Marco Aurélio critica Moraes e diz que “cercear redes sociais é próprio de regime autoritário”

O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello afirmou que está triste com o cenário atual que envolve medidas de integrantes do tribunal.

O magistrado criticou decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre as cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“(…) Me preocupa o trato à liberdade de expressão que é a tônica do estado democrático de direito. (…) Cercear a participação de qualquer cidadão nas redes sociais é próprio de regime autoritário. Daqui a pouco estão cerceando veículos de comunicação.”

Marco Aurélio também reafirmou que não seria competência do Supremo Tribunal Federal julgar um ex-presidente da República.

“De início, está tudo equivocado. Não há competência do STF. O atual presidente da República foi julgado pela 13° Vara Federal de Curitiba. Por que está agora julgando um ex-presidente no STF? É inexplicável.”

Bolsonaro está submetido a quatro medidas cautelares impostas por Moraes desde a última sexta-feira (18). O ex-presidente utiliza tornozeleira eletrônica e cumpre toque de recolher.

Além de já estar impedido de deixar o país — seu passaporte foi apreendido em fevereiro de 2024 —, Bolsonaro está proibido de manter contato com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos e investigado por articular sanções estrangeiras a autoridades brasileiras para dificultar ações penais contra o ex-presidente.

CNN

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Ozzy Osbourne, ícone e pioneiro do heavy metal, morre aos 76 anos

Morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos, Ozzy Osbourne, um dos nomes mais icônicos e influentes da história do rock. Vocalista original do Black Sabbath, pioneiro do heavy metal, o cantor britânico deixa um legado que atravessa cinco décadas e incontáveis gerações. A causa da morte não foi divulgada, mas o artista sofria de Mal de Parkinson há anos.

"Morreu cercado de amor", disse um comunicado de sua família, assinado por Sharon, esposa de Ozzy, e os filhos Jack, Kelly, Aimee e Louis. "É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos de informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu. Ele estava com a família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento".

John Michael Osbourne nasceu em Birmingham, na Inglaterra, em 3 de dezembro de 1949. Encontrou na música uma rota de escape para uma realidade dura numa cidade operária — e, sem saber, abriu caminho para um novo gênero musical. Com o Black Sabbath, fundado no final dos anos 1960 ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward, revolucionou o rock com riffs sombrios, letras densas e uma presença de palco visceral. O álbum de estreia, Black Sabbath (1970), é considerado por muitos como o marco inaugural do heavy metal.

Ao deixar a banda, em 1979, Ozzy renasceu artisticamente com a carreira solo, iniciada em 1980 com o clássico Blizzard of Ozz. A faixa Crazy Train tornou-se hino de estádios e símbolo de sua segunda fase, marcada por performances incendiárias, teatralidade e o talento de músicos excepcionais, como o guitarrista Randy Rhoads.

Figura controversa, Ozzy foi tanto criticado quanto adorado. A mordida num morcego ao vivo, os escândalos envolvendo a mídia e seu estilo de vida autodestrutivo o colocaram como um anti-herói do rock. Mas foi também um símbolo de reinvenção e resistência. Sobreviveu a vícios, doenças e quedas físicas, mantendo-se em atividade até seus últimos anos.

A partir dos anos 2000, tornou-se uma celebridade global ao protagonizar The Osbournes, reality show pioneiro da MTV que revelou ao mundo seu cotidiano excêntrico e sua faceta familiar. Com Sharon, sua companheira de vida e empresária, construiu uma carreira marcada tanto pela brutalidade sonora quanto pela afeição doméstica.

Ozzy Osbourne foi, acima de tudo, autêntico. Seu grito rasgado, sua gargalhada inconfundível e seu olhar perdido mas intenso construíram um personagem que se confundia com a própria alma do rock: rebelde, imperfeito, mas profundamente humano.

Despedida dos palcos

No dia 5 de julho de 2025, o Black Sabbath despediu-se oficialmente dos palcos, em show realizado no estádio do Aston Villa. O evento foi também o último ato público de Ozzy Osbourne. Com ingressos esgotados em minutos e uma plateia formada por fãs vindos de todos os continentes, o show foi um tributo à trajetória iniciada na mesma cidade, mais de cinco décadas antes.

