O Brasil não aguenta mais o PT e não aguenta mais o Lula, diz Tarcísio


Para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está na hora do Brasil “trocar o piloto” para avançar rumo à melhorias.

“O mundo está de portas abertas para o Brasil, o Brasil já fez grandes coisas, é só trocar o piloto porque o carro é bom pra caramba”, afirmou no evento AgroForum, promovido pelo BTG Pactual.

Durante um painel ao lado dos governadores Ronaldo Caiado (União), Ratinho Jr (PSD) e Eduardo Leite (PSD), Tarcísio criticou que o país esteja “há quarenta anos discutindo a mesma pessoa”, ao se referir ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A gente está perdendo alguns bondes, o bonde da tecnologia energética, o bonde da bioeconomia, o bonde do conhecimento, o mundo está de portas abertas para o Brasil e a gente andando aqui numa ciranda e discutindo picuinha. O Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula”, disse Tarcísio, sob fortes aplausos da plateia.

Na mesma linha falou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que defendeu que o país “vire essa página para uma nova geração”.

“Vamos ter uma eleição no ano que vem que, se Lula for candidato, em dez eleições desde a redemocratização, em sete ele terá sido candidato, teria sido oito se pudesse ter concorrido naquela de 2018 e sabemos que nas outras duas que ele concorreu, virtualmente ele foi quem estava sustentando o projeto da candidata que venceu. O país precisa virar essa página para uma nova geração”, afirmou.

CNN Brasil

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Rota 22 traz Michelle Bolsonaro e Valdemar Costa Neto à Natal neste sábado (16)

A próxima parada do Rota 22 será neste sábado, 16 de agosto, em Natal, com o Seminário da Região Metropolitana, a partir das 8h, no Olimpo Recepções, em Candelária. O evento contará com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, como convidada especial, assim como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto que será um dos palestrantes do evento. O Rota 22 segue mobilizando lideranças e a população do Rio Grande do Norte em torno de debates sobre o futuro do estado e do país.

Se inscreva em www.plrota22.com.br e participe do seminário do Rota 22, iniciativa do Partido Liberal (PL), em parceria com o instituto Álvaro Valle. "A participação da ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e do presidente do PL no país, Valdemar Costa Neto, reforça a importância do seminário para o fortalecimento da representação feminina e das pautas defendidas pela base conservadora no estado", avalia Rogério Marinho, líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL Nacional.

Costa Neto tem demonstrado esforço em manter a coesão e definir estratégias políticas do PL, buscando influenciar o cenário político atual e para as eleições de 2026. Ele está ativamente envolvido em reuniões com lideranças de partido de Centro e Direita buscando novas lideranças alinhadas ao pensamento político conservador.

Reconhecida por sua atuação em causas sociais e em defesa da família, da vida e da educação, Michelle Bolsonaro tem se destacado por sua liderança em pautas conservadoras e de mobilização comunitária. Com forte vínculo com ações voluntárias e apoio a instituições filantrópicas, ela é uma voz ativa no fortalecimento da base do Partido Liberal (PL), participando de agendas públicas, eventos oficiais e campanhas de engajamento político e social.

O seminário terá como foco os principais desafios enfrentados pelos municípios da Região Metropolitana de Natal, com discussões voltadas para temas como segurança, saúde, educação, infraestrutura, geração de emprego e políticas sociais. Como nas outras edições do projeto, a escuta da população e dos representantes locais é parte essencial da construção coletiva de propostas para o futuro do Rio Grande do Norte.

O Rota 22 tem se consolidado como uma ferramenta de diálogo com a sociedade potiguar, reunindo vereadores, prefeitos, lideranças comunitárias, religiosos, parlamentares e cidadãos de todas as regiões do estado. A proposta do projeto é promover o debate aberto e transparente sobre os problemas e soluções para o desenvolvimento sustentável e seguro do RN.

