Confira o discurso completo de Jair Bolsonaro na avenida Paulista, neste domingo (25)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou por 22 minutos durante ato em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25).

Disse a apoiadores que sofre “pancadas” antes mesmo das eleições de 2018. “Passei 4 anos perseguido também enquanto presidente. E essa perseguição aumentou a sua força quando deixei a Presidência da República”, declarou.

“Meu Deus, esse povo brasileiro não merece estar vivendo por esse momento.

“Hoje, tão poucos, pouquíssimos, causam tantos males a todos nós. Nós sabemos que o mal não é eterno. Mas lá, na caixa de ferramenta, que é a Bíblia cristã, está escrito que nós devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance. Quando não for mais possível, entreguemos nas mãos de Deus.

“Nós ainda podemos fazer muito pela nossa pátria. A liberdade é um bem maior. Mas ao longo dos meus 4 anos de presidente da República, nós aprendemos que esse bem não é pétreo. Não é eterno. Como um grande amor, todos os dias você tem de se preocupar com a sua liberdade.

“Lembro lá, nos dias de 2018, no dia meia dúzia de setembro [6.set.2018], em Juiz de Fora [MG], cidade do nosso governador [Romeu] Zema, eu fui covardemente agredido. Um cara, ex-filiado ao Psol me esfaqueou. Eu lembro muito bem, fui muito bem atendido por médicos e enfermeiros de Juiz de Fora. Depois vim para o [Albert] Einstein aqui em São Paulo. Nas mãos do doutor Macedo, outro milagre.

“Logicamente que devo minha vida a Deus. Mas me lembro muito bem, naqueles momentos de rara lucidez, eu pedia apenas uma coisa a Deus: que ele não deixasse órfã a minha filha Laura, com então 7 anos de idade.

“Por que eu falei isso? Porque quando falamos em Estado Democrático de Direito, quando ele não é respeitado, nós fabricamos, ou melhor, aquela minoria fabrica órfãos de pais vivos. É lamentável o que vem acontecendo. O abuso por parte de alguns, que trazem a insegurança para todos nós.

“Quem sou eu? Eu sou igual a vocês. Só que do lado em direção a Curitiba, da pequena cidade de Eldorado paulista. Talvez 4.000 habitantes. Mas ali eu me criei. Ali, conheci a luta armada em 1970. Onde foi executado pela esquerda, a pauladas, o tenente da Força Pública de São Paulo Alberto Mendes Júnior.

“Quis o destino que eu entrasse na carreira das armas. Cursasse a Escola Preparatória de Cadetes em Campinas, a Academia Militar em Resende [RJ] e saísse mundo afora. Minha última unidade de combate foi na longínqua Nioaque, [no] Mato Grosso do Sul. Dali voltei para o Rio e entrei em uma campanha de vereador. Sem nada, consegui me eleger. Depois, me elegi deputado federal. Fiquei por 28 anos dentro da Câmara, muitas vezes, discursando para as paredes. Mas sentia que algo estava por acontecer.

“Em 2014, disse que seria presidente da República lá no sagrado pátio das Agulhas Negras em Resende. E aconteceu. E eu tinha que fazer algo diferente do que sempre fizeram pelo Brasil. Escolhi, após a posse, ministros técnicos e combatentes. Muitos consagrados na política, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O homem que pegou um orçamento minúsculo e fez grandes obras pelo país. E não foram só obras de infraestrutura, não. Obras em portos e aeroportos, que são de infraestrutura, mas obviamente fora da área de PRS.

“Escolhi também, acabou de sair daqui, o [senador] Marcos Pontes, o ministro de Ciência e Tecnologia, que orgulha o Brasil, inclusive, fora da nossa pátria. Tivemos a [senadora] Tereza Cristina na Agricultura. Nosso agronegócio é um exemplo e é algo que orgulha todos no Brasil. Inclusive, durante meus 4 anos, o MST não apareceu, não deu as caras. Porque nós titulamos, para mais de 400 mil pessoas, o seu pedaço de terra. Deixo claro, 80% dos títulos foram para as mãos das mulheres.

“Assumimos 2018 e 2019. Aprovamos com o Parlamento brasileiro a Lei de Liberdade Econômica. Entramos em 2020. Lamentavelmente a pandemia apareceu. Um sinal de interrogação para todo mundo como, em parte, ainda é no dia de hoje. Fizemos o possível para atender a todos do Brasil. Demos auxílio emergencial para 68 milhões de pessoas. E as mulheres, mães, recebiam o dobro desse valor.

