Influenciadora estimula assassinato de aliados de Bolsonaro e deve perder visto nos EUA

A influenciadora Juliana Rosa, conhecida como “Juju dos Teclados”, deve perder o visto americano após um vídeo publicado nesta terça-feira (16) em que debocha do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk e estimula que seguidores façam o mesmo com figuras alinhadas à direita no Brasil. Juliana está, atualmente, em Nova York.

Após repercussão do caso nas redes sociais, o vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, comentou "El Quitavisas" – expressão em espanhol que, de forma literal, significa algo como “o que tira os vistos” – em uma publicação que denunciava o vídeo. No sábado (14), Landau já havia anunciado a revogação do visto americano do médico brasileiro que comemorou a morte de Charlie Kirk.

Mas no caso do vídeo de “Juju dos Teclados”, as falas são ainda mais graves. Ela inicia dizendo que a morte de Kirk é “muito bonita e poética” e pede “justiça por Tyler Robinson”, o homem de 22 anos acusado de matar o conservador.

Em seguida ela diz, ironicamente, que Tyler “entrou na trend [tendência]” do assassinato de figuras públicas, citando a semelhança com o atirador que, em dezembro de 2024, matou Brian Thompson, CEO de uma empresa norte-americana de seguros de saúde.

Naquele caso, o assassino Luigi Mangione deixou mensagens nas cápsulas dos cartuchos. O mesmo foi feito por Robinson, que inscreveu frases como “Pega essa, fascista” nas cápsulas usadas para matar Charlie Kirk.

“Já que a gente gosta tanto de imitar os EUA, por que a gente não pega essa moda, que combina super bem com bilionários, fascistas, políticos que só falam merda na internet e fazem tudo para f**** o trabalhador?”, disse “Juju dos Teclados”.

É uma moda que cairia super bem com qualquer peça BolsonaroEntão assim, se tiver algum doido assistindo aí, assim... sugestões”, diz ela, ao mesmo tempo em que mostra uma foto do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em seguida ela sugere o assassinato de outros aliados de Jair Bolsonaro, como o advogado Paulo Junqueira Neto e os empresários Luciano Hang (dono da Havan), Afrânio Barreira (proprietário do restaurante Coco Bambu) e Iwan Wrobel (dono da construtora W3 Engenharia). “Por que não ser maluco para o bem?”, finaliza.

Nos comentários, o perfil oficial de Nikolas Ferreira publicou: “Cuidei pessoalmente do seu processo. Nada como um dia após o outro”. Um dia antes, na segunda-feira (15), o deputado já havia se manifestado sobre a série de mensagens de militantes que sugeriam o assassinato do parlamentar.

“Já vi o vídeo que esquerdistas estão divulgando com uma simulação da minha morte da mesma forma que Charlie Kirk. Estou abrindo inquérito contra esses criminosos. Esse processo de desumanização que levou a morte de um inocente. Não permitirei que façam o mesmo comigo. A justiça chegará”, disse Nikolas.

Luciano Hang diz que processará influenciadora

À Gazeta do Povo, Luciano Hang informou que irá processar “Juju dos Teclados” pelo crime de incitação à violência. Leia na íntegra a nota do empresário:

“Há uma frase de Ada Lluch que diz: ‘eles não matam você por ser fascista. Eles chamam você de fascista para poder te matar’. O que essa influenciadora fez é incitação à violência. Não podemos normalizar esse discurso de ódio. Já estamos preparando uma notícia-crime para que seja responsabilizada. Quem dissemina esse tipo de mensagem pode até não puxar o gatilho, mas é cúmplice moral dos crimes que acontecem”.

Gazeta do Povo entrou em contato com Juliana Rosa abrindo espaço para posicionamento, mas até o fechamento da reportagem a influenciadora não se manifestou.

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Preço do gás de cozinha no RN sofre novo reajuste a partir desta quarta-feira (17)

O gás de cozinha fica mais caro para os consumidores do RN a partir desta quarta-feira (17). Segundo o Sindicato dos Revendedores de Gás do estado (Singás-RN), o novo reajuste será de R$ 4 a R$ 4,50 nas distribuidoras, gerando um impacto que pode chegar a R$ 5ou R$ 6 no botijão de 13 kh para o consumidor final.