Fique conectado com o Rota 22 — acesse o site plrota22.com.br e confira quando o projeto passará por sua região. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais, pelos perfis @pl22rn e @plnacional22, e no canal de WhatsApp do Rota 22 no Rio Grande do Norte: canal.plrota22.com.br.

Serviço:

Evento: Seminário Rota 22 – Região Metropolitana

Data: 16 de agosto (sábado)

Horário: 8h

Local: Olimpo Recepções, Candelária – Natal (RN)

Convidados: Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL e Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher

Entrada gratuita - Se inscreva em www.plrota22.com.br.

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Pesquisa Consult em Parnamirim: Rogério (41,2%) amplia vantagem em segundo cenário e abre 18 pontos sobre Allyson (23,4%)

Em um segundo cenário com menos nomes na disputa, o senador Rogério Marinho (PL) dispara na preferência do eleitorado de Parnamirim e amplia a vantagem sobre os adversários. É o que mostra nova rodada da pesquisa Consult divulgada nesta quinta-feira (7) pela Tribuna do Norte.

Segundo o levantamento, Rogério lidera com 41,2% das intenções de voto, abrindo 17,8 pontos de vantagem sobre o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), que aparece com 23,4%. O terceiro nome testado foi o de Cadu Xavier, que pontuou com 5,6%.

Ainda de acordo com a pesquisa, 10,8% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos três, enquanto 19% afirmaram não saber ou preferiram não responder.

A sondagem foi realizada no último dia 2 de agosto, com 500 entrevistas no município de Parnamirim. A margem de erro é de 4,3 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.


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Moraes autoriza Bolsonaro a receber visita de filhos e outros familiares em prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (6) que o ex-presidente Jair Bolsonaro, detido em prisão domiciliar, receba a visita de filhos, cunhadas, netas e netos sem a necessidade de autorização prévia.

Na segunda-feira (4), o ministro Moraes, relator do caso, determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por desrespeitar as medidas restritivas em vigor desde 18 de julho, ao veicular conteúdo na rede social dos filhos.

Na decisão que decretou a prisão, o ministro havia afirmado que todas as visitas a Bolsonaro, exceto de advogados, dependeriam de autorização prévia do Supremo. Mas, nesta quarta, ele facilitou o contato do ex-presidente com familiares.

G1

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Sobe para 38 os senadores a favor do impeachment de Moraes, faltam 3 para maioria

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou nesta terça-feira (5) que o número de senadores a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes subiu para 38. Com isso, faltam três assinaturas para que o Senado chegue a maioria de 41 votos favoráveis a abertura do processo de impedimento. Para que a destituição ocorra de fato são necessários os votos de 54 senadores.

Nikolas declarou que o senador Efraim Filho (União-PB) foi a adição mais recente à lista de apoios. O placar atualizado está disponível no site votossenadores.com.br. A página mostra que 38 senadores se posicionaram a favor do impeachment, 19 são contra e outros 24 permanecem indefinidos.

A oposição impediu a realização das sessões plenárias na Câmara e no Senado nesta tarde em protesto a prisão domiciliar imposta por Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para acabar com a obstrução, os parlamentares pedem a aprovada de um "pacote da paz" que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do ministro.


Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pautar o início da tramitação de um pedido de impeachment contra um ministro do Supremo. Em seguida, uma comissão especial é criada para analisar a denúncia e elaborar um relatório apontando ou não a admissibilidade do pedido.

Caso seja aprovado pela comissão por maioria simples (metade mais um dos presentes no colegiado), o parecer segue para o plenário do Senado. No plenário, um novo relatório é apresentado para a votação e pode ser aprovado com maioria simples. Após essa fase, a Mesa Diretora deve informar ao STF, ao presidente da República e ao ministro afetado sobre a admissibilidade da denúncia.

O tema é discutido pela Corte e um julgamento é marcado no Senado. Com o encerramento do julgamento, o presidente do Senado dá início a votação nominal, são necessários os votos favoráveis de 54 senadores (dois terços) para que a destituição do cargo ocorra.

