Castro justifica operação que matou 120 do Comando Vermelho ao STF: “Foi necessária”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, saiu em defesa da Operação Contenção, ação policial que deixou mais de 120 mortos na semana passada. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a intervenção foi necessária diante das barricadas montadas por criminosos do Comando Vermelho (CV) perto de escolas e postos de saúde.

A audiência entre Castro e o ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas, aconteceu nesta segunda-feira (3), no Rio. O governador explicou que os confrontos foram concentrados em áreas de mata para evitar tiroteios próximos a áreas residenciais e proteger a população.

Segundo Castro, o Estado precisou agir contra uma facção de “perfil narcoterrorista”, exercendo o que chamou de “poder-dever de proteção da sociedade”. Para ele, a operação respeitou o Estado de Direito, a legalidade e a defesa da vida, ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso das forças de segurança com a transparência e os direitos humanos.

A declaração de Castro reforça a postura firme de seu governo no enfrentamento do crime organizado no Rio, em contraste com a visão de setores críticos que questionam operações de grande impacto. Para o governador, medidas duras são a única saída para conter a escalada de violência nas comunidades dominadas pelo CV.

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LUXO E ESCANDÂLO: Lula troca navio da Marinha por iate de empresário enrolado com crime eleitoral

O presidente Lula ignorou barcos da Marinha e preferiu se hospedar na COP30 em Belém num iate de luxo alugado a um empresário amazonense com histórico de escândalos. O Radar, da Veja, revelou que o petista se queixou da “falta de estrutura” das embarcações militares e acabou optando pelo Iana 3, localizado em Manaus, pertencente a Iomar Oliveira.

O iate já é conhecido no Amazonas e tem histórico controverso: esteve envolvido em denúncias de crimes eleitorais e chegou a ser revistado pela polícia. Em 2021, durante ação do governo estadual, o Iana 3 foi flagrado descarregando cestas básicas em Coari, em meio a suspeitas de uso do material para comércio ilegal de votos.

A escolha do luxo não é novidade. O aluguel de embarcações da família Oliveira para políticos amazonenses já provocou revolta por ostentação financiada com dinheiro público. O Iana 2, por exemplo, serve atualmente ao governador Wilson Lima, enquanto o Iana 3 foi acionado para atender à comitiva de Lula na COP30. O custo do iate para o evento ultrapassou R$ 450 mil, e os detalhes da negociação permanecem secretos.

A operação, além de mostrar a predileção do presidente por conforto, reforça o histórico de políticos de esquerda priorizando luxo e privilégios, enquanto recursos públicos poderiam ser aplicados em serviços essenciais. No Amazonas, contratos milionários com a família Oliveira já levantaram suspeitas sobre favorecimento e interesses cruzados com outros negócios, como a venda da Amazonas Energia à Âmbar, do grupo J&F.

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Tarcísio defende que PCC seja classificado como grupo terrorista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a defender que o Primeiro Comando da Capital (PCC) seja classificado como grupo terrorista.

Em entrevista coletiva em Mirandópolis, no interior paulista, o governador afirmou que a facção “se impõe pelo terror” e tenta “se sobrepor ao Estado”.

“A grande vantagem disso é o endurecimento de penas, a dificuldade de acesso a determinados benefícios de progressão, a questão da insuscetibilidade de graça e indulto, da imprescritibilidade. Acho que a gente precisa aumentar o custo do crime. Quando se fala em classificar esses grupos como terroristas, se está falando de fato de endurecer, aumentar o custo do crime”, afirmou o governador neste sábado, 1º.

Tarcísio citou os ataques de 2006, quando a facção promoveu rebeliões e atentados contra agentes públicos em São Paulo, como exemplo de terrorismo.

“Um grupo que coloca barricada na entrada de uma comunidade, que impõe o terror, que queima ônibus e domina um território afastando a política pública do cidadão precisa ser classificado como terrorista.”

Projeto de lei

A proposta de equiparar facções criminosas a grupos terroristas ganhou força entre governadores e parlamentares da oposição após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos na última terça-feira, 28.

O secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite (PP), deve reassumir o mandato na Câmara dos Deputados para relatar o projeto de lei que prevê essa mudança.

O texto, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), altera a Lei Antiterrorismo de 2016 para incluir organizações criminosas e milícias privadas que pratiquem atos de terrorismo.

Tarcísio já havia defendido o projeto na quinta-feira, 30, durante reunião virtual com outros governadores.

“Não vai haver país forte quando o crime organizado está governando. Mudanças na legislação são fundamentais para endurecer penas e aumentar o custo do crime”, afirmou na ocasião.