Ozzy, embora fisicamente debilitado, subiu ao palco com o auxílio da equipe, mas logo que a primeira nota da faixa Black Sabbath ecoou, sua presença se impôs com a mesma força de outrora. Em seu último discurso ao vivo, Ozzy declarou: “Obrigado por caminharem comigo até aqui. Foi a viagem mais insana da minha vida.”

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Virginia Fonseca e Vini Jr. curtem festa coladinhos em área discreta

As festas de aniversário de Vini Jr. movimentaram o último final de semana no Rio de Janeiro. E quem marcou presença nas comemorações foi Virginia Fonseca. Apesar da influenciadora digital não ter confirmado publicamente a ida, uma fonte da coluna Fábia Oliveira afirmou ter visto a ex-esposa de Zé Felipe no local e em clima de intimidade com o anfitrião.

Sim, caros leitores! De acordo com o que a coluna apurou, em uma das festas, Virginia chegou com Vini e os dois ficaram juntinhos em uma área escura e discreta na pérgola da piscina. Vem mesmo um novo casal por aí? As festas aconteceram no Sítio Lajedo, em Vargem Pequena, na zona oeste do Rio.

Vale lembrar que o uso de celulares era proibido nos eventos e foram confiscados antes do início das comemorações. Nas redes sociais, internautas já especulavam um possível romance entre os famosos após algumas interações via Instagram, como curtidas em fotos

coluna Fábia Oliveira procurou a assessoria de Virginia Fonseca que não se pronunciou até o fechamento desta nota.

Sobre as festas de Vini Jr.

A primeira festa aconteceu no sábado (19/7) com os convidados no estilo all black, com roupas pretas. O evento ainda contou com as apresentações de Ludmilla, Oruam, L7nnon, Orochi e o rapper norte-americano Travis Scott.

Já a segunda comemoração se iniciou no domingo (20/7) com o Parque Vini World, que teve temática de parque de diversões. Esta contou com um show de Ivete Sangalo em cima de um trio elétrico. Nattanzinho também e apresentou

Em um segundo momento da última noite, a festa se transformou em um grande carnaval de rua, capitaneado por Ivete Sangalo. Antes de animar os convidados, a cantora aproveitou o momento para prestar uma homenagem a Preta Gil, que morreu no último domingo. O cantor Nattanzinho também se apresentou no evento, que terminou em um grande baile de favela, nomeado de Baila, Vini Jr.

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Senador dos EUA ameaça taxar Brasil em 100% se país seguir comprando petróleo russo

O senador americano Lindsey Graham fez uma ameaça sobre a possibilidade de os Estados Unidos aplicarem tarifa adicional a países que continuarem comprando petróleo da Rússia, citando a possibilidade de impor uma alíquota de 100%. O Brasil seria um dos potenciais alvos.

“Se vocês continuarem comprando petróleo barato da Rússia para permitir que essa guerra continue, nós vamos colocar um inferno de tarifas, esmagando a sua economia”, disse o parlamentar da Carolina do Sul em entrevista à Fox News nesta segunda-feira, 21.

“China, Índia e Brasil. Esses três países compram 80% do petróleo russo barato e é assim que a máquina de guerra de Putin continua funcionando”, disse. “Se isso continuar, vamos impor 100% de tarifa para esses países. Punindo-os por ajudar a Rússia”, afirmou.

“Putin pode sobreviver às sanções, sem dar relevância a elas, e tem soldados. Mas a China, Índia e o Brasil vão ter de fazer uma escolha entre a economia americana e a ajuda a Putin”.

“O jogo mudou em relação a você, presidente Putin”, declarou, citando ainda que os EUA continuarão mandando armas para que a Ucrânia possa revidar aos ataques russos.

InfoMoney

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Decisão de Moraes sobre entrevistas de Bolsonaro viola liberdade de expressão e de imprensa

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de conceder entrevistas que sejam divulgadas nas redes sociais, afeta diretamente a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. A medida é alvo de críticas de juristas e de membros da oposição.

Nesta segunda‑feira (21), o magistrado emitiu nova decisão proibindo Bolsonaro de participar de “transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros”. A medida restringe indiretamente o trabalho da imprensa, uma vez que Bolsonaro deve passar a recusar entrevistas para não ser preso.

