PF e CGU apuram fraude na penitenciária de Mossoró

A fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, revelou falhas no sistema de segurança e levou a investigações sobre os contratos de manutenção da unidade. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal apuram a atuação da R7 Facilities, empresa responsável pelos serviços de manutenção do presídio, suspeita de fraudes em licitações.

As investigações começaram em 2024, após denúncias sobre irregularidades na gestão contratual da penitenciária. Há indícios de que a empresa manipulou licitações, utilizou sócios fictícios e apresentou documentos falsificados para obter contratos públicos de forma irregular. A Operação Dissimulo, deflagrada nesta terça-feira (11), cumpriu 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

Entre os principais pontos da investigação estão a manipulação de licitações por empresas interligadas, o uso de “laranjas” para ocultar os verdadeiros donos e a apresentação de documentos falsificados para obter benefícios fiscais e vantagens contratuais. A R7 Facilities mantém contratos com a administração pública, incluindo a manutenção de unidades prisionais.

A conexão entre a fuga e as investigações surgiu com a identificação de falhas estruturais e operacionais que facilitaram a evasão. Relatórios apontam manutenção deficiente, serviços não executados conforme o contrato e desgaste de estruturas e equipamentos que deveriam estar sob responsabilidade da empresa. Também foram registradas falhas nos sistemas de segurança e na vigilância da unidade.

A CGU mantém aberto o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Informações sobre a Operação Dissimulo ou outras irregularidades podem ser enviadas de forma anônima, selecionando a opção “Não identificado” no formulário eletrônico. Para relatos específicos sobre a operação, a recomendação é marcar a opção “Operações CGU” no campo de assunto e indicar o nome da ação e a Unidade da Federação onde foi deflagrada.

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Tradicional marca de som automotivo Pioneer fechará fábrica no Brasil

A Pioneer, tradicional marca japonesa de som automotivo, anunciou o fechamento de sua fábrica na Zona Franca de Manaus (AM). A unidade, que opera no Brasil há anos, encerrará suas atividades nos próximos dois meses, embora a data exata ainda não tenha sido confirmada. O fechamento resultará na demissão de 149 funcionários.
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A decisão foi comunicada durante reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, realizada em 16 de janeiro. No entanto, o sindicato destacou que os representantes presentes não têm autoridade para definir o futuro da empresa e, por isso, estão buscando uma negociação oficial com a Pioneer para tratar da situação dos trabalhadores.

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Reunião com Lula não atrai maioria dos prefeitos do RN

A terceira edição do “Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas” em Brasília, a ser aberto às 9 horas desta terça-feira (11) com o presidente Lula, tem o propósito, segundo o próprio Governo Federal, de aproximar os municípios e facilitar o acesso a informações essenciais, recursos e ferramentas voltados a prefeitos, governadores e gestores estaduais e municipais.

Assim mesmo, a convocação do governo federal para o Encontro dos gestores municipais, que vai até sábado (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, não atraiu a maioria dos 167 prefeitos potiguares eleitos e reeleitos em outubro de 2024. “Mais de 60 prefeitos estarão presentes, estão vindo prefeitos de todos os partidos”, disse o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Anteomar Pereira da Silva, que participou, ontem, da reunião do Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O prefeito de Acari, Fernando Antonio Bezerra (PODE), falou de sua expectativa sobre o Encontro, ao qual o governo federal espera a participação de 20 mil pessoas: “Repito o que outros já disseram: sou um realista que não perde a esperança. Existe uma pauta no Congresso Nacional de apoio aos Municípios que, se apoiada pelo Governo Federal, representaria avanços significativos”.

Fernandinho Bezerra exemplificou o parcelamento de débitos previdenciários e de precatórios judiciais. “Também seria muito relevante o apoio da União Federal à PEC que propõe mais 1,5% do FPM para cada mês de março. Estas seriam medidas imediatas, concretas de apoio aos municípios”, continuou.]

“No mais”, afirmou Fernandinho Bezerra, “torço que sejam anunciados programas e projetos que cheguem efetivamente – com menor burocracia – às cidades. Como tento viver cada dia, aguardemos pelos dias da semana que virão com a esperança de ações mais concretas, rápidas, eficazes em favor da vida municipal, onde moramos, onde dores e tristezas são realmente sentidas, cujas respostas precisamos oferecer através dos Poderes Públicos”, ressaltou o prefeito acariense.

