IBGE anuncia mais duas trocas em diretoria em meio a crise interna

SÃO PAULO, SP E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou na noite desta quinta-feira (23) a saída de duas diretoras na DGC (Diretoria de Geociências), conforme antecipado pela Folha.

Em comunicado, o instituto disse que as servidoras Ivone Lopes Batista e Patricia do Amorim Vida Costa deixaram seus cargos de diretora e diretora-adjunta, respectivamente. Os cargos serão ocupados por Maria do Carmo Dias Bueno e Gustavo de Carvalho Cayres da Silva, também funcionários do órgão.

A exoneração de Ivone e Patricia já era aguardada em meio a divergências com a gestão Pochmann. A decisão partiu das próprias técnicas.

As trocas só não teriam sido confirmadas antes pela falta de nomes imediatos para substituição.

As mudanças ocorrem em meio a uma crise interna no instituto, sob o comando do economista Marcio Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A turbulência se estende desde setembro do ano passado.

A crise ganhou força neste mês, quando dois diretores da DPE (Diretoria de Pesquisas) entregaram seus cargos no instituto. Divergências com a gestão Pochmann teriam pesado na decisão.

Uma carta assinada por Ivone e Patricia circula nos bastidores do instituto. No documento, ao qual a reportagem teve acesso, as servidoras afirmam que comunicaram a decisão de renúncia à presidência do IBGE em 9 de dezembro.

"A pedido do presidente [Pochmann], concordamos em permanecer no cargo por mais algum tempo até encontrarem novos nomes que ficariam à frente da diretoria, o que ocorreu nesta data", diz o texto.

"Essa decisão foi tomada em razão de divergências em relação a medidas de gestão adotadas, bem como à forma como essas medidas têm sido conduzidas e comunicadas", acrescenta.

Nesta semana, uma carta assinada por gerentes e coordenadores de pesquisas afirmou que o clima no IBGE está "deteriorado" e que as lideranças encontram "sérias dificuldades" para realizar suas funções.

Eles cobram mais diálogo com o comando do órgão nas decisões, além da revisão de projetos da atual gestão, principalmente a criação da Fundação IBGE+, que poderá captar recursos privados para a produção de trabalhos.

A presidência do IBGE, por outro lado, rebateu as críticas sofridas ao longo dos últimos meses.

Em comunicado, chegou a declarar na semana passada que o órgão é alvo de "mentiras" por parte de trabalhadores, ex-funcionários e instituições sindicais. A manifestação gerou indignação no corpo técnico.

Nesta quinta, a entidade sindical Assibge, que representa os trabalhadores do IBGE, afirmou que a direção do instituto quer forçá-la a uma mudança de nome, com a retirada da sigla IBGE dele.

O nome Assibge é usado como sigla para Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística. A entidade é considerada porta-voz dos servidores do IBGE.

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Fluminense joga com força máxima diante da Portuguesa e quebra jejum de vitórias no Carioca

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O técnico Mano Menezes escalou sua força máxima diante da Portuguesa, nesta quinta-feira, no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, e o Fluminense quebrou o jejum de vitórias na Taça Guanabara. Com dois gols do artilheiro Cano, o time triunfou por 3 a 1. Keno anotou o outro gol da equipe.

"Vai ser um clima de estreia, mas vamos escalar os melhores, até porque existe uma necessidade da gente buscar a vitória", justificou Mano Menezes antes do jogo e agora no comando do time, até então dirigido por Marcão e com a presença de muitos jovens e alguns poucos profissionais. Entre as novidades nesta quinta, o estreante volante Hércules, ex-Fortaleza.

Com a primeira vitória, o Fluminense subiu para cinco pontos, no sétimo lugar. A Portuguesa, com seis, ocupa a quarta posição e hoje estaria nas semifinais.

Credenciados como titulares, os tricolores mostraram logo que pretendiam definir o jogo. Após uma pressão inicial, o Fluminense abriu o placar com Keno, aos 10 minutos. Serna fez a ultrapassagem pelo lado direito e cruzou para trás, para o chute em diagonal do atacante.