O Antagonista

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MPF denuncia advogado por chamar Lula de “ex-presidiário” nas redes sociais

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o advogado pernambucano Thomas Crisóstomo por suposto crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após publicações críticas nas redes sociais. A investigação foi aberta após um pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, à Polícia Federal.

Em 2023, Crisóstomo afirmou em seu perfil do X que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) havia se tornado um cabide de emprego “para mulher do ex-presidiário”, em referência à primeira-dama, Janja Lula da Silva. "Bolsonaro não privatizou a EBC para fazer cabide de emprego e agora ela virou cabide de emprego para mulher do ex-presidiário Lula", dizia o post.

À Gazeta do Povo, o advogado disse ver a ação como uma forma de censura a críticas feitas por “pessoas comuns” contra o governo nas redes sociais. “Até porque meu alcance nas redes sempre foi muito pequeno”, destacou. A denúncia foi apresentada em outubro e tramita na Justiça Federal de Pernambuco. Crisóstomo relatou que aguarda ser intimado para apresentar sua defesa no processo.

No documento, a procuradora Polireda Medeiros afirmou que o suposto delito foi consumado quando o presidente soube dos “comentários desonrosos”, o que ocorreu a partir de um ofício encaminhado pelo MPF ao Ministério da Justiça.

Em seguida, o ministro Ricardo Lewandowski pediu à Polícia Federal que investigasse se o advogado havia cometido crimes contra a honra do presidente. Procurada pela Gazeta do Povo, a pasta disse que não pode se manifestar porque os inquéritos policiais correm em sigilo.

Segundo Crisóstomo, a própria PF “concluiu que não houve crime, mas o MPF ainda assim fez a denúncia”. Ele foi ouvido e confirmou ser o responsável pelo perfil onde a mensagem foi veiculada, mas afirmou que não teve o propósito de ofender, argumentando que apenas veiculou fatos públicos, notórios e verídicos a respeito do presidente.

“Não é possível que as pessoas possam ser perseguidas penalmente por criticar políticos”, acrescentou o advogado, que rejeitou a proposta do MPF para firmar um acordo de não persecução penal (ANPP).

O MPF imputa a Crisóstomo a prática do crime de injúria, com os agravantes de ter sido divulgado em redes sociais e devido à vítima ser o presidente da República. A procuradora argumenta que atribuir a alguém a qualidade de “ex-presidiário” ofende a honra subjetiva da vítima, repercutindo em sua autoestima.

Segundo ela, a liberdade de expressão não protege manifestações ofensivas a terceiros ou falsas. O MPF pede a condenação do advogado e que a Justiça Federal fixe um valor mínimo de indenização por danos morais. Em 2018, Lula foi preso após ser condenado em segunda instância no âmbito da Operação Lava Jato. Ele foi solto após 580 dias de prisão, em 8 de novembro de 2019.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, a primeira instância da Lava Jato, para julgar processos que envolviam o petista, anulando a validade de todas as provas.

A Corte não analisou o mérito das ações contra Lula, mas determinou que elas deveriam começar do zero na Justiça Federal do Distrito Federal, o que não ocorreu, pois os processos sobre o tríplex e sítio de Atibaia prescreveram.

O MPF também mencionou na denúncia publicações do advogado com críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, hoje aposentado da Corte. Nos posts, Crisóstomo afirmou que o “Min. Cabeça de Ovo tem promovido censura”, em referência a Moraes, disse que “Barroso é uma excrescência do Judiciário”.

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PESQUISA DATAFOLHA: Operação mais letal foi sucesso para 57% dos moradores do Rio

A operação policial que deixou 121 mortos na última terça-feira (28) foi aprovada por 57% dos moradores da capital e da região metropolitana do Rio, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (31). Outros 39% desaprovaram a ação.

Entre os entrevistados, 38% consideraram a operação totalmente bem-sucedida e 18% aprovaram parcialmente. Já 27% discordaram totalmente da ação e 12% parcialmente.

A aprovação foi maior entre os homens (68%) do que entre as mulheres (47%). A classe média (renda entre 5 e 10 salários mínimos) e os jovens de 16 a 24 anos foram os grupos mais críticos, com 49% e 59% de reprovação, respectivamente.

Entre os fluminenses, 48% avaliaram a operação como bem executada, 21% apontaram falhas e 24% a reprovaram. 7% não souberam responder. Entre pessoas negras, 43% disseram que a ação foi mal conduzida.

Sobre as mortes, 50% acreditam que a maioria dos mortos era de criminosos, enquanto 31% dizem que todos eram bandidos. Apenas 4% acham que a minoria era inocente e 1% que todos eram inocentes. O governo afirma que 78 dos 119 suspeitos mortos tinham passagem pela polícia, e apenas seis tinham mandado de prisão.