Com o aumento, o botijão de 13 kg deve ficar entre R$ 115 e R$ 116 no estado. O valor final, no entanto, dependerá da margem praticada por cada ponto de revenda.

“O reajuste ocorre em decorrência do dissídio coletivo da categoria. Isso significa que os custos de mão de obra e logística aumentaram, exigindo repasse imediato às revendas e, consequentemente, à população”, explicou Ivo Lopes, presidente do Singás-RN.

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Tomógrafos do Walfredo Gurgel quebram e pacientes são transferidos para Parnamirim

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, está funcionando sem tomógrafo. Os dois aparelhos de tomografia da maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte estão quebrados desde terça-feira (16). Diante deste cenário, os pacientes que necessitam do serviço estão sendo transferidos para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, na região Metropolitana de Natal.

A informação foi confirmada à reportagem da TRIBUNA DO NORTE pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). De acordo com a pasta, a empresa responsável pela manutenção já foi acionada para realizar o serviço. A expectativa é de que os exames voltem a ser realizados no Walfredo até esta quinta-feira (18).

“Imediatamente após a quebra dos equipamentos, a empresa responsável pela manutenção foi acionada e a previsão é de que os exames retornem na unidade no máximo até amanhã (18). Enquanto isso, a assistência aos pacientes que necessitam de tomografia segue assegurado no Hospital Deoclécio Marques de Lucena”, esclareceu a Sesap em nota.

Tribuna do Norte

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Três adolescentes torturam e estupram namorada de rival por vingança

A 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) apreendeu três adolescentes, sendo um de 15 anos e dois de 14 anos, pela prática de ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável contra uma menina de 15 anos. O caso foi registrado nessa segunda-feira (15/9), na Colônia Agrícola 26 de Setembro.

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil do DF, os menores estavam ameaçando a vítima e a coagindo, com investidas de beijos forçados, na tentativa de atingir o namorado da adolescente, com quem o trio possui inimizade.

Para afetar o namorado da menina, os adolescentes a abordaram em via pública e a conduziram para uma área remota, onde abusaram e obrigaram a jovem a praticar sexo.

Os adolescentes mandaram mensagem de texto ao namorado da jovem, objetificando a vítima e narrando os atos praticados contra ela.

Após o ocorrido, a menina foi abandonada em uma parada de ônibus, onde conseguiu ajuda. Ela foi à delegacia para registrar a ocorrência.

A 8ª DP identificou os adolescentes e os apreendeu na manhã desta terça-feira (16/9). Eles foram apresentados na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Em seguida, os menores infratores foram encaminhados à Unidade de Atendimento Integral.

Metrópoles – Na Mira

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A imprensa de mal com a democracia

Uma pesquisa estranha apareceu em manchetes recentes. Comparava Estados Unidos e China segundo a percepção dos brasileiros. Era mais uma notícia mal-ajambrada, sugerindo preferências duvidosas.

Na matéria em questão, atribuída a um desses institutos que fazem pesquisas de opinião na área política, o resultado divulgado foi de que metade dos brasileiros considera os EUA mais autoritários que a China. Será que metade dos brasileiros ignora que os EUA sejam uma democracia e a China seja uma ditadura?

Pouco provável. A China é uma ditadura há muito tempo, e o fato de que os direitos individuais no país estão condicionados às conveniências do partido governante é amplamente conhecido pela sociedade brasileira. Aliás, falar em partido governante na China é uma imprecisão. O partido é o próprio regime.

Será que metade dos brasileiros acha que isso não é uma forma nítida de autoritarismo? Difícil. Será que metade ignora que os norte-americanos escolhem seu governante regularmente em eleições livres, diferentemente do que acontece na China? Mais difícil ainda. Será que metade dos brasileiros tem a ilusão de que os chineses têm livre acesso às redes sociais? Muito pouco provável.