“Muita coisa foi aprovada, como programas do Pronampe [linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte], cuja iniciativa foi do então senador Jorginho Mello, atual governador do Estado de Santa Catarina. Também, mais para o final do ano, aprovamos o Bolsa Família. O governo anterior paga, em média, R$ 190. Nós pagamos R$ 600 com responsabilidade fiscal, com ajuda do Parlamento. Tendo em vista a inflação no mundo todo, aprovamos, não a redução, mas a total isenção total de combustíveis no Brasil.

“Em São Paulo, no final de 2022, a gasolina ficou abaixo de R$ 5 e o etanol ficou na casa dos R$ 2,50. Com esses ministros, como o João Roma, que está aqui, que cuidou dessa parte do social, nós fizemos o Brasil crescer. O Paulo Guedes foi um gigante na economia. Nós chegamos a crescer mais do que a China. Chegamos a ter em 2022 3 meses de deflação em nossa pátria. Chegamos no final do ano, depois daquela coisa que aconteceu em outubro de 2022. E vamos considerar isso uma página virada na nossa história, porque nós sabemos o que precisa ser feito para o futuro. Para que todos não tenham dúvidas da transparência daquilo que nós devemos ter. E em especial quando se elege um representante nosso.

“Terminamos 2022. Deixamos lá um saldo de R$ 54 bilhões. No ano passado, tivemos um deficit na casa dos R$ 180 bilhões. Mas a minha vinda aqui, como eu convidei vocês, e eu estou muito orgulhoso e grato de vocês terem aceito meu convite, que era para nós termos uma fotografia para o mundo. Uma imagem para o Brasil e para o mundo do que é a garra e a determinação do povo brasileiro. Essa fotografia está sendo inédita para todo o mundo. É uma amostra das cores da nossa bandeira. Do quanto nós nos emocionamos quando cantamos o Hino Nacional ou quando vemos hastear a nossa querida bandeira verde e amarela, azul e branca.

“Com isso, mostramos, com essa fotografia, que nós podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas, não conseguimos entender como existe um presidente sem o povo ao seu lado. Vocês nos trazem esperança, nos trazem a garra, nos trazem a certeza que temos como vencer. Nós não queremos o socialismo para o nosso Brasil. Nós não podemos admitir o comunismo em nosso meio. Nós não queremos ideologia de gênero para os nossos filhos. Nós queremos respeito à propriedade privada. Nós queremos o direito à defesa à própria vida. Nós queremos o respeito à vida desde a sua concepção. Nós não queremos a liberação das drogas em nosso país. Mas para isso nós devemos trabalhar todo dia dentro de casa, no trabalho, com os vizinhos e com os amigos.

“Nós sabemos, então, o que foi o período de 2019 a 2022. E estamos conhecendo agora como está difícil vencer nesse país, com o que nós temos a nos governar no momento. Em último assunto, que é de extrema importância. Levo pancada desde antes das eleições de 2018. Passei 4 anos perseguido também enquanto presidente da República. E essa perseguição aumentou a sua força quando deixei a Presidência da República. E deixo claro: na transição fizemos a mesma [coisa] sem qualquer reclamação por parte da esquerda.

“Saí do Brasil e essa perseguição não acabou. É joia. É a questão de importunação de baleia. É dinheiro que seria mandado para fora do Brasil. É tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si. A penúltima agora: ‘Bolsonaro queria dar um golpe’. Isso, desde que assumi em 2019, já ouvia. E parte da imprensa sempre reverberava isso. O que é golpe? Golpe é tanque na rua. É arma. É conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. Isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil. E fora isso, por que ainda continuam me acusando de um golpe?

“Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência. Golpe usando a Constituição. Deixo claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não. Apesar de não ser golpe o estado de sítio, não foi convocado ninguém dos conselhos da República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do decreto do estado de sítio.

“O 2º passo do decreto do estado de sítio, após o presidente ouvir os conselhos, ele manda uma proposta para o Parlamento. E essa proposta é analisada pelo Parlamento. E é o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar um decreto de estado de sítio. O estado de defesa é semelhante. Ou seja, agora quem entubar a todos nós que um golpe usando dispositivos da Constituição, cuja palavra final quem dá é o Parlamento brasileiro, estava em gestação. Creio que está explicada essa questão.

