Preço do café dispara 17% em março e cesta básica acumula alta pelo terceiro mês seguido em Natal

preço do café torrado segue em alta em Natal. Segundo levantamento do Procon Municipal, em março o pacote de 250 g registrou um aumento de 17,84% no preço, tornando-se um dos principais responsáveis pelo encarecimento da cesta básica na capital potiguar.

Além do café, o feijão carioca (kg) também teve alta significativa de 1,97%, enquanto o óleo de soja (900 ml) subiu 0,82%. Esses produtos, da categoria de mercearia, seguem em alta desde o início do ano, impactando diretamente o orçamento das famílias.

De acordo com levantamento do Procon Natal, o preço médio da cesta básica na capital potiguar subiu 0,25% em março, chegando a R$ 450,69. No mês anterior, o valor médio era de R$ 449,59, um acréscimo de R$ 1,14. Comparado ao mesmo período do ano passado, o custo aumentou 4,71%, o que representa um acréscimo de R$ 21,25 para o consumidor.

Outras mudanças de preços

A pesquisa constatou que a categoria de hortifrúti registrou uma redução de 3,04%, com quedas nos preços do tomate (-R$ 1,19/kg), da cebola (-R$ 2,75/kg) e do chuchu (-R$ 1,66/kg). Outras categorias, porém, tiveram aumento. O setor de açougue subiu 1,82%, enquanto os produtos de higiene e limpeza registraram alta de 3,07%.

Entre os 40 itens analisados, 21 apresentaram aumento em relação ao mês anterior, ou seja, 52,5% dos produtos ficaram mais caros. Este é o terceiro mês consecutivo de alta nos preços. Em janeiro, o preço médio da cesta era R$ 441,63, subindo para R$ 449,54 em fevereiro e, agora, R$ 450,69. No acumulado do trimestre, a elevação chega a 4,50%.

Setor

A pesquisa também comparou os preços entre diferentes tipos de estabelecimentos. Os hipermercados apresentaram os maiores preços, sendo 9,09% mais caros que os supermercados de bairro. Já os atacarejos mostraram uma variação ainda maior, de 15,36%, permitindo uma economia de até R$ 64,77 para quem pesquisa antes de comprar.

Regiões

Em relação às regiões de Natal, a zona norte apresentou o menor preço médio da cesta básica, R$ 443,62, seguida da zona oeste (R$ 443,69). Já nas zonas leste (R$ 446,28) e sul (R$ 465,13), os preços foram mais elevados.

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Taxa da blusinha: RN e mais nove estados aumentam ICMS para 20% a partir desta terça

Passa a valer a partir desta terça-feira (1º) o aumento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para compras internacionais em dez estados, que passam a ser taxadas com 20%.

Antes, a tarifa conhecida por “taxa das blusinhas” era de 17%.

A decisão foi tomada na 47ª Reunião Ordinária do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e DF (Comsefaz), em dezembro do ano passado.

Na ocasião, dez estados decidiram aumentar a alíquota:

  • Acre;
  • Alagoas;
  • Bahia;
  • Ceará;
  • Minas Gerais;
  • Paraíba;
  • Piauí;
  • Rio Grande do Norte;
  • Roraima;
  • Sergipe.

Os demais estados irão manter a alíquota estadual em 17%. Além do ICMS, as compras internacionais também são taxadas com imposto de importação.

Remessa Conforme

O programa Remessa Conforme reduz a alíquota do imposto de importação sobre as compras internacionais realizadas em empresas certificadas. Em todas as operações comerciais, o usuário paga imposto de importação (federal) e ICMS (estadual).

Veja como se dará a tributação com a mudança da alíquota do ICMS para compras de até US$ 50:

  • 20% de imposto de importação (imposto federal administrado pela Receita Federal);
  • 20% de ICMS (imposto estadual, repassado aos cofres do Estado do comprador).

Veja como se dará a tributação com a mudança da alíquota do ICMS para compras acima de US$ 50:

  • 60% de imposto de importação (imposto federal administrado pela Receita Federal);
  • 20% de ICMS (imposto estadual, repassado aos cofres do Estado do comprador).

Ainda está previsto um desconto de US$ 20 sobre o valor do imposto de importação.