No mesmo dia, o ex‑presidente daria uma entrevista ao portal Metrópoles, mas cancelou por causa da decisão. Também estava prevista sua presença em uma entrevista coletiva na Câmara, da qual decidiu não participar.

Para o advogado constitucionalista André Marsiglia, a decisão do ministro Alexandre de Moraes representa um grave atentado às liberdades fundamentais. “A nova ordem é um abuso contra a liberdade de expressão do réu, contra a liberdade de imprensa, que tem seu direito de conceder entrevistas cerceado, e contra o direito de todos nós de receber informação”, afirmou Marsiglia por meio das redes sociais.

Marsiglia também aponta incoerências na decisão, especialmente quanto à abrangência da proibição. “Veja: se a ordem se volta apenas às redes, ele pode ser entrevistado por jornais, rádios e TVs? E se [as declarações de Bolsonaro não forem postadas] nos canais das redes sociais [...] pelas próprias emissoras que o entrevistarem fora das redes? Ao proibir "retransmissão", a decisão também proíbe a veiculação de entrevistas antigas?”, questiona.

O jurista classifica a decisão de Moraes como uma forma inédita de censura no país. “Além da censura prévia, que se volta a manifestações futuras, Moraes inventa a censura retroativa, que se volta ao passado, e a censura seletiva, que incide apenas sobre redes sociais. Moraes está banindo do ambiente virtual a existência de Bolsonaro, tornando-o um nome proibido de ser mencionado.” “Um absurdo jurídico digno das ditaduras mais sombrias”, ressalta.

A nova cautelar foi determinada por Moraes após a decisão do próprio ministro, na última quinta‑feira (17), na qual impôs que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e se abstenha de usar redes sociais. Tanto no despacho atual quanto no anterior, o ministro justificou a medida pela suposta obstrução de Justiça, pela coação no curso do processo e pelo que ele considera ser um "atentado à soberania nacional" praticado pelo ex‑presidente.

Para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, a proibição de veicular entrevistas com o ex-mandatário nas redes sociais se trata de "censura" com o objetivo de isolar Bolsonaro. “Este é o Brasil e a democracia relativa que estamos vivendo”, comentou.


Decisão inaugura “regime de exceção judicial” e silencia toda a sociedade, afirma jurista

Segundo o advogado Richard Campanari, especialista em Direito Eleitoral e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), a decisão de Moraes não representa apenas uma medida cautelar controversa, mas a consolidação de um “regime de exceção judicial”. Para ele, a medida viola frontalmente princípios constitucionais e projeta um cenário de censura institucionalizada.

“Ao estender a vedação à imprensa, a comunicadores e até a cidadãos comuns, a decisão viola frontalmente liberdades constitucionais, como a liberdade de expressão, de imprensa e o direito de ser informado”, afirmou Campanari. Segundo ele, trata-se de uma "censura prévia travestida de tutela judicial", que criminaliza até mesmo o ato de ouvir um opositor político.

O advogado alerta que a medida foi tomada sem condenação formal, baseada em alegações genéricas como “obstrução à Justiça” e “atentado à soberania”. “É a substituição do devido processo legal por medidas arbitrárias. É a erosão da legalidade em nome de uma democracia cada vez mais formal e cada vez menos real”, salientou.

Para Campanari, a decisão de Moraes rompe com os pilares do Estado de Direito e amplia o alcance de uma decisão monocrática para toda a sociedade. “Estamos diante de uma distorção estrutural da Justiça, que abandona sua imparcialidade para atuar como instrumento de controle político”, criticou.


Em 2018, STF liberou entrevista de Lula e alegou liberdade de imprensa

A decisão de Moraes vai na contramão do entendimento da própria Corte sobre entrevistas com presos. Em 2018, a 12ª Vara Federal de Curitiba (PR) havia proibido o então ex‑presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à época detido, de conceder entrevistas aos jornalistas Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Júnior. O órgão argumentou que a entrevista traria problemas de segurança para o petista.

Os profissionais recorreram ao Supremo e tiveram o pedido atendido pelo então ministro Ricardo Lewandowski, atual ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula. Ele argumentou que a postura da 12ª Vara feria o que havia sido decidido pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, quando a Corte declarou que a Lei de Imprensa (Lei 5.250/1967) não foi recepcionada pela Constituição de 1988.