“Teria muito a falar. Tem gente que sabe o que eu falaria. Mas eu busco, [governador Ronaldo] Caiado, é a pacificação. É passar uma borracha no passado. É buscar maneiras de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do Parlamento brasileiro, Nikolas [Ferreira], [Gustavo] Gayer, [Luciano] Zucco, [Marco] Feliciano, meus colegas aqui do lado. É [por] uma anistia para que eles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. Há conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil.

“Agora, nós pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil. E quem, porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos com isso, que pague. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Nós não podemos entender o que levou poucas pessoas a apelarem tão drasticamente. Esses pobres coitados que estavam lá no 8 de Janeiro de 2023.

“A defesa que eu queria já fiz para vocês. Essa fotografia vai rodar o mundo, tenho certeza disso. E após esse pronunciamento, nós pedimos a Deus que ilumine a todos, até aqueles poucos ou raros que não gostamos. Para que voltem a pensar com o coração, com a razão. Para que possamos fazer com que nosso Brasil prossiga na sua marcha. Agora temos eleições municipais, vamos caprichar no voto, em especial, para vereadores e prefeitos também. E nos preparemos para 2026. O futuro a Deus pertence.

“Nós sabemos o que deve ser feito no futuro para que o Brasil tenha um presidente que tenha Deus no coração, que ame a sua bandeira, que se emocione quando canta o hino nacional. Que respeite a família brasileira e que ame, de verdade, o seu povo. Vocês são os responsáveis por mim e pelo Tarcísio estarmos aqui. Nós somos privilegiados. Se bem que, no momento, ele, porque eu não tenho mandato. Porque nós podemos decidir o futuro de todos vocês.

“Também quero dizer que nós não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja. A não ser que seja por um motivo extremamente justo. Não podemos pensar em ganhar as eleições afastando os opositores do cenário político. Então, a todos vocês, meus irmãos e minhas irmãs, meus amigos, eu quero agradecer a vocês. Agradecer a nossa Polícia Militar que está fazendo o trabalho de segurança. Uma salva de palmas para a Polícia Militar. Nossos irmãos, que oferecem a sua vida pela nossa vida, merecem todo nosso respeito e consideração. Também a Polícia Civil que está por aqui e a Guarda Metropolitana do [prefeito] Ricardo Nunes que está se fazendo presente aqui.

“Quero dizer para vocês que nós homens não vamos a lugar nenhum se você não tiver uma família estruturada. Se não tiver alguém do seu lado, que reconheça os momentos difíceis e lute por você. As perseguições que falamos há pouco continuam. Inclusive, contra a nossa filha que tem apenas 13 anos de idade. Então, todo homem tem que ter do seu lado alguém que some. Assim como toda mulher deve ter ao seu lado alguém que some, para que esses momentos difíceis possam ser superados. E hoje, não é por mim. Por coincidência, meu pai faleceu exatamente com minha idade, 68 anos. Tenho, hoje, 68 anos. Estou ultrapassando o tempo que meu pai viveu. E eu tenho uma boa memória, com toda a sua truculência, com toda a sua maneira de educar seus filhos, mas ele está no meu coração. E o que eu quero e que mais peço a Deus é que continue no coração de vocês o meu trabalho. A minha dedicação nada mais é do que servir a minha pátria e a todos vocês.

“Muito obrigado, povo do Brasil. Muito obrigado, homens e mulheres desse Brasil fantástico e maravilhoso. Nós pedimos a Deus que nos dê forças para trabalhar, para persistir e vencer. Não há vencedores ou vencidos. Todos nós seremos vencedores se a paz de Deus reinar sobre o coração de cada um de nós. Muito obrigada, [avenida] Paulista, muito obrigado, São Paulo, muito obrigado, Brasil.

“Brasil acima de tudo e Deus acima de todos. Um até breve. Um beijo nas mulheres e um abraço nos homens”.

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Em ato na Av. Paulista, Bolsonaro pede anistia para presos pelo 8 de janeiro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu para deputados e senadores, neste domingo (25), apoio a um projeto de anistia para os presos pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes.

A fala aconteceu durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo.

“É por parte do Parlamento brasileiro, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação, nós já anistiados no passado, quem fez barbaridade no Brasil”, disse Bolsonaro.