A pesquisa também revelou que 51% dos entrevistados concordam com a frase “bandido bom é bandido morto”, enquanto 46% discordam. Mesmo assim, 77% defendem que é mais importante investigar crimes do que matar criminosos — apenas 20% preferem o confronto.

A avaliação da operação se divide fortemente por viés político: 83% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) consideram a ação um sucesso, contra 67% dos eleitores de Lula (PT) que a desaprovam.

O Datafolha aponta que a operação reforçou o debate sobre segurança pública e evidenciou a polarização política no estado, onde Bolsonaro obteve 56,5% dos votos no segundo turno de 2022 e Cláudio Castro (PL) foi reeleito com 58,7% no primeiro turno. O levantamento, feito por telefone com 626 eleitores, tem margem de erro de 4 pontos percentuais.

Com informações de Folha de S. Paulo

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Cearense de 120 anos pode ser reconhecida como a pessoa mais velha do mundo

A cearense Maria Alves Rocha, nascida em 1905 e moradora de Itapajé (a 130 km de Fortaleza), pode ser reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, aos 120 anos.

A descoberta ocorreu durante uma campanha social promovida pelo advogado Cid Lira Braga, que buscava os moradores mais idosos de Itapajé e Itapipoca. Segundo ele, os familiares de Maria o procuraram para informar a idade da idosa, inicialmente recebida com surpresa.

O Guinness World Records já recebeu a documentação oficial e pediu três meses para analisar o caso. Atualmente, o recorde pertence à inglesa Ethel Caterham, de 116 anos.

O Brasil já figura no ranking masculino com outro cearense, João Marinho Neto, de 112 anos, morador de Apuiarés.

De acordo com o neto de Dona Maria, Mardonio Vasconcelos Sousa, o segredo da longevidade da avó está na fé em Deus. Ele afirma que a família vive um “misto de orgulho e gratidão” diante da possibilidade de reconhecimento.

A Prefeitura de Itapajé deve montar uma força-tarefa neste sábado (1º) para verificar a autenticidade dos documentos.

Com informações de O Povo

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Facções criminoras expulsam 219 famílias de suas casas no Ceará entre 2024 e 2025; Fortaleza registrou ocorrências em 49 bairros

Entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) registrou 219 casos de expulsões de moradores por facções criminosas em todo o Ceará.

Os dados constam em um relatório do Núcleo de Inteligência Policial (Nuip), vinculado ao Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil. É a primeira vez que o Estado divulga um levantamento oficial sobre o tema.

Disputa por território e controle do tráfico

O relatório aponta que o aumento das expulsões está ligado à disputa entre facções, principalmente entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP), que recentemente incorporou a facção cearense Guardiões do Estado (GDE).

Esses grupos buscam o controle territorial para dominar o tráfico de drogas e a cobrança de “pedágios” a comerciantes. Em setembro, o CV e o TCP chegaram a comemorar avanços em áreas como Vicente Pinzón e Lagamar, com foguetórios na Região Metropolitana de Fortaleza.

Impactos sociais

As expulsões têm provocado mudanças bruscas na vida das famílias, com interrupção de aulas, dificuldade de acesso a serviços públicos e queda no comércio local.

Segundo o DRCO, as comunidades afetadas passam a enfrentar medo constante, isolamento e desestruturação social, enquanto áreas esvaziadas se tornam mais difíceis de fiscalizar pela polícia.

Fortaleza concentra a maioria dos casos; capital teve 143 registros, espalhados por 49 dos 121 bairos da cidade.

Veja números:

Os bairros com mais expulsões foram:

  • Ancuri – 16 casos

  • José Walter – 16

  • Vicente Pinzón – 15

  • Jangurussu – 8

  • Barra do Ceará – 7

  • Papicu – 7

  • Canindezinho – 6

Outros bairros da cidade também tiveram registros pontuais, segundo o relatório.

Cidades da Região Metropolitana e Interior

Depois de Fortaleza, os municípios com mais casos são:

  • Maranguape – 18

  • Maracanaú – 16

  • Caucaia – 15

  • Sobral – 7

  • Pacatuba – 2

  • Quixadá – 2

  • Cascavel – 1

Com informações de O Povo

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“QG” do CV: Complexos do Alemão e Penha distribuem 10 toneladas de drogas por mês

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que os Complexos do Alemão e da Penha funcionam como quartéis-generais do Comando Vermelho (CV), responsáveis por distribuir cerca de 10 toneladas de drogas por mês. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (31), após a megaoperação de terça (28) — a mais letal da história do estado, com 121 mortos.

Segundo a corporação, as comunidades servem como centros de comando, tomada de decisão e treinamento tático da facção. Integrantes recebiam instruções de armamento, tiro, uso de explosivos e táticas de combate nesses locais.