Outro prefeito da região do Seridó, Maciel dos Santos Freire (MDB), confirmou que decidiu não comparecer ao encontro de Brasília, por ter “bastantes demandas administrativas” em Cerro Corá.
Macie de Doca, como é mais conhecido, disse que em eventos dessa natureza, “os gabinetes estão lotados, então fica difícil o acesso”, razão pela qual se reuniu com o deputado federal Benes Leocádio (União) na segunda-feira (10), em Natal.

Em relação ao Encontro dos Prefeitos, o governo federal entende que este processo de transição é um momento crucial para a continuidade das políticas públicas e para o fortalecimento das parcerias entre o governo federal e os municípios.

Segundo o governo, serão mais de 170 atividades simultâneas distribuídas nos auditórios e salas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, dedicados a a fortalecer o pacto federativo e impulsionar a governança municipal, destacando a relevância estratégica da capital para o processo de articulação entre os entes federativos.

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Cafake: entenda subproduto do café que é vendido a baixo custo


Após recorrente elevação no preço do café, fabricantes passaram a produzir um produto que estivesse mais acessível. O café fake, ou cafake, como foi apelidado nas redes sociais, é vendido como “bebida sabor café tradicional”, e não possui a semente do café, que é a matéria-prima do café comum. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), o produto não tem registro da Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado.

café fake é produzido a base de pó aromatizando produzido a partir de cascas, folhas, palha, paus e outras partes da planta, e se popularizou nas redes sociais nos últimos dias pelo seu baixo custo em comparação com o café comum. Em imagens divulgadas nas redes sociais, o pó do cafake.

A temática dos alimentos “fakes” relembrou o polêmico leite condensado, que é comercializado como “mistura láctea”, e levantou discussão nas redes sociais sobre a similaridade das embalagens dos produtos com as suas versões tradicionais, que comumente leva o cliente a escolher o produto mais barato por engano, sem saber que está comprando um produto de qualidade inferior.

Pela incerteza da sua qualidade, o cafakepode apresentar riscos à saúde da população, aumentando o risco de alergias e consumo de substâncias tóxicas, bem como a ausência dos benefícios que o café apresenta ao seu consumidor. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) informou que o caso da Master Blends já foi denunciado ao Ministério da Agricultura e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em preocupação com a saúde dos consumidores e a questão mercadológica.

Por razão da semelhança das embalagens, para que não realizem a compra equivocada os consumidores precisam estar conscientes da existência do café de má qualidade, e também se manterem atentos nas idas ao supermercado, efetuando a leitura dos rótulos dos produtos com atenção antes da compra.

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Nikolas Ferreira e Felipe Neto se atacam nas redes: “Bunda mole”

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e Felipe Neto discutiram nas redes sociais, na última sexta-feira (7/2), após o parlamentar criticar reportagem sobre o youtuber, chamando-o de “covarde e bunda mole do Brasil”.

Nikolas comentou na rede social X que Felipe Neto merecia “o título de maior hipócrita”.

“Esse aqui merece o título de maior hipócrita, covarde e bunda mole do Brasil”, publicou o parlamentar.

Em resposta, Felipe Neto rebateu o comentário, chamando o político de “chupetinha”, apelido que repercutiu durante as eleições de 2022.

“E foi esse bunda mole que te colocou para mamar em 2022. Valeu, chupetinha”, disparou o youtuber.

Esta não é a primeira vez que ambos discutem nas redes sociais. Nas eleições de 2022, os dois se envolveram em diversas polêmicas, com Felipe Neto repetindo o insulto contra o parlamentar, chamando-o de “chupetinha”.

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RN teve média de 3 denúncias por dia de casos de violência psicológica contra mulher em 2024

O Rio Grande do Norte teve uma média de 3 denúncias por dia de casos de violência psicológica contra a mulher em 2024, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. As denúncias de violência psicológica aumentaram 24% no estado em comparação com o ano de 2023, liderando o tipo de violência denunciada no Ligue 180 tanto no estado quanto no Brasil, onde onde houve mais de 100 mil denúncias, segundo revelou o Ministério das Mulheres neste mês de fevereiro.