Ofensivo, o time de Mano Menezes ampliou aos 32, com Gérman Cano cobrando pênalti sofrido por Samuel Xavier, tocado por trás por Thomás Kayck. O artilheiro bateu forte, rasteiro e no canto. Indefensável.

A ideia do Fluminense era liquidar logo o jogo, tanto que quase ampliou com Martinelli. Mas, em alguns minutos, a história mudou, porque a Portuguesa percebeu a falta de ritmo do rival e passou a "gostar do jogo".

E diminuiu com um gol bonito e bem trabalhado. Lohan ajeitou de peito para Joãozinho, que cruzou do fundo para o complemento na área de Romarinho, ídolo do clube, aos 37. Animada, a Portuguesa quase empatou aos 43, quando Joãozinho apareceu na área para desviar o cruzamento de Lucas Mota e o goleiro Fábio fez grande defesa.

A Portuguesa voltou para o segundo tempo para aproveitar a falta de ritmo do adversário e começou com pressão no ataque. Mas o Fluminense marcou o terceiro, aos 13 minutos, após o goleiro Bruno falhar e soltar a bola nos pés de Cano, que não perdoou e empurrou a bola para o gol.

Pouco depois, Mano Menezes fez três trocas, mudando o seu ataque e poupando os titulares para as entradas de Canobbio, Kauã Elias e Riquelme Felipe. Com fôlego novo, o Fluminense não permitiu uma nova reação do adversário e festejou sua primeira vitória na temporada.

No domingo, pela quinta rodada, o Fluminense vai enfrentar o Madureira, a partir das 21 horas. No mesmo dia, porém à tarde, a Portuguesa encara o Vasco, em São Januário.

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Inflação dará espaço adicional de R$ 12 bi no Orçamento de 2025 em meio a pressão nos gastos

(FOLHAPRESS) - O aumento nos gastos com Previdência, o reajuste do salário mínimo e a incorporação de despesas não previstas inicialmente desafiam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na formatação final do Orçamento de 2025, ainda em tramitação no Congresso Nacional.

Embora medidas de contenção de gastos aprovadas pelo Legislativo abram um espaço calculado em R$ 14,4 bilhões, o Executivo precisará acomodar uma expansão de R$ 27,65 bilhões em despesas obrigatórias, o que levará a um corte de R$ 13,25 bilhões em ações de custeio e investimentos públicos na votação da LOA (Lei Orçamentária Anual).

Por outro lado, a aceleração da inflação na reta final de 2024 vai proporcionar ao governo um aumento adicional de R$ 12,44 bilhões no limite de gastos, que poderá ser incorporado ao longo de 2025, conforme previsto na lei que criou o arcabouço fiscal.

O uso do espaço extra, porém, depende de receitas suficientes para cumprir a meta fiscal, que é de déficit zero, mas permite um saldo negativo de até R$ 30,97 bilhões.

Técnicos do governo já estão debruçados sobre este balanço de ganhos e perdas no Orçamento, que será votado após a retomada dos trabalhos no Congresso, a partir de 1º de fevereiro. A avaliação preliminar é a de que, com o espaço adicional no arcabouço, o cenário ficará praticamente empatado, pois o saldo seria negativo em R$ 815 milhões.

O crédito extra é considerado essencial para reacomodar despesas discricionárias e garantir uma gordura maior para o caso de o governo precisar, depois, contingenciar recursos se a arrecadação frustrar as expectativas.

Técnicos afirmam ser importante assegurar as receitas necessárias para expandir o limite de gastos. Esse será outro desafio, dado que o Legislativo não aprovou o projeto que previa arrecadar mais R$ 21 bilhões neste ano com a maior tributação sobre empresas, e as medidas para compensar a desoneração da folha de salários das empresas não estão rendendo o esperado.

A pressão nas despesas é um problema mais imediato, dada a necessidade de adequá-las para a votação definitiva da LOA.