“Agora, nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia, para que seja feita justiça no nosso Brasil”, prosseguiu.

Bolsonaro ainda afirmou que não concorda com quem depredou o patrimônio público e que quem o fez, deve pagar.

As penas, de acordo com o ex-presidente, “fogem ao mínimo da razoabilidade”.

“Nós não podemos entender o que levou poucas pessoas a penarem tão drasticamente, esses pobres coitados que estavam no 8 de janeiro de 2023”, finalizou.

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Desaprovação do governo Fátima sobe para 68,53%, aponta pesquisa Consult

O governo Fátima Bezerra (PT) é desaprovado por 68,53% da população do Rio Grande do Norte, é o que aponta a pesquisa Consult, contra 19,59% de aprovação dos 1.700 entrevistados. Não souberam dizer, 11,88%.

A pesquisa do Instituto Consult foi feita entre os dias 15 e 17 de fevereiro em todas as regiões do Estado.

Há seis meses, a Consult Pesquisa mostrava uma desaprovação de 57,82%, um crescimento de 10,71%. Já o índice de aprovação do governo Fátima Bezerra caiu 10,88%, no começo de setembro de 2023, a aprovação chegou a 30,47%.

A desaprovação do governo Fátima Bezerra passa de 50% em todas as regiões do Estado, a mais alta em Mossoró, 82,%, seguido de Natal, 73,2%; Alto Oeste, 72,2% e Seridó, 71,3%. O mais alto índice de aprovação é de 30,0%, na região Central Cabugi/Litoral Norte e o menor, Mossoró, 10,7%.

Por gênero, os índices de aprovação do governo Fátima Bezerra é o seguinte: homens, 18,6% e mulheres, 20,4%. Desaprovação é de 69,2% (homens) e 67,9% (mulheres).

No quesito idade, a maior aprovação é de 22,7% na faixa etária acima de 59 anos e menor, 15,9%, as pessoas com menos de 25 anos. Quanto a desaprovação, o maior indice, 72,8%, na faixa dos 35-44 anos e o mais baixo, 62,1% a faixa de 45,-59 anos.

Já no segmento religioso, a maior aprovação é 26,9% entre os espíritas e a menor, 12,2% entre os evangélicos.

A desaprovação é maior entre os evangélicos, 76,9%, indo até 52,% entre os que informaram ter outra religião.

Quanto ao nível escolar, o melhor despenho do governo Fátima é entre as pessoas que não informaram a escolaridade, 38,5% aprovam. O índice mais baixo de aprovação é entre o pessoal de ensino médio, 17,7%. Dentre os que desaprovam, o maior índice, 76,0%, é o pessoal de nível superior.

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Quase 90% dos potiguares não sabem uma obra ou realização de Fátima

Pesquisa do Instituto Consult mostra que o grosso da população do Rio Grande do Norte desconhece a execução de alguma obra dos governos Lula e Fátima Bezerra em Natal e no interior do Estado.

Em relação ao governo Fátima Bezerra, 89,65% das pessoas não souberam apontar nenhuma realização de obras.

Apenas 10,35% citaram saber da execução de alguma obra nos últimos cinco anos. O pagamento da folha salarial em dia é citado por 3,47% desses entrevistados.

De acordo com a pesquisa, 70,8% dos entrevistados não souberam citar a realização de obras, ações administrativas ou benefícios voltados à população potiguar por parte do governo Lula.

Segundo a pesquisa, 29,2% das pessoas citaram que sabiam de alguma realização. Entre esses, somente 12,0% apontaram saber do bolsa família, enquanto 3,22% citam casas populares e 2,0% transposição das águas do rio São Francisco.

A pesquisa do Instituto Consult feita entre os dias 15 e 17 de fevereiro em todas as regiões do Estado e teve 1.700 entrevistados.

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Pedido de impeachment de Lula tem mais assinaturas do que os que derrubaram Dilma e Collor

O pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolado nesta quinta-feira, 22, tem mais assinaturas do que os requerimentos que derrubaram do poder de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Os dois ex-presidentes foram os únicos que tiveram impedimento da continuidade do mandato pelo Congresso Nacional desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.

O pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, encabeçado pelos juristas Janaina Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, teve 47 assinaturas. O requerimento estava baseado nas chamadas “pedaladas fiscais” e na edição de decretos de abertura de crédito sem a autorização do Congresso.

