Servidores do Detran-RN iniciam greve nesta segunda-feira; categoria pede melhoria salarial


Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) anunciaram o início de uma greve a partir da próxima segunda-feira, 28 de julho. A decisão foi tomada em assembleia virtual realizada na tarde da última quarta-feira (23), promovida pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do RN (SINAI-RN).

De acordo com o sindicato, o movimento paredista será iniciado com um ato público em frente à Governadoria, às 8h. A categoria reivindica uma série de pautas que, segundo os trabalhadores, vêm sendo discutidas há meses com o Governo do Estado sem avanços significativos.

Entre os principais pontos da pauta estão: a majoração do auxílio-alimentação; autonomia administrativa e financeira para o Detran; fim das terceirizações; criação de um Programa de Incentivo à Qualificação (PIQ); definição de pisos salariais profissionais; e a atualização do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), incluindo reenquadramento e reconhecimento de atribuições.

Segundo o SINAI-RN, essas reivindicações são viáveis do ponto de vista financeiro. A entidade argumenta que a folha de pagamento atual representa apenas 18% da receita do órgão, o equivalente a 0,41% da folha estadual.

Ainda de acordo com o sindicato, em 2024 foi firmado um acordo com o Governo do Estado que previa o início das discussões sobre o aumento do auxílio-alimentação a partir de janeiro deste ano. No entanto, os dirigentes sindicais afirmam que sucessivas postergações levaram os trabalhadores à decisão pela greve.

Antes da paralisação por tempo indeterminado, os servidores realizaram duas paralisações parciais, nos dias 8 e 15 de julho, como forma de demonstrar a insatisfação da categoria com a falta de respostas às demandas apresentadas.

Até o momento, não houve manifestação do Governo do Estado sobre o início da greve.

Publicidade

Justiça determina suspensão de greve dos servidores da saúde de Natal

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) determinou a suspensão imediata da greve deflagrada pelos servidores da saúde do município de Natal. A paralisação, iniciada no último dia 17 de junho, foi considerada abusiva pela Prefeitura do Natal, em razão dos impactos na assistência médica durante um cenário de crise sanitária e aumento de casos de arboviroses na capital potiguar. A decisão liminar, publicada no início desta quinta-feira (19), foi assinada pelo desembargador Cornélio Alves.

A medida atende a um pedido da Prefeitura do Natal, que ingressou com mandado de segurança cível apontando que a greve, liderada por cinco sindicatos da categoria, compromete serviços essenciais, como o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), hospitais e ações de vigilância em saúde. A decisão prevê multa diária de R$ 10 mil para cada sindicato envolvido, limitada a R$ 200 mil por entidade, em caso de descumprimento da ordem.

Entre as entidades envolvidas estão o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde), Sindicato dos Enfermeiros (Sindern), Sindicato dos Farmacêuticos (Sinfarn), Sindicato dos Odontologistas (Soern) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Natal (Sinsenat). Entre as reivindicações das categorias, estão o pagamento retroativo do piso da enfermagem, gratificações por insalubridade, reajuste salarial de 24%, mudanças funcionais e melhorias estruturais nas unidades de saúde.

Segundo a decisão, a greve foi considerada abrupta e sem esgotamento prévio das tentativas de negociação por meio da Mesa Municipal de Negociação Permanente do SUS. O município alega que já havia proposto a reabertura do diálogo com prazo de até 60 dias para debater as reivindicações, além de apresentar um reajuste geral de 5,47% a ser pago em junho. A Justiça entendeu que os sindicatos não aguardaram resposta à proposta da Prefeitura antes de deflagrar o movimento.

Outro fator decisivo foi o contexto sanitário da cidade. O Departamento de Vigilância em Saúde registrou 2.057 casos prováveis de arboviroses até a 22ª semana epidemiológica de 2025, sendo a maioria de dengue. Além disso, há risco iminente de colapso no sistema de urgência e emergência, conforme laudos anexados aos autos. A paralisação também impactaria o atendimento durante os festejos juninos, período de alta demanda por atendimentos médicos.

Com base na Lei de Greve (Lei nº 7.783/89), o desembargador considerou que os serviços de saúde se enquadram como essenciais e que a manutenção de apenas 30% da força de trabalho, como previsto pelos grevistas, é insuficiente para atender às necessidades da população. O magistrado ressaltou que o direito à greve deve ser exercido com observância dos limites legais e sem colocar em risco a saúde e a vida da população.