Mas vamos admitir que, na era da comunicação total, esse nível avançado de ignorância ainda seja possível. Nesse caso, a notícia não seria de que metade dos brasileiros considera os EUA mais autoritários que a China.

A notícia seria de que metade ignora que a China é mais autoritária que os Estados Unidos. Certo? Porque, mesmo com toda boa vontade do mundo, não se pode cogitar que um grande veículo de comunicação e um grande instituto de pesquisa ignorem os regimes vigentes nos dois países citados.

Mas, se não ignoram que o regime chinês é autoritário e que o regime norte-americano não é autoritário, e mesmo assim noticiaram da forma citada, onde está o problema? Fica a reflexão.

Seria possível que a imprensa tradicional estivesse disposta a cultivar uma narrativa em que a China seja o bem e os EUA o mal, para bajular os atuais donos do poder no Brasil? Fica também essa reflexão. Com uma observação introdutória: se a intenção for inventar uma história convincente, melhor procurar um enredo mais verossímil.

O Reino Unido foi palco de uma manifestação gigantesca no fim de semana. Os ingleses foram às ruas pedindo a Inglaterra de volta. Literalmente. E o noticiário do que se chamava grande imprensa mais uma vez distorceu tudo, tentando atribuir a colossal manifestação pacífica da população a uma facção radical. E, para dar verossimilhança a essa abordagem torta, ainda tentou reduzir a dimensão do ato (“100 mil pessoas”…).

Será que os jornalistas que se prestam a essas acrobacias arrojadas acham que nunca serão cobrados pela história?


Guilherme Fiuza - Gazeta do Povo


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O absurdo pedido de cassação da Jovem Pan

pedido do Ministério Público Federal (MPF) para cassar as concessões de rádio da Jovem Pan é um grave atentado à liberdade de imprensa e um mau presságio para a democracia brasileira. Acusar uma emissora de “abusos graves” apenas por ter dado espaço a críticas às instituições e ao processo eleitoral é inverter completamente a lógica constitucional: o livre debate é fundamento da democracia, não sua ameaça.

Segundo o MPF, a Jovem Pan teria promovido “desinformação sistemática” e desempenhado papel central na “campanha de desacreditar as instituições nacionais” em 2022. Em suas alegações finais, o órgão chegou a pedir não apenas a cassação das outorgas da emissora, mas também multa milionária e a imposição de conteúdos obrigatórios sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Trata-se de um entendimento que confunde opinião jornalística com atentado institucional e crítica editorial com crime de Estado.

É importante lembrar que os programas citados na ação – como Os Pingos nos Is e 3 em 1 – são formados essencialmente por jornalistas e comentaristas opinando sobre fatos políticos. Questionamentos sobre transparência eleitoral, ainda que contundentes, não podem ser equiparados a incitação golpista. O próprio fato de o MPF classificar manifestações críticas como “desinformação” mostra o quanto o conceito foi expandido até a arbitrariedade.

A democracia pressupõe liberdade de expressão e imprensa justamente para que a pluralidade de opiniões, inclusive as mais incômodas, possam ser ouvidas. Historicamente, desde a luta pelas liberdades no século XVIII, a liberdade de crítica a temas políticos foi uma dimensão fundamental da própria liberdade de expressão. Simplesmente não é possível haver liberdade de expressão – ou de imprensa – sem a liberdade para criticar ou opinar sobre temas políticos ou institucionais. Causa perplexidade que um órgão como o MPF pareça desconhecer isso ao querer criminalizar as opiniões e críticas políticas veiculadas pela Jovem Pan.

Quando um órgão estatal busca disciplinar o conteúdo editorial de um veículo, o que está em jogo não é a defesa da ordem democrática, mas o desejo de controlar a narrativa pública. Nenhuma democracia sobrevive quando a crítica é silenciada. Se prosperar, o pedido contra a Jovem Pan abrirá um precedente devastador. Qualquer veículo que se oponha ao establishment ou abra espaço para críticas a instituições, governo ou políticas públicas poderá ser acusado de “colocar em risco a democracia”. Sob esse manto, a censura se torna política de Estado, e a imprensa livre se converte em mera extensão da comunicação oficial dos governos e tribunais.