Senadores a favor do impeachment de Moraes

  • Alan Rick (UNIÃO–AC)
  • Alessandro Vieira (MDB–SE)
  • Astronauta Marcos Pontes (PL–SP)
  • Carlos Portinho (PL–RJ)
  • Carlos Viana (PODEMOS–MG)
  • Cleitinho (REPUBLICANOS–MG)
  • Damares Alves (REPUBLICANOS–DF)
  • Dr. Hiran (PP-RR)
  • Eduardo Girão (NOVO–CE)
  • Eduardo Gomes (PL–TO)
  • Efraim Filho (União-PB)
  • Esperidião Amin (PP–SC)
  • Flávio Bolsonaro (PL–RJ)
  • Hamilton Mourão (REPUBLICANOS–RS)
  • Izalci Lucas (PL–DF)
  • Jaime Bagattoli (PL–RO)
  • Jayme Campos (UNIÃO–MT)
  • Jorge Kajuru (PSB–GO)
  • Jorge Seif (PL–SC)
  • Lucas Barreto (PSD–AP)
  • Luis Carlos Heinze (PP–RS)
  • Magno Malta (PL–ES)
  • Marcio Bittar (UNIÃO–AC)
  • Margareth Buzetti (PSD–MT)
  • Marcos Rogério (PL–RO)
  • Marcos do Val (PODEMOS–ES)
  • Nelsinho Trad (PSD–MS)
  • Oriovisto Guimarães (PODEMOS–PR)
  • Plínio Valério (PSDB–AM)
  • Professora Dorinha Seabra (UNIÃO–TO)
  • Rogério Marinho (PL–RN)
  • Sergio Moro (UNIÃO–PR)
  • Styvenson Valentim (PODEMOS–RN)
  • Tereza Cristina (PP–MS)
  • Vanderlan Cardoso (PSD–GO)
  • Wellington Fagundes (PL–MT)
  • Wilder Morais (PL–GO)
  • Zequinha Marinho (PODEMOS–PA)


Senadores indecisos

  • Ângelo Coronel (PSD–BA)
  • Ciro Nogueira (PP–PI)
  • Confúcio Moura (MDB–RO)
  • Daniella Ribeiro (PSD–PB)
  • Davi Alcolumbre (UNIÃO–AP)
  • Dra. Eudócia Caldas (PL–AL)
  • Eduardo Braga (MDB–AM)
  • Eliziane Gama (PSD–MA)
  • Fernando Dueire (MDB–PE)
  • Flávio Arns (PSB–PR)
  • Giordano (MDB–SP)
  • Ivete da Silveira (MDB–SC)
  • Jader Barbalho (MDB–PA)
  • Jussara Lima (PSD–PI)
  • Laércio Oliveira (PP–SE)
  • Mara Gabrilli (PSD–SP)
  • Marcelo Castro (MDB–PI)
  • Mecias de Jesus (REPUBLICANOS–RR)
  • Renan Calheiros (MDB–AL)
  • Romário (PL–RJ)
  • Soraya Thronicke (PODEMOS–MS)
  • Sérgio Petecão (PSD–AC)
  • Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB)
  • Zenaide Maia (PSD–RN)


Senadores contrários ao impeachment de Alexandre de Moraes

  • Ana Paula Lobato (PDT–MA)
  • Augusta Brito (PT–CE)
  • Beto Faro (PT–PA)
  • Chico Rodrigues (PSB–RR)
  • Cid Gomes (PSB–CE)
  • Fabiano Contarato (PT–ES)
  • Fernando Farias (MDB–AL)
  • Humberto Costa (PT–PE)
  • Irajá (PSD–TO)
  • Jaques Wagner (PT–BA)
  • Leila Barros (PDT–DF)
  • Omar Aziz (PSD–AM)
  • Otto Alencar (PSD–BA)
  • Paulo Paim (PT–RS)
  • Randolfe Rodrigues (PT–AP)
  • Rodrigo Pacheco (PSD–MG)
  • Rogério Carvalho (PT–SE)
  • Teresa Leitão (PT–PE)
  • Weverton (PDT–MA)

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Deputado Coronel Azevedo critica atuação de Alexandre de Morais em pronunciamento na ALRN

Durante a sessão plenária desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) fez um pronunciamento em que criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o atual cenário político nacional.