A decisão liminar determina a imediata comunicação aos sindicatos para o retorno integral ao trabalho, sob pena de sanções. O processo agora segue para redistribuição a um relator definitivo, após o fim do plantão judicial. Os sindicatos têm prazo de 15 dias para apresentar defesa.

Publicidade

Servidores da Saúde de Natal rejeitam proposta e iniciam greve por tempo indeterminado


Os servidores da saúde de Natal iniciaram, nesta terça-feira (17), uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após rejeitarem a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura em assembleia.

O movimento começou com uma caminhada e um ato em frente ao Palácio Felipe Camarão, na Cidade Alta. A categoria reivindica recomposição salarial de 24%, implantação da data-base retroativa a março, recomposição das gratificações previstas na Lei Complementar 120 e o fim dos cortes dessas gratificações durante licenças.

A prefeitura ofereceu reajuste de 5,47%, equivalente ao índice inflacionário de março de 2024 a março de 2025, e propôs um prazo de até 60 dias para retomar as negociações — proposta rejeitada pelo sindicato, que exige mesa imediata.

Em nota, o município afirmou que mantém disposição para o diálogo e que busca uma solução “realista e sustentável”, além de apelar para que o movimento não prejudique os serviços essenciais à população.

Portal 98 FM

Publicidade

Motoristas e empresários chegam a acordo para encerrar greve dos ônibus em Natal


Chegou ao fim na tarde desta quarta-feira (4) a greve dos trabalhadores do sistema de transporte público de Natal. Uma audiência de conciliação realizada entre o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) e os motoristas dos Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro), no Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região resultou em um acordo firmado entre as partes.

A negociação foi conduzida pela desembargadora federal do Trabalho, Isaura Maria Barbalho Simonetti, que convocou a reunião após descumprimento de medidas judiciais, como a frota mínima de 70%.

O Sindicato dos Rodoviários do Rio Grande do Norte fará uma assembleia às 19h desta quarta-feira (4) para informar os trabalhadores sobre o resultado da conciliação.

Publicidade

STTU divulga linhas de ônibus que devem circular durante a greve; confira lista

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), está acompanhando com atenção a paralisação deflagrada pelos rodoviários, e já determinou as empresas como deve ser realizada a operação durante o período do movimento. O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região determinou a operação de 70% da frota e das viagens, que deverão ser assim distribuídos:

N-02 – Gramoré/CRI, via Midway Mall: 4 veículos, 22 viagens
N-04 – Amarante/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 4 veículos, 22 viagens
N-05 – Vale Dourado/Ribeira, via Petrópolis: 4 veículos, 22 viagens
N-07 – Alvorada IV/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 8 veículos, 40 viagens
N-08 – Redinha/Mirassol, via Rodoviária: 9 veículos, 47 viagens
N-15 – Pajuçara/Ribeira, via Petrópolis: 4 veículos, 27 viagens
O-21 – Felipe Camarão/Areia Preta: 5 veículos, 33 viagens
O-22 – Felipe Camarão/Ribeira, via Bom Pastor: 5 veículos, 33 viagens
O-24 – Planalto/Ribeira, via Av. Prudente de Morais: 4 veículos, 26 viagens
N-25 – Redinha/Bairro Nordeste, via Alecrim: 2 veículos, 14 viagens
N-27 – Alvorada IV/Ribeira, via Av. Deodoro da Fonseca: 4 veículos, 20 viagens
N-29 – Nova Natal/Nova Descoberta, via Mirassol: 6 veículos, 36 viagens
O-30 – Felipe Camarão/Mirassol, via Candelária: 4 veículos, 24 viagens
O-33 – Planalto/Praia do Meio, via BR-101/Av. Prudente de Morais: 8 veículos, 45 viagens
O-33A – Planalto/Ribeira, via Candelária/Av. Hermes da Fonseca: 4 veículos, 22 viagens
N-35 – Soledade/Candelária, via Av. Prudente de Morais: 7 veículos, 33 viagens
L-37 – Rocas/Cidade Satélite, via Praça: 4 veículos, 24 viagens
O-38 – Planalto/Praia do Meio, via Av. 06: 16 veículos, 68 viagens
O-39 – Cidade Nova/Ribeira, via Tirol: 6 veículos, 40 viagens
O-40 – Planalto/Mãe Luíza, via Rua dos Potiguares: 8 veículos, 26 viagens
O-41A – Leningrado/Ribeira, via Av. Prudente de Morais: 6 veículos, 31 viagens
N-43 – Nova Natal/Morro Branco, via Alecrim: 6 veículos, 31 viagens
L-46 – Rocas/Ponta Negra, via Praça: 7 veículos, 40 viagens
S-50 – Serrambi/Santa Catarina, via Av. Nevaldo Rocha: 10 veículos, 52 viagens
L-51 – Rocas/Pirangi, via Praça: 3 veículos, 24 viagens
L-52 – Rocas/Pirangi, via Alecrim: 3 veículos, 22 viagens
L-54 – Rocas/Ponta Negra, via Alecrim: 2 veículos, 14 viagens
L-56 – Rocas/Ponta Negra, via Via Costeira: 2 veículos, 14 viagens;
O-59 – Guarapes/Praia do Meio, via Bom Pastor: 3 veículos, 20 viagens
N-60 – Pajuçara/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 5 veículos, 33 viagens
O-63 – Felipe Camarão/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 5 veículos, 33 viagens
N-64 – Nova Natal/Ribeira, via Petrópolis: 5 veículos, 30 viagens
N-70 – Parque dos Coqueiros/Ribeira, via Petrópolis: 4 veículos, 24 viagens
N-72 – Vale Dourado/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 4 veículos, 26 viagens
N-73 – Santarém/Ponta Negra, via Av. Nevaldo Rocha: 16 veículos, 84 viagens
N-75 – Parque das Dunas/Alecrim, via Petrópolis: 4 veículos, 26 viagens
N-77 – Parque dos Coqueiros/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 12 veículos, 64 viagens
N-78 – Santarém/Nova Descoberta, via Av. Hermes da Fonseca: 3 veículos, 18 viagens
N-79 – Parque das Dunas/Mirassol, via Av. Nevaldo Rocha: 6 veículos, 36 viagens
O-83 – Felipe Camarão/Ponta Negra, via Cidade Satélite: 4 veículos, 20 viagens
N-84 – Soledade/Petrópolis, via Av. Moema T. C. Lima: 5 veículos, 33 viagens
581 – Vila Verde/Santa Catarina: 1 veículo, 10 viagens
587 – Guarapes/Village de Prata, via Planalto: 1 veículo, 14 viagens
588 – Circular UFRN: 3 veículos, 72,5 viagens
593 – Circular Residencial Redinha: 1 veículo, 10 viagens
599 – Guarapes/Mirassol, via Av. Cap.-Mor Gouveia: 3 veículos, 20 viagens
Corujão A – Rocas/Cidade Alta/Petrópolis/Zona Norte: 1 veículo, 2 viagens
Corujão E – Felipe Camarão/Ponta Negra, via Av. Nevaldo Rocha: 1 veículo, 2 viagens

Não terão operação as linhas N-26 (Soledade/Ponta Negra, via Av. Nevaldo Rocha), N-61 (Soledade/Ribeira, via Petrópolis), O-33B (Encanto Verde/Lagoa Nova, via Rua dos Pintassilgos), O-76 (Felipe Camarão/Parque das Dunas), 585 (Terminal Planalto/Village do Prata) e 589 (Felipe Camarão/Nova Cidade, via Rodoviária/Jardim América).

De acordo com a decisão judicial, o sistema deverá funcionar no horário regular de funcionamento e deve ser garantido o acesso as garagens, bem como a não retenção dos veículos em via pública.

O órgão informa ainda que vai fiscalizar o cumprimento da determinação judicial,  elaborando relatórios técnicos que, em caso de descumprimento, serão encaminhados às autoridades competentes para a aplicação das sanções previstas.

O Sintro informou que vai cumprir a decisão judicial. No entanto, pontuou que o cumprimento vai depender da adesão da categoria à greve. Quanto maior o número de motoristas na greve, menor será a quantidade de veículos em circulação.

A STTU reafirma seu compromisso institucional com a ordem pública, o cumprimento das decisões judiciais e, sobretudo, com a garantia dos direitos da população usuária do transporte coletivo urbano. Agentes de mobilidade urbana acompanharão a movimentação durante todo o dia.