CNN

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ICMS: Imposto sobre compras importadas on-line sobe no RN e outros nove estados a partir de terça-feira (1º)

Quem compra em e-commerces como Shopee, Shein e AliExpress vai começar a pagar mais impostos a partir da próxima terça-feira, dia 1º de abril. O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) cobrado sobre os produtos importados on-line vai subir para 20% em dez estados. Além disso, já há a chamada “taxa da blusinha”, cobrança sobre compras internacionais com valor até US$ 50 — o que é válido em todo o país, já que é um imposto federal.

Os estados e o Distrito Federal fecharam, no ano passado, um acordo que permitiu subir a alíquota sobre remessas importadas de até US$ 3.000 de 17% para 20%. O objetivo, de acordo com o Comitê Nacional de Secretarias de Estado da Fazenda (Comsefaz), é “garantir a isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no Brasil”, de acordo com nota divulgada em dezembro.

Com isso, dizem os estados em nota, a ideia é “estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço”.

Isso, porém, não foi automático. Em estados em que o teto do ICMS geral é de menos de 20%, isso dependia de aprovação de um decreto do governador ou de lei local. Dessa forma, dez estados terão alíquotas maiores.

Estados que optaram por elevar o ICMS para 20%:

  • Acre
  • Alagoas
  • Bahia
  • Ceará
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Roraima
  • Sergipe

Estados em que a alíquota permanece 17%

  • Amazonas
  • Amapá
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Maranhão
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Pará
  • Pernambuco
  • Paraná
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul
  • Roraima
  • Santa Catarina
  • São Paulo
  • Tocantins

Como é hoje?

As importações realizadas a partir do Regime de Tributação Simplificada (RTS) são tributadas pelo ICMS, que atualmente tem alíquota uniforme de 17%, independentemente de a compra ser efetuada em sites certificados pela Receita Federal no Programa Remessa Conforme ou não.

O RTS vale para a importação de encomendas internacionais com valor aduaneiro (soma dos bens + frete + seguro) de até US$ 3.000, destinados a pessoas físicas e jurídicas.

Além do ICMS, as compras internacionais feitas em e-commerces de Remessa Conforme e destinadas a pessoas físicas pagam também o Imposto de Importação (a “taxa da blusinha”), alterado em agosto do ano passado. Para compras em que o valor aduaneiro for de até US$ 50 a alíquota é de 20%. Já quando o valor for maior que US$ 50, a alíquota é de 60%.

Como vai ser?

Em dez estados, o ICMS será majorado para 20% para esse tipo de compra on-line. Assim, consumidores irão pagar o Imposto de Importação — que pode ser de 20% ou 60%, a depender do valor da compra — mais 20% de ICMS.

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58% dos brasileiros avaliam que economia está no “caminho errado”

Pesquisa Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) divulgada nesta 5ª feira (27.mar.2025) mostra que 58% dos eleitores acreditam que a economia do país está no “caminho errado”. Outros 35% avaliam que a condução na área está no “caminho certo”.

O levantamento ainda contabilizou a percepção econômica entre os que aprovam e desaprovam a política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da FazendaFernando Haddad.

Entre os insatisfeitos com a gestão dos petistas, 93% consideram que a economia do país está no “caminho errado“. Já entre os satisfeitos com a administração federal, 79% avaliam o cenário econômico como no “caminho certo“.

Os dados de maior avaliação da economia brasileira como no “caminho certo” estão entre mulheres de 16 a 24 anos, com o ensino médio completo, que ganham de R$ 2.000 a R$ 5.000 e que vivem no Nordeste.

Já a maior avaliação da política econômica como no “caminho errado” está entre homens de 45 a 59 anos, com nível superior completo, renda de até R$ 2.000 e que vivem nas regiões Centro-Oeste ou Sul.

O levantamento ouviu 2.500 pessoas de 20 a 25 de março. A margem de erro estimada é de 2 p.p. (pontos percentuais) para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95,45%.

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Ovos de páscoa ficam 9,5% mais caros neste ano, diz pesquisa


Quem pretende comprar chocolate para comemorar este feriado de Páscoa deve sentir um gosto mais salgado — no bolso.

Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os tradicionais ovos de chocolate ficaram 9,5% mais caros em 2024.