A história recente mostra que a imprensa muitas vezes é a única voz a denunciar arbitrariedades e desmandos. Submeter esse papel vital a censura prévia ou punição posterior equivale a fragilizar o próprio sistema de freios e contrapesos. O pluralismo – não a unanimidade – é a verdadeira garantia da estabilidade institucional.

O episódio também revela o caráter exemplar que se pretende dar à punição da Jovem Pan. Ao recusar qualquer acordo com a emissora, o MPF deixou claro que seu objetivo não era reparar danos, mas criminalizar a linha editorial e enviar um recado aos demais veículos. Essa lógica intimidadora é incompatível com a Constituição e com os princípios do Estado de Direito.

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que julgará o caso, terá de decidir se o Brasil continuará a ser um país em que a crítica, mesmo dura, ainda é tolerada como parte essencial da vida pública, ou se ingressará de vez em uma era em que apenas versões oficiais têm espaço. A escolha é histórica. Defender a Jovem Pan neste momento é defender a própria democracia. Permitir que o Estado decida o que pode ou não ser dito é abrir caminho para um futuro em que o silêncio será imposto pelo medo e não pela razão.

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Bolsonaro teve crise de soluço, vômito e falta de ar antes de ser levado ao hospital

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve uma crise de soluço e sentiu o diafragma se fechar. Em seguida, vomitou com um jato de dois metros para a frente e não conseguiu respirar por quase 10 segundos. Com isso, foi levado às pressas para o hospital DF Star, em Brasília. O relato foi feito na noite desta terça-feira (16) pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Bolsonaro, após visitá-lo.

Quem socorreu Bolsonaro e o levou ao hospital foi a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, que contou o que ocorreu a Flávio.

“Hoje teve um episódio mais drástico, porque o soluço dele foi aumentando e, às vezes, pela repetição, ele diz que trava o diafragma dele. Ele teve um episódio de vômito a jato, com força, ficou quase 10 segundos sem respirar. Teve tontura expressão muito baixa. E aí graças a Deus, a Michele estava lá perto dele e conseguiu rapidamente trazer ele para cá. Ele está lá, estável, mas não está com a cara boa, bastante desidratado”, disse Flávio à imprensa na entrada do hospital.

Segundo o senador, ele deve passar a noite em observação. Por causa da desidratação, tomou soro e se alimentou com sopa, evitando alimentos sólidos. Flávio disse que a piora resultou da tensão psicológica de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, e desgaste emocional com a vigilância acirrada de policiais na casa da família, em Brasília.

“É policial cercando a casa como se ele fosse fugir em algum momento e abrindo o porta-mala do carro da Michele na hora de levar a criança no colégio, para mostrar que não tem ninguém no capô, onde não cabe nem um animal lá dentro”, relatou.

Segundo o senador, Bolsonaro tem reclamado da condenação a 27 anos de prisão, na semana passada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Todo momento que eu vou conversar com ele, ele repetidamente desabafa reclamando com relação ao que aconteceu nesse linchamento que sofreu no Supremo Tribunal Federal. Como que se defendendo: ‘o que eu tenho a ver com 8 de janeiro? Não é possível, os caras não conseguem enxergar! Eu estava fora do Brasil, não admito’”.

Junto com outros sete réus, Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano e deterioração do patrimônio.

No início de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, que conduz o processo, determinou a prisão domiciliar e depois, a pedido do PT, determinou vigilância da polícia em volta da casa, no quintal e nos carros da família, para impedir eventual tentativa de fuga.

Flávio Bolsonaro pediu trégua a Alexandre de Moraes, comparando o ministro a um terrorista.