Em despacho, Lewandowski afirmou que o Supremo garantiu a plena liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo de censura prévia. Por conta disso, a decisão da 12ª Vara Federal de Curitiba, “ao censurar a imprensa e negar ao preso o direito de contato com o mundo exterior, viola frontalmente o decidido na ADPF 130”.

O ministro também destacou que a jurisprudência do STF sempre assegurou o direito de presos e condenados de conceder entrevistas.

“Ressalto, ainda, que não raro diversos meios de comunicação entrevistam presos por todo o país, sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário. Cito alguns exemplos: o ex‑senador Luiz Estevão concedeu entrevista ao SBT Repórter em 28/05/2017; Suzane Von Richthofen foi entrevistada pelo Fantástico, da TV Globo, em abril de 2006; Luiz Fernando da Costa (Fernandinho Beira‑Mar) participou do Conexão Repórter, do SBT, em 28/08/2016; Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP) deu entrevista ao Domingo Espetacular, da TV Record, em 08/04/2018; e Gloria Trevi foi entrevistada pelo Fantástico em 04/11/2001, entre outros inúmeros e notórios precedentes”, disse Lewandowski.

Ao comentar a situação, o advogado Gabriel Quintão Coimbra, que defende alvos de inquéritos chefiados por Moraes, afirma que a decisão do STF na ADPF 130, relatada pelo ex-ministro Carlos Ayres Britto, reconheceu que a liberdade de expressão ocupa uma “posição preferencial” no ordenamento constitucional brasileiro. “Não há valores mais elevados do que esses. Essa censura prévia causa medo e efeito silenciador, em prejuízo à democracia e ao debate público.”

O advogado também apontou incoerência na jurisprudência da Corte, ao comparar a decisão de Moraes com a adotada por Lewandowski em 2018. “Os casos são idênticos e sugerem um tratamento desigual do STF em desfavor do ex-presidente [Jair Bolsonaro], a meu ver, visando claro silenciamento político.”


Gazeta do Povo

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Fux diverge de Moraes e vota contra restrições impostas a Bolsonaro

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu na noite desta segunda-feira (21) do ministro Alexandre de Moraes e votou contra as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele destacou que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentaram novas provas que justifiquem as restrições aplicadas e entendeu que as acusações baseiam-se apenas no argumento de "possível prática de ilícitos".

Apesar do voto de Fux, a Primeira Turma do STF validou a ordem de Moraes contra Bolsonaro por 4 votos a 1. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino acompanharam o entendimento do relator. Com isso, o ex-presidente deve cumprir as determinações, sob risco de prisão imediata.

Fux ressaltou que “as medidas de coerção e de restrição devem obedecer ao princípio da proporcionalidade”, destacando que o ex-mandatário tem “domicílio certo e passaporte retido” registrados na ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, na qual é réu.

No último dia 18, Moraes determinou a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica; recolhimento domiciliar entre 19h e 6h e nos finais de semana; proibição do uso de redes sociais e veiculação de entrevistas; proibição de se comunicar com embaixadores estrangeiros e de se aproximar de embaixadas; proibição de se comunicar com outros investigados, inclusive com o próprio filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Deveras, mesmo para a imposição de cautelares penais diversas da prisão, é indispensável a demonstração concreta da necessidade da medida para a aplicação da lei penal e sua consequente adequação aos fins pretendidos”, escreveu Fux. Ele afirmou que parte das medidas cautelares consistem no “impedimento prévio e abstrato de utilização dos meios de comunicação”, o que “confronta-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão”.

Para Fux, a amplitude das medidas determinadas por Moraes “restringe desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação, sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”.

Eduardo é investigado por articular sanções do governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. No incío de julho, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Além de apontar razões comerciais, o republicano também criticou o julgamento do STF contra Bolsonaro e as decisões de Moraes contra plataformas digitais.

Em meio ao impasse, a PF e a PGR defenderam a aplicação das restrições contra o ex-presidente. Na decisão, Moraes afirmou que Eduardo e Bolsonaro tentam "submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado estrangeiro, por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas com patente obstrução à Justiça e clara finalidade de coagir essa Corte no julgamento" sobre o suposto plano de golpe.

