Suspeito de integrar grupo criminoso que obteve mais de 239 milhões de chaves Pix é preso na Grande Natal
O ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes, 64 anos, executado a tiros na noite desta segunda-feira (15/9), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, ficou conhecido pelo enfrentamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que o considerava como um dos seus maiores inimigos.
Após iniciar a carreira na polícia no interior paulista, o delegado Ruy Ferraz Fontes atuou no Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e Departamento de Narcóticos (Denarc), até chegar à 5ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Furtos e Roubos a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) — e passou a investigar as atividades do PCC.
Naquela época — era o início da década de 2000 –, a facção criminosa era pouco conhecida — e tinha a existência ainda negada oficialmente por autoridades do governo estadual. Anos depois, em 2006, uma série de ataques a bases policiais, órgãos de governo, postos de gasolina e comércios — todos planejados e executados pela facção em uma clara tentativa de demonstrar força no enfrentamento ao poder público –, aterrorizou a população paulista.
“Um dos melhores Delegados-Gerais que conheci, Ruy foi executado covardemente hoje por criminosos, após uma trajetória marcada pelo combate firme e incessante ao PCC, impondo enormes prejuízos ao crime organizado”, destacou Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, diretora da Academia dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil), declaração que corrobora o trabalho investigativo de Fontes para desarticular o PCC.
No entanto, a atuação combativa também colocou um alvo em suas costas. Ele foi jurado de morte por Marco William Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, em 2019, após o criminoso ser transferido para o sistema penitenciário federal.
Por isso, a cúpula da Segurança Pública de SP (SSP) trata o crime como vingança. “Isso aí certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção”, disse o secretário-executivo da pasta, Osvaldo Nico Gonçalves, ao Metrópoles.
Após o assassinato, diversas autoridades se deslocaram para a Baixada Santista, como o atual delegado-geral, Artur Dian.
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), Valmor Racorti, disse que pelo menos 100 homens de batalhões especializados estão sendo enviados para a região para fazer buscas contra os autores do atentado.
Metrópoles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal explique por que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi levado imediatamente de volta à prisão domiciliar ao deixar o Hospital DF Star após passar por procedimento médico no domingo (14).
Bolsonaro saiu do hospital perto das 14h. Antes de entrar no carro que o levaria para casa, ele passou cerca de cinco minutos em pé na entrada do hospital enquanto seus apoiadores se manifestavam. O ex-presidente estava acompanhado dos vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).
Moraes mandou a Polícia Penal do DF, responsável por monitorar Bolsonaro na prisão domiciliar, apresentar um “relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”.
O secretário de Estado de Administração Penitenciária do DF, Wenderson Souza e Teles, e o coordenador da Polícia Penal do DF já foram intimados pela Corte. Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) são investigados pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O inquérito foi aberto para apurar a atuação de Eduardo nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que Bolsonaro seria o principal beneficiado pelas ações do filho. No último dia 11, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente, por maioria, a 27 anos e 3 meses de prisão por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que o país irá responder “na próxima semana ou algo assim” à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes contra a democracia. Em entrevista ao canal norte-americano Fox News, Rubio afirmou, ainda, que “o Estado de Direito está se desintegrando” após a decisão do STF.
“Temos esses juízes ativistas – um em particular – que não só perseguiu Bolsonaro, aliás, ele tentou – ele tentou realizar reivindicações extraterritoriais contra cidadãos americanos ou contra alguém que postasse online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido. Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso”, declarou o secretário.
A morte de Charlie Kirk me atingiu de uma forma inesperada. Confesso: eu não o conhecia, ouvi seu nome pela primeira vez no vídeo brutal de seu assassinato. A cena me causou repulsa imediata: um homem, de peito aberto, em pleno debate de ideias, é covardemente assassinado. O ato em si, a frieza do ataque, já era chocante. No entanto, o que veio depois, a forma como a imprensa noticiou o fato, me chocou ainda mais profundamente.
Manchetes como “Influenciador radical de extrema direita é baleado” ou “Extremista envolvido na invasão do Capitólio baleado” inundaram as mídias. Era como se o “radical” e o “extremista” fossem a vítima — e não o autor do disparo. Mais curioso ainda: a palavra “assassinato” não apareceu nas reportagens.
Aos poucos, percebi o motivo dessa notícia me abalar tanto. Ao ver vídeos de Kirk com sua família, professando sua fé e defendendo suas ideias, entendi que o tiro nele, de certa forma, foi um tiro em todos nós. Somos todos Charlie Kirk. Se você defende ideias conservadoras, você é Charlie Kirk. Se você é cristão ou judeu, você é Charlie Kirk. Somos todos Charlie Kirk quando buscamos o diálogo com pessoas de espectros políticos diferentes, quando ousamos ir a universidades repletas de militantes de esquerda, debater ideias de forma honesta e respeitosa, com a convicção de que o debate livre e honesto é a base de uma sociedade saudável. Por mais moderadas que sejam nossas ideias e posições, para a grande mídia, somos todos “radicais de extrema direita” por defender a liberdade de expressão, por acreditar nos valores de Deus, pátria, família, vida e liberdade.