Embora o governo tenha sido bem-sucedido em alterar a política de valorização do salário mínimo, o que evitou uma pressão ainda maior, o Orçamento foi enviado com um piso previsto em R$ 1.509, abaixo dos R$ 1.518 que começaram a valer em 1º de janeiro.

A projeção do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que corrige os benefícios acima de um salário mínimo, também era menor. A combinação desses dois fatores elevará os gastos em R$ 9,5 bilhões.

Além disso, entre o envio da proposta orçamentária de 2025, em agosto, e o fim de 2024, a despesa previdenciária do ano passado subiu R$ 9,5 bilhões. Técnicos do governo consideram razoável pressupor que tal aumento se manterá neste exercício.

O governo ainda precisará acomodar o acordo firmado com o Congresso em torno do valor das emendas parlamentares, usadas por deputados e senadores para irrigar seus redutos eleitorais. O acerto prevê R$ 11,5 bilhões para as emendas de comissão, que não estavam programadas na proposta orçamentária inicial.

Segundo um técnico da área econômica, apenas metade desse valor (R$ 5,75 bilhões) vai pressionar de fato as despesas do Executivo, pois a outra metade ajudará a compor o piso constitucional da saúde (ou seja, haverá apenas um remanejamento interno de gastos).

Outra fonte de pressão é o Auxílio Gás, que conta com apenas R$ 600 milhões no Orçamento. O redesenho inicial da política foi criticado por economistas por promover uma triangulação de recursos fora das regras fiscais, e o governo decidiu recuar na proposta. O novo modelo deve prever um subsídio direto aos revendedores, com dinheiro do Orçamento. Para isso, será necessário incorporar até R$ 2,9 bilhões adicionais.

Do lado dos ganhos, o governo terá um alívio de R$ 4,8 bilhões nas despesas com ensino integral, que passarão a ser financiadas com recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

A prorrogação da DRU (Desvinculação de Receitas da União), aprovada pelo Congresso no fim do ano passado, vai liberar outros R$ 3,6 bilhões que estavam carimbados para fundos específicos -dos quais R$ 3,1 bilhões estavam orçados para o FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A flexibilização dos repasses da lei Aldir Blanc de incentivo à cultura deve poupar outros R$ 2 bilhões. O governo ainda prevê uma economia de R$ 4 bilhões com a revisão de benefícios do Bolsa Família e do BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Há outros elementos incertos no horizonte. O governo poderia incorporar a economia de R$ 1,8 bilhões prevista no pacote do ministro Fernando Haddad (Fazenda) por meio do corte

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Vasco supera o Madureira na estreia do time principal e desencanta no Carioca

Com Coutinho e Vegetti titulares e Fábio Carille fazendo sua estreia no comando técnico, o Vasco colocou seu time principal em campo pela primeira vez na temporada. Mais qualificada, a equipe de São Januário desencantou na Taça Guanabara ao derrotar o Madureira, por 2 a 0, nesta quinta-feira, na Arena da Amazônia, em Manaus, pela quarta rodada. O astro francês Payet entrou somente aos 30 minutos do segundo tempo.

Até então com um time misto, sem as principais peças, o Vasco empatou três jogos (Nova Iguaçu, Bangu e Boavista). Com gols de Paulinho e Vegetti, o time se manteve invicto no estadual e chegou a seis pontos, ocupando a quinta colocação. Já o Madureira é o 10º, com quatro.

O primeiro tempo foi animador para o torcedor do Vasco. O time principal mostrou poder de decisão e controle da partida. Mesmo encarando um Madureira muito defensivo, soube rodar a bola, flutuar entre as linhas e encontrar espaços. Piton teve uma chance de ouro, livre de marcação, mas isolou.

Marcando pressão, Tchê Tchê interceptou o passe e serviu Paulinho, que bateu por debaixo das pernas do goleiro para abrir o placar, aos 21 minutos. Na reta final, o Vasco sentiu a parte física e o Madureira conseguiu equilibrar as ações. Arriscando de longe, levou perigo em chute de Marcelo, que raspou a trave.