Fux rebate argumentos de Moraes sobre tarifaço e ameaça ao STF

O magistrado cita que o “fundamento nuclear” da ordem de Moraes é a alegação de que o STF e seus integrantes “poderiam ser passíveis de influência por ameaças de alhures”. Fux destacou que, apesar do entendimento do colega, a Corte “tem demonstrado de forma inequívoca a sua independência e a sua impermeabilidade às pressões dos setores que manifestam desagrado com as suas decisões”.

Fux reforçou que as questões econômicas apontadas pela PF no pedido contra o ex-presidente devem ser solucionadas no âmbito político e diplomático. No pedido enviado a Moraes, a PF alega que Eduardo e Bolsonaro buscam “criar entraves econômicos nas relações comerciais” entre os Estados Unidos e o Brasil para impedir o prosseguimento da ação penal do golpe.

"Tais questões econômicas devem ser resolvidas nos âmbitos políticos e diplomáticos próprios, como vem procedendo Sua Excelência o Presidente da República, coadjuvado pelo Congresso Nacional", disse Fux.

Ministro cita precedentes do próprio STF para defender liberdade de expressão

No voto, Fux se colocou contrário à proibição imposta a Bolsonaro de se manifestar nas redes e na imprensa citando precedentes do ministro aposentado Celso de Mello. “O exercício da jurisdição cautelar por magistrados e Tribunais não pode converter-se em prática judicial inibitória, […] da liberdade constitucional de expressão e de comunicação, sob pena de o poder geral de cautela atribuído ao Judiciário transformar-se, inconstitucionalmente, em inadmissível censura estatal” – o trecho é de uma decisão de 2015, de Celso de Mello, reproduzida por Fux no voto.

“A liberdade de manifestação do pensamento, que representa um dos fundamentos em que se apoia a própria noção de Estado Democrático de Direito, não pode ser restringida, ainda que em sede jurisdicional, pela prática da censura estatal, sempre ilegítima e impregnada de caráter proteiforme”, diz outra decisão de Celso de Mello citada por Fux.


Gazeta do Povo

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Rota 22 tem novo ciclo de oficinas na região Agreste do RN


O Projeto Rota 22 terá um novo ciclo de oficinas esta semana, dessa vez na região Agreste. Os eventos serão em Passa e Fica nesta terça-feira (22), e na quarta-feira (23), em Goianinha. No dia 2 de agosto haverá o grande Seminário, em Santo Antônio, reunindo lideranças do Agreste, Trairí e Potengi.

Na agenda do Projeto Rota 22, ainda tem oficina em Parnamirim, no dia 6 de agosto, em Extremoz, no dia 7 de agosto, e Seminário da Região Metropolitana, em Natal, no dia 16 de agosto.

"Mais do que nunca o debate sobre o futuro do Rio Grande do Norte e do Brasil se faz tão necessário. E o Rota 22 vai cumprir seu compromisso democrático e apresentar, ordeiramente, mas de modo incisivo novos caminhos para o progresso do nosso Estado e do País", disse o senador Rogério Marinho, que é secretário-geral do Partido Liberal e presidente estadual da legenda.

O Rota 22 é uma iniciativa do PL em parceria com o Instituto Álvaro Valle, que fechou o primeiro semestre com 20 eventos realizados no Estado, sendo 16 oficinas e 4 seminários abrangendo todas as regiões do RN.

Fique conectado com o Rota 22 — acesse o site plrota22.com.br e confira quando o projeto passará por sua região. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais, pelos perfis @pl22rn e @plnacional22, e no canal de WhatsApp do Rota 22 no Rio Grande do Norte: canal.plrota22.com.br.

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Ucrânia deixa Brasil sem embaixador após insatisfações com Lula

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decidiu não indicar um embaixador para a representação diplomática ucraniana em Brasília. A informação foi confirmada ao Metrópoles por fontes ligadas a chancelaria do país nesta segunda-feira (21/7).

Rusgas entre Brasil e Ucrânia

-Desde o início do governo Lula 3, o Brasil é alvo de críticas por parte da Ucrânia.