Blog do BG

Publicidade

Governo Lula quer regulamentar greves no serviço público ainda em 2025

Finalizadas as negociações salariais com servidores do Executivo federal, o governo Lula (PT) espera regulamentar ainda em 2025 o direito à greve e à negociação coletiva. A expectativa era encaminhar um projeto de lei (PL) para análise dos parlamentares no Congresso Nacional ainda em 2024, mas o envio acabou sendo adiado.

O texto foi fechado com as centrais sindicais e está em discussão entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Casa Civil. O órgão chefiado pelo ministro Rui Costa está fazendo suas considerações e o texto deverá ser devolvido aos servidores logo em seguida para ser, enfim, apresentado ao Congresso.

O projeto regulamenta a Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre os direitos sindicais dos trabalhadores da administração pública, incluindo o direito de greve. O Brasil é signatário da convenção, mas ainda não a regulamentou.

Saiba mais sobre o assunto

  • Uma das principais discussões no âmbito da matéria que regulamenta o direito à greve é a listagem das atividades essenciais e inadiáveis, que não podem ser descontinuadas.
  • A ideia é estipular um quantitativo mínimo de servidores que garantam a prestação dos serviços essenciais à população ao mesmo tempo que mantém o direito à livre manifestação dos servidores.
  • O texto também deverá regulamentar a negociação das relações de trabalho, hoje não prevista pela Constituição Federal, a fim de que os servidores não dependam do governo que estiver no poder.
  • O governo gostaria de remeter o projeto ao Congresso ainda neste primeiro semestre para dar tempo de aprová-lo até o fim do ano.

Reajustes

Em 2023, a gestão petista reabriu a Mesa Nacional de Negociação Permanente com as categorias, que havia sido extinta. Dessa mesa, saiu um reajuste linear (para todos servidores do Executivo federal) de 9% no primeiro ano do atual governo petista. Em 2024, as negociações ocorreram nas mesas setoriais, que fecharam 40 acordos coletivos.

Em entrevista ao Metrópoles em 27/3, a ministra da Gestão, Esther Dweck, disse que as negociações por salários só voltam “num próximo ciclo de governo”. “Vamos ver quem vai estar aqui para fazer essa negociação. Mas a gente está, como sempre, super aberto ao diálogo”, disse ela.

Dweck ainda lembrou que os servidores vinham de anos de perdas na remuneração em função da inflação. “Como toda negociação, nunca é o que a carreira quer, nem nunca é o que o governo propôs inicialmente, foi o meio-termo”, admitiu.

Greves na gestão petista

O projeto é discutido após o terceiro governo Lula enfrentar greves em áreas estratégicas para o petismo. Só em 2024, houve paralisações em três frentes importantes: na educação, no meio ambiente e no seguro social.

Professores e técnicos-administrativos de universidades e institutos federais paralisaram por boa parte do primeiro semestre e chegaram a um acordo definitivo com o governo apenas no fim de junho.

Já os agentes ambientais e os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seguiram mobilizados até o fim do ano, apesar de decisões judiciais pró-governo, que conseguiu que a Justiça determinasse um percentual mínimo de trabalho, em função da prestação de serviços essenciais.

“Parte da inflamação da reclamação é porque eles sabem que eles estão em um governo onde eles podem reclamar, que a reclamação será ouvida e terá eco, mas a gente conseguiu completar o ciclo”, defendeu a ministra Dweck.

Os reajustes garantiram aos servidores ganho real (acima da inflação) nos últimos dois anos do governo atual, cumprindo uma determinação do próprio presidente Lula. Eles pediam compensação total das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, mas o governo só reajustou as remunerações conforme a inflação projetada para 2025 e 2026.

Metrópoles

Publicidade

Reunião entre professores do RN e Governo termina sem proposta; greve continua

A greve da rede estadual dos professores do Rio Grande do Norte, que começou no dia 25 de fevereiro, contou com mais um ato público nesta terça-feira (11). Em frente à Governadoria, no Centro Administrativo do Estado, grevistas se reuniram movimentando o bairro Lagoa nova, na Zona Sul da capital. A pressão da categoria resultou em uma audiência entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) e o Secretário-Adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson de Souza Maia, mas não houve nova proposta.