De acordo com o parlamentar, há um ambiente de “deturpação da Justiça” no país. “Meu pronunciamento de hoje é para denunciar esta ditadura instalada formalmente no Brasil e a cortina de fumaça que o ‘lulo-petismo’ está criando para abafar um dos maiores escândalos da história desse país, a Vaza Toga 2”, afirmou.

O deputado citou a divulgação de um dossiê pelo jornalista americano Michael Shellenberger, noticiado pela CNN, que aponta supostas ações irregulares do STF em relação à investigação e prisão de envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, os documentos mencionados indicam que um protocolo interno teria sido criado para investigar perfis nas redes sociais e justificar prisões.

Coronel Azevedo também criticou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando outros nomes ligados ao campo conservador, como o ex-deputado Daniel Silveira, o senador Marcos do Val e a deputada Carla Zambelli. O parlamentar alegou que essas pessoas “foram punidas por emitir opinião” e que a atuação do ministro Alexandre de Moraes estaria promovendo perseguições políticas.

“Vamos clamar a Deus que salve o Brasil, que possamos entregar a nação livre a nossos filhos e netos”, finalizou o deputado.

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Rota 22 chega à Região Metropolitana com oficina em Parnamirim nesta quarta-feira (6)

A cidade de Parnamirim será palco da próxima etapa do projeto Rota 22, iniciativa do Partido Liberal (PL) que tem percorrido o Rio Grande do Norte com o objetivo de fortalecer a articulação política e promover o alinhamento entre lideranças locais e os princípios defendidos pela legenda. A oficina acontecerá nesta quarta-feira (6), a partir das 14h, na Câmara Municipal de Parnamirim, e marca a chegada do projeto à Região Metropolitana de Natal. 

Idealizado pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), líder a Oposição e secretário-geral do PL,  o Rota 22 já passou por diversas regiões do estado — como o Seridó, Alto Oeste, Mato Grande, Trairí, Agreste e Potengi — reunindo prefeitos, vereadores, lideranças comunitárias, filiados e apoiadores em encontros regionais que debatem os desafios locais e as perspectivas para 2026.

Ao longo dos encontros, o senador tem reforçado o compromisso do partido com os valores conservadores, a liberdade econômica e a defesa da democracia, além de destacar o crescimento do PL no cenário nacional, com 99 deputados federais e 14 senadores, e no próprio RN, onde a legenda foi a mais votada nas eleições de 2022.

A realização da oficina em Parnamirim é estratégica, considerando a importância política e demográfica do município, terceiro maior do estado. “Estamos plantando as sementes do futuro, conectando o RN com o Brasil que deu mais de 58 milhões de votos a Jair Bolsonaro”, reforça Rogério Marinho.

O evento é aberto ao público e contará com falas de lideranças estaduais e locais, além de debates sobre organização partidária, prestação de contas, comunicação e planejamento eleitoral. A expectativa é de que a oficina reúna representantes de todos os municípios da região metropolitana.

AGENDA

Na agenda do Projeto Rota 22, ainda tem oficina em Extremoz, no dia 7 de agosto, e Seminário da Região Metropolitana, em Natal, no dia 16 de agosto, no Olimpo Recepções. Se inscreva em www.plrota22.com.br.

O Rota 22 é uma iniciativa do Partido Liberal (PL) em parceria com o Instituto Álvaro Valle. Fique conectado com o Rota 22 — acesse o site plrota22.com.br e confira quando o projeto passará por sua região. Mais informações também estão disponíveis nas redes sociais, pelos perfis @pl22rn e @plnacional22, e no canal de WhatsApp do Rota 22 no Rio Grande do Norte: canal.plrota22.com.br.