-Para o governo de Volodymyr Zelensky, gestos e falas do líder brasileiro são vistos como posicionamentos pró-Rússia.

-A situação entre os dois países escalou após Lula viajar à Rússia, no início de maio, para participar das comemorações do 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou.

-Na época, o governo ucraniano recusou ao menos duas tentativas de conversas telefônicas entre Lula e Zelensky.

-A tentativa de reaproximação de Lula com Zelensky foi vista por Kiev como um gesto de “cinismo”, com o objetivo de “mascarar” um possível novo sinal positivo a Putin.

-A diplomacia brasileira, no entanto, nega qualquer crise na relação entre os dois países. Fontes ouvidas pelo Metrópoles afirmam que o diálogo, a nível diplomático, funciona bem. O que o governo do Brasil tem buscado, acrescentaram, é o resgate da diplomacia presidencial entre Lula e Zelensky — que praticamente não têm diálogos desde o último ano.

-Na última cúpula do G7, no Canadá, um encontro entre os dois presidentes chegou a ser anunciado. A reunião, porém, não aconteceu devido a problemas de agenda.

Mais cedo, o líder ucraniano informou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha. No encontro, o nome de 16 novos embaixadores ucranianos foram definidos.

Sem um chefe desde o início de junho, quando o diplomata Andrii Melnyk deixou o posto em Brasília para assumir um cargo na Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixada da Ucrânia no Brasil continuará sem embaixador.

A decisão surge após o governo da Ucrânia mostrar insatisfação com alguns posicionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vistos como favoráveis à Rússia.

No mundo diplomático, manter uma embaixada sem um embaixador é visto como um sinal de descontentamento de um país em relação a nação que recebe a missão diplomática.

Mais cedo, o líder ucraniano informou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha. No encontro, o nome de 16 novos embaixadores ucranianos foram definidos.

Sem um chefe desde o início de junho, quando o diplomata Andrii Melnyk deixou o posto em Brasília para assumir um cargo na Organização das Nações Unidas (ONU), a embaixada da Ucrânia no Brasil continuará sem embaixador.

A decisão surge após o governo da Ucrânia mostrar insatisfação com alguns posicionamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vistos como favoráveis à Rússia.

Metrópoles 

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Pecuaristas dos Estados Unidos elogiam tarifaço e querem banir carne do Brasil

Em meio às preocupações com as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, um setor aplaude com entusiasmo as iniciativas de Donald Trump. E vai além: defende a suspensão total da entrada dos produtos brasileiros nos Estados Unidos.

“A Associação Nacional de Pecuaristas dos Estados Unidos (NCBA) apoia firmemente o plano do presidente Trump de impor ao Brasil com uma tarifa de 50%”, cita a entidade.

A entidade que representa os pecuaristas americanos há mais de um século, desde 1898, informa que “há muitos anos defende a suspensão total da carne bovina brasileira importada”.

“Uma tarifa de 50% é um bom começo, mas precisamos suspender as importações de carne bovina do Brasil para que possamos conduzir uma auditoria completa”, citou a entidade.

A NCBA acusa produtores brasileiros de terem uma “abismal falta de responsabilidade em relação à saúde do gado e à segurança alimentar”.

Os pecuaristas americanos citam especificamente os casos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca.

“A falha do Brasil em reportar casos atípicos de EEB e seu histórico de febre aftosa são uma grande preocupação para os produtores de gado dos EUA”, citam os produtores americanos.

O governo brasileiro rebate a afirmação dos pecuaristas americanos.

O Ministério da Agricultura cita que o Brasil nunca teve um “caso clássico” do mal da vaca louca – aqueles em que a doença ocorre pela ingestão de alimentos contaminados, especialmente farinha de carne e ossos. Essa foi a origem do surto na Europa há algumas décadas.

No Brasil, há registro de seis casos atípicos da doença. A situação não interfere no status do país na Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Isso acontece porque os casos têm ocorrência espontânea, quando a infecção se dá pela mutação espontânea da proteína – normalmente pela idade avançada do animal, sem ter relação com a ingestão de alimentos contaminados.

“Assim, o Brasil mantém o reconhecimento pela OMSA como país de risco insignificante para a doença desde 2012”, cita o Ministério da Agricultura.

CNN Brasil

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