“Eu queria fazer um pedido de público aqui. Até terrorista dá trégua em alguma guerra. Então quero pedir para o terrorista aí dar uma dá uma pausa, um pouco, né? Deixa as instituições voltarem a funcionar, deixa o presidente Bolsonaro recuperar, pelo menos, já que não teve nenhuma oportunidade de se recuperar depois da última cirurgia. O cara foi intimado numa dentro de uma CTI aqui nesse hospital. Então tudo tem limite”, disse.

“Deixa o cara recuperar pelo menos mentalmente, fisicamente ele está arrebentado, tudo isso aqui ainda é consequência da facada que ele sofreu.

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TRF-4 condena Bolsonaro a pagar R$ 1 milhão em indenização por racismo recreativo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar R$ 1 milhão em danos morais coletivos por comentários racistas feitos em 2021, enquanto ainda ocupava a Presidência.

Em fala pública no Palácio do Alvorada, o ex-presidente disse em 2021 que o cabelo black power de um apoiador era um “criadouro de baratas”.

O caso foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A condenação foi confirmada por unanimidade. O relator Rogério Favreto afirmou em voto que as declarações do ex-presidente não configuravam meras brincadeiras ou exercício de liberdade de expressão, mas uma discriminação grave e “racismo recreativo”.

Além da indenização em dinheiro, Bolsonaro foi condenado a retirar o vídeo com as declarações de suas redes sociais e se retratar publicamente com a população negra por meio dos veículos de imprensa e redes sociais.

A União também foi condenada ao pagamento de R$ 1 milhão pelos danos coletivos.

A condenação do ex-presidente é no âmbito civil, ou seja, Bolsonaro não foi condenado penalmente pelo crime de racismo.

A ação pública foi movida em 2021 por um grupo de 54 defensores, procuradores e promotores e acatada pelo Ministério Público.

Em primeira instância, a Justiça Federal havia rejeitado a ação, alegando que as declarações do ex-presidente, mesmo que de mau-gosto, não causaram danos a toda comunidade negra nacional. O Ministério Público recorreu da sentença e, por isso, o caso voltou à análise no TRF-4.

“A ofensa racial disfarçada de manifestação jocosa ou de simples brincadeira que relaciona o cabelo black power a insetos que causam repulsa e à sujeira atinge a honra e a dignidade de pessoas negras e potencializa o estigma de inferioridade dessa população”, afirmou o relator em voto.

De acordo com o processo, Bolsonaro disse ao mesmo apoiador, entre risos: “Você não pode tomar ivermectina, vai matar todos os seus piolhos”, em referência ao vermífugo defendido por ele como tratamento para a Covid-19.

Na ocasião, o cidadão afirmou não se incomodar com a fala, dizendo que não era um “negro vitimista”. Até hoje, nas suas redes sociais, o alvo da ofensa faz publicações com mensagens de apoio ao ex-presidente;

No processo, o MP também menciona episódios anteriores, como em maio de 2021, quando o ex-presidente observou o cabelo do mesmo cidadão e comentou: “Tô vendo uma barata aqui” e “o que que você cria nessa cabeleira aí?”.

O grupo que moveu a ação defende que as falas não se tratam de simples piadas de mau gosto, e que o fato de o cidadão não se sentir ofendido não descaracteriza a prática racista.

Segundo a ação, o ex-presidente transformou o cabelo black power, símbolo de resistência do movimento negro, em motivo de zombaria e discriminação, afetando a população negra de forma geral. Também foram lembradas na ação falas antigas de Bolsonaro, quando deputado, que reforçariam o padrão de racismo em seus discursos.

Em sustentação oral, a defesa de Bolsonaro ressaltou que a vítima direta do comentário não se sentiu ofendida e disse que as declarações eram meras brincadeiras, sem potencial de afetar toda a população negra.

CNN Brasil

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CAOS: Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados

Dois tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel estão quebrados. A falta dos aparelhos para realização de exames de imagem já provoca um verdadeiro caos na rotina da maior unidade de saúde do Rio Grande do Norte.

O Walfredo Gurgel já passou por problema semelhante em 2024, em duas ocasiões, nos meses de janeiro e outubro. Naquelas ocasiões pacientes precisaram ser levados a outras unidades de saúde para realização de exames.

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