Ao todo, no RN, 1.239 denúncias de violência psicológica foram registradas em 2024. No ano anterior, esse número foi de 996 casos.

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Pedidos de seguro-desemprego superam pandemia e têm maior nível desde 2016

O número de pedidos de seguro-desemprego fechou 2024 em alta e atingiu o maior nível em oito anos. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, foram 7,44 milhões de requisições registradas no país no ano passado. O número representa um aumento de 4% em relação a 2023, que teve 7,16 milhões de solicitações.

O acumulado do ano passado é o maior desde 2016, quando o benefício foi solicitado por 7,56 milhões de pessoas, conforme o Painel de Informações do Seguro-Desemprego, do Ministério do Trabalho e Emprego, superando também o período da pandemia de Covid-19.

No auge da pandemia, em 2020, foram 6,78 milhões de requerimentos. Já 2021 e 2022 registraram 6 milhões e 6,68 milhões, respectivamente.

A evolução atual faz parte da movimentação das vagas de emprego, de acordo com o ministério, que credita o aumento à rotatividade do mercado de trabalho. Isso por que, com mais trabalhadores com carteira assinada, o número de pessoas habilitadas a solicitar o seguro-desemprego também aumenta.

O Brasil atingiu, em 2024, uma taxa anual de desocupação de 6,6%, a menor da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 2012.

Segundo os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o número de brasileiros desempregados em 2024 chegou a 7,4 milhões — 1,1 milhão a menos do que em 2023. Já a taxa anual de informalidade passou de 39,2% em 2023 para 39,0% em 2024.

Para o economista Hugo Garbe, professor da Universidade Mackenzie, o mercado de trabalho está aquecido, com mais admissões e demissões sem justa causa, o que garante o direito ao benefício.

“Nós tivemos o que a gente chama de desemprego friccional. Como a economia acabou ficando mais aquecida depois do pós-pandemia, grande parte dessas pessoas mudou de emprego. Então o desemprego continua baixo. É muito mais uma migração de emprego do que essencialmente desemprego”, afirma o professor de economia.

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Governo Lula corta financiamento de entidades que apoiavam população vulnerável em Natal

O governo federal implementou um corte significativo nos repasses destinados a financiar instituições sociais em Natal, gerando impacto direto na continuidade dos serviços prestados a populações vulneráveis. De acordo com comunicado oficial enviado às organizações, os repasses ao Fundo Municipal de Assistência Social sofreram uma redução de aproximadamente 60% em 2024, o que impossibilitou a manutenção de Termos de Fomento com a fonte federal neste ano de 2025.

Essas instituições sociais dependem de parcerias entre fontes federais e municipais para garantir a oferta de seus serviços. No modelo anterior, a verba federal não podia ser usada para custeio direto, mas permitia ao município repassar recursos próprios às entidades. Com a drástica redução dos repasses federais, a gestão municipal afirmou não ter condições de assumir sozinha as despesas necessárias para a sustentação da rede socioassistencial.

Entidades afetadas

A Associação de Amigos do Autista (APAARN), a Associação de Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Associação de Orientação ao Deficiente (ADOTE) estão entre as instituições diretamente afetadas. Além delas, outras entidades importantes para a assistência social em Natal também enfrentam o mesmo cenário de insegurança financeira, como:

  • Associação Espírita Enviados de Jesus (Lar da Vovozinha)
  • Associação Riograndense Pró-idoso (ARP)
  • Casa do Menor Trabalhador
  • Centro Integrado de Assistência Social da Igreja Assembleia de Deus (CIADE)
  • Centro Sócio-Pastoral Nossa Senhora da Conceição
  • Centro SUVAG do RN
  • Clínica Pedagógica Professor Heitor Carrilho
  • Instituto de Reabilitação de Cegos do RN (IERC)
  • Centro Educacional Dom Bosco

O comunicado oficial enviado às instituições destaca que, diante da atual situação, a formalização das parcerias com a fonte federal está suspensa até que o Governo Federal restabeleça os níveis de repasse anteriores. O município de Natal se comprometeu a buscar soluções para mitigar os impactos, mas reconheceu que, sem o retorno dos recursos federais, a continuidade dos serviços essenciais está comprometida.