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Salatiel não representa a oposição de Parnamirim

O apresentador de TV e candidato derrotado à prefeitura de Parnamirim, Salatiel de Sousa, está tirando uma conta errada no eleitorado de Parnamirim.

Ele tenta se manter relevante e tenta se credenciar como a “oposição” no município, mas essa conta não está fechando. Um grupo de vereadores já está assumindo este papel, com destaque para o bolsonarista Gabriel César, que, mesmo fazendo algumas bobagens nas redes, está ocupando, sim, este espaço. E tem o grupo de Taveira Júnior, que saiu da campanha “conhecendo” melhor quem é o ingrato Salatiel. Salatiel vive bajulando Rogério Marinho para este o credenciar como a cara da oposição, mas Rogério não é bobo. Ele sabe o que Salatiel aprontou na campanha (e no pós-campanha).

Ter dado a presidência do PL municipal ao apresentador é hoje um fardo que Rogério sabe que carrega, e que terá de resolver em breve. Rogério tem outros nomes em vista, nomes sem passado jurídico de condenações e sem histórico de “pós-campanha”, se é que vocês me entendem. Para piorar, Salatiel não sabe fazer oposição. Faz críticas curtas e míopes, sem substância, e o povo já percebeu. Além de não ser de Parnamirim e ter caído de para-quedas numa eleição em que levou uma surra de saias da Prefeita Nilda, Salatiel já sentiu que seu tempo passou, e que vai ter de arrumar espaço político noutra freguesia.

Oremos.

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EUA criticam prisão domiciliar de Bolsonaro e prometem responsabilizar todos que apoiarem ordem de Moraes

O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão do Departamento de Estado dos Estados Unidos, sob o governo do presidente Donald Trump, criticou nesta segunda-feira (4), por meio de publicação na rede social X, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na mensagem publicada, o órgão do governo norte-americano afirmou que o “ministro Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua usando as instituições do Brasil para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. A mensagem continua: “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender em público não é um serviço ao público. Deixem Bolsonaro falar!”.


“Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas”, conclui de forma enfática o Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental.


A decisão do ministro Moraes de impor prisão domiciliar a Bolsonaro foi tomada nesta segunda após o magistrado entender que o ex-presidente descumpriu restrições fixadas em julho, que o proibiam de usar redes sociais, inclusive por meio de terceiros, em manifestações públicas. Segundo Moraes, neste domingo (3), durante manifestação no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ligou para o pai, que, usando tornozeleira eletrônica, saudou os manifestantes: “boa tarde, Copacabana, boa tarde, Brasil. Um abraço a todos, é pela nossa liberdade. Estamos juntos”.

No despacho, Moraes afirma que, com este ato, Bolsonaro agiu “ilicitamente” ao se dirigir aos manifestantes, produzindo “material pré-fabricado para seus partidários continuarem a coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça”.


Bolsonaro é alvo de "perseguição sistemática", diz senador dos EUA


Por sua vez, o senador estadual de Oklahoma Shane Jett, do Partido Republicano, se manifestou em defesa de Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente é alvo de "perseguição sistemática" no Brasil.

Em postagem feita em sua conta na rede X, Jett disse que "o ministro Alexandre de Moraes decretou prisão domiciliar contra o ex-presidente Bolsonaro, um líder legítimo, sem condenações, e alvo de uma perseguição política sistemática e profundamente preocupante". Para o congressista estadual americano, a medida "trata-se de mais um capítulo de uma inversão de valores que vem corroendo os pilares da democracia brasileira. Hoje, quem defende a Constituição, a liberdade de expressão e o Estado de Direito é tratado como inimigo".

"Bolsonaro permanece firme, representando milhões de brasileiros que não se rendem ao autoritarismo travestido de legalidade. Chegará o momento em que os abusos serão julgados. E quando esse dia vier, o Brasil voltará a respirar com Bolsonaro livre, inabalável e com a nação ao seu lado", disse o senador.



