado (14) ancorado em investimento bilionário


Sob a gestão de Gianni Infantino, iniciada em 2016, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) busca repetidamente maximizar receitas e expandir o alcance de suas competições. Houve sugestões, rejeitadas, para realizar a Copa do Mundo de seleções a cada dois anos, mas duas importante ideias foram aprovadas mesmo com críticas acentuadas: a ampliação da Copa para 48 seleções e a criação de um novo Mundial de Clubes, realizado a cada quatro anos, alocado na vaga da extinta Copa das Confederações no calendário do futebol.

A primeira edição do Mundial de Clubes deveria ter acontecido em 2021, na China. Mas a pandemia postergou a concretização do torneio. A instituição da nova competição fez com que o tradicional torneio anual, anteriormente batizado com o nome de Mundial, voltasse a ser chamado de Intercontinental.

Em 2025, o projeto saiu do papel, e os Estados Unidos, sede da próxima Copa do Mundo de seleções (2026), vai abrigar o Mundial de Clubes; Neste sábado, será dado o pontapé inicial para o maior torneio envolvendo times de todos os continentes. Serão 32 participantes. O duelo entre Inter Miami, equipe que conta com Lionel Messi, e Al-Ahly, do Egito, acontece a partir das 21h no Hard Rock Stadium, em Miami, e abre os trabalhos pelo Grupo A.

Quem serão os participantes do Mundial de Clubes?

O Brasil é o país com maior número de jogadores inscritos (141) e com mais times participantes do Mundial. Campeões das últimas quatro edições da Libertadores, Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo vão encarar o desafio de bater de frente com times europeus e forças continentais nos Estados Unidos.

A Fifa dividiu o número de participantes da seguinte forma: Europa (12), América do Sul (6), América do Norte, Central e Caribe (4), Ásia (4), África (4), Oceania (1) e uma vaga para o país-sede. Para completar as vagas, a entidade criou um ranking, cuja pontuação foi formada a partir dos resultados obtidos nos campeonatos continentais de 2021 até 2024. Dessa forma, além de campeões de cada continente, alguns times entraram via ranqueamento.

No entanto, a indicação de certos times gerou polêmica. A primeira foi em relação ao Inter Miami, time que conta com Messi, Suárez e outras estrelas oriundas daquele Barcelona memorável do início dos anos 2010. A Fifa nomeou o time da Flórida por ser a melhor equipe da temporada regular da liga norte-americana de futebol (MLS). No entanto, a equipe sequer chegou à final da competição. O título ficou com o Los Angeles Galaxy, que, sem vaga, viu seu rival de cidade, o Los Angeles FC, conquistar um lugar no Mundial também envolto em críticas.

Originalmente, o mexicano León deveria ter uma vaga no Mundial por ser o campeão da Concachampions de 2023. Porém, o clube pertence ao mesmo grupo dono do Pachuca, campeão da mesma competição em 2024, o que também lhe deu uma vaga no torneio.

A Fifa, então, decidiu retirar o León da competição, haja vista uma regra que impede que times do mesmo dono participem do torneio. O caso foi parar na Corte Arbitral do Esporte (CAS), que considerou a medida da Fifa correta.

A entidade optou por escolher o substituto do León por meio de jogo único entre o vice-campeão de 2023, o Los Angeles FC, e o América, do México, melhor mexicano no ranking do continente.

A decisão também gerou descontentamento por parte dos costarriquenhos do Alajuelense, que entendiam ter direito à vaga, uma vez que o regulamento do torneio veda a indicação por meio de ranking de times de um país que já tenha ao menos dois campeões continentais classificados.

Mundial de Clubes terá premiação milionária

Não foi fácil para a Fifa também convencer os times europeus a participarem do Mundial. Houve uma série de críticas de dirigentes, jogadores e do sindicato dos atletas pelo excesso de jogos. Para contornar a situação, a entidade ofereceu uma premiação de US$ 1 bilhão (R$ 5,55 bilhões na cotação atual) para dividir entre os participantes, sendo que os europeus ficarão com a maior fatia.

Apenas pela participação, os times da Europa vão ganhar entre US$ 12,81 milhões e US$ 38,19 milhões (o menor valor será do Salzburg, e o maior do Real Madrid, seguindo critérios esportivos e comerciais). Os brasileiros ganharão US$ 15,21 milhões cada (aproximadamente R$ 85 milhões). Os times ainda vão faturar US$ 2 milhões por vitória na primeira fase e US$ 1 milhão por empate. Se chegar às oitavas, soma mais US$ 7,5 milhões. Às quartas, US$ 13,125 milhões. Às semis, US$ 21 milhões. O vice-campeão levará mais US$ 30 milhões, enquanto o campeão embolsará outros US$ 40 milhões. Portanto, se um sul-americano for campeão, seu prêmio acumulado pode chegar a US$ 102,835 milhões (R$ 570 milhões). Já um europeu pode faturar até US$ 125,815 milhões (R$ 700 milhões).

Entenda o formato e conheça as sedes do Mundial de Clubes

Os 32 times foram divididos em oito grupos no formato de maior sucesso das Copas do Mundo. Os dois melhores de cada grupo avançam para as oitavas de final, a partir daí são jogos únicos eliminatórias até chegar à grande decisão, agendada para o dia 13 de julho, em East Rutherford, Nova Jersey, no MetLife Stadium.

Ao todo, 11 cidades e 12 estádios vão abrigar as partidas do Mundial de Clubes. A maioria fica na costa leste dos Estados Unidos. Apenas Seattle (Washington) e Pasadena (Califórnia) estão no lado oposto do mapa. Orlando (Flórida) é a única cidade com dois estádios: o Camping World e o Inter&Co Stadium. Os gramados foram todos adaptados ao padrão Fifa, com dimensões definidas em 105m x 68m e apenas naturais.

A Fifa enfrenta dificuldades na venda de ingressos para partidas menos relevantes. A entidade teve de baixar consideravelmente o valor das entradas para tentar encher alguns estádios. A expectativa é que a média de ocupação das arenas seja de 50%.

Conheça os grupos do Mundial de Clubes

  • Grupo A: Palmeiras, Porto, Al-Ahly e Inter Miami;
  • Grupo B: Paris Saint-Germain, Atlético de Madrid, Botafogo e Seattle Sounders;
  • Grupo C: Bayern de Munique, Auckland City, Boca Juniors e Benfica;
  • Grupo D: Flamengo, Espérance, Chelsea e Los Angeles FC;
  • Grupo E: River Plate, Urawa Reds Diamonds, Monterrey e Inter de Milão;
  • Grupo F: Fluminense, Borussia Dortmund, Ulsan HD e Mamelodi Sundowns;
  • Grupo G: Manchester City, Wydad, Al-Ain e Juventus;
  • Grupo H: Real Madrid, Al-Hilal, Pachuca e Salzburg.

Estadão

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