Distribuição de drogas e armas

A polícia aponta que o Alemão e a Penha também são polos de abastecimento de drogas e armamentos, responsáveis pela entrega mensal de cerca de 50 fuzis a outras áreas controladas pelo CV.

O levantamento identificou que 24 comunidades do Rio são abastecidas pelos complexos — entre elas:

  • Complexo do Salgueiro (São Gonçalo)

  • Rocinha

  • Complexo da Maré

  • Jacarezinho

  • Complexo do Lins

Durante a operação, foram apreendidos 100 fuzis, incluindo armas de uso militar e equipamentos de guerra modernos.

Escalada bélica e tecnológica

O Comando Vermelho tem aprimorado seu arsenal de guerra, usando armas de fabricação europeia, drones e roupas camufladas. Entre os 91 fuzis apreendidos, havia modelos da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil, de calibres 5.56 e 7.62, muitos montados a partir de peças compradas legalmente pela internet.

De acordo com o ex-capitão do Bope Paulo Storani, o CV tem acesso a fuzis G3, AK-47 e FAL, usados por forças armadas de países da América do Sul e Europa.

Drones usados em ataques e vigilância

Durante a megaoperação, criminosos usaram drones para lançar granadas contra policiais e monitorar as ações das forças de segurança.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a compra e o uso dos equipamentos eram coordenados por Carlos “Gardenal”, integrante do CV. Em mensagens interceptadas, ele e outro suspeito, “Grandão”, discutem a aquisição de drones de alta tecnologia para vigilância noturna. “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”, escreveu Gardenal em uma das conversas.

Com informações de CNN Brasil

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Flamengo empata com Racing e garante vaga na final da Libertadores 2025

O Flamengo está na final da Libertadores 2025. Na noite desta quarta-feira (29/10), o Rubro-Negro segurou um empate em 0 x 0 contra o Racing, na Argentina, e confirmou a classificação para a decisão da competição. O resultado se somou à vitória por 1 x 0 no jogo de ida, no Maracanã, garantindo ao time carioca a quinta presença em uma final do torneio.

O confronto começou com pressão do Racing, que tentou se aproveitar do apoio da torcida e tomar a iniciativa do jogo. Mas o Flamengo se manteve firme e confortável em campo, controlando a posse de bola e criando as melhores chances nos minutos iniciais. Próximo do intervalo, os argentinos passaram a explorar lançamentos na área, equilibrando as ações.

No segundo tempo, a partida ficou marcada por cartões e tensão. Aos 10 minutos, Gonzalo Plata recebeu cartão vermelho direto após agressão a Marcos Rojo, dando vantagem numérica ao Flamengo. O Racing dominou boa parte do jogo, mas não conseguiu furar a defesa brasileira. Mais tarde, um lance envolvendo Léo Ortiz quase resultou em expulsão, mas o VAR corrigiu a decisão do árbitro.

Com o placar zerado, a partida se transformou em ataque contra defesa, e o goleiro Rossi brilhou, segurando o empate até o apito final. Agora, o Flamengo aguarda o vencedor do duelo Palmeiras x LDU para conhecer seu adversário na final, que será disputada no dia 29 de novembro, no Estádio Monumental U, em Lima, no Peru.

Com informações do Metrópoles

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MARIO SABINO: Megaoperação no Rio: Lula é o mais perdido em meio ao tiroteio

Por Mario Sabino – Metrópoles

Lula está perdido em meio ao tiroteio. Não sabe como se posicionar em relação à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que causou a morte de 121 pessoas, quatro delas policiais. As cenas, ontem, variaram do simplesmente patético ao esta noite se improvisa.

Vamos ao patético. Ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, disse em entrevista coletiva que foi informado com antecedência sobre a megaoperação a ser conduzida pela polícia fluminense e que não quis que a PF participasse dela.

Como Ricardo Lewandowski já havia dito que o governo federal não sabia de nada, Andrei Rodrigues foi interrompido pelo ministro, que tentou emendar mal e porcamente o soneto diante das câmeras. Péssimo.

Lula despachou, então, ministro e séquito para uma reunião com o governador Cláudio Castro, no Rio de Janeiro. Depois da conversa, decidiu-se que seria criado um “escritório emergencial” com o objetivo de integrar as esferas estadual e federal para combater o crime organizado no estado. Tenta-se, assim, neutralizar as acusações feitas ao Palácio do Planalto de ausência em relação ao crônico problema de segurança no Rio de Janeiro. Esta noite se improvisa.

Ato contínuo, o presidente da República correu para sancionar a lei que endurece o combate às facções criminosas, aprovada havia quase um mês no Congresso.

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