O pedido, enviado à Câmara no dia 15 de outubro de 2015, teve também a assinatura do advogado Flávio Henrique Costa Pereira e de 43 lideranças de movimentos sociais pautados no combate à corrupção. Um dos signatários era a própria Carla Zambelli, então líder do Movimento Nas Ruas.

O pedido foi aceito pelo presidente da Câmara da época, Eduardo Cunha, então no MDB, no dia 2 de dezembro daquele ano. A Casa aprovou o impeachment de Dilma no dia 17 de abril de 2016, por 367 votos a 137, afastando a ex-presidente do Planalto. O Senado cassou o mandato da petista no dia 31 de agosto, por 61 votos a 20.

No caso de Fernando Collor, primeiro presidente cassado desde a redemocratização em 1992, o pedido de impeachment foi redigido por 18 juristas, sendo encabeçado por Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), e Marcello Laveniére, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O requerimento de afastamento de Collor, entregue no dia 1º de setembro daquele ano, levou em consideração o relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou um esquema de corrupção que envolvia o ex-presidente e o seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias.

O processo teve uma rápida tramitação na Câmara e, já no dia 29 de setembro, a Casa aprovou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a favor e 38 contra. Em 29 de dezembro, Collor renunciou ao cargo de presidente da República para tentar evitar o impeachment e a perda dos direitos políticos no Senado. Mas por 76 votos a três, perdeu o mandato e foi declarado inelegível a cargos políticos por oito anos.

O pedido de impeachment contra Lula protocolado nesta quinta também supera o número de assinaturas que teve o requerimento de afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com maior adesão. Protocolado em 30 de agosto de 2021, foi assinado por 46 parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades.

O “superpedido” denunciava o ex-presidente por omissões e erros no combate à pandemia de covid-19 e por atentar contra o livre exercício dos Três Poderes. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não deu prosseguimento ao requerimento.

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Após reunião com deputados, Lula publica cronograma para liberar R$ 20,5 bi em emendas até junho



Depois de uma reunião com deputados e integrantes da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou nesta quinta-feira (22) decreto com um calendário com a previsão de liberação de R$ 20,5 bilhões emendas até junho.

A publicação era uma demanda de congressistas, por conta da legislação eleitoral que impede a transferência de recursos dessas emendas a partir de 30 de junho. Em outubro eleitores dos mais de cinco mil municípios brasileiros vão às urnas escolher prefeitos e vereadores.

O acordo para edição do decreto foi costurado na manhã desta quinta-feira (22) no Palácio do Planalto. E chancelado após encontro de Lula com o presidente da Câmara, Arthur Lira, e deputados no Palácio do Alvorada, à noite.

Os pagamentos mensais vão totalizar até junho:

R$ 12,5 bilhões em emendas individuais
R$ 4,2 bilhões em emendas de bancada
R$ 3,6 bilhões em emendas de comissão

Com o acordo fechado nesta quinta, o governo federal cedeu e se comprometeu a manter o cronograma do pagamento de emendas previsto pela Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO).

Este cronograma foi vetado pelo presidente Lula com o argumento de que feria Lei de Responsabilidade Fiscal.

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Com Girão e Paulinho, PL vai buscar ampliar aliança

O presidente estadual do PL, senador Rogério Marinho, avisou que a aliança política formada com o Podemos, PSDB, PL, União Brasil e PP, em apoio a pré-candidatura do deputado federal Paulinho Freire (União Brasil), está de portas abertas para receber apoios de outros partidos, inclusive do Republicanos, que é presidido no Estado pelo prefeito de Natal. “Se o prefeito Álvaro Dias chegar nessa coligação, será bem-vindo, sem dúvida nenhuma, porque para ganharmos as eleições precisamos somar e multiplicar, não dividir”. A declaração ocorreu durante a inauguração da nova sede do PL, na noite da quinta-feira (22).

“É evidente que a opinião e os pleitos deles serão levados em consideração, principalmente por quem será candidato”, completou.

Agora, adiantou Marinho, “é importante que se respeitem as condições que forem oferecidas” pelos partidos que integram essa aliança. “O PL fez um evento que é muito importante para a democracia em nosso estado, estamos abrindo a nossa sede, mostrando que esse é um partido plural, um partido que defenda a democracia, um partido que vai trazer aqueles que, como nós, defendem valores que são importantes para a sociedade”, continuou.