Eu sou Charlie Kirk quando cultivo amizades à direita, à esquerda e ao centro, conversando com todos, respeitando ideias das quais discordo. Porque acredito que o debate livre e honesto é o caminho para o progresso da sociedade. Por isso, sua morte me atingiu tão fundo. Charlie Kirk foi assassinado de forma covarde. Mas, de certa maneira, todos nós fomos baleados com ele. Para os progressistas de esquerda — que a mídia nunca chama de radicais — nós somos Charlie Kirk.
Essa morte me atingiu fundo porque, aos olhos de muitos, a vítima não foi um homem, mas sim uma ideologia. A morte de Charlie Kirk não foi vista como uma tragédia humana, mas como um incidente político, quase como se o rótulo que lhe impuseram justificasse o ódio e a violência. E é aqui que reside o perigo: quando nos acostumamos a desumanizar o outro por suas crenças, estamos pavimentando o caminho para a violência.
E me pergunto: qual teria sido a manchete se a vítima fosse eu? Não é difícil prever, e deixo ao leitor a resposta. Influenciadores de esquerda que pregam “amor” fariam piadas, artistas dariam aquele sorriso maroto de satisfação, e o principal telejornal do país diria que “a violência política precisa acabar” — apenas para, logo em seguida, continuar a nos desumanizar. Minha família choraria minha ausência, enquanto abutres da mídia tentariam difamar minha memória, fingindo não ter responsabilidade no crescimento da violência contra conservadores, cristãos e judeus.
A verdade é clara: o que a mídia chama, de forma covarde, de “violência política” é, na realidade, a violência praticada por grupos progressistas contra conservadores, cristãos e judeus — sempre com o apoio da grande imprensa e de intelectuais engajados em nos rotular como “radicais de extrema direita”, “ultraconservadores” e termos semelhantes. Essa rotulagem não é inocente: serve para justificar, no presente, a narrativa que legitimará a violência contra nós no futuro.
Adolfo Sachsida - Gazeta do Povo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para indicar mais dois ministros ao Superior Tribunal Militar (STM) até o fim deste ano. Essas nomeações ganharam destaque por ocorrerem em meio ao processo que poderá resultar na perda de patente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros oficiais de alta patente das Forças Armadas, todos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Com a aposentadoria compulsória dos ministros Marco Antônio de Farias (em outubro) e Odilson Sampaio Benzi (em novembro), que completam 75 anos nos respectivos meses, Lula terá a chance de indicar quatro nomes ao STM em seu atual mandato. Outros dois já foram escolhidos anteriormente: o general Guido Amin Naves e a advogada Verônica Sterman. O STM é composto por 15 ministros, sendo:
Após o trânsito em julgado das sentenças no STF, o STM será responsável por decidir se os seguintes condenados devem perder suas patentes:
Segundo o jornal O Globo, a expectativa é que esses julgamentos só ocorram após a posse dos novos ministros indicados por Lula.
O STM afirmou que não reavaliará as condenações de Bolsonaro e demais réus do núcleo 1 no STF, mas apenas a idoneidade do oficial para manter sua patente. Segundo o tribunal, a perda do posto só pode ocorrer após provocação do Ministério Público Militar (MPM), sendo vedada a atuação de ofício.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é o único entre os condenados que não será julgado pelo STM, pois sua pena foi de exatos dois anos em regime aberto — o limite legal que exige a análise da perda de patente pela Corte.
Cid, no entanto, pediu para ir para a reserva e poderá ter sua situação analisada por meio de processo administrativo no Conselho de Justificação do Exército, fora da alçada do STM. Segundo sua defesa, ele “não tem mais condições psicológicas” de continuar como militar.
A legislação determina que militares condenados a mais de dois anos de prisão, com sentença definitiva, podem perder a patente por “indignidade ou incompatibilidade com o oficialato”. O julgamento é feito pelo plenário do STM com base na Constituição, Código Penal Militar e Estatuto dos Militares.
Segundo o STM, a execução da perda de patente ocorre na esfera administrativa, sob responsabilidade da Força à qual o oficial pertence – Marinha, Exército ou Aeronáutica.
O julgamento de dois ex-comandantes das Forças Armadas e de um ex-presidente da República por perda de patente militar será sem precedentes na história do Brasil.
Esta não será a primeira vez que Jair Bolsonaro enfrenta o STM. Nos anos 1980, ainda como capitão da ativa, foi julgado após um artigo publicado na revista Veja e suspeitas de envolvimento em planos de explosão de bombas em quartéis. Na ocasião, foi absolvido por 9 votos a 4. Pouco tempo depois, deixou o Exército e iniciou sua carreira política.