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Juristas avaliam que prisão domiciliar de Bolsonaro é abusiva, humilhante e desproporcional


A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada nesta segunda-feira (4) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é considerada abusiva e humilhante por constitucionalistas e criminalistas ouvidos pela Gazeta do Povo. Eles apontam abuso de poder, violação de garantias fundamentais, desproporcionalidade e ausência de base jurídica concreta.

Embora a decisão tenha sido motivada pelo suposto descumprimento de medidas cautelares — que impediam o uso de redes sociais e manifestações públicas —, especialistas apontam que não há demonstração clara de autoria, nem detalhamento das condutas que justificassem a medida extrema. Durante o ato no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro ligou para Jair Bolsonaro, que cumprimentou a multidão. O parlamentar publicou o vídeo no Instagram, mas apagou a postagem posteriormente.

Para o advogado Guilherme Barcelos, doutor em Direito Constitucional e sócio do escritório Barcelos Alarcón Advogados, a decisão se baseia em um inquérito com alicerces frágeis e vagos, que nem sequer individualiza condutas atribuídas a Bolsonaro.

“Qual seria o ato especificamente imputado a Jair Bolsonaro? As indicações são de que ele poderia ter cometido coação e obstrução, além de atentado à soberania. Mas que ato específico poderia ter ensejado esses crimes? Em quais circunstâncias? Por quais meios? Quando?”, questiona Barcelos.


A prisão domiciliar foi decretada na investigação aberta recentemente por Moraes contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que depois foi estendida também ao ex-presidente, em razão da pressão feita junto aos Estados Unidos para sancionar Moraes.

Ele alerta para o risco de o processo assumir contornos de "pescaria probatória", prática condenada no sistema jurídico: “A investigação não pode ser algo abstrato, vago. Toda investigação precisa ter objeto certo e definido, com data, hora, descrição e circunstâncias. Do contrário, temos uma cadeia de vaguezas.”


"Aplicar esse tipo de medida a um ex-presidente constitui humilhação", afirma especialista

A advogada constitucionalista Vera Chemim reconhece que a prisão preventiva pode ser decretada em caso de descumprimento de medidas cautelares, como previsto no artigo 319 do Código de Processo Penal, mas critica severamente a forma como Moraes ampliou as restrições e ordenou nova busca e apreensão.

"Além de decretar a prisão domiciliar, ele ordena nova busca e apreensão e recolhe todos os celulares. Isso afronta a proporcionalidade. Impedir o ex-presidente de se comunicar com qualquer pessoa e restringir visitas é irrazoável, desproporcional", afirma.

"Aplicar esse tipo de medida a um ex-presidente constitui uma humilhação — que, na minha opinião, é a finalidade real. Impedir que ele se comunique com aliados é um ataque à sua liberdade e à democracia", opina Vera Chemim.

Além disso, Barcelos critica a imposição de censura disfarçada: “A proibição de uso das redes sociais é inconstitucional. Representa censura prévia. Bolsonaro não tem condenação penal. E censura prévia é vedada pelo artigo 5º da Constituição”, destaca.

Chemim também aponta a tentativa de censura e chega a colocar em dúvida o equilíbrio emocional de Moraes: “É uma censura à liberdade de comunicação. Temos aí um magistrado aparentando um desequilíbrio emocional muito grande, agindo com o fígado, impondo sanções como acha necessário. Isso é um descontrole fora do normal”, afirma.


Juristas apontam precedente perigoso

As manifestações convergem em torno de um alerta: a decisão de Moraes pode abrir um precedente perigoso no ordenamento jurídico brasileiro, esvaziando garantias básicas do processo penal, como o contraditório, a presunção de inocência e a exigência de provas concretas para medidas excepcionais como a prisão.