O senador confirmou que existe o compromisso do PL indicar o vice na chapa a ser oficializada em convenção entre julho e agosto: “Vai ter um processo natural de conversas internas, com aqueles que compõem o nosso partido”.

O presidente do PL acrescentou que a ideia é colocar alguém que some na nossa chapa, não há interesse de nossa parte, de colocarmos alguém que, por ventura, sirva para o PL e não sirva para as circunstâncias da vitória, que é que nos interessa”.

Segundo o senador, a sinalização do PL é no sentido de “fazermos uma grande consertação a favor da cidade do Natal com aqueles que pensam como nós. Nós queremos ganhar, mas ao mesmo tempo nós temos o interesse de fazermos as concessões necessárias para que o nosso projeto, que é um projeto de Brasil, seja vitorioso. Um projeto que passa por 2024 e ser vitorioso, em 2026.

Diante de Paulinho Freire e do deputado General Girão (PL), o senador disse que “são exemplos do que eu estou dizendo agora, pessoas que têm a capacidade de renunciar, de transigir, de negociar, de abrir mão de projetos pessoais em função de um projeto maior que é o projeto do Brasil”. “Eu deixo aqui uma mensagem para todos. Cada um de nós é responsável, não podemos ser omissos, vamos fazer a nossa parte”.

Marinho afirmou, ainda, que “o Brasil precisa se refazer, precisa se reconstruir e nós só vamos fazer isso, só vamos construir isso, nos mantendo mobilizados e indignados. Mostrando que não aceitamos esse estado de coisa e que vamos usar como cidadãos a arma que temos. E essa arma é o voto. E o voto que tem que ser depositado na urna em 2024. É o voto que será depositado na urna em 2026”.


Como líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho também confirmou que estará na Av. Paulista, em São Paulo, ao lado do presidente Bolsonaro. “Estarei lá porque acredito que ele é um ser humano como eu sou. Com todos os defeitos e qualidades que qualquer ser humano pode ter. É alguém que sofre, que chora, que se alegra. É alguém que tem aflições, hesitações, temores”.

Marinho disse que teve oportunidade de dizer ao presidente Bolsonaro, na quarta-feira (21), que o ex-presidente “não é mais um CPF, não é mais um indivíduo. Osenhor é um movimento, o senhor é um sentimento, foi o senhor quem despertou essa nação, foi o senhor que uniu esse povo, foi o senhor que fez com que as pessoas tivessem a coragem de dizer eu amo meu país”.

Finalmente, Marinho declarou aos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e deputados federais que estavam no ato politico, como o General Girão, Paulinho Freire e Benes Leocádio (União Brasil), deputados estaduais Terezinha Maia e Coronel Azevedo (PL), Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Dr. Keginaldo (PSDB), bem como vereadores de Natal, como o presidente da Câmara, Ériko Jácome (MDB) e os presidentes do PL Jovem e PL Mulher, Daniel Souza e Roberta Lacerda e do PL de Natal, Hélio Oliveira, que “essa é a casa da democracia, a casa do nosso Partido Liberal, de todos aqueles que como nós, respeitamos valores. Essa casa vai acolher e fomentar a democracia no Rio Grande do Norte”.

Girão renova compromisso de união com Paulinho

O deputado federal General Girão (PL) usou da metáfora para dizer que o Rio Grande do Norte hoje “e um trem atolado, que nunca ninguém viu”, razão pela qual conclamou a união em torno de um projeto político para Natal.

Por essa razão, puxando o deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) para o seu lado, disse que “é lamentável uma situação dessa no Estado”.

Para que não ocorra o mesmo com Natal, Girão “temos de estar num grupo vitorioso, que precisa caminhar junto, esse foi o compromisso noso, eu e Paulinho Freire, assumido desde o ano passado, estaremos juntos nessa campanha, porque Natal precisa”.

José Agripino reforça que ninguém faz política sozinho

O presidente estadual do União Brasil, José Agripino, prestigiou a inauguração da nova sede do PL. “Aqui me sinto bem confortável, ninguém faz política sozinho, mas com grupos, com ideias, objetivos e clareza. Como está o Rio Grande do Norte? Muito mal, de cabeça pra baixo, as eleições agora vamos ter ótimos intérpretes. Natal não vai mal, mas pode ir melhor, se Paulinho Freire for prefeito”.