Já no acumulado dos últimos três anos, os ovos de Páscoa tiveram um aumento de 43% nos preços. O maior aumento ocorreu em 2023, quando os ovos de Páscoa subiram 18,6%.

Apesar do salto, alguns itens subiram muito acima da média dos ovos. O chocolate, por exemplo, teve um aumento de mais de 27% neste ano em relação à Páscoa do ano passado, enquanto os bombons encareceram 13,5%.

Segundo Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, “o aumento dos custos de produção do chocolate é o principal motivo da elevação dos preços nos últimos anos. Questões climáticas causaram queda na oferta mundial do Cacau, disparando o preço desse importante insumo nos últimos 3 anos”.

O cacau enfrenta um déficit global de oferta devido às questões adversas sofridas pelos maiores produtores da commodity — Costa do Marfim e Gana.

No ano passado, as regiões foram atingidas pelos efeitos climáticos La Niña e El Niño, que impactaram o ciclo de chuvas.

O contrato do cacau chegou a atingir um valor recorde de US$ 12.931 por tonelada métrica na bolsa de Nova York no início deste ano.

Outros itens da cesta tradicional de Páscoa também apresentaram um aumento nos preços, como o peixe.

De acordo com o levantamento, o bacalhau teve um aumento de 3,91% no preço, enquanto a merluza ficou 6,81% mais caro.

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ICMS sobre as carnes no RN é o mais alto entre 15 estados e Distrito Federal

O Rio Grande do Norte possui a maior alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as carnes dentre 15 estados brasileiros e o Distrito Federal, conforme levantamento feito pelo jornal O Globo. De acordo com os dados da reportagem, a alíquota incidente é de 15% para o RN (informação confirmada à TN pela Secretaria de Fazenda do RN), de 12% para Goiás e de 7% para a maioria das demais unidades da federação analisadas pelo Globo. Alagoas, Bahia e Piauí zeraram a cobrança do imposto para as carnes. Ainda no RN, outros produtos como açúcar e margarina (ambos com alíquota de 20%), colocam o Estado entre os que mais tributam esses dois itens.

No levantamento, apenas Piauí (com alíquota de 22%) e Bahia (20,5%) tributam mais o açúcar do que o RN. No caso da margarina, a Bahia lidera, com uma alíquota um pouco maior (20,5%) que a do Rio Grande do Norte. A TRIBUNA DO NORTE procurou a Secretaria de Fazenda (Sefaz-RN) para comentar o valor das alíquotas e saber se existe alguma medida para reduzi-las, mas não houve respostas até o fechamento desta edição. O economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Thales Penha, afirma que é difícil calcular com precisão os impactos da cobrança do ICMS sobre esses produtos.

Segundo o especialista, penduricalhos fiscais trazem reflexos que alteram os efeitos no bolso dos consumidores. “No caso das carnes, por exemplo, existe um benefício fiscal, com uma redução da base de cálculo e a alíquota cai para aproximadamente 12%. Ao todo, são cerca de 30 regimes especiais por produto. Para a margarina vendida no atacado, o ICMS é menor, de 7%. Então, é difícil saber quais são os impactos exatos, embora a gente saiba que eles existem. E essa é uma realidade também de outros estados”, analisa Thales Penha.

Para os consumidores, no entanto, independentemente do tamanho do impacto, tem sido cada vez mais difícil ir às compras. A estratégia é pesquisar e aproveitar promoções. A aposentada Maria Helena, que mora nas Rocas, na zona Leste de Natal, conta que acompanha de perto os dias em que os estabelecimentos do bairro adotam preços mais em conta para comprar determinados itens, dentre eles, as carnes. “No sábado, um dos supermercados daqui faz muita promoção de ‘mistura’, então, eu aproveito para comprar carne”, diz.

Imposto
Alíquota do ICMS sobre as carnes

  • RN 15%
  • GO 12%
  • DF 7%
  • RJ 7%
  • RS 7%
  • SC 7% (aves e suínos)
  • SP 7%
  • AC 4,15% (exceto frango)
  • MS 5% bovina
  • ES 2,05%
  • MA 1% (bovina), 12% (suína), 7% (aves)
  • MT 2%
  • AL 0
  • BA 0
  • PI 0
  • SE 0

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