Entidades como a APAE, que oferecem suporte essencial a pessoas com deficiência, e o Lar da Vovozinha, que cuida de idosos em situação de vulnerabilidade, representam pilares fundamentais na estrutura de assistência social local. Com o corte no financiamento, a ameaça ao funcionamento dessas instituições pode desencadear consequências diretas na vida de centenas de pessoas que dependem desses serviços diariamente.

O corte de financiamento federal está sendo criticado por representantes das entidades e especialistas em assistência social, que apontam a medida como um retrocesso nas políticas públicas de inclusão e apoio às populações mais necessitadas. A suspensão das parcerias ocorre em um contexto de desafios econômicos, mas o impacto social dessa decisão vai além da questão financeira, afetando diretamente a qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade.

Até o momento, não há previsão de quando os valores poderão ser restabelecidos.

Por Dinarte Assunção – Blog do Dina

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Presidente do PSDB, Marconni Perilo, é alvo de operação da PF que investiga desvio de recursos

Quarenta e seis agentes da Polícia Federal (PF) e quatro servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram, nesta quinta-feira (6), 11 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais de pessoas suspeitas de desviar recursos públicos destinados à área da saúde, em Goiás, entre os anos de 2012 e 2018.

Dez mandados foram cumpridos em Goiânia e um em Brasília, com autorização da 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados – cujos nomes não foram divulgados até a publicação desta reportagem. Batizada de Operação Panaceia, em alusão à deusa grega da cura, a ação também contou com o apoio da Receita Federal.

Em nota, a Polícia Federal informou ter indícios de que os investigados fraudaram contratos que o governo estadual assinou com ao menos uma organização social, o Instituto Gerir, para desviar parte do dinheiro que custearia melhorias na saúde pública. Segundo a PF, a entidade subcontratava empresas ligadas a políticos e aos seus próprios administradores para realizar os serviços que deveria prestar. Com isso, parte dos recursos pagos à organização social era repassada aos políticos e demais investigados – prática proibida por lei.

Também em nota, a CGU acrescentou que vem investigando os “indícios de fraudes e irregularidades” na gestão de dois hospitais públicos estaduais desde 2019, quando a PF recebeu “informações anônimas” sobre o caso. “A partir das análises, realizadas em parceria com a PF, foi verificado que a OS adotou, como modus operandi, a terceirização generalizada das atividades, firmando contratos com objetos genéricos, sem definição de quantitativos e especificações dos serviços a serem prestados, o que tornou impraticável a fiscalização da execução dos contratos de gestão” firmados pela secretaria estadual de Saúde.

Ainda de acordo com a CGU, “isso favoreceu a realização de pagamentos sem a adequada medição, conforme observado nas notas fiscais e demais documentos extraídos do sistema de prestação de contas [governamental]”. Segundo a CGU, a organização social investigada recebeu mais de R$ 900 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na época dos supostos fatos, Goiás era governado por Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB e um dos alvos da ação desta manhã. Em nota, o ex-governador repudiou o que classificou como uma “armação”.

“Já fui vítima de outras `operações´ encomendadas, quando todos os meus sigilos e os de minha família foram devassados […] Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem; criarem factoides”, afirmou Perillo, alegando ser alvo de uma ação persecutória para constrangê-lo politicamente e tentar calá-lo.

“Estão fazendo uma operação por supostos fatos acontecidos há 13 anos. Estranho que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo [estadual] é que resolvem realizar essa operação”, acrescenta o ex-governador, sem mencionar que a ação foi deflagrada por órgãos federais.

Consultado, o governo estadual destacou, em nota, que os fatos investigados não têm qualquer relação com a atual gestão, para a qual a organização social alvo da apuração nunca prestou serviços. “Além disso, foram implementados a partir de 2019 controles internos para garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos em todas as áreas, com o objetivo de impedir desvios e assegurar o uso correto do dinheiro público”

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