Agripino reconhece que o PL “tem demonstrado toda simpatia do mundo com as ideias “do pré-candidato Paulinho Freire: “Nós sentimos orgulho da aliança que está anunciada no Rio Grande do Norte com o PL presidido por Rogério Marinho”.

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DataVero ganha destaque no Índice CNN desenvolvido para eleições 2024

Os meios de comunicação procuram se modernizar cada vez mais nas coberturas das eleições municipais, principalmente com relação às informações das pesquisas eleitorais. E este ano, com o objetivo de se destacar quanto às informações, a CNN Brasil criou um produto inédito para a cobertura nas 26 capitais brasileiras. Trata-se de um agregador de pesquisas, desenvolvido pelo Ipespe Analítica, que projeta a intenção de voto para prefeito a partir dos levantamentos feitos por diversos institutos de pesquisa por todo o país.

“Por se tratar de um ano eleitoral, todas as pesquisas de intenção de votos divulgadas precisam ser registradas na Justiça Eleitoral, apresentando informações como o número de pessoas entrevistadas, a forma como as respostas são colhidas (se é presencial face a face, por telefone ou online) e dados como margem de erro e intervalo de confiança, além do contratante”, relata a matéria publicada no site da CNN.

SELECIONADOS
Entre os Institutos de Pesquisas selecionados com credibilidade para fornecer informações para o Índice CNN está o Instituto DataVero, considerado o caçula dos que operam na área em todo o território potiguar, já que a sua atuação iniciou em 2022, mas já ganha destaque pela seriedade de seus profissionais e do produto que apresenta. DataVero aparece entre nomes de institutos consagrados e de destaque nacional, como DataFolha, Paraná Pesquisas e IPespe, entre outros.

Com a sua nova ferramenta, a CNN pretende divulgar dados de pesquisas eleitorais de 100 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores. No caso do RN, apenas o município de Natal se enquadra neste critério. A matéria destaca ainda: “Ao agregar as pesquisas feitas nesses municípios, em vez de olhar individualmente a série histórica de cada Instituto, o algoritmo desenvolvido pelo IPespe Analítica usado no Índice CNN oferece uma fotografia mais completa do cenário das disputas”. O cientista político Antonio Lavareda, presidente do conselho científico do Ipespe, acrescenta: “A ferramenta oferece um olhar mais apurado da corrida não só entre os candidatos, mas entre os principais partidos. O Índice CNN também trará um placar das siglas que mais lideram as campanhas nas capitais do país”.

DATAVERO
O Instituto de Pesquisa DATAVERO nasceu em 2022 da iniciativa dos jornalistas Túlio Lemos e Bosco Afonso, com o objetivo de introduzir a modernização na forma de captar as informações de campo, zelar pela integridade dos resultados, manter sigilo absoluto das informações e não permitir por hipótese alguma a contaminação ou manipulação dos dados recolhidos nos levantamentos.

Para isso, o DATAVERO utiliza uma moderna plataforma de geolocalização, que permite a identificação precisa da área pesquisada e os dados ficam gravados em seu sistema. Para a apresentação do relatório, a empresa DATAVERO utiliza inteligência artificial na tabulação e cruzamento dos dados, o que proporciona o fornecimento de informações minuciosas do material colhido, produzindo uma riqueza de material que faz uma verdadeira ressonância magnética do universo pesquisado, se equiparando quase a uma pesquisa qualitativa.

Segundo o jornalista Tulio Lemos, diretor executivo do Instituto DATAVERO, “a participação da DATAVERO nesse Índice CNN, nos orgulha muito. Afinal, o instituto tem pouco mais de dois anos de atuação no mercado e já figurar como referência para uma empresa com a dimensão da CNN é realmente um reconhecimento ao produto que apresentamos ao mercado e a seriedade e dedicação com que tratamos cada pesquisa realizada”.

Bosco Afonso também se diz orgulhoso com a participação do Instituto DATAVERO no índice CNN e acrescenta: “Além do orgulho, vem também a responsabilidade cada vez maior de produzir um levantamento correto, associando a seriedade e competência dos profissionais com a tecnologia, o que proporciona uma pesquisa moderna, com qualidade e seriedade”, disse Bosco.

Do RN, além do DATAVERO, que é o instituto mais novo entre os incluídos no índice CNN, aparecem as empresas Brâmame, Consult, Exatus, Seta e TS2.

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