Ivanilson de Souza informou ao sindicato que aguarda uma possível reunião entre a Governadora Fátima Bezerra, que se encontra em Brasília, e o Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é quem vai julgar a Reclamação Constitucional feita pelo Sindicato.

A principal reivindicação da categoria, que já entra na terceira semana sem avanço nas negociações, é o pagamento integral do reajuste de 6,27% do Piso Salarial Nacional do Magistério para ativos e aposentados.

A próxima assembleia está marcada para o dia 17 de março, além de outras ações realizadas pelo Sinte-RN. Nos dias 12 e 13, professores farão visitas às escolas para dialogar com a comunidade. No dia 14, estão marcadas reuniões com professores temporários. O sindicato também promove um levantamento do quadro de greve nas escolas. Já no dia 19 de março, uma caravana será enviada para acompanhar a visita do presidente Lula a Jucurutu.

Publicidade

Médicos da Coopmed-RN retornam as atividades de alta e média complexidade em Natal

Após dois dias de paralisação em seis hospitais de Natal, os médicos que integram a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte anunciaram o retorno às atividades de alta e média complexidade nesta sexta-feira (24). A decisão foi tomada em Assembleia Extraordinária da categoria na noite de quinta-feira (23).

A Coopmed aceitou a proposta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) de pagar em 10 de fevereiro e 10 de março de 2025, o parcelamento em aberto e os honorários referentes aos meses de setembro e outubro de 2024.

Nesta quinta-feira, a direção da Coopmed participou de reunião com Ministério Público, cujo papel foi importante para este desfecho, e manteve negociação com a Sesap ao longo dia.

A paralisação dos serviços de Alta/Média Complexidade iniciou na quarta-feira (22) com a suspensão dos atendimentos nos hospitais da Liga Contra o Câncer, Rio Grande, Paulo Gurgel, Memorial, Hospital do Coração e Varela Santiago.

Aproximadamente 160 médicos atuam em cirurgias cardíacas, pediátricas, oncológicas, ortopédicas e hemodinâmica, realizando em média 3.700 procedimentos ao mês, em uma dívida aproximada a R$ 4 milhões de reais.

Publicidade
Publicidade

Grevistas protestam no Alvorada: ‘Lula só valoriza educação na mídia’

Mais da metade dos institutos federais estão em greve. São ao menos 470 campi dos 687 parados desde o início de abril, diz o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica). Nesta semana, as universidades federais também aderiram. Pelo menos 15 estão em greve, afirma a Andifes, associação que reúne os reitores das universidades federais.

“Acorda, Lula!” Os grevistas chegaram por volta das 7h, mas não puderam ir até o portão do palácio, aberto à visitação só a partir das 10h. Cerca de cem pessoas ficaram na barreira, falando por alto-falante e megafone, pedindo que o presidente fosse até eles —mas não foram atendidos.

As categorias têm reclamado que as negociações com o Ministério da Educação não têm avançado. Servidores pleiteiam aumento salarial de 22%, dividido em três anos (7,06% em cada um, começando em 2024). Por enquanto, o governo ofereceu 9%, dividido em dois, a partir de 2025 (4,5% em cada um).

Uma nova rodada de negociações está marcada para amanhã (19), às 10h —será a quinta, segundo os grevistas. Ao UOL o MEC afirmou estar “atento às demandas” e que “segue em diálogo franco e respeitoso” com os grevistas.

– “Só valoriza na mídia”
Com maioria absoluta de eleitores de Lula, os manifestantes dizem sentir “frustração” com o governo. “A gente está entendendo que as mesas de negociação não têm avançado: só fica no discurso. A gente sai com eles dizendo que a recomposição é atrelada ao orçamento e que vai ter pauta não econômica atendida, mas nem isso acontece”, reclama Jennifee Web, diretora do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

“Nosso eixo principal é a reestruturação da carreira. Estamos há 19 anos sem nenhuma proposta”, reclama Ivanilda Reis, coordenadora da Fasubra, a federação de sindicatos dos técnico-administrativos em instituições de ensino superior públicas. Segundo ela, a categoria tem a menor média salarial entre os servidores da educação federal: R$ 3.000 por mês.

Os servidores também criticavam a decisão do governo de construir cem novos institutos federais até 2026. Pediam que o dinheiro fosse para os salários dos funcionários e para a melhoria dos IFs já existentes.

Publicidade