Na segunda etapa, o panorama pouco se alterou em relação ao fim do primeiro tempo. O Vasco não conseguia ter aquele ímpeto inicial e ficou refém de jogadas individuais de Coutinho. O camisa 11 deixou Vegetti na cara do gol, mas o atacante demorou para finalizar. O Madureira tampouco aproveitou as chances.

O jogo só foi ganhar emoção e levantar a torcida quando Payet entrou. Cheio de gás, o francês entrou dando trabalho para a defesa adversária, porém não conseguiu deixar sua assinatura na partida. Na reta final, o Vasco abaixou as linhas e no contra-ataque sacramentou a vitória com gol de cabeça de Vegetti.

O Vasco volta a campo no domingo, na estreia dos titulares em São Januário, diante da Portuguesa, às 21h. Mais cedo, às 16h, o Madureira encara o Fluminense, no estádio Kléber Andrade.

FICHA TÉCNICA

VASCO 2 X 0 MADUREIRA

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor, Oliveira e Lucas Piton; Jair, Tchê Tchê (Hugo Moura), Paulinho (Mateus Carvalho) e Philippe Coutinho (Payet); Alex Teixeira (Maxime Domínguez) e Vegetti. Técnico: Fábio Carille.

MADUREIRA - Mota; Celsinho, Arthur (Wellington Zarú), Jean e Caio Felipe; Matheus Lira (Lucas Paraíba), Wagninho, Wallace (Jefferson) e Marcelo; Gustavo Coutinho (Minho) e Flávio Souza (Renato Henrique). Técnico: Daniel Neri.

GOLS - Paulinho, aos 18 minutos do primeiro tempo; Vegetti, aos 50 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Paulinho, Léo Jardim e Jair (Vasco); Marcelo e Minho (Madureira).

ÁRBITRO - Júlio César de Oliveira.

RENDA - Não divulgada.

PÚBLICO - 17.240 presentes.

LOCAL - Arena da Amazônia, em Manaus (AM).

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Barroso diz não ver 'futuro nefasto' ao País e fala em potencial de crescimento e investimento

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que não vê um "futuro nefasto" para o Brasil. Na sua visão, há potencial de crescimento e atração de investimento. "O Brasil continua a ser um dos melhores destinos de investimentos do mundo", afirmou ele, no Brazil Economic Forum, promovido pelo Lide - Grupo de Líderes Empresariais, em Zurique, na Suíça.

Conforme ele, se comparar o Brasil com os outros países dos Brics como Índia, África do Sul, China e Rússia, no geral, o País tem circunstâncias "muito melhores" de estabilidade institucional, segurança jurídica, fronteiras consolidadas, uma democracia consolidada, não tem conflito religioso, é multirracial e multicultural.

Barroso também disse que o mundo vai ficar "um pouco mais complicado". Há três razões para isso: mudança climática, inteligência artificial e desprestígio global da democracia.

Na questão do clima, o negacionismo está fazendo um 'retorno triunfal', disse ele, em meio ao temor de retrocesso no tema na gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Mesmo assim, devemos continuar apegados a nossos valores. O Brasil deve continuar a agenda de transição energética e proteção de biomas e da Amazônia", sugeriu.

Sobre a inteligência artificial, Barroso defendeu a sua regulação e maiores investimentos no País em ciência, tecnologia e inovação. "Não vai haver salvação nesse mundo sem IA", avaliou.

Por fim, o ministro mencionou o desprestígio global da democracia. Na sua visão, a inclusão social continua a ser a grande causa da humanidade. "Precisamos de atenção ao populismo autoritário. Não podemos deixar de reconhecer que ele flui antes e sobretudo pelas promessas não cumpridas de prosperidade e igualdade para todos que a democracia ainda não conseguiu cumprir", concluiu.