Berlinque Cantelmo, presidente da Comissão Nacional de Direito Penal Militar da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), acrescenta outra dimensão crítica ao caso: o uso de escalonamento disfarçado para contornar a falta de base jurídica para a prisão preventiva.

“Trata-se de um escalonamento proposital ou circunstancial para que não haja a imediata decretação da prisão preventiva. A prisão domiciliar já vinha ocorrendo na prática, com recolhimento noturno e proibição de saídas aos fins de semana.”


Ele destaca que a medida foi imposta de ofício, sem pedido da defesa: “O benefício da prisão domiciliar deve ser requisitado pela defesa, não concedido de ofício pelo juiz. Moraes transveste a medida como um degrau a mais, mas ela carece de fundamentação idônea.”

O criminalista chama atenção para a ausência de audiência de justificação antes do agravamento das medidas, o que fere o direito à ampla defesa: “Não houve descumprimento deliberado das cautelares, a princípio. E qualquer agravamento deveria ser precedido de audiência onde Bolsonaro pudesse apresentar esclarecimentos. Isso não ocorreu.”

Para Cantelmo, a escalada punitiva contra Bolsonaro coloca em xeque a imparcialidade e os limites da atuação do Judiciário. “Não é porque se trata de Bolsonaro que se pode relativizar os princípios do Estado de Direito”, resume.

Advogado classifica prisão domiciliar de Bolsonaro como “grave violação constitucional”

O advogado constitucionalista André Marsiglia classificou a decisão de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma “grave violação constitucional” por parte do ministro Alexandre de Moraes.


Segundo Moraes, Bolsonaro teria descumprido medidas cautelares ao participar de videochamadas e ter conteúdos seus republicados por terceiros durante manifestações públicas.

Marsiglia, no entanto, argumenta que punir o ex-presidente por atos de terceiros — como a republicação de conteúdos — fere diretamente o artigo 5º, inciso XLV da Constituição Federal, que estabelece que “nenhuma pena passará da pessoa do condenado”. “Se manifestar publicamente é lícito, como o próprio Moraes reconhece. Então, responsabilizar Bolsonaro por manifestações alheias é frontalmente ilegal”, afirmou o advogado.

Além disso, Marsiglia criticou o caráter das novas medidas, que classificou como uma “fishing expedition” — expressão usada para descrever investigações genéricas em busca de provas sem foco definido. “Não se trata de proteger o processo, mas de vasculhar em busca de elementos que possam justificar futuras acusações”, disse.

O jurista também sugeriu que a decisão pode ter motivações políticas. “A medida parece servir como cortina de fumaça para desviar o foco da Vaza Toga 2, revelada hoje pelo jornalista Michael Shellenberger”, afirmou, referindo-se à nova série de denúncias envolvendo o Judiciário.


A decisão de Moraes foi motivada por sucessivas violações das medidas cautelares impostas anteriormente. Entre os episódios citados estão uma chamada de vídeo com o deputado Nikolas Ferreira e a suposta preparação de conteúdos para divulgação durante atos públicos. Moraes afirmou que “a Justiça é cega, mas não é tola” e que não permitirá que o réu “a faça de tola”.

Advogados de Direita: prisão domiciliar de Bolsonaro é "episódio de perseguição judicial"

O Movimento Advogados de Direita classificou a determinação de Moraes sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro como um "alarmante episódio de perseguição judicial".

"O ministro Alexandre de Moraes acaba de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, sob a alegação de descumprimento de medida cautelar. O “crime”? Aparecer em vídeo publicado por terceiros, enquanto recebia uma ligação do filho, Flávio Bolsonaro, durante as manifestações populares de 3 de agosto. A ordem de prisão não se baseia em ação direta de Bolsonaro nas redes, mas em conteúdo divulgado por terceiros, num evento público, onde foi apenas destinatário de uma ligação telefônica. Trata-se de um novo e alarmante episódio de perseguição judicial, sem contraditório, sem flagrante, sem proporcionalidade", afirmou o grupo no X.

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