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Cúpula da Câmara quer driblar Padilha e negociar reforma direto com Lula

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(FOLHAPRESS) - A cúpula da Câmara dos Deputados aguarda a eleição do novo comando da Casa para negociar diretamente com o presidente Lula (PT) a reforma ministerial, driblando o responsável pela articulação política, Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).

Embora Padilha tenha recebido essa atribuição de Lula, os deputados não reconhecem no ministro legitimidade para a tarefa. Essas lideranças esperam a chegada de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara para negociar com o presidente da República.

Também fizeram chegar ao Palácio do Planalto a informação de que preferem que os presidentes de partidos não sejam procurados pelo governo, para que toda a negociação seja conduzida pelo Congresso Nacional.

De acordo com relatos feito à reportagem, a cúpula da Câmara já tem um desenho do que gostaria que acontecesse na reforma, com ascensão de líderes para ministérios do petista.

Na avaliação dos deputados, esse novo desenho, que já chegou a integrantes do Planalto, daria equilíbrio na relação de forças com o Senado e garantiria a governabilidade à gestão petista. Hoje, os deputados se sentem subrepresentados na Esplanada de Lula.

Na avaliação dos deputados, esse novo desenho, que já chegou a integrantes do Planalto, daria equilíbrio na relação de forças com o Senado e garantiria a governabilidade à gestão petista. Hoje, os deputados se sentem subrepresentados na Esplanada de Lula.

Um aliado do alagoano diz que Lira cobiça a pasta da Saúde, que tem à frente Nísia Trindade, mas reconhece ser remota essa possibilidade, diante da estrutura robusta do ministério. A gestão de Nísia sofre críticas entre congressistas e integrantes do próprio governo, que cobram dela uma marca para sua gestão.

A ida para a Agricultura daria visibilidade a Lira, que pretende concorrer a uma vaga ao Senado em 2026. A cúpula da Câmara avalia que o governo ganharia com essa troca porque o congressista poderia criar pontes com o agronegócio, setor no qual ainda há resistências à gestão petista.

Além disso, ele poderia frear a postura de oposição ao governo da Frente Parlamentar da Agropecuária, uma das forças mais expressivas do Congresso, já que o presidente do grupo, Pedro Lupion (PP-PR), é aliado de Lira.

A nomeação de Lira exigiria, no entanto, mudanças em outras pastas, como a possível saída de André Fufuca (PP) do Ministério dos Esportes.

Também levaria à exoneração de Fávaro, a quem Lula é grato por seu apoio na eleição presidencial.

Além do apreço pessoal de Lula, Fávaro tem sido bem avaliado pela interlocução mantida com agronegócio. Sua saída implicaria mais mudanças além das já esperadas no espaço ocupado pelo PSD.

Uma mudança reivindicada pela cúpula da Câmara é a ida do líder do PSD, Antonio Brito (BA), para o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje chefiado pelo senador petista Wellington Dias.

Brito foi candidato à sucessão de Lira, mas acabou desistindo em novembro, após Hugo Motta conseguir apoio de um leque de partidos, indo do PT de Lula ao PL de Jair Bolsonaro. Ele era considerado o nome mais governista entre os candidatos.

Desde o fim do ano passado, a bancada do PSD na Câmara indicou ao Executivo que não se sente atendida com o Ministério da Pesca, chefiado pelo ex-deputado André de Paula.

Na avaliação dos deputados, a ida de Brito para a pasta de Desenvolvimento Social, que tem sob seu guarda-chuva programas como Bolsa Família, daria grande visibilidade à bancada e traria ganhos políticos à Câmara como um todo, já que o congressista circula bem em diversos partidos na Casa.

Ainda que mantenham boa relação com Brito, petistas resistem à nomeação de um nome de outro partido para a pasta, cujas ações são identificadas com a agenda do PT.

Outro petista na mira dos deputados é o próprio Padilha. Seu cargo é reivindicado para o líder da bancada do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL). Isnaldo é da ala lulista do MDB, tem bom trânsito com deputados e senadores e é um dos congressistas mais próximos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Além disso, é um aliado de primeira hora de Hugo Motta e mantém boa relação com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), favorito para assumir o comando do Senado a partir de fevereiro.

A indicação de seu nome esbarra no fato de o MDB já contar com três ministérios, ocupados por Renan Filho (Transportes), Jader Filho (Cidades) e Simone Tebet (Planejamento). Seria mais um integrante do partido a ocupar uma pasta, sendo alagoano como Renan Filho.

Nesse desenho, não está prevista movimentação do atual líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), para um ministério. Ele também foi candidato à presidência da Casa, chegou a ser considerado o favorito para ter apoio de Lira na disputa, mas foi preterido –e, desde então, rompeu com o alagoano, com quem mant

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Juíza condena 8 por plano do PCC de ataque a Moro, e senador diz que falta descobrir mandante

(FOLHAPRESS) - A Justiça Federal no Paraná condenou oito pessoas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-juiz federal na Lava Jato.

A sentença, com 241 páginas, foi assinada na terça-feira (21) pela juíza substituta Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito de uma ação penal ligada à Operação Sequaz, deflagrada em março de 2023 pela Polícia Federal.

Em uma publicação em uma rede social nesta quinta-feira (23), Moro divulgou trecho da sentença, agradeceu as autoridades envolvidas na operação e afirmou que "falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo".

"Solicitarei providências nesse sentido ao ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado", escreveu.

A denúncia do Ministério Público Federal foi acolhida pela Justiça Federal em maio de 2023. Entre os 13 denunciados, três foram absolvidos e outros dois morreram na prisão.

Segundo o MPF, nas trocas de mensagens entre os denunciados, Moro era chamado de "Tokio" e o código para a palavra "sequestro" era "flamengo".

Os investigadores iniciaram a apuração com base em depoimento de um ex-integrante do PCC que se transformou em testemunha protegida da Justiça de São Paulo. Foi ele quem relatou o plano de sequestro de Moro, posteriormente levado para os investigadores da PF.

De acordo com a denúncia do MPF, o plano de sequestro teve relação com medidas adotadas por Moro na época em que ele era ministro da Justiça, como "a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital para presídios federais de segurança máxima, bem como a proibição de visitas íntimas nesses presídios, para evitar a transmissão de ordens da alta hierarquia".

Na sentença, a juíza cita que a facção criminosa pretendia barganhar a soltura ou a devolução do principal chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, ao sistema penitenciário paulista.

Marcola foi transferido de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia. Em 2024, retornou para a capital federal.

O grupo teria começado a organizar o plano de sequestro em maio de 2022. As investigações apontaram que integrantes do PCC monitoraram locais que Moro frequentava. Um dos endereços foi o clube em Curitiba onde o hoje senador vota -o sequestro ocorreria na data do segundo turno das eleições de 2022.

Segundo o MPF, os criminosos não atingiram o resultado pretendido "por circunstâncias alheias às vontades dos integrantes da referida organização, especificamente em razão da descoberta de fraude na locação do apartamento localizado em Curitiba, e ao aviso de que tal fato seria comunicado à polícia".

O réu Janeferson Aparecido Mariano Gomes, que era apontado pelo MPF como líder do grupo denunciado, foi assassinado em junho passado. Na sentença, a juíza informa que ele foi morto por outros membros do PCC dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.

Ela acrescenta que a principal hipótese é de que o réu foi morto justamente por ter falhado no plano de sequestro. Outro réu preso também foi assassinado pelo PCC, Reginaldo de Oliveira de Sousa.

De acordo com o MPF, Janeferson pertencia a uma célula restrita do PCC, chamada de "Sintonia Restrita". A subdivisão seria responsável por executar ações contra agentes de segurança, membros do Judiciário e políticos.

No ano passado, no depoimento que chegou a prestar à Justiça Federal, Janeferson disse que foi a Curitiba para fazer um protesto político e que os fatos narrados na denúncia não eram verdadeiros.

Todos os demais réus também negaram as acusações em seus depoimentos: Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa, Herick da Silva Soares, Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, Aline Arndt Ferri, Aline de Lima Paixão, Oscalina Lima Graciote e Hemilly Adriane Mathias Abrantes.

Entre os réus, a maior pena chega a quase 15 anos de reclusão. Os oito foram condenados pelos crimes de organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro, exceto Hemilly, condenada apenas por organização criminosa. Ela e as outras quatro mulheres condenadas podem recorrer em liberdade.

"O conjunto probatório constante nos autos demonstra, de forma inequívoca, que a organização criminosa mantinha uma estrutura logística na cidade de Curitiba, sustentada pelo aluguel de imóveis utilizados como bases de apoio (...) para viabilizar o planejamento e a execução do crime", escreve a juíza.

Outros três réus foram absolvidos: Sidney Rodrigo Aparecido

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José Mourinho detona arbitragem na Liga Europa: "Aquilo parecia UFC"

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Após o empate entre Fenerbahçe e Olympique Lyon (0 a 0), nesta quinta-feira, o técnico José Mourinho manifestou sua insatisfação com a arbitragem, destacando lances polêmicos que, segundo ele, prejudicaram sua equipe na busca pela classificação para os playoffs da Liga Europa.

Segundo Mourinho, dois cartões vermelhos deveriam ter sido aplicados ao jogador Saël Kumbedi, do Lyon. "A jogada de Kumbedi contra Szymanski é um cartão vermelho claro. O árbitro errou na decisão, e o VAR não corrigiu", afirmou o técnico português.

O treinador também mencionou outro lance envolvendo Kumbedi, em que o jogador teria agarrado Szymanski pela garganta para impedir um ataque. "Foi algo que parecia uma cena de UFC. Ele derrubou Szymanski, e ainda assim o árbitro não deu sequer um amarelo, que seria suficiente para expulsá-lo", criticou Mourinho.

Mourinho reforçou sua indignação com a falta de intervenção do VAR. "O VAR está ali para ajudar. Erros do árbitro podem acontecer, mas, nesse caso, o VAR deveria ter intervido", declarou. Apesar disso, ele demonstrou otimismo. "Ainda acredito que o empate será suficiente para garantir o avanço ao playoff", concluiu o treinador.

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Cerca de 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos

Cerca de 47 milhões de trabalhadores estão na informalidade ou devendo impostos, no caso dos microempreendedores individuais (MEI).
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria da Receita Federal.

A mudança no formato de fiscalização do PIX e dos cartões de crédito pela Receita Federal, anunciada no começo deste ano, e depois revogada pelo governo federal diante da repercussão negativa e da divulgação de informações falsas (de que a movimentação financeira seria taxada), gerou tensão entre os empreendedores.

O temor era de que, em posse de informações mais detalhadas sobre sua movimentação financeira, os contribuintes fossem chamados pela Receita Federal para dar explicações, ou para pagar impostos devidos. O chefe do Fisco negou que esse fosse o objetivo do órgão

Veja as informações sobre informais e inadimplentes:

Dados do IBGE apontam que, em novembro do ano passado (última informação disponível), havia 40,3 milhões de trabalhadores na informalidade, o equivalente a 38,7% da população ocupada.

De acordo com a Receita Federal, havia, em setembro de 2024 (último dado divulgado), 16,17 milhões de microempreendedores individuais no país, dos quais 6,78 milhões estavam inadimplentes no pagamento dos impostos ao governo, estados e municípios.

Segundo o economista sênior e gerente de projetos sobre o mercado de trabalho na LCA Consultores, Cosmo de Donato Junior, o número de trabalhadores informais sempre foi alto no Brasil por conta de disparidades regionais grandes. Isso porque as regiões menos desenvolvidas (como o Norte e Nordeste) apresentam oportunidades menores de trabalho com carteira assinada pela